Brasil

CCJ aprova PEC do BNDES em derrota do governo

Foto: Agência Brasil

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou nesta 4ª feira (4.dez.2024) a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 3 de 2023, conhecida como PEC do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A decisão representa uma derrota para o governo do Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O texto dá poder ao Congresso de barrar empréstimos realizados por bancos públicos controlados pela União, especificamente quando essas operações financeiras são destinadas a negócios ou projetos fora do Brasil. Agora, segue para uma comissão especial que precisa ser instalada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

A base de apoio a Lula sofreu duas derrotas na CCJ nesta 4ª feira (4.dez).

Mais cedo, os governistas não chegaram a um acordo para pautar a PEC do pacote de gastos do governo. O colegiado propôs a votação do texto do Executivo, condicionando-a à apreciação da PEC do BNDES.

Não houve consenso, e a proposta foi aprovada por 31 votos a 27.

A CCJ não analisa o conteúdo das propostas legislativas, mas, sim, se o projeto atende aos princípios da Constituição de 1988. O texto ainda pode ser mudado pela comissão especial designada para debater a proposta, como também em plenário.

A análise vinha sendo adiada na comissão desde 2023. No último ano, o colegiado foi presidido pelo deputado Rui Falcão (PT-SP). Neste ano, a CCJ é comandada pela bolsonarista Carol de Toni (PL-SC).

ENTENDA A PEC
O texto é de autoria do deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE). O congressista justifica a PEC ao afirmar que, no Brasil, operações de fomento a setores específicos, como empréstimos para obras e serviços no exterior, são realizadas por instituições públicas como o BNDES e o Banco do Brasil.

Alega que faltam “comprovações formais” de que essas ações promovem o “desenvolvimento nacional”.

“Também se observa que em certos casos o empréstimo acaba por não ser honrado por parte do país que contrata a obra ou serviço, acionando garantias, caso existam, ou mesmo resultado em inadimplência”, diz o texto da PEC.

As operações de crédito externo financiadas por bancos públicos são muito usadas pela oposição como uma forma de desgastar o Executivo, principalmente por conta do risco de calote.

Fonte: Poder 360

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Cidades

Material semelhante a corais aparece na areia da praia de Ponta Negra e preocupa banhistas

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Fotos e vídeos feitos por frequentadores da praia de Ponta Negra, em Natal, mostram a areia coberta por um material que aparenta ser formado por corais. Os registros são da última sexta-feira (06). A situação causou espanto e preocupação nos visitantes no último final de semana.

Segundo o secretário da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Thiago Mesquita, o material é, na verdade, resultado de um fenômeno natural conhecido como abrasão. Ele explica que as pedras já estavam na região e, devido à dinâmica costeira intensa e ao avanço da maré, tornaram-se mais visíveis.

“Esse fenômeno já foi registrado em outras praias de Natal. Com o avanço da obra da engorda, essas pedras devem ser cobertas novamente em cerca de 40 dias”, afirmou Mesquita.

A obra de engorda da praia de Ponta Negra tem como objetivo conter o avanço do mar e ampliar a faixa de areia, protegendo a orla. O fenômeno observado faz parte das mudanças previstas na dinâmica da praia durante o processo, segundo os responsáveis pela intervenção.

Portal da Tropical

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Cidades

Cesta básica sobe 3% em novembro em Natal impulsionada por altas de tomate e óleo de soja

Foto: Sérgio Henrique

O preço da cesta básica aumentou 3% no mês de novembro em Natal, segundo dados da pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgados neste sábado (7). A alta foi impulsionada principalmente pelo aumento nos preços do tomate e óleo de soja (veja mais abaixo).

A alta seguiu uma tendência nacional, já que, segundo o Dieese, as 17 capitais analisadas registraram aumento no valor nos produtos da cesta básica em comparação com o mês de outubro, tendo Recife (5,47%) a maior alta.

O valor médio da cesta básica ficou R$ 593,54 no mês de novembro em Natal – em outubro estava R$ 572,26. Isso representou 45% do salário mínimo.

Apesar do aumento, o preço em Natal foi o quinto mais barato entre as capitais pesquisadas – João Pessoa, Recife, Salvador e Aracaju registraram cestas mais baratas. Das capitais nordestinas analisadas, apenas Fortaleza ficou a frente.

O maior custo ficou com São Paulo, cidade na qual o valor da cesta básica foi de R$ 828,39 no mês de novembro.

Na comparação com novembro de 2023, o valor da cesta básica em Natal subiu 4,63% – houve alta em todas as capitais nesse período, com destaque para Campo Grande (14%). Já considerando os 11 meses do ano de 2024, houve alta de 3,1% na capital potiguar.

G1 RN

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Geral

“Carnatal não é um compromisso, é uma necessidade”, afirma Ivete Sangalo ao comandar bloco

Foto: Luana Taize

Ivete Sangalo fez sua tradicional participação na última noite do Carnatal 2024, arrastando a multidão de foliões com sua energia vibrante e carisma incomparável à frente do Bloco Euforia. Em mais uma edição histórica do evento, a cantora destaca a importância do Carnatal em sua vida, reafirmando seu amor pela micareta: “A gente conta os dias para o Carnatal. Ele já está registrado na minha agenda pessoal. Carnatal não é um compromisso, é uma necessidade.” Com essas palavras, Ivete reforça a conexão única que mantém com o público e a micareta.

Durante a apresentação, Ivete não deixou de encantar os foliões com seus maiores sucessos e uma performance cheia de energia. O Bloco Euforia, comandado por ela, transformou-se em um dos pontos altos da noite, com a multidão vibrando a cada nota. A expectativa era alta, e Ivete não decepcionou, entregando um espetáculo inesquecível, que elevou ainda mais a celebração do evento.

Para Ivete, o Carnatal é mais do que uma festa; é uma verdadeira celebração da música e do encontro com seus fãs. Ao lado do trio elétrico, ela fez da noite uma experiência única, onde a interação com o público foi intensa e emocionante. Sua participação foi um dos momentos mais aguardados da edição deste ano, deixando todos os presentes com lembranças que ficarão para sempre.

Tribuna do Norte

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Geral

Mulher morre durante incêndio em casa na cidade de Macaíba

Foto: Reprodução

Uma mulher identificada como Risoneide Sales de Brito, de 40 anos, morreu durante incêndio em casa na cidade de Macaíba, Região Metropolitana de Natal (RN) na manhã de domingo (8).

De acordo com testemunhas, moradores vizinhos perceberam as chamas e pularam o muro para entrar na residéncia. Eles tentaram apagar o fogo com baldes de água, mas quando chegaram no quarto viram a mulher desacordada em cima da cama.

O Serviço de Ambulância Móvel de Urgência esteve no local, mas a mulher já estava sem vida. Não há informações sobre a causa do incêndio. O Itep iniciou a perícia.

Novo Notícias

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Mundo

ANÁLISE: discurso de líder rebelde sírio tem recados para Irã, Israel e Trump

Reuters

A estrada de Abu Mohammad al-Jolani para Damasco foi longa. Ele falou abertamente sobre sua mudança ao longo do caminho. De jovem combatente da Al Qaeda duas décadas atrás, a comandante rebelde que defende a tolerância sectária.

É uma jornada ao longo da qual ele teve bastante tempo para planejar onde e como marcaria sua chegada, e para ajustar sua narrativa — sua mensagem para aqueles que o colocaram no poder, aqueles que podem derrubá-lo e outros que podem mantê-lo no poder.

Não é surpresa que o rebelde islâmico tenha escolhido a venerada Mesquita Omíada de Damasco — não um estúdio de TV, nem um palácio presidencial recentemente ausente, mas um lugar de grande significado religioso, que com 1.300 anos é uma das mesquitas mais antigas do mundo — para entregar essa mensagem.

“Esta vitória, meus irmãos, é uma vitória para toda a nação islâmica”, ele disse à sua pequena comitiva, que cambaleou atrás dele contra o pano de fundo do esplendor característico de pedra preta e branca da mesquita.

É uma jornada ao longo da qual ele teve bastante tempo para planejar onde e como marcaria sua chegada, e para ajustar sua narrativa — sua mensagem para aqueles que o colocaram no poder, aqueles que podem derrubá-lo e outros que podem mantê-lo no poder.

Não é surpresa que o rebelde islâmico tenha escolhido a venerada Mesquita Omíada de Damasco — não um estúdio de TV, nem um palácio presidencial recentemente ausente, mas um lugar de grande significado religioso, que com 1.300 anos é uma das mesquitas mais antigas do mundo — para entregar essa mensagem.

“Esta vitória, meus irmãos, é uma vitória para toda a nação islâmica”, ele disse à sua pequena comitiva, que cambaleou atrás dele contra o pano de fundo do esplendor característico de pedra preta e branca da mesquita.

Destacar o Irã parece ser uma mensagem para a teocracia de Teerã – que sua intromissão acabou, seu fácil acesso terrestre ao seu megaprocurador Hezbollah no Líbano acabou, seu apoio ao Hezbollah sírio acabou, e também se foi o lar que eles já tiveram para os estoques de armas do Irã.

Mas é uma mensagem que Jolani saberá que está sendo ouvida em Tel Aviv e Washington, onde ele é considerado membro de uma organização terrorista proscrita com uma recompensa de US$ 10 milhões por sua cabeça. Uma mensagem que diz a eles, “seus interesses são compreendidos na nova Síria”, e um entendimento de sua parte de que esses são os poderes capazes de derrubá-lo.

Jolani tem se esforçado em sua corrida para Damasco para garantir que o presidente dos EUA, Joe Biden, e até mesmo o presidente eleito Donald Trump saibam de sua intenção. Não é coincidência que ele tenha escolhido uma rede de TV dos EUA, a CNN, e não uma árabe, para uma entrevista importante nos dias antes de ele depor Assad, alegando que havia se separado de outros jihadistas por causa de suas táticas brutais.

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CNN Brasil

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Brasil

Nova lista de fraudes de executivos na Americanas inclui estoques, fretes e vendas

Igor Estrela/Metrópoles

Agora, passados quase dois anos desde a eclosão da crise, pode-se dizer que o conjunto de fraudes e “desvios de conduta” praticados contra a Americanas pela antiga cúpula da empresa está mapeado. E ele é maior do que se imaginava. Além das falcatruas conhecidas, que abriram um buraco de cerca de R$ 25,2 bilhões na contabilidade da companhia, as novas descobertas incluem a manipulação de dados sobre estoques, vendas e frentes – tudo, como sempre, para garantir um “falso positivo” nos balanços da empresa.

Em relação aos “desvios de conduta”, o novo mapeamento destaca a concessão de benefícios para cúpula da varejista, mas criados por ela mesma (ou seja, um tipo de autoconcessão vantagens). Isso abrangia, por exemplo, o uso de veículos blindados de luxo por parte dos diretores mais graduados, mas sem o consentimento prévio do conselho de administração – o que seria imprescindível nesse caso, dadas as regras de governança da companhia.

A Americanas tinha um mecanismo por meio do qual os executivos recebiam um empréstimo para a aquisição de um carro. Esse tipo de medida fazia parte de uma estratégia para reter funcionários qualificados, oferecendo-lhes alguns mimos, até como uma forma de complemento salarial.

Até aqui, tudo bem. Essa é uma prática comum em grandes companhias. E o financiamento dos automóveis era parcial e pago em parcelas mensais. No fim do processo, o funcionário poderia optar pela quitação da dívida ou pela troca do veículo por um novo.

Vantagens turbinadas

Menos comum, contudo, foi o benefício autoconcedido pela (e para) a alta cúpula da companhia, que chegou a ter 22 diretores no topo da cadeia de executivos. E as vantagens dessa turma eram mais atrativas do que as oferecidas para os escalões inferiores.

Tratava-se de carros blindados de luxo comprados pela empresa. Depois, eles poderiam ser adquiridos pelos diretores com descontos de até 80%.

Por isso, era comum que toda a área de um trecho considerável do estacionamento na sede da Americanas, na Rua Coelho e Castro, perto da Praça Mauá, no centro do Rio, ficasse tomada pelos veículos blindados, num total de cerca de 20 carros, a maioria da marca Volvo, além um ou outro Tiguan ou Land Rover. Nos horários comerciais, a frota ficava acomodada ao lado de um imenso painel, com 30 metros de altura e 70 de largura, grafitado pelo artista plástico Tomaz Viana, o Toz, que se tornou uma referência visual na região portuária carioca.

Despesas com blindagem

E havia um fato curioso relacionado aos carrões. Eles simplesmente desapareciam do estacionamento nos dias em que os conselheiros compareciam à Americanas. Assim, quando o área próxima ao painel multicolorido de Toz ficava vazia, sem os veículos da cúpula, o pessoal “chão de fábrica” da varejista já sabia: “Hoje é dia de reunião do conselho de administração”, diziam.

Somente em 2018, a empresa pagou R$ 2,3 milhões para blindar esses automóveis. Em abril de 2021, com a união da B2w (o braço digital da companhia) e da Americanas (o segmento de lojas físicas), o número de altos dirigentes da empresa diminuiu. Ele passou de 22 para quatro. Ainda assim, havia sete carros de luxo à disposição desse grupo. Alguns deles, portanto, na reserva.

Fretes

Quanto às fraudes propriamente ditas, todas tinham um objetivo básico. Elas eram usadas para criar um resultado positivo para a Americanas, à revelia da realidade. Seguindo tal princípio, qualquer despesa ou tropeço comercial tinha de ser varrido para baixo do tapete das demonstrações financeiras.

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Metrópoles

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Judiciário

Judiciário pagou R$ 12 bi em penduricalhos e indenizações em 1 ano

Tetra Images/Getty Images

Tribunais de todo o país pagaram R$ 12 bilhões a juízes e desembargadores a título de indenizações, direitos eventuais e pessoais no período de um ano, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) levantados pelo Metrópoles. Essa cifra corresponde à soma de auxílios, gratificações e bônus concedidos aos magistrados em razão de decisões judiciais ou de conselhos administrativos.

A maior parte das indenizações e dos penduricalhos, como auxílios e gratificações, foi repassada a juízes estaduais, que são a maioria na magistratura. Esse montante chegou a R$ 9,3 bilhões, entre novembro de 2023 e outubro deste ano. Outros ramos do Judiciário, como Cortes superiores e as justiças Eleitoral, Trabalhista, Militar e Federal, receberam os R$ 2,7 bilhões restantes no período analisado pela reportagem.

Esses são os valores que usualmente inflam as remunerações de magistrados para além do teto constitucional, correspondente aos subsídios recebidos pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje estabelecidos em R$ 44 mil. A lista de magistrados do CNJ é composta de 17,4 mil juízes, cujas remunerações são exibidas ao órgão desde 2017 por tribunais de todo o país.

Ao contrário do restante do funcionalismo, para juízes, decisões que reconhecem o pagamento de verbas devidas do passado não entram para a fila de precatórios e são pagas imediatamente. Esses julgamentos são feitos em sessões administrativas dos tribunais ou em conselhos do Judiciário, como o CNJ e colegiados ligados aos diferentes ramos da Justiça.

No último ano, contracheques de magistrados de todo o país têm sido turbinados em razão do pagamento de adicionais por tempo de serviço (ATS). Mais conhecido como quinquênio, o ATS corresponde ao aumento automático de 5% nos salários a cada cinco anos. Ele foi extinto em 2006 pelo CNJ.

Em 2022, o Conselho da Justiça Federal (CJF), órgão administrativo ligado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e integrado em parte por juízes federais, atendeu a um pedido da associação da categoria, a Ajufe, para voltar a pagar o penduricalho, além de restituir todo o saldo retroativo desde 2006.

O ATS não foi o único benefício dado nesse período. Pontualmente, órgãos especiais dos tribunais concederam vantagens a juízes e conselhos ligados ao Judiciário atendendo a pedidos de magistrados. Nas planilhas divulgadas pelo CNJ, esses pagamentos são descritos como indenizações, direitos eventuais e pessoais – elas não recebem descrições mais detalhadas. Tribunais procurados pela reportagem silenciaram sobre o que os levou a pagar supersalários a seus juízes.

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Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Isso sim é roubalheira e absurdo, neles ninguém mexe, já no bpc, aposentados por tempo de serviço, ou por invalidez, esses o governo de LULADRAO sabe bater duro e roubar seus direitos. Bando de bandidos e corruptos, esse governo e seus cúmplices.

  2. Que justiça ! Vão logo argumentar que é tudo legalizado , “somente” os prazos dos precatórios são julgados pelos próprios e pagos de imediatos aos contemplados, diz na constituição brasileira que somos todos iguais perante a lei ! SEI !!!

  3. O judiciário cria suas próprias leis em benefício próprio. A maior piada é a aposentadoria compulsória por crimes. O judiciário diz que não pode fazer nada porque está na Lei que eles criaram. Pq não desfaz a lei? Pq eles sabem que no futuro podem precisar do benefício. Povo, o judiciário só muda se a população se rebelar, é preciso criar raiva no ignorante. O ódio é a maior energia capaz de mudar o mundo. Não podemos perder a capacidade de sentir ódio, raiva, sem isso é jogar a toalha, é a inércia que eles querem para farrear as nossas custas. O povo vive de pires na mão pela falta de ódio.

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Brasil

Construtoras querem atrair público do Bolsa Família para trabalhar no canteiro de obras

Foto: Tiago Queiroz/Agência Estado

Perto de bater o recorde de contratações e com dificuldades de atrair novos trabalhadores, as construtoras estão formulando uma proposta a ser apresentada ao governo para estimular a população atendida por programas sociais, como o Bolsa Família, a se apresentar para trabalhar nos canteiros de obras. Na visão dos empresários, os programas sociais se tornaram “concorrentes” uma vez que a maior parte das pessoas que recebe auxílio fica de fora do mercado de trabalho formal.

Por enquanto, a proposta do setor está em gestação. Ela envolve uma possível campanha das vantagens de se trabalhar nas obras até sugerir parâmetros mais flexíveis que os atuais para o público trabalhar sem perder a bolsa.

O pano de fundo é que as construtoras estão com dificuldade de encontrar mão de obra qualificada, o que as obriga a pagar salários mais altos para atrair candidatos. O setor está aquecido e atingiu a marca de 2,9 milhões de empregos formais, puxado por obras comerciais e residenciais, especialmente do Minha Casa, Minha Vida. Este é o maior nível de emprego em uma década, chegando perto do recorde histórico, que foi de 3,1 milhões em 2014.

O salário médio de admissão (primeiro emprego) na construção está em R$ 2.315, o terceiro mais alto, atrás apenas de finanças, com R$ 2.324; e administração e serviços públicos, com R$ 2.455, segundo o Ministério do Trabalho.

Emprego no Bolsa Família

Criado há 21 anos, o Bolsa Família atende 20,7 milhões de famílias com um valor médio de R$ 684 por mês. Para ter direito ao benefício, a renda de cada pessoa da família deve ser de até R$ 218 por mês.

Não é verdade que essa população não trabalha. Ao menos 2,8 milhões de famílias (13,5%) têm um membro com carteira assinada, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social. Neste ano, os beneficiários ficaram com 56% de 1,5 milhão de vagas formais geradas. Além disso, há muitos beneficiários em postos informais, como faxineiras, jardineiros, feirantes, pedreiros, motoristas, entregadores, entre outros, cuja quantidade exata não é bem conhecida.

Desde o ano passado, o Bolsa Família ganhou uma regra que garante a manutenção do benefício às pessoas que assinam a carteira de trabalho. O objetivo foi incentivar a procura por emprego. Chamada ‘Regra de Proteção’, ela prevê que famílias em que a renda subir acima de R$ 218 por pessoa sigam recebendo benefícios. Para isso, o aumento de renda não pode ultrapassar meio salário mínimo (R$ 706) por indivíduo. Nessas condições, passam a receber 50% do valor regular do benefício por até 24 meses.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Tenho certeza, infelizmente, que as construtoras irão responder por essa proposta “imoral”…
    Na nossa Nação, a concessão de “bolsas” (necessárias em casos específicos), tornou-se um tipo de “escravidão” de pessoas carentes que, nos olhos dos governantes, serão revertido em votos nas campanhas eleitorais…
    Esse assistencialismo, tem que ter uma porta de entrada e, principalmente, uma porta de saída…
    Conheço vários e vários casos, que os beneficiários dessas bolsas, preferem receber esse benefício, a ter que trabalhar com carteira assinada…
    Se não me engano, em recente pesquisa, constatou-se que 19 Estados, tem mais beneficiários do que pessoas com carteira assinada…
    Não há economia que resista a isso: “sustentar” pessoas aos milhares, sem que essas pessoas não produzam nada…
    No meu humilde conhecimento, acho que, como no caso presente, quando fosse oferecido uma vaga para esses “beneficiários bolsistas”, e ele recusasse o emprego, o benefício deveria ser cortado…

  2. Espero que tenham êxito. Mas tem muita gente viciada em receber dinheiro sem trabalhar. Só Deus na causa.

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Mundo

2024 é o ano mais quente da história da humanidade, segundo observatório da União Europeia

Mukesh Gupta – 1º.jun.2024/AFP

Com a confirmação de que novembro foi mais um mês com temperaturas escaldantes, agora já é dado por certo que 2024 será o ano mais quente da história da humanidade, segundo o observatório Copernicus, da União Europeia.

Desde o começo do segundo semestre, os cientistas europeus já vinham chamando a atenção para a alta probabilidade de que o recorde global de temperaturas, estabelecido em 2023, fosse superado neste ano.

Embora fosse bastante improvável, ainda era matematicamente possível evitar esse cenário se os termômetros registrassem valores bem mais baixos do que os anteriores durante últimos meses de 2024. Os dados revelados na madrugada desta segunda (9) mostram, porém, que isso não aconteceu.

De janeiro a novembro deste ano, as temperaturas médias globais ficaram 0,72°C acima da média de 1991 a 2020 —o maior valor já registrado para esse intervalo e 0,14°C superior ao mesmo período de 2023.

O mês passado foi o segundo novembro mais quente da história, atrás apenas daquele de 2023. A temperatura global média da superfície do ar foi de 14,10°C, o que representa 1,62°C acima do nível pré-industrial.

Os valores relativos ao período de 1850 a 1900 —antes da Revolução Industrial e dos efeitos do aquecimento potencializado pela emissão em larga escala de gases de efeito estufa— são considerados pelos pesquisadores o padrão para avaliar as mudanças de temperatura no planeta.

Novembro de 2024 foi o 16º mês, em um período de 17 meses, em que a temperatura média global da superfície do ar superou 1,5°C de diferença em relação aos níveis pré-industriais. Esse valor é considerado pelos cientistas como o limite para evitar as piores consequências do aquecimento global e é também a meta preferencial pactuada no Acordo de Paris, de 2015.

Ainda que os números sejam motivo de alerta, cientistas afirmam que o limite de 1,5°C de aquecimento ainda não foi definitivamente ultrapassado. Para isso, seriam necessários vários anos com valores acima desse patamar.

“Com os dados do Copernicus para o penúltimo mês do ano, podemos agora confirmar com virtual certeza que 2024 será o ano mais quente já registrado e o primeiro ano-calendário acima de 1,5°C. Isso não significa que o Acordo de Paris foi violado, mas enfatiza que a ação climática ambiciosa é mais urgente do que nunca”, diz Samantha Burgess, diretora-adjunta do serviço de mudanças climáticas do Copernicus.

No fim de outubro, um relatório do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) afirmou que ainda é tecnicamente possível limitar o aquecimento global a 1,5°C, mas que essa missão é cada vez mais difícil.

De acordo com o levantamento, nas condições atuais, o planeta se encaminha para um aumento de temperatura de até 3,1°C.

Segundo os dados do Copernicus, novembro também foi marcado por altas temperaturas nos oceanos. A média da superfície do mar na faixa de latitude entre 60°S e 60°N —que abrange a maior parte dos oceanos, excluindo as regiões polares— foi de 20,58°C. Esse é o segundo número mais alto registrado para o mês, abaixo apenas 0,13°C do documentado em novembro de 2023.

Temperaturas abaixo da média na região do Pacífico indicam uma transição para condições neutras ou para o fenômeno climático La Niña, mas, ainda assim, as temperaturas na superfície da água permaneceram excepcionalmente altas em muitas regiões oceânicas.

Na Antártida, o gelo marinho atingiu seu menor valor mensal para novembro, ficando 10% abaixo da média e superando ligeiramente os valores de 2016 e 2023. Segundo o Copernicus, o resultado dá continuidade a “uma série de grandes anomalias negativas históricas observadas ao longo de 2023 e 2024” na região.

Do outro lado do mundo, a extensão do gelo marinho no Ártico ficou 9% abaixo da média, atingindo o terceiro menor valor mensal para novembro.

O período de setembro a novembro de 2024, o outono europeu, foi mais úmido do que a média nas regiões centrais e ocidentais do velho continente.

No resto do mundo, o período teve condições mais secas do que a média na maior parte da América do Norte e do Sul, Rússia ocidental, Chifre da África, sul da China e África Austral.

Outras regiões, contudo, tiveram mais chuvas do que a média, incluindo partes dos Estados Unidos, Ásia Central, partes do Chile e do Brasil e a maior parte do oeste e centro da Austrália.

Folha de São Paulo

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Brasil

No governo Lula, custos de estatais explodem e lucro desaba

Reprodução

Após quatro anos consecutivos de redução no excessivo número de funcionários, as empresas estatais do governo federal voltaram a inchar e onerar a folha no governo Lula (PT). Além de diversos benefícios, aposentadorias e planos de saúde especiais, os empregados de estatais estão fora do teto salarial do funcionalismo. Em 2023, foram R$130,2 bilhões gastos com pessoal, segundo o Relatório Agregado de Empresas Estatais Federais. Em 2022, esse custo foi bem menor: R$115,8 bilhões.

Custo sem benefício

Se a farra no valor da folha salarial aumentou exponencialmente, caíram em 2023 o lucro das estatais (-28%) e seu faturamento (-5,2%).

Fazenda de cabide

O número de funcionários de estatais federais caiu de 476,2 mil em 2019, para 434 mil em 2022. Em 2023 voltou a subir, para 436,3 mil.

Recorde negativo

Os R$130,2 bilhões torrados com salários e benefícios nas estatais é o maior valor desde 2020, mesmo corrigido pela inflação.

Concentração

Cerca de 82% de todos os funcionários de estão em cinco estatais: Banco do Brasil, Caixa, Correios, Petrobras e uma certa Ebserh.

Diário do Poder

Opinião dos leitores

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