(Por Interino)
Treze anos depois da sua implantação e cerca de R$ 400 milhões investidos, o cartão nacional de saúde, conhecido popularmente como Cartão SUS, não cumpre a sua finalidade.
O sistema, criado em 1996 e implantado a partir de 1999, pelo Ministério da Saúde, deveria garantir maior controle da prestação de serviços e qualificar o acesso dos usuários a estes. Entretanto, na prática, diversas falhas são apontadas, a começar pelo acesso.
Esta semana, o Ministério da Saúde tornou o uso do cartão obrigatório, mas a previsão é de hajam problemas para o cumprimento da medida.
Para conseguir fazer o cartão – exigido para consultas e exames de média e alta complexidade na rede pública de saúde – é preciso disposição e paciência. Em boa parte das unidades de saúde de Natal, o serviço está suspenso por falta de computadores, impressora, internet ou ainda papel e toner. O déficit de funcionários para manter o serviço também limita o funcionamento.
Os postos de saúde de Candelária, Jiqui e Mirassol também não produzem o cartão SUS. Na unidade básica de Nova Descoberta e de Neópolis, a retirada ocorre no horário da tarde, às segunda, quartas e sextas-feiras. No Posto de Saúde São João, na Romualdo Galvão, em Tirol, a paralisação já dura há dois anos. No local, um atendente que preferiu não se identificar garante “em todo o Distrito Leste, quem precisa deve procurar a Secretaria Municipal de Saúde”.
Para atender a população desses bairros da Zona Sul, a SMS concentrou o serviço no Distrito Sanitário Sul, próximo ao Viaduto do Quarto Centenário, na Norton Chaves. Por dia, são feitos em média 100 documentos vindos de diversos bairros da capital e até do interior. Por ser unidade de marcação e regulação de exames, a confecção agiliza a burocracia e encurta a peregrinação dos usuários.
Na Unidade Mista de Cidade da Esperança, zona Oeste da capital, a demanda diária varia de 30 a 50 documentos. Em geral, moradores de Cidade Nova, Nova Cidade, Bom Pastor, Km-6, Jardim América, Felipe Camarão e Nazaré. A carência de funcionários, ressalta a gerente técnica responsável pelo Cartão SUS, Maria Analúcia Cavalcante Monteiro, faz com que o expediente se restrinja ao horário de maior fluxo de pacientes, das10h às 12h todos os dias.
Fonte: Tribuna do Norte
Comente aqui