Educação

RN: Estado e municípios perdem verba federal por descumprirem critérios do Fundeb

Foto: Reprodução

O Rio Grande do Norte e 74 municípios não receberão recursos federais adicionais do indicador Valor Aluno Ano Resultado (VAAR) em 2025, conforme levantamento divulgado pela Federação dos Municípios do RN (Femurn). A exclusão, que também atinge as maiores cidades do estado, como Natal, Mossoró e Parnamirim, decorre do não cumprimento de condicionalidades vinculadas ao desempenho educacional. O VAAR é uma das três modalidades de complementação ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), instituído pela Emenda Constitucional nº 108/2020.

O Fundeb é composto por recursos de estados, municípios e da União. O fundo também é formado por diversas complementações da União para tentar equilibrar os investimentos entre os entes federados. Enquanto o Valor Anual Aluno Total (VAAT) garante um investimento mínimo de R$ 8.006 por aluno em 2025, considerando todas as receitas vinculadas à educação, o VAAR premia redes de ensino que atingem metas de melhoria no aprendizado e equidade educacional. Há também o VAAF, direcionado aos entes que não alcançam o valor mínimo.

No Rio Grande do Norte, 122 municípios receberão complementação via VAAT, mas apenas os que cumprem as cinco condicionalidades têm direito ao VAAR.

As condicionalidades para acessar os recursos do Valor Aluno Ano Resultado (VAAR) são critérios estabelecidos pela legislação do novo Fundeb para incentivar a melhoria da qualidade educacional e a redução de desigualdades. Entre os cinco pré-requisitos, destaca-se a exigência de provimento de gestores escolares por critérios técnicos de mérito e desempenho ou por meio de processos participativos envolvendo a comunidade escolar, desde que os candidatos sejam aprovados previamente em avaliação de competências.

Outra condicionalidade importante é a participação de pelo menos 80% dos estudantes nas avaliações nacionais, como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Além disso, os estados e municípios precisam comprovar esforços para a redução de desigualdades educacionais, socioeconômicas e raciais, com base nos resultados das avaliações nacionais. Outros critérios incluem a formalização de um regime de colaboração entre estados e municípios, que deve estar regulamentado em legislação estadual, e a adequação dos referenciais curriculares à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Esses aí só querem a verba “fácil” pra desviar . Quando é pra investir e prestar contas preferem perder a verba…

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Educação

Mais de 30 mil candidatos fizeram as provas do concurso para professor do RN

Fotos: SME

A primeira etapa do concurso público para o Magistério da Secretaria de Estado da Educação (SEEC) reuniu mais de 30 mil candidatos neste domingo (19) nos 63 colégios selecionados para aplicação da prova objetiva e discursiva. As provas foram aplicadas em nove cidades do Rio Grande do Norte: Natal, Apodi, Caicó, João Câmara, Macau, Mossoró, Nova Cruz, Pau dos Ferros e Santa Cruz.

O certame busca preencher 598 vagas diretas para cargos de professor e especialista em Educação, além de formação de cadastro de reserva. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca organizadora do concurso, o índice de abstenção ficou em torno de 12%. Do total de inscritos, faltaram 4.279, ao passo que 30.700 marcaram presença nas salas de aula para realizar a prova.

De acordo com o cronograma do edital do concurso, o gabarito preliminar da prova objetiva será divulgado nesta terça-feira (21), enquanto a publicação do gabarito definitivo, assim como do resultado preliminar da prova objetiva, está prevista para ser realizada no dia 19 de fevereiro, junto à divulgação da resposta a eventuais recursos interpostos. O resultado definitivo da prova objetiva está programado para 11 de março de 2025.

Na sequência, acontecerão a publicação do resultado da prova discursiva e as demais fases do certame, que corresponde ainda à avaliação de títulos, de caráter classificatório; perícia médica e heteroidentificação. O resultado final deve ser publicado ainda no primeiro semestre deste ano.

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Educação

SISU 2025: estudantes relatam ter tido cursos alterados e que bug no site os direcionou para contas de outros candidatos

Arte O Globo

Às vésperas do encerramento das inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), previsto para amanhã, estudantes têm se deparado com erros no acesso ao site do programa. Eles relatam que suas opções de cursos foram trocadas, numa espécie de “invasão” da plataforma. Há ainda casos de candidatos que ao entrarem em suas contas foram direcionados para perfis de outros alunos. Neste último caso, eles conseguiam visualizar todos os dados pessoais do inscrito e até mesmo alterar as opções de cursos e universidades escolhidos.

O Ministério da Educação (MEC) informou que “não há evidências de que esses erros estejam ocorrendo no sistema do Sisu”, que operava normalmente ontem. A pasta disse, contudo, ter acionado a área de Tecnologia da Informação para apurar os casos.

Professor de Matemática com mais de 108 mil seguidores em seu perfil no Instagram, Frederico Torres contou que somente ontem recebeu mais de 20 mensagens com denúncias do tipo. Segundo ele, que dá explicações sobre o Enem e o Sisu na rede social, o vazamento de dados dias antes do encerramento das inscrições é o principal problema.

— As inscrições no Sisu terminam dia 21 (amanhã), e o vazamento de dados é preocupante, uma vez que pode prejudicar os estudantes. Esse erro também faz com que o aluno perca uma prévia da sua classificação no Sisu. Se isso permanecer, as pessoas afetadas vão estar totalmente no escuro quanto a suas notas — explica.

O estudante Benedito Cavalcante, de 21 anos, contou ao GLOBO que ao logar em sua conta, no último sábado, e tentar alterar uma de suas opções de universidade, a plataforma atualizou sozinha e o direcionou para o perfil de uma candidata chamada Maria Eduarda. Quando o problema ocorreu, ele conseguiu visualizar todas as notas do Enem dela, nome completo, e-mail, endereço e telefone, além dos cursos escolhidos.

— O erro ocorreu uma única vez quando fui olhar a minha nota parcial no Sisu. Quando a página atualizou, logo em cima apareceu “Olá, Maria”, em vez do meu nome, e as opções de curso eram Farmácia e Pedagogia, em universidades do Ceará. Ou seja, me mostrou o perfil completo de outra candidata que sequer conheço. Uma pessoa de má-fé conseguiria alterar os dados dela — contou Benedito, que mora em Manaus (AM) e tenta passar para Medicina.

Outra estudante relatou o mesmo erro e disse ainda que entrou em contato com o candidato que apareceu por engano em seu perfil. Eles decidiram ativar a verificação de duas etapas para dificultar um novo possível acesso por terceiros.

De acordo com os depoimentos, os problemas foram observados por pessoas que se inscreveram em diferentes cursos, não apenas em Medicina. Na maioria dos casos, quando elas deslogavam e tentavam acessar de novo a plataforma, o sistema se normalizava.

Noutro tipo de problema descrito num dos relatos obtidos pela reportagem, uma estudante diz que se inscreveu para Medicina e teve as duas opções do Sisu alteradas: a primeira para o curso de Enfermagem e a segunda para Fisioterapia. Na mesma situação, outro candidato relatou que o site mostrava a nota parcial de Engenharia em uma universidade de São Paulo, sendo que ele havia optado por Medicina.

Nessas situações, geralmente os nomes que apareciam na página eram os dos próprios estudantes, mas as opções de curso haviam sido trocadas. Na maioria dos casos, após saírem e logarem na plataforma novamente, eles conseguiram selecionar o curso certo, e o erro não se repetiu.

Frederico Torres orienta que uma das formas de se resguardar desses erros é tirar prints da tela a cada alteração de curso ou universidade feita pelo candidato no sistema. Fazer registros em vídeo sobre a situação também pode ajudar, caso haja alguma divergência na divulgação dos resultados. É possível ainda abrir um processo na ouvidoria do MEC para relatar o ocorrido.

O MEC alerta para que os candidatos se atentem a possíveis sites falsos. Circula nas redes sociais, por exemplo, um link que solicita o pagamento de uma taxa de R$ 48 para dar prosseguimento às inscrições no Sisu, no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) e no Programa Universidade para Todos (Prouni). Segundo a pasta, trata-se de golpe. Nenhuma das plataformas de candidatura ao ensino superior cobra qualquer valor extra aos alunos.

Este ano, o Sisu, que seleciona estudantes para universidades públicas do país, oferta 261.779 vagas para 6.851 cursos de graduação em 124 instituições. O acesso ao sistema é realizado exclusivamente por meio do Login Único do Governo Federal, utilizando uma conta gov.br. Basta inserir CPF e senha.

Durante o período de inscrição, o candidato está autorizado a alterar suas opções de curso e de instituição sempre que considerar necessário. Será considerada válida para o processo seletivo a última inscrição confirmada pelo candidato.

O Globo

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Educação

Sisu abre inscrições nesta sexta com 14.076 vagas no RN para cursos de graduação e nível técnico

Foto: divulgação

As inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) começam nesta sexta-feira (17) e seguem até 21 de janeiro. De acordo com o cronograma oficial, o resultado da chamada regular está previsto para 26 de janeiro, enquanto o período de matrículas acontece de 27 a 31 de janeiro. No Rio Grande do Norte, as universidades públicas estão ofertando 14.076 vagas para cursos de graduação e nível técnico.

Gerido pelo Ministério da Educação (MEC), o Sisu executa a seleção dos estudantes com base na média da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) até o limite da oferta de vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior, por curso e modalidade de concorrência, de acordo com a escolha dos candidatos inscritos e perfil socioeconômico.

Como realizar a inscrição? 

A inscrição é gratuita e feita exclusivamente pela internet. O acesso ao sistema de inscrição é realizado com as informações de login e senha para acesso aos serviços digitais do governo federal, mediante uma conta no Gov.br. Quando o candidato realiza o login, o sistema recupera, automaticamente, as notas obtidas na edição do Enem válida para o processo seletivo.

No ato da inscrição, o candidato preenche um questionário socioeconômico do perfil para Lei de Cotas e escolhe até duas opções de curso dentre as ofertadas em cada processo seletivo do Sisu. É possível alterar as opções de curso durante todo o período de inscrições. A inscrição válida será a última registrada no sistema.

Como funciona a lista de espera? 

Quem não for selecionado em nenhuma das duas opções de curso indicadas no ato de inscrição ainda pode disputar uma das vagas por meio da lista de espera do Sisu. Todos os estudantes que participaram do Enem 2024, obtiveram nota na prova de redação maior do que zero e não declararam estar na condição de treineiro podem participar do Sisu. O prazo para participar da lista de espera vai de 26 a 31 de janeiro.

Confira oportunidades nas Universidades do RN: 

UFRN

Nesta edição, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) oferece 7.231 vagas distribuídas entre os campi de Natal, Macaíba, Santa Cruz, Currais Novos e Caicó. Entre as principais novidades, está a presença de dois novos cursos: as graduações em Engenharia de Energia e em Inteligência Artificial. Além disso, vai ocorrer a ampliação de 30 vagas dos cursos de Medicina, que terão mais 20 vagas em Natal e mais 10 vagas na Escola Multicampi de Ciências Médicas (EMCM).

Ufersa

Já a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) está ofertando 2.755 vagas, distribuídas em 30 cursos de graduação em Mossoró, Angicos, Caraúbas e Pau dos Ferros, para os dois semestres letivos do ano. Desse total, 1.374 vagas são para ampla concorrência e 1.381 vagas são reservadas para as condições estabelecidas na Lei de Cotas.

IFRN

Além de cursos de nível superior, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) vai ofertar cursos de nível técnico, totalizando 1.581 vagas. Entre os cursos com maior número de vagas, está o de Gestão Pública no Campus Natal/central, com 80 oportunidades.

As vagas via Sisu estão distribuídos nos campi de Apodi, Caicó, Canguaretama, Ceará-Mirim, Currais Novos, Ipanguaçu, João Câmara, Macau, Natal-Central, Natal-Centro Histórico, Natal-zona Norte, Nova Cruz, Parnamirim, Pau dos Ferros, Santa Cruz, São Gonçalo do Amarante e São Paulo do Potengi.

Uern

A Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern), por sua vez, vai disponibilizar 2.509 vagas para o Sisu 2025. As oportunidades estão distribuídas entre os campi de Mossoró, Assú, Caicó, Natal, Patu e Pau dos Ferros. A quantidade de vagas de 2025 é a mesma de 2024.

Tribuna do Norte

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Educação

Governo vai lançar Pé-de-Meia para universitários nesta terça (14)

Ricardo Stuckert/PR

O Ministério da Educação vai lançar nesta terça-feira (14), a partir das 16h, o programa “Pé-de-Meia Licenciatura”, voltado para estudantes universitários de cursos responsáveis pela formação de professores.

A iniciativa prevê o pagamento mensal de R$ 1.050 aos beneficiários. De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, estudantes que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2024 já poderão se inscrever no programa, caso escolham cursos de licenciatura pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

A novidade foi antecipada pelo ministro na última segunda-feira (13), durante entrevista coletiva para apresentação dos resultados do Enem 2024.

O “Pé-de-Meia Licenciatura” integra o programa “Mais Professores”, uma política pública voltada para a valorização do magistério.

O benefício será depositado em uma conta poupança, com objetivo de apoiar financeiramente estudantes de licenciatura ao longo da formação acadêmica.

Segundo Camilo Santana, o impacto orçamentário do programa já foi calculado, mas os números detalhados serão divulgados durante o lançamento oficial.

Em dezembro, técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) recomendaram o bloqueio de R$ 6 bilhões em recursos destinados ao “Pé-de-Meia”. O parecer aponta que a iniciativa estaria em desacordo com as regras do arcabouço fiscal, por ser operada fora do Orçamento da União.

O lançamento do “Pé-de-Meia Licenciatura” ocorre cerca de um ano após a implementação do “Pé-de-Meia Ensino Médio”, direcionado a estudantes da rede pública.

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CNN Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Mais uma bolsa, mais uma forma de assegurar eleitores… O País em uma crise fiscal sem precedente e, ao invés de controlar os gastos públicos, cria-se mais despesas… Esse incentivo, deveria ser dado aos professores de base, para que se mantivessem em sala de aula e se qualificarem cada vez mais… Essa política educacional implantada em nossa Nação, tipo o “universidade para todos”, está acabando com o nível de educação dos estudantes (vejam os resultados do IDEB)… Em cada esquina, hoje em dia, há uma “universidade” oferecendo tudo que é tipo de curso… Estamos criando uma legião de pessoas com nível superior, sem se colocar no mercado de trabalho, trabalhando em sub-empregos ou fora daquilo para o que se formou… Para o governo atual, fica bem “sair na foto”, anunciando aos “quatro cantos”, que encheu as universidades de pessoas, quando o foco deveria ser a educação de base… E sabe quem vai pagar mais essa “bolsa”??? Eu, você, todos nós… Tenham certeza que os cursos de licenciatura ficaram lotados de pessoas, em busca de receber a tal “bolsa”…
    A vocação para ensinar, ficará em segundo plano… “Ensinar é uma arte”…

    1. Boa parte dos cursos é um esquema de pirâmide. Se ensina gente que só vai ensinar novos entrantes a ensinar, num ciclo que não cessa.

  2. Mais uma conta para os pagadores de impostos, aí é prá torar na emenda.

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Educação

Enem 2024 tem recuo nas notas de áreas exigidas em formações com melhores salários

Foto: Rafael Garcia/Agência Globo

Embora tenha mostrado um aumento de três pontos na média nacional das notas, o resultado do Enem 2024 divulgado ontem pelo Ministério da Educação teve recuos em Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas, áreas exigidas em formações melhor remuneradas no mercado de trabalho. As notas de Linguagens e Redação registraram um aumento de 12 e 15 pontos, respectivamente. Mas o número de redações nota mil foi 80% menor do que no ano passado — a variação foi de 60 casos para 12.

Um levantamento com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) indicou um leve avanço nas médias nacionais entre os anos de 2019 e 2022. Nos últimos dois anos, a tendência foi de estagnação ou recuo por áreas de conhecimento. O Inep prevê entregar ao MEC em março um estudo específico sobre o desempenho dos alunos em cada área no exame do ano passado, apontando as razões para as notas. Os resultados também serão usados para orientar políticas públicas da pasta.

Ao comentar os resultados, o ministro da Educação, Camilo Santana, reconheceu a queda do desempenho na maior parte das áreas, mas ressaltou o aumento da média geral, apesar da participação de mais alunos. Em 2024, mais de 4,3 milhões de alunos se inscreveram para o Enem, com uma presença de 73,5%. Em 2023, foram 3,9 milhões de inscritos e 71,9% de presença.

— Quando ampliamos o número de alunos que participam do Enem, a expectativa é que essa média diminua. Foi positivo ampliar em quase 900 mil novos inscritos e aumentar a média geral.

Mas para Katia Smole, diretora do Instituto Reúna e ex-secretária de Educação Básica do MEC, o resultado mostra que as redes de ensino podem não estar conseguindo preparar os alunos para as áreas de maior empregabilidade e remuneração, comprometendo o potencial de desenvolvimento econômico e social do país.

— A queda no desempenho nas disciplinas que são a base de carreiras como engenharia, tecnologia, saúde e ciências naturais pode indicar desafios estruturais no ensino dessas áreas. Como a falta de professores especializados, metodologias pouco atraentes ou defasagens acumuladas na trajetória escolar — analisa.

A especialista afirmou que os resultados podem ter sido influenciados pela pandemia da Covid-19. Mas ainda não refletem possíveis consequências da implementação das mudanças no Novo Ensino Médio.

O ministro já mostrou preocupação em fazer com que a educação brasileira “conecte os estudantes ao mercado de trabalho desde cedo”, como definiu em um post no Instagram em que divulgou uma entrevista que deu à Voz do Brasil em 26 de dezembro. “A formação para o trabalho é hoje a grande demanda da juventude brasileira”, afirmou Camilo na publicação.

O total de 12 redações nota mil no ano passado foi o menor em ao menos uma década. O Sudeste e o Nordeste concentraram o maior número de notas máximas. Ceará, Alagoas, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo tiveram um inscrito cada, enquanto no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, dois estudantes tiraram mil, em cada estado. No Centro-Oeste, Goiás e Distrito Federal tiveram um estudante cada.

O Nordeste teve maior concentração de alunos da rede pública com notas entre 980 e mil na redação. Foram 929 estudantes. Em segundo lugar, ficou o Sudeste, com 858 alunos. O Sul, registrou 208; Norte, 174 e Centro-Oeste, 139.

O estudo intensivo e a repetição de exercícios foram fatores apontados por duas estudantes que se destacaram no exame no ano passado: a niteroiense Ana Galucio, de 17 anos, que tirou a nota máxima em Matemática (962) e Sabrina Aymumi Shimizu, de 18 anos, moradora de Araçatuba que foi a única nota mil em redação no Estado de São Paulo.

Ana lembra que fez muitos exercícios com auxílio de professores do ensino médio. Com a ajuda deles, criou também o hábito de cronometrar a resolução correta das questões.

— Eu era muito lenta nas questões. Estipulava alguns minutos e tinha que resolver o problema naquele tempo. Também fazia mais de um simulado por semana. Isso me ajudava a ficar menos nervosa a cada exercício que fazia — conta Ana, que disse não ter “chutado” nenhum resposta, tirou 940 na redação e quer estudar Medicina na Unirio.

Querendo cursar Engenharia de Produção, Aymumi também defendeu o treinamento intensivo ao comentar o bom resultado com o tema da redação (”Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”):

— Estava familiarizada com os temas de racismo e herança cultural. Consegui fluir bem graças aos diversos simulados que tivemos no último ano — afirma.

Professora de Sabrina, Sthéfani Jorge Silva avalia que a redução no número de redações nota mil é derivado excesso de uso de telas e redução da carga de leitura entre os jovens.

— Com a internet, as informações chegam muito mastigadas. Os alunos não se aprofundam tanto nas problemáticas sociais da atualidade — diz Sthéfani.

Ela ressalvou que a simples aplicação do modelo de redação ensinado em cursinhos não é o caminho para uma nota máxima.

— O modelo é um atalho para que um aluno tenha um caminho. Não para o estudante decorar e tentar encaixar o tema da redação de qualquer jeito — explica.

O Globo

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Educação

Jovem de Baraúna é a única potiguar a tirar mil na redação do Enem 2024

Foto: Reprodução/Instagram

Em contato com a reportagem da TRIBUNA DO NORTE, a professora de redação de Anna Beatriz, Marcela Melo, comemorou a conquista da aluna. “Estou muito feliz, porque ela merece. Há muito tempo que sou professora dela e posso comprovar a sua dedicação”, disse a educadora.

“Minha filha, quanto orgulho de você, mas eu sabia que na hora de Deus chegaria a tua tão sonhada nota 1.000. Só nós sabemos da sua dedicação, seu esforço”, disse a mãe, Olívia Bezerra, em publicação nas redes sociais.

Fonte: Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Que Deus sempre lhe abençoe e proteja Anna Beatriz 🙏!
    Parabéns e sucesso sempre 👏👍🙏!

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Educação

Enem 2024 teve 12 redações nota 1000 com participação do RN

Foto: Reprodução

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) informou na manhã desta segunda-feira, 13, que o Enem 2024 (Exame Nacional do Ensino Médio) teve 12 redações nota 1000. No dia 3 de novembro do ano passado, os candidatos tiveram de escrever sobre os “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.

Dos 12 estudantes que tiraram a nota máxima na redação, apenas um, de Minas Gerais, é de escola pública. Os outros 11 participantes são de escolas particulares de Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo.

Em comparação com o ano passado, o número de estudantes com nota 1000 diminuiu. Na última edição, de 2023, 60 alunos haviam tirado nota máxima. Apesar disso, a proficiência média ficou em 660, 15 pontos acima da última edição.

Os treineiros (estudantes que ainda não terminaram o ensino médio e fizeram a prova para testar seus conhecimentos), devem ter as notas divulgadas em março.

Istoé

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Educação

Resultados do Enem 2024 serão divulgados nesta segunda-feira

Foto: José Aldenir/Agora RN

Nesta segunda-feira 13 os estudantes brasileiros interessados em ingressar no ensino superior pelo Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) saberão, finalmente, os resultados das provas, que foram realizadas nos dia 3 e 10 de novembro do ano passado.

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgarão as notas a partir das 10h (horário de Brasília). Em seguida, uma coletiva de imprensa vai trazer mais detalhes sobre os principais dados do Enem.

De olho no Sisu

As notas poderão ser usadas para ingresso na educação superior pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As inscrições começarão no dia 17 de janeiro e poderão ser feitas exclusivamente pela internet, no endereço eletrônico do Sisu, até as 23h e 59 minutos do dia 21 de janeiro.

De acordo com o edital publicado pelo Ministério da Educação, o processo seletivo será constituído de uma única etapa. Os candidatos poderão se inscrever em até duas opções de vagas. O resultado da chamada regular será divulgado dia 26 de janeiro.

Estão aptos a participar da seleção os estudantes que tenham completado o ensino médio, participado da edição de 2024 do Enem e não tenham zerado a prova de redação.

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Agora RN

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Educação

MEC divulga notas do Enem 2024 nesta segunda (13)

Foto: Bruna Araújo/MEC

O MEC (Ministério da Educação) divulga nesta segunda-feira (13) as notas dos candidatos no Enem. Com o resultado, os participantes podem concorrer às vagas das principais universidades do país.

As notas serão disponibilizadas na página do participante e são acessadas com login e senha.

O edital não especifica o horário em que o resultado será liberado, mas, em geral, a divulgação ocorre no período da manhã.

Os candidatos terão acesso aos resultados das provas objetivas e da redação do Enem.

Com o resultado em mãos, os participantes podem disputar vagas em instituições públicas de ensino superior por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), obter bolsas de estudo pelo Prouni (Programa Universidade para Todos) ou financiamento pelo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) em cursos de faculdade particulares.

As inscrições para o Sisu 2025 começam já na sexta-feira (17) e seguem até 21 de janeiro. Nesse período, com a nota do Enem o candidato pode selecionar duas opções de curso para concorrer.

O Enem 2024 aconteceu nos dias 3 e 10 de novembro. No primeiro domingo, além das 45 questões de linguagens (40 de português e 5 de língua estrangeira) e 45 de ciências humanas, os candidatos fizeram também a redação, cujo tema foi “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.

O texto da redação é corrigido a partir de cinco competências, com valor de 200 pontos cada uma: o domínio do português, compreensão do tema e aplicação de conceitos, articulação de informações, coesão e proposta de intervenção.

Neste ano, o exame recebeu 4,32 milhões de inscrições —um aumento de 9,95% em relação à edição passada.

Cronograma do Sisu

  • Inscrições: 17 a 21 de janeiro
  • Resultados da 1° chamada: 26 de janeiro
  • Matrículas: 27 a 31 de janeiro
  • Manifestação de interesse na lista de espera: 26 a 31 de janeiro

Folhapress

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Educação

Cinco anos após pandemia fechar escolas, prejuízos ainda são sentidos pelos alunos

Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press

Em março de 2020, escolas e famílias foram surpreendidas com a ordem de suspensão das aulas presenciais por tempo indeterminado. De forma inédita, escolas do mundo todo foram fechadas para evitar o avanço do contágio por um novo vírus. Quase cinco anos depois, os estudantes brasileiros ainda convivem com os prejuízos dessa situação.

Um dos países que ficaram mais tempo com as escolas fechadas, o Brasil registrou queda nos principais indicadores de desempenho escolar. Mas especialistas apontam que o maior prejuízo acumulado no período é também o mais difícil de ser quantificado e recuperado, que foram aqueles no desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e até mesmo motoras.

Professores de educação infantil, por exemplo, relatam que as crianças que chegaram em 2024 na pré-escola (que são aquelas que nasceram no meio da pandemia e passaram os primeiros meses de vida em isolamento) apresentaram muitas vezes um comportamento diferente do habitual para alunos dessa idade. Muitas delas tinham dificuldade para brincar sem ajuda de adultos, para subir em brinquedos ou apresentavam atrasos na fala.

“Não temos estudos que sejam capazes de evidenciar ou dados que tragam de forma precisa os prejuízos para as crianças, mas eles são evidentes para quem trabalha com as crianças em sala de aula”, diz Marina Fragata, diretora de políticas públicas da FMCSV (Fundação Maria Cecília Souto Vidigal).

A fundação, que trabalha com primeira infância, conduziu um estudo em parceria com o Lapope (Laboratório de Pesquisa em Oportunidades Educacionais) da UFRJ, para investigar o impacto da pandemia no desenvolvimento das crianças.

O estudo comparou dados de habilidades das crianças que estão no 2º ano da pré-escola (com 5 anos de idade) entre os anos de 2019 e 2022. Nele, os pesquisadores identificaram perdas no desenvolvimento em linguagem, matemática e habilidades sociais e motoras.

As crianças que entraram na pré-escola em 2020 e 2021, ou seja, aquelas que tiveram menos tempo de aulas presenciais, apresentavam um déficit de aproximadamente dez meses de aprendizado em linguagem e de 11 meses de aprendizado em matemática. Esses alunos estão hoje no 4º e no 5º ano do fundamental e, sem que tenham recebido atividades consistentes de recuperação, podem ter carregado esses prejuízos até agora.

“As crianças na pandemia se desenvolveram num ritmo mais lento, carregando déficits em relação a crianças que não vivenciaram o período pandêmico. É um prejuízo que poderia ser resolvido com um programa forte de recuperação, mais tempo de aula, mas, infelizmente, sabemos que principalmente as crianças mais pobres não tiveram essa oportunidade”, diz Fragata.

Luana Santos, professora do anos iniciais do fundamental (do 1º ao 5º ano) na rede municipal de São Paulo, conta que os prejuízos são sentidos de formas diferentes em sala de aula.

“Sinto que as crianças chegam com mais dificuldade em aprender do que em anos anteriores, mas o mais desafiador é que elas parecem mais imaturas. Não conseguem seguir atividades simples da aula, como copiar algo da lousa ou escrever dentro da linha do caderno”, diz a docente, de 42 anos, que dá aula há 18.

Ela também relata que as crianças se frustram por não conseguirem fazer as atividades e acabam ficando estressadas e desmotivadas. “Depois da pandemia, eu precisei adaptar as lições, propondo coisas mais simples. Até com as mais velhas, muitas vezes as atividades são para ajudá-las a se familiarizar a segurar o lápis, desenhar dentro da linha. Elas não desenvolveram a coordenação motora fina na educação infantil.”

Para as educadoras, além do período afastadas da escola, as crianças também passaram a usar celular por mais tempo, e cada vez mais cedo, o que afetou o desenvolvimento. Pesquisas mostram que o uso excessivo de telas por crianças pequenas atrapalha a coordenação motora, a capacidade de concentração e pode até mesmo deixá-las mais agressivas.

“Por isso, essa iniciativa que está começando no país, de proibir o uso de celular nas escolas, é tão importante. Esse uso já acontecia, mas se intensificou muito durante a pandemia, especialmente nesses primeiros anos de vida, trazendo impactos até hoje”, diz Fragata.

Ex-diretora Global de Educação do Banco Mundial, Cláudia Costin destaca que o período de fechamento das escola prejudicou o desenvolvimento socioemocional de crianças e adolescentes trazendo impactos graves vistos até hoje na saúde mental dos estudantes.

“A escola não desenvolve apenas experiências cognitivas, mas ensina uma série de competências para a vida em sociedade. O período prolongado sem aulas presenciais prejudicou exatamente esse aspecto, e as crianças e adolescentes ainda sofrem com isso, têm dificuldade de resolver conflitos comuns para a idade, de lidar com frustração, de comunicar o que sentem”, diz.

Para ela, as melhores estratégias para enfrentar o impacto na saúde mental dos alunos são o fomento do ensino em tempo integral e a proibição ao uso de celular nas escolas —políticas que foram adotadas, ainda que tardiamente e em ritmo aquém do necessário.

“A estratégia de enfrentamento está correta, o diagnóstico da situação está posto e sabemos como podemos reduzir os prejuízos, mas precisamos que essas ações sejam desenvolvidas de forma mais rápida e que atinjam logo mais crianças e adolescentes. Não podemos perder ainda mais tempo.”

Folhapress

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Educação

Inscrições abertas: UFRN oferece 268 vagas residuais para graduação em 2025

Foto: Cícero Oliveira

Os candidatos interessados em ingressar na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) podem se inscrever para o processo seletivo de Reocupação de Vagas Residuais. São 268 vagas disponíveis para cursos de graduação nos campi de Natal, Macaíba, Currais Novos, Caicó e Santa Cruz, com início no período letivo de 2025.1.

Quem pode participar?

Podem concorrer às vagas:

  • Candidatos com vínculo ativo em curso de graduação;
  • Portadores de diploma de curso de graduação;
  • Estudantes da UFRN com cursos cancelados;
  • Os requisitos completos estão descritos no edital nº 015/2024.

Como se inscrever?

As inscrições estão abertas na página da Comperve até 6 de janeiro de 2025. O processo inclui:

  • Preenchimento do Formulário de Inscrição;
  • Pagamento da taxa de R$30 até a data estipulada no edital.

    Cursos disponíveis e etapas da seleção

    As vagas abrangem áreas como:

  • Ciências da Vida e da Saúde: Natal, Macaíba e Santa Cruz;
  • Ciências Humanas e Sociais Aplicadas: Natal, Currais Novos e Caicó;
  • Ciências Exatas e Tecnológicas: Natal, Macaíba, Caicó e Currais Novos.

    A seleção será realizada em duas etapas:

  • Avaliação do Enem (eliminatória e classificatória);
  • Avaliação Institucional e Acadêmica, conforme critérios do Anexo II do edital.

    Prazo e divulgação do resultado

    Os interessados devem ficar atentos para não perder o prazo. As inscrições encerram em 6 de janeiro de 2025, e o resultado final será divulgado em 13 de fevereiro de 2025 na página da Comperve.

Fonte: Tribuna do Norte

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Educação

Brasil vai mal em mais uma avaliação global da educação

Reprodução

A ineficiência histórica de sucessivos governos nas três esferas com a educação brasileira produz mais um indicador internacional vexatório. Trata-se de novo alerta para a necessidade de melhorias em gestão, ainda mais com a situação precária dos Orçamentos federal, estaduais e municipais.

Em 2023, o Brasil participou pela primeira vez do Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências (TIMSS), sondagem realizada desde 1995 pela Associação Internacional para a Avaliação do Desempenho Educacional (IEA). Alunos de 64 nações foram avaliados.

Na prova de matemática para o 4º ano do ensino fundamental, os estudantes do Brasil obtiveram na média 400 pontos, numa escala de 0 a 1000.

Segundo a IEA, tal nota corresponde ao conhecimento mínimo. Mas 51% dos brasileiros não conseguiram alcançá-lo, o que significa, por exemplo, que não sabem fazer adição ou subtração com números acima de três dígitos.

Ficamos à frente só de Marrocos, Kwait e África do Sul. O Chile, único vizinho sul-americano no TIMSS, teve 444 pontos. A média global foi de 503 e o primeiro colocado, Cingapura, chegou a 615.

No 8º ano, na mesma disciplina, foi ainda pior. O país ficou na última colocação, empatado com Marrocos, ao obter 378 pontos. Somente 38% dos nossos alunos alcançaram o mínimo necessário, ante 81% na média internacional.

Nos testes de ciências, o Brasil vai ligeiramente melhor, com 425 no 4º ano e 420 no 8º, mas ainda longe das médias dos outros países (494 e 478, respectivamente).

O resultado pífio no TIMSS soma-se ao mau desempenho no Pisa, que avalia o aprendizado de matemática, ciências e leitura de jovens de 15 anos em 81 países, e no Pirls, que testa a alfabetização de crianças de 9 ou 10 anos.

O problema mais premente não é falta de verbas públicas. No Brasil, o montante direcionado para a educação em relação aos serviços totais do Estado (11%) está um pouco acima da média da OCDE (10%), que reúne os países mais desenvolvidos, e gasta-se relativamente muito no ensino superior, que no arranjo federativo nacional fica a cargo principalmente do governo federal.

Dado o envelhecimento da população, o número de matrículas na educação básica —a etapa a ser priorizada pela política pública— está em tendência de queda, o que facilita aumentar o gasto por aluno. Estados e municípios precisam ampliar o ensino integral, premiar a qualidade do aprendizado e combater a evasão. Sem isso, o Brasil continuará a passar vergonha.

Editorial Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. Também, olha os governos que sempre tivemos nesses últimos anos, um analfabeto e ladrão que sempre se vangloria de sua imbecilidade e criminalidade. Uma idiota, aluna do Criminoso acima. Se pudéssemos voltar daqui a 200 anos, estaríamos do mesmo jeito. Consciência, não necessariamente precisa de educação, mas pelo menos bom senso. Já conhecimento, necessariamente precisa de educação, e muita, porém com essa turma de vagabundos que estão aí, não sairemos nunca das últimas posições.

  2. Nos últimos 24 anos que partido político ficou mais tempo no poder? Então as consequências um dia aparece, simples assim.

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Educação

Alunos da Maple Bear Natal superam desempenho de país número 1 do mundo em leitura e compreensão textual

Fotos: Divulgação

A Maple Bear Natal está encerrando o ano letivo de 2024 comemorando ótimos resultados em testes que avaliam os conhecimentos dos estudantes. Os alunos que concluíram o Ensino Fundamental (Anos Iniciais) foram avaliados em leitura e compreensão textual e tiveram desempenho bem acima da média global. Também foram aplicados testes para os concluintes das duas etapas do Fundamental, que comprovaram o domínio dos estudantes em Língua Inglesa quanto a escuta, escrita, fala e leitura.

Os testes são feitos pelo Evolucional, um balizador externo contratado para medir o desempenho dos alunos, sem nenhuma influência da escola. Geralmente, essa avaliação é feita no final de cada ciclo. No Year 5 (5ª ano) mais de 70% dos alunos foram enquadrados como ‘avançados’ em leitura e compreensão textual.

A empresa responsável pelos testes faz a comparação das médias alcançadas pelos estudantes com métodos de desempenho da educação, como é o caso do PISA, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, que mede o desempenho de alunos de 15 anos em matemática, leitura e ciências e é realizada em 81 países. No quesito leitura e compreensão de texto, a Maple Bear alcançou a pontuação de 549,6. Nesse comparativo, se a escola fosse considerada um país, estaria no topo do ranking mundial, acima do atual primeiro lugar, que é Singapura, com média 543. O Brasil ocupa a 53ª no posição no PISA, com nota 410.

“Esse resultado é fruto do empenho e dedicação de cada um, aliado à nossa metodologia de ensino, que valoriza a excelência acadêmica e favorece o desenvolvimento integral das habilidades linguísticas de nossos alunos”, disse Mona Lisa Dantas, diretora pedagógica da Maple Bear Natal.

A escola, que tem o ensino bilíngue, também conquistou excelentes resultados nos testes de proficiência internacional em inglês Young Learners, que foram aplicados para os alunos do Year 5. No exame, são avaliados a compreensão de escuta, escrita, fala e leitura dos estudantes. Eles conquistaram a pontuação média de 39 – sendo 45 a nota máxima – um índice equiparada a nativos em Inglês da mesma faixa etária.

Na escola, o bilíngue é trabalhado de forma natural e imersiva, com blocos de aulas organizados por idiomas. “Tivemos 86% de aproveitamento, sinalizando que nossos alunos alcançam facilmente o nível de proficiência projetado, o B1, de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas”, explica Mona Lisa.

Os alunos do Year 09 também realizaram o teste de proficiência, o Level Test da Pearson. Em média, os alunos alcançaram os níveis B2+ e C1, destacando-se pela habilidade de: apresentar informações claras e detalhadas sobre uma ampla gama de temas; expressar e defender pontos de vista de forma bem estruturada, interessante e persuasiva; utilizar a linguagem de forma funcional para expressar avaliações e organizar ideias de maneira eficaz; e comunicar-se com grande espontaneidade, o que possibilita uma conversa fluente com falantes nativos.

Maple Bear Natal

Fundada há 15 anos, a Maple Bear tem a marca da inovação, do compromisso com o ensino e com a formação de cidadãos. Fundamentada no modelo canadense, a escola tem proporcionado a milhares de alunos, durante toda a sua trajetória, uma experiência de aprendizado única. O modelo de educação estimula a autonomia, o pensamento crítico e a resolução de problemas, formando cidadãos para o futuro.

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Educação

CCJ da Câmara flexibiliza texto e aprova projeto para restringir uso de celulares nas escolas

Foto: Reprodução/TV Globo

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados flexibilizou o texto e aprovou, por 45 votos a 14, nesta quarta-feira (11) uma proposta que restringe o uso de celulares nas escolas públicas e privadas do país.

O texto seguirá diretamente para análise do Senado, a menos que haja um recurso para votação no plenário principal da Câmara.

A versão anterior da proposta, aprovada pela Comissão de Educação da Câmara, proibia que alunos do ensino infantil e anos iniciais do fundamental portassem celulares nas escolas.

O texto aprovado pela CCJ nesta quarta permite o porte do celular pelos estudantes do ensino básico, mas estabelece que o uso só será possível em casos excepcionais, como situações de:

  • perigo
  • necessidade
  • ou de força maior

A proposta também possibilita o uso de aparelhos eletrônicos pessoais em sala de aula para:

  • fins estritamente pedagógicos ou didáticos, conforme orientação do professor
  • garantir a acessibilidade e a inclusão
  • atender às condições de saúde dos estudantes e assegurar “direitos fundamentais” dos alunos

“Escola também precisa de regramento, precisa ter hora para tudo. A gente não quer ser contra a tecnologia, mas que a tecnologia seja utilizada de forma consciente e responsável. Do contrário, ao invés de ser uma aliada do processo educacional, acaba sendo uma grande vilã”, afirmou o relator Renan Ferreirinha (PSD-RJ).

O projeto também prevê que os estabelecimentos de ensino disponibilizarão espaços de escuta e acolhimento para receberem alunos ou funcionários que estejam em sofrimento psíquico e mental, principalmente decorrentes do uso imoderado de telas e nomofobia.

A nomofobia é o medo ou ansiedade pela falta de uso do celular, e pode causar sensação de medo, irritabilidade e prejuízo na vida, como falta de sono e dificuldades na escola e nas relações sociais.

As redes de ensino também deverão oferecer treinamentos periódicos para a detecção, prevenção e abordagem de sinais sugestivos de sofrimento psíquico e mental, e efeitos danosos do uso imoderado das telas e dispositivos eletrônicos portáteis pessoais, incluindo aparelhos celulares.

“A utilização desmedida de aparelhos portáteis permite às crianças e adolescentes visitarem – no curso das aulas – conteúdos sem relevância pedagógica, tornando-se mero elemento de prejuízo para a aprendizagem, distrações, retirando o tempo de convívio social na escola, o que claramente justifica a regulação”, concluiu o relator.

Versão anterior era mais rígida

Anteriormente, durante discussão na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o relator, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), havia proposto a proibição do porte para alunos do ensino infantil e anos iniciais do fundamental “como forma de proteger a infância de possíveis abusos”.

A versão também vetava o uso de celular dentro de sala, no recreio e também nos intervalos entre as aulas para todas as etapas da educação básica.

O projeto, de autoria do deputado Alceu Moreira (MDB-RS), tramita na Câmara desde 2015. O assunto ganhou mais força quando o Ministério da Educação informou que estava preparando uma medida para proibir o uso de celulares em escolas públicas.

Em outubro, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que apoiava o projeto e que o texto incluía o que defende o governo Lula.

g1

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Educação

Secretários de Educação do Nordeste se reúnem em Natal para discutir troca de experiências

Foto: Carmem Felix / Governo do RN

Natal será sede, nesta segunda e terça (dias 9 e 10), do Seminário “Desafios e Experiências da Educação no Nordeste”, no hotel Praiamar, em Ponta Negra. Promovido pela Secretaria Estadual de Educação, Esporte e Lazer (Seec), o evento tem como objetivo uma troca de experiência das práticas exitosas das secretarias estaduais de educação de cada estado, sobre os mais bem-sucedidos programas desenvolvidos.

O encontro terá representantes das políticas públicas de escolas nordestinas, que vêm sendo reconhecidas pelo bom desempenho em rankings de qualidade do Ensino, como o Ideb. No indicador de 2023, todas as instituições públicas avaliadas com nota 10, nos anos iniciais do ensino, são da região.

Programação

A abertura do evento terá uma apresentação cultural, seguida da mesa de debates “Conjuntura Educacional no Brasil e no Nordeste”. Estarão presentes a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, que neste momento preside o Consórcio Nordeste; a secretária de Educação do RN, Socorro Batista; a diretora de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos da Secadi / MEC, Cláudia Borges Costa; e o professor Márcio Adriano de Azevedo, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte.

No dia seguinte, ocorrerá um painel sobre experiências educacionais exitosas na perspectiva da inclusão com equidade. Cada estado apresentará suas práticas, com destaque para as iniciativas do Rio Grande do Norte, com os programas “Avexadas para Aprender” e “Comunidades Educadoras”. Esse último é uma iniciativa do Instituto Cultiva, organização que há mais de 20 anos se dedica à pauta da educação para a cidadania e participação social.

Após o almoço, os participantes se dividirão em Grupos de Trabalho (GTs) para discutir o que aprenderam com as experiências apresentadas e identificar tanto as potencialidades quanto os obstáculos no contexto educacional do Nordeste. Essas discussões serão norteadas por perguntas-chave, incentivando o compartilhamento de soluções e boas práticas. A ideia é que os grupos de trabalho organizem suas discussões na forma de contribuições para servir como referência para as políticas públicas educacionais nos estados do Nordeste.

Fonte: Portal 98Fm

Opinião dos leitores

  1. Homi discutir como piorar a educação? Porque aqui foi o pior resultado de educação.. isso porque a governadora é professora kkkkk F Max o L

  2. Eles vem à Natal para verem como NÃO fazer em seus Estados. Eu teria vergonha de mostrar aos outros secretários a situação calamitosa da educação no RN.

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