Política

Candidato Rogério Marinho (PSDB) está na mira do STF

Parlamentares que estão de olho no voto do eleitor este ano também estão na mira do Supremo Tribunal Federal (STF). Um destes é o candidato à Prefeitura do Natal Rogério Marinho (PSDB). Contra ele, tramitam os inquéritos 2571 (corrupção passiva), 3026 (investigação penal) e 3386 (falsidade ideológica/crimes contra a ordem tributária).

O levantamento feito pelo Congresso em Foco aponta que dos 92 congressistas que vão disputar as eleições de outubro, 36 (ou seja, 40% deles) são alvos de investigação na mais alta corte do país. No total, três senadores e 32 deputados federais com alguma pendência judicial postulam os cargos de prefeito.

Os 36 investigados enfrentam um total de 30 ações penais (processos criminais que podem resultar em condenação) e 64 inquéritos, procedimento preliminar de investigação que pode resultar na abertura da ação penal. Entre as principais acusações, estão os crimes eleitorais; contra a Lei de Licitações; crimes de responsabilidade (como mandatário ou gestor público); corrupção ativa ou passiva; lavagem de dinheiro/crime contra o sistema financeiro nacional, e apropriação indébita previdenciária.

Os dados fazem parte de cruzamento de dados de dois levantamentos: o primeiro, o dos parlamentares com processo no Supremo Tribunal Federal; o outro, o dos congressistas que disputam as eleições deste ano.

Os parlamentares candidatos alvos de ação penal ou inquérito são membros de 12 partidos. O PMDB é o partido com mais candidatos parlamentares enrolados com a Justiça, com nove representantes, todos deputados. Em seguida, aparece o PT, com seis integrantes, dos quais um senador, Wellington Dias (PI). O PSDB é o terceiro partido em candidatos investigados, com quatro correligionários, um deles o senador Cícero Lucena (PB). Já o PDT e o DEM têm três membros cada nessa situação. PCdoB, PTB, PR e PSC têm dois representantes cada no rol de investigados. PSB, PPS e PRP têm um candidato sob investigação no STF.

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Geral

Lula viaja para funeral do papa Francisco na noite desta quinta (24)

Foto Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja nesta quinta-feira (24) para Roma, na Itália, a fim de participar do funeral do papa Francisco, que morreu na última segunda-feira (21).

Representantes dos Três Poderes acompanharão o petista: o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP).

A comitiva embarca às 22h desta quinta e chega na sexta-feira (25) à Europa. O funeral está agendado para o próximo sábado (26). A primeira-dama Janja da Silva também acompanhará o presidente na viagem.

A expectativa é de que a comitiva retorne a Brasília ainda no sábado, após o funeral.

Conforme mostrou a CNN, esta será a segunda presença do petista em um funeral de um pontífice. Ele esteve em 2005 na despedida de João Paulo 2º. O próximo papa será o quarto visto por Lula enquanto ocupa o cargo de presidente.

Morte do papa Francisco

Francisco morreu na segunda-feira em decorrência de um AVC e uma falência cardíaca irreversível. Ele ficou internado por quase 40 dias no Hospital Gemelli por causa de uma pneumonia nos dois pulmões.

Teve alta em 23 de março e fez poucas aparições públicas desde então. A última foi no Domingo de Páscoa, um dia antes de sua morte, quando foi à Praça de São Pedro dar a benção “Urbi et Orbi” (para a cidade e o mundo) e pediu um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Na segunda, Lula declarou luto oficial de sete dias no país e lamentou publicamente a morte do pontífice.

“Francisco foi um papa de todos, mas principalmente dos excluídos, dos mais pobres, dos injustiçados, dos imigrantes, dos que não têm voz, das vítimas da fome e do abandono”, disse o presidente em vídeo publicado nas redes sociais.

Desde que o papa assumiu o cargo, Lula se encontrou com ele três vezes pessoalmente.

CNN

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Geral

Moraes determina retorno de traficante estrangeiro à prisão

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou parcialmente nesta quarta-feira, 23, a própria decisão que suspendia o processo extradição do búlgaro Vasil Georgiev Vasilev preso por tráfico de drogas a pedido do governo espanhol.

Em retaliação após a Justiça da Espanha rejeitar o pedido de extradição do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, Moraes havia mandado Vasilev para a prisão domiciliar.

Em nova decisão, Moraes determinou a prisão preventiva para, segundo o ministro, “evitar possível fuga do extraditando”. Segundo o ministro, a inexistência de um endereço fixo impossibilita o cumprimento da prisão domiciliar.

“Considerando a inexistência de endereço fixo no Brasil que possibilite a prisão domiciliar, mantenho a prisão de Vasil George Vasilev, na unidade prisional Ricardo Brandão de Ponta Porã/MS, até a chegada das informações solicitadas ao governo da Espanha”, diz trecho.

No entanto, o ministro manteve a suspensão do processo de extradição solicitado pela Espanha contra o búlgaro.

Búlgaro

Em 18 de fevereiro, o búlgaro Vasil Georgiev Vasilev foi preso no Mato Grosso do Sul.

Na Espanha, ele é acusado pelo crime de tráfico de drogas.

Com a suspensão da extradição, Moraes havia concedido a Vasilev o direito a prisão domiciliar.

O Antagonista

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Geral

TCU alertou em 2024 sobre irregularidades no INSS

Foto Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O Tribunal de Contas da União (TCU) pediu, ainda em 2024, providências por parte do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para pôr fim às irregularidades em descontos na folha de pagamento de aposentados.

À época, a corte constatou que “o INSS permitia que descontos fossem feitos com base apenas em uma lista mensal de segurados fornecida à Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev), sem a necessária verificação documental”.

As recomendações do TCU, a partir dali, foram de que novos descontos só seriam possíveis com a utilização de assinatura eletrônica; deveria haver um bloqueio automático para todos os novos descontos e medidas administrativas para identificar e responsabilizar entidades associativas e sindicais suspeitas de fraudes nas autorizações de descontos.

Nesta quarta-feira (23), a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) deflagraram operação que apura irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS.

De acordo com as investigações da PF, as entidades sindicais teriam cobrado de aposentados e pensionistas um valor estimado de R$ 6,3 bilhões, entre os anos de 2019 e 2024.

A operação já resultou no afastamento de seis servidores públicos.

Foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão temporária e ordens de sequestro de bens que somam mais de R$ 1 bilhão.

As ações ocorreram no Distrito Federal e em outros 13 estados.

Entre os alvos estão o agora ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, demitido nesta tarde, e o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos — onde Frei Chico, irmão do presidente Lula, ocupa o cargo de diretor vice-presidente.

CNN

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Mundo

Palpites sobre sucessão de Papa Francisco já movimentaram mais de R$ 30 milhões em plataforma de apostas

Foto Gabriel Bouys/AFP

Até a noite desta quarta-feira, dois dias após a morte do Papa Francisco, a plataforma de apostas Polymarket já havia registrado movimentação de US$ 5.413.976 — o equivalente a aproximadamente R$ 30,8 milhões — em palpites sobre “quem será o próximo Papa”. Os ritos de escolha do sucessor do Pontífice, chamado de conclave, começa oficialmente entre o 15º e o 20º dia após a morte, que aconteceu nesta segunda-feira, dia 21 de abril.

As casas de apostas registravam, até esta terça, os cardeais Pietro Parolin, Luis Antonio Tagle, Péter Erdö, Peter Turkson e Pierbattista Pizzaballa como os mais cotados para suceder o Papa Francisco. Na manhã desta quarta-feira, porém, os nomes de Pierbattista Pizzaballa e Péter Erdö registraram queda, e o italiano Matteo Zuppi disparou entre os cinco mais cogitados para o pontificado. Os resultados se mantiveram à noite.

Quem será o próximo Papa?

Segundo o agregador OddsChecker, que compara apostas de diferentes sites, o cardeal italiano Pietro Parolin, de 70 anos, é o favorito a assumir o posto de líder da Igreja Católica.

Quem é Pietro Parolin?

Parolin é o atual secretário de Estado do Vaticano, ocupando o segundo posto mais importante na hierarquia da Santa Sé desde 2013. Foi o primeiro cardeal nomeado pelo Papa Francisco, em 2013. Diplomata experiente, Parolin ingressou no serviço diplomático da Santa Sé em 1986, aos 31 anos, e serviu em países como Nigéria, Venezuela e México, além de atuar em negociações sensíveis envolvendo China, Vietnã e Oriente Médio.

O segundo favorito é Luis Antonio Tagle, de 67 anos. Nascido em 1957 em Manila, nas Filipinas, é o atual cardeal-arcebispo de Manila.

Nomeado cardeal pelo Papa Bento XVI em 2012, Tagle é conhecido por seu compromisso com a justiça social, o combate à pobreza e a defesa dos direitos humanos, além de ser defensor do diálogo inter-religioso. O filipino é frequentemente apontado como um dos possíveis sucessores de Francisco, tendo sido um de seus “favoritos”, apesar de não ter sido nomeado cardeal pelo Pontífice.

Outros nomes

Em terceiro, segundo o site, aparece Peter Turkson, cardeal de Gana que poderia ser o 1º Papa negro e africano da história moderna. Turkson, de 76 anos, é arcebispo emérito de Costa do Cabo, e já se manifestou sobre questões como crise climática, direitos humanos, pobreza e justiça econômica. Muitos acreditam que ele daria continuidade a reformas mais progressistas iniciadas por Francisco, caso seja escolhido.

Em quarto lugar aparece Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha nomeado cardeal pelo Papa Francisco em 2019. Conhecido por sua postura progressista e proximidade com o Pontífice, Zuppi é presidente da Conferência Episcopal Italiana e membro da Comunidade de Sant’Egidio, um movimento católico dedicado à paz e ao diálogo inter-religioso. Também foi o enviado especial do Papa para o conflito na Ucrânia, tendo visitado Kiev, Moscou, Washington e Pequim nessa função.

Fechando o top 5 está o cardeal húngaro Peter Erdo. Conhecido por sua postura conservadora, Erdo tem 72 anos e é arcebispo de Esztergom-Budapeste. Caso seja escolhido, Erdo — nomeado cardeal em 2003 pelo Papa João Paulo II — representará uma mudança na direção da Igreja Católica após anos de reformas progressistas iniciadas por Francisco.

Entre os outros nomes cotados está o do italiano Angelo Scola, de 83 anos, nomeado pelo Papa Bento XVI. Por ter mais de 80 anos, Scola não pode participar do conclave, mas pode ser votado. É o mesmo caso do quarto nome citado pelo site, o do canadense Marc Ouellet, que tem 80 anos e, portanto, também não participa da votação.

Também há apostas sobre o nome que será escolhido pelo próximo Pontífice. “Francisco” lidera, seguido de “Benedito”, “Leão” e “Urbano”.

O conclave deve iniciar-se de 15 a 20 dias após a morte ou renúncia do Papa, a fim de esperar a chegada de todos os cardeais eleitores. Esses cardeais votam e podem ser votados, mas não podem votar em si mesmos. Têm direito a voto os cardeais com menos de 80 anos até a data da morte do Papa Francisco, isto é, 135 votantes. Para ser eleito, são necessários 2/3 dos votos dos cardeais com direito a voto.

O Globo

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Geral

Lula se reúne com Motta e líderes e deixa anistia em segundo plano

Foto Reprodução/Instagram

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na noite de 4ª feira (23.abr.2025) com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e líderes partidários. A expectativa inicial do jantar, na residência oficial do presidente da Casa Baixa, era discutir o projeto de lei que anistia os presos do 8 de Janeiro, mas o tema acabou ficando em 2º plano.

Durante o encontro, Lula afirmou ser contrário à concessão de perdão a pessoas que “nem foram condenadas”. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), articulador do pedido de urgência para o projeto, não participou do jantar.

Foi a 1ª vez, em seu 3º mandato, que o chefe do Executivo federal participou de um encontro na residência oficial da presidência da Câmara. A reunião integra o esforço do Executivo para estreitar o diálogo com deputados, que já criticaram a distância do Planalto em temas prioritários da Casa.

Em 2 de abril, Lula se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e líderes partidários da Casa Alta. O encontro durou 3 horas.

O jantar com Motta e os líderes teve tom informal e descontraído. O líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA), afirmou que a interação com Lula foi “agradável”.

O congressista disse que Lula tentou “quebrar o clima”, fazendo brincadeiras, mas evitou comentários diretos sobre a recusa à indicação do União Brasil ao Ministério das Comunicações. Segundo governistas, o impasse foi resolvido com a escolha de Frederico de Siqueira Filho, presidente da Telebras, para o cargo.

Durante o jantar, o chefe do Executivo federal pediu prioridade à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da segurança pública, entregue ao Congresso na 4ª feira (23.abr), e ao projeto que isenta o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000.

ANISTIA

O requerimento de urgência ao projeto de lei que anistia os presos pelos atos do 8 de Janeiro foi protocolado em 14 de abril pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), com 264 assinaturas –número acima da maioria absoluta exigida (257).

Se aprovado em plenário, o projeto poderá ser votado a qualquer momento, sem necessidade de passar pelas comissões permanentes.

Durante o aniversário do presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), Sóstenes compartilhou com aliados sua estratégia para pressionar Hugo Motta a pautar o requerimento de urgência.

O deputado ameaçou reter emendas de comissão –recursos geralmente distribuídos entre os partidos– caso o tema não avance.

Motta tem defendido internamente um acordo com o STF (Supremo Tribunal Federal) para revisar as penas dos condenados como alternativa ao projeto de anistia.

Poder 360

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Brasil

Lula decide por presidente da Telebras no Ministério das Comunicações

Foto:Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

O presidente da Telebras, Frederico Siqueira Filho, deve ser o novo titular do Ministério das Comunicações. Ele se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (23), no Planalto, acompanhado do ex-ministro da pasta, Juscelino Filho (União-MA) e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que levou a indicação de Frederico, conhecido como “Fred”.

Segundo fontes ouvidas pela CNN, o presidente aceitou a indicação e deve oficializar o nome de Siqueira ainda nesta semana.

Siqueira comanda a Telebras desde maio de 2023, indicado por Juscelino.

Após a recusa do deputado Pedro Lucas Fernandes (União-MA), líder do partido na Câmara, Alcolumbre buscou um nome técnico para o posto.

Com 26 anos de experiência no setor de telecomunicações, Frederico é engenheiro civil formado pela Universidade de Pernambuco.

Atuou por 21 anos na Oi, onde foi diretor de Relações Institucionais por uma década. Mais recentemente, chefiava a área de Vendas Corporativas Governo da Oi Soluções, com foco nas regiões Norte e Nordeste.

Outro nome considerado pelo União Brasil para o cargo foi o do advogado e jornalista Miguel Matos, bem avaliado pelo presidente da sigla, Antônio Rueda. Matos preside o Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional.

Ele é casado com a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Daniela Teixeira, indicada ao cargo pelo presidente Lula, e também é fundador do portal jurídico Migalhas. Apesar da boa avaliação, seu nome acabou sendo preterido em favor de Siqueira.

Desistência

A escolha de Frederico ocorre após a recusa de Pedro Lucas, que havia sido convidado por Lula e chegou a ter seu nome anunciado oficialmente após reunião no Palácio da Alvorada.

Entretanto, na última terça-feira (22), anunciou que não aceitaria o cargo. Em nota, agradeceu o convite.

CNN

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Geral

Uso de maconha aumenta em até 4 vezes risco de demência, diz estudo

Foto: RAUL ARBOLEDA / AFP

Pesquisadores da Universidade de Ottawa, no Canadá, descobriram que o consumo regular de maconha está associado ao desenvolvimento de demência. A lista de possíveis efeitos do uso também inclui problemas cardiovasculares graves, como AVCs, ataques cardíacos, arritmias cardíacas e insuficiência cardíaca.

Publicado no dia 14 de abril na JAMA Neurology, o estudo ganhou notoriedade por sua abrangência, já que analisou os dados de saúde de cerca de 6 milhões de pessoas. A pesquisa inclui somente adultos canadenses com 45 anos ou mais, sem diagnóstico prévio de demência.

Outro dado importante descoberto pelos cientistas foi que os usuários de cannabis já foram hospitalizados ou precisaram visitar o pronto-socorro por conta da droga tem até quatro vezes mais chances de receberem o diagnóstico de demência em até cinco anos.

“Alguém que vai ao pronto-socorro ou é hospitalizado por causa do uso de cannabis tem um risco 23% maior de desenvolver demência em cinco anos, em comparação com alguém que foi ao hospital por outro motivo”, disse Daniel Myran, coautor do estudo, em nota à imprensa. Ele reforça que o risco é 72% maior quando comparado à população geral.

Ainda, ele menciona que os números consideram demais fatores de risco para a doença, como idade, sexo, saúde mental, além do uso de substâncias e condições crônicas (como diabetes).

Estudos feitos anteriormente apontam que usuários de maconha também têm mais chances de recorrer ao atendimento emergencial ou hospitalização.

Apesar dos dados, Myran destaca que não é um estudo que vincula oficialmente a maconha com a demência, mas com o objetivo de entender mais a associação que está aumentando em pesquisas científicas.

Vale destacar que outros fatores de risco da demência são a idade, pressão alta, diabetes, má alimentação, problemas cardíacos e de sono, além da falta de atividade física.

Fatores adicionais

A análise foi feita a partir de registros médicos de 2008 a 2021, com mais de 6 milhões de pessoas entre 45 e 105 anos, moradores de Ontário, no Canadá, sem demência. Os pesquisadores encontraram aproximadamente 16 mil pessoas que passaram por atendimento médico por conta de reações negativas ao uso de maconha.

Myran reforça que após cinco anos da visita ao hospital ou internação, 5% desse número foi diagnosticado com demência. Em dez anos, cresce para 19%.

Ao longo dos 13 anos analisados, o número de adultos de 45 a 64 anos que foram ao pronto-socorro por causa do uso de maconha foi cinco vezes maior. Entre os idosos com 65 anos ou mais, esse número cresceu ainda mais: foi quase 27 vezes maior, de acordo com o estudo.

Caso seja comprovado que a maconha realmente causa demência, é necessário entender como isso acontece no cérebro dos usuários frequentes. O coautor acredita na possibilidade de que o uso diário pode mudar a forma como as conexões entre os neurônios funcionam.

Segundo Myran, há indícios de que o uso frequente de maconha possa estar ligado a processos inflamatórios e danos em pequenos vasos sanguíneos do cérebro. Outra hipótese é que esse hábito contribui para o surgimento de outros fatores associados à demência, como quadros de depressão e isolamento social.

InfoMoney

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Brasil

VÍDEO: Veja momento em que Bolsonaro recebe intimação de Moraes dentro da UTI

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi intimado pelo Minostro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, nesta quarta-feira, 23, no leito onde está internado no Hospital DF Star, em Brasília.

No inicio da noite, Bolsonaro divulgou nas redes sociais o momento em que a oficial de justiça entra no leito de UTI para entregar o documento.

Houve momentos de tensão, uma vez que aliados do ex-presidente se revoltaram com a presença da servidora do Judiciário na unidade de saúde.

Os documentos são referentes à ação penal a que Bolsonaro responderá no STF após a Procuradoria-Geral da República acusá-lo de golpe de Estado. O inquérito é relatado pelo ministro Alexandre de Moraes.

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Brasil

Entidades envolvidas em operação no INSS têm elos com centrão e PT

Foto: reprodução

Duas das entidades que foram alvo de mandados de busca e apreensão em investigações de fraudes bilionárias em pagamentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm ligações com o centrão, caso da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), e com o PT, caso da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

A de atuação mais agressiva, segundo fontes do INSS relataram à CNN, é a Conafer. O principal elo da associação no governo Lula 3 foi André Fidelis, diretor de benefícios do INSS até julho de 2024. Ele foi exonerado do cargo após uma série de reportagens do portal Metrópoles abordar esquemas fraudulentos de descontos sobre os vencimentos de aposentados.

Fidelis era quem assinava parcerias com associações e sindicatos para que eles oferecessem serviços aos aposentados, em troca dos quais os descontos eram aplicados. O resultado foi uma explosão no número de filiados e no faturamento da Conafer, o que levou o INSS a fazer um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com essa entidade para que fossem revalidados os descontos.

Por isso, a avaliação interna no INSS é de que a operação desta quarta-feira (23), que envolve a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF), era uma questão de tempo. O esquema, segundo essas fontes, existia há anos e foi avo de tentativas recorrentes de correção tanto na atual gestão do instituto quanto em administrações passadas.

Funcionários do INSS relataram à CNN que Fidelis se gabava de dizer que não respondia ao presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que pediu demissão do cargo após a operação e cuja saída já havia sido decidida pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Stefanutto é considerado no meio um técnico sério e com domínio dos assuntos do órgão, o que explicaria a tentativa do ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), em mantê-lo no posto.

O agora ex-presidente do INSS não foi a primeira opção de Lupi para o cargo, mas ambos acabaram se alinhando no decorrer do governo. O ministro havia indicado Glauco Wamburg, que foi exonerado ainda em 2023, acusado de uso irregular de passagens e diárias pagas pelo governo. Também houve incômodo no Palácio do Planalto com o fato de as filas do INSS terem aumentado naquela gestão.

Já a Contag tem ligação histórica com o PT, por meio dos vínculos com os sindicatos de trabalhadores rurais. O atual presidente, Aristides Veras, foi vereador e vice-prefeito de Itabira pelo partido. Quem conhece bem o INSS relatou surpresa com o envolvimento da entidade, considerada “organizada e republicana”, segundo uma fonte.

Ambas conseguiram multiplicar descontos associativos porque, até 2019, para comprovar a aposentadoria rural, bastava uma declaração do sindicato, o que poderia ser reavaliado pelo mesmo sindicato anos depois. O caminho ficou mais difícil após a edição da Medida Provisória (MP) 871, de 2019, mas durante sua tramitação no Congresso houve brechas para que a prática continuasse.

O desconto associativo envolve valores entre R$ 20 e R$ 50 por pessoa, algo considerado baixo, mas rentável para as entidades pela multiplicação do benefício.

CNN Brasil

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Brasil

Presidente do INSS é demitido por Lula após operação da PF

Foto: Breno Esaki/Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou a demissão do diretor-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, após operação da Polícia Federal (PF). A investigação apura cobranças indevidas feitas por entidades em contas de pensionistas e aposentados. O caso foi revelado pelo Metrópoles.

Stefanutto deve sair no cargo ainda nesta quarta. Fontes no Palácio do Planalto afirmaram que a decisão pela saída partiu do próprio Lula.

A demissão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite desta quarta. A saída não foi “a pedido”.

A megaoperação, batizada de Sem Desconto, resultou no afastamento de Stefanutto e outros quatro membros da cúpula do órgão. São eles:

  • o procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho;
  • o coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente do INSS, Giovani Batista Fassarella Spiecker;
  • o diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, Vanderlei Barbosa dos Santos; e
  • o coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios do INSS, Jacimar Fonseca da Silva.

Ao todo, foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão e seis de prisão contra alvos no Distrito Federal e em 13 estados. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Passos, a operação também apreendeu motocicletas e carros de luxo utilizados pelos investigados.

“De maneira inicial, é o começo da investigação, conseguimos esse mapeamento. Tanto que hoje, com um único alvo, foram apreendidos vários carros, Ferrari, Rolls-Royce, avaliados em mais de R$ 15 milhões; mais de US$ 220 mil com outro; e US$ 150 mil com outro [investigado]. […] Isso, por si só, aponta a gravidade daquilo que estamos falando e o tiro certo que demos nessa investigação”, ressaltou Andrei.

Metrópoles

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