O sargento da Força Aérea Brasileira, Andrei Thies, é um homem impulsivo, com dificuldade de controlar as emoções, , mas não é violento. É o que afirmou hoje (20) a psicóloga Tatiane Guedes, testemunha de defesa do sargento da FAB e que atende o militar desde 2009. Ela confirma dificuldade de Andrei Thies se relacionar com as pessoas, mas contestou laudo que afirma suposta “imaturidade emocional” por parte do sargento. De acordo com ela, o sargento está arrependido do crime.
Durante o depoimento no júri da família Thies, acusados pela morte da dona de casa Andreia Rodrigues, a psicóloga disse não concordar com laudo recente feito por peritos do Itep, que definiam Andrei Thies com o que chamaram de “imaturidade emocional”. Para ela, ele tem apenas dificuldades de relacionamentos, mas nenhum transtorno mental.
Definindo Andreu Thies como um excelente militar, com a ressalva de que “isso não significa necessariamente que isso seja fruto de uma boa educação familiar”, Tatiane Guedes confirmou que Andrei era submisso à mãe, mas em nenhum momento relatou que foi ela que mandou matar Andreia. “Como profissional posso atestar: hoje o Andrei está arrependido. Está consciente do que fez. Antes, ele dizia acreditar que a Andreia deu motivos para o crime”, disse a psicóloga.
Quando à possibilidade de que Andrei Thies e os familiares tenham premeditado o crime, a psicóloga disse que não havia como responder. “Não posso afirmar que o Andrei premetidou o crime ou não. O que posso afirmar é que ele é impulsivo. Ele era uma pessoa trancada. Não relatava nem mesmo para os colegas do trabalho as dificuldades por que passava, como a financeira”, disse.
Sobre a relação entre Andrei e Andreia, a psicóloga afirmou “que nunca houve amor entre os dois”. “O amor não era o melhor sentimento para definir a relação entre Andrei e Andrei. Não passava de uma paixão, algo mais intenso. Foram vários sentimentos que motivaram Andrei a matar Andreia: paixão, raiva e vingança, por exemplo”, definiu a psicóloga.
Fonte: Tribuna do Norte
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