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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Com o feriado de Corpus Christi na quinta-feira (4), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adiou para a semana que vem as votações de matérias consideradas mais polêmicas como é o caso do projeto de lei que altera as regras da desoneração da folha de pagamentos e de alguns pontos da reforma politica. Para esta semana estão previstas votações de acordos e tratados internacionais firmados pelo Brasil com outros países.
Cunha informou que pretende votar inúmeros projetos de decreto legislativo que tratam de acordos e tratados, parados na Câmara há muito tempo. Ao todo devem ser votados 20 acordos internacionais e um projeto de lei que cria o Prêmio Lúcio Costa de Mobilidade, Saneamento e Habitação na área de desenvolvimento urbano.
O acerto entre o presidente da Câmara e os líderes partidários para essas votações consensuais ocorreu em função do feriado de quinta-feira e de uma comitiva de deputados que estão viajando à Rússia e Israel. As votações devem começar nesta ainda hoje (1º). Entre os acordos a serem votados estão alguns relativos ao Mercosul, a cooperação técnica firmada entre o Brasil e Zimbábue, em 2006, e o acordo de previdência social assinado entre o Brasil e a Coreia do Sul, em 2012.
Além das votações de plenário, as comissões técnicas e especiais da Câmara terão atividades normais com votações de requerimentos, audiências públicas, apreciação de projetos e depoimentos. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras tem audiência pública marcada para amanhã (2), às 9h30, para ouvir o vice-presidente da construtora Mendes Júnior Trading Engenharia, Sérgio Cunha Mendes, e o diretor-presidente do Grupo Galvão Engenharia, Dario Queiroz Galvão Filho.
Agência Brasil
Com uma reforma política que nada reforma em andamento no Congresso – em breve os deputados votarão sobre voto facultativo e tempo de mandatos – reforça-se a sensação de que os partidos políticos estão alheios aos anseios da sociedade.
Querem nos manter como que em um “curral eleitoral”.
Aos políticos locais interessa manter um estado de precariedade, no qual eles, os agentes políticos, possam ser os intermediários de verbas, de ajuda etc.
Quando as forças políticas hegemônicas agem na Câmara para nada mudar, agem para manter o status quo; pensam segundo a lógica dos currais eleitorais.
Como sair da lama assim?
Tirando o fim da reeleição, que nos faz retornar ao que era antes de 1997, e uma pífia cláusula de barreiras (que vai penalizar apenas partidos inexpressivos), a semana se encerra com votações que não mexem em nada essencial. O sistema eleitoral resta intacto e o financiamento privado de campanha foi aprovado ou “constitucionalizado” (lembrando que as medidas serão votadas ainda pelo Senado).
Como se a política tal qual está hoje não fosse parte do nó-Brasil.
Vai desatar um dia?
Mesmo sem o PT querer? Não vai ser feita a vontade do PT?
Pra quê serve uma democracia se não é feita a vontade do PT?
Não interessa os anseios da sociedade, o que a sociedade espera, o que a sociedade precisa, o que tem que ser feito é a vontade do PT.
A democracia só é boa, produtiva, eficaz e funciona se for feita a vontade do PT.