A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou nesta 4ª feira (4.dez.2024) a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 3 de 2023, conhecida como PEC do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A decisão representa uma derrota para o governo do Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O texto dá poder ao Congresso de barrar empréstimos realizados por bancos públicos controlados pela União, especificamente quando essas operações financeiras são destinadas a negócios ou projetos fora do Brasil. Agora, segue para uma comissão especial que precisa ser instalada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
A base de apoio a Lula sofreu duas derrotas na CCJ nesta 4ª feira (4.dez).
Mais cedo, os governistas não chegaram a um acordo para pautar a PEC do pacote de gastos do governo. O colegiado propôs a votação do texto do Executivo, condicionando-a à apreciação da PEC do BNDES.
Não houve consenso, e a proposta foi aprovada por 31 votos a 27.
A CCJ não analisa o conteúdo das propostas legislativas, mas, sim, se o projeto atende aos princípios da Constituição de 1988. O texto ainda pode ser mudado pela comissão especial designada para debater a proposta, como também em plenário.
A análise vinha sendo adiada na comissão desde 2023. No último ano, o colegiado foi presidido pelo deputado Rui Falcão (PT-SP). Neste ano, a CCJ é comandada pela bolsonarista Carol de Toni (PL-SC).
ENTENDA A PEC
O texto é de autoria do deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE). O congressista justifica a PEC ao afirmar que, no Brasil, operações de fomento a setores específicos, como empréstimos para obras e serviços no exterior, são realizadas por instituições públicas como o BNDES e o Banco do Brasil.
Alega que faltam “comprovações formais” de que essas ações promovem o “desenvolvimento nacional”.
“Também se observa que em certos casos o empréstimo acaba por não ser honrado por parte do país que contrata a obra ou serviço, acionando garantias, caso existam, ou mesmo resultado em inadimplência”, diz o texto da PEC.
As operações de crédito externo financiadas por bancos públicos são muito usadas pela oposição como uma forma de desgastar o Executivo, principalmente por conta do risco de calote.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 79 anos, ficará em observação nos próximos dias depois de ser submetido a uma craniotomia na noite dessa segunda-feira (9/12). De acordo com o cardiologista Roberto Kalil Filho, que acompanha o presidente, Lula está estável e já acordado na manhã desta terça-feira (10/12). “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está bem, estável, acordado e conversando”, afirmou Kalil em coletiva de imprensa.
Além de Kalil Filho, Ana Helena Germoglio, Rogério Tuma, Marcos Stavale e Mauro Suzuki participam de entrevista coletiva neste momento, no Hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo.
Lula foi internado e fez uma craniotomia de emergência na unidade de São Paulo do Hospital Sírio-Libanês, na noite dessa segunda-feira (9/12). A cirurgia, realizada para a drenagem de um hematoma, transcorreu sem intercorrências.
O presidente sentiu dores de cabeça na noite dessa segunda e esteve na unidade do hospital em Brasília para realizar exame de imagem. A ressonância magnética mostrou hemorragia intracraniana, decorrente da queda que sofreu em casa. Ele, então, foi transferido para São Paulo.
Queda ao cortar unhas
No dia 19/10, o presidente Lula caiu no banheiro, no Palácio da Alvorada, enquanto cortava as unhas. Na ocasião, ele bateu a cabeça e teve traumatismo craniano e pequeno sangramento no cérebro.
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá propor um salário mínimo de R$ 1.517 em 2025. O valor é R$ 105 superior ao atual, de R$ 1.412. O salário mínimo é corrigido pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de novembro, divulgado nesta 3ª feira (10.dez.2024) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa acumulada em 12 meses foi de 4,84%.
A estimativa da remuneração base considera a nova regra proposta pelo governo, que quer emplacar a medida já em 2025. A equipe econômica quer limitar o crescimento da remuneração até 2,5% acima da inflação. O cálculo funciona dessa forma:
salário mínimo + (salário mínimo x INPC) = correção pela inflação;
correção pela inflação + (correção pela inflação x trava da nova regra) = valor do salário mínimo seguinte.
A regra em vigor atualmente faz com que o salário mínimo seja reajustado pela inflação acumulada em 12 meses até novembro e também pela variação do PIB (Produto Interno Bruto) de 2 anos antes. No caso de 2025, o PIB de referência é de 2023, que subiu 3,2%.
Portanto, o salário mínimo subiria de R$ 1.412 para R$ 1.528, uma alta de R$ 116. A proposta do governo que deverá ser votada no Congresso ainda neste ano impõe um limite de um reajuste de 2,5% acima de inflação, o que seria um valor R$ 11 menor que na regra atual.
O Sindsaúde/RN convocou todos os servidores e servidoras da enfermagem do estado a comparecerem na próxima quarta-feira (11), a partir das 9h, em uma paralisação de 24h para pressionar os Deputados Estaduais a votarem a favor da inclusão do Piso da Enfermagem no Plano de Cargos, Carreiras e Salários no contracheque.
Como também pela aprovação da PEC 19/2024 que atrela as 30 horas ao piso da enfermagem, pelo pagamento do Piso da Enfermagem aos aposentados e pela aprovação do Projeto de Lei de Recomposição Salarial dos Servidores da Administração Direta e Indireta, que garante o reajuste dos profissionais da saúde e o reconhecimento dos ATS.
Além disso, deve ser votado o projeto que garante a recomposição salarial de 4,6% para todo o funcionalismo público do estado para o ano de 2025 e 2026, a implantação do piso da Radiologia para ativos e aposentados, a reimplantação da mudança de nível para os servidores acima de 30 anos de serviço, bem como, o PL que modifica o cálculo do 13º salário dos plantões eventuais.
Portanto, os demais servidores da saúde que estiverem de folga também devem comparecer para fortalecer a luta de todos os trabalhadores e trabalhadoras da saúde.
Apontada inicialmente como suspeita de atirar contra o namorado e depois se matar, Wanessa Melo da Silva, de 22 anos, agora é considerada a vítima do crime, segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Norte. O caso aconteceu no município de Touros, litoral Norte potiguar, em novembro.
Victor Hugo de Assis Moura, de 26 anos, que chegou a ser socorrido com vida e morreu no hospital foi apontado pela polícia, nesta terça-feira (10), como o autor do crime.
A reviravolta no caso aconteceu com a chegada do laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), que apontou que a cena do crime foi alterada antes da chegada da polícia, no dia 9 de novembro.
Como a vítima e o agora suspeito do crime morreram, as investigações irão se concentrar em identificar quem alterou a cena, segundo o delegado Jaime Groff, da delegacia de Touros. A perícia identificou uma mudança do local da arma.
“A arma estava próxima do corpo dela (quando a polícia chegou). Então, alguém retirou do corpo dele e colocou perto dela, como se ela tivesse atirado. A gente verificou que essa arma sofreu uma movimentação no local do crime, saiu de perto dele e foi para perto do colo dela”, disse o delegado.
Além disso, o corpo de Wanessa Melo da Silva foi encontrado no dia 9 de novembro em uma fase de decomposição chamada gasosa. De acordo com a polícia, isso indica que a morte dela aconteceu cerca de dois dias antes, possivelmente na quinta-feira (7).
“Não tem como ela ter disparado nele e depois ter tirado a própria vida. Até porque o ferimento que ele tinha na cabeça não permitiria que ele ficasse vivo tanto tempo”, considerou o delegado.
Os investigadores acreditam que Victor Hugo atirou na namorada e ficou dentro do imóvel com o corpo por cerca de dois dias. Somente no sábado (9) ele teria atirado contra a própria cabeça.
“A gente vai apurar agora quem alterou a cena do crime, que é um delito chamado fraude processual. A gente já tinha começado a investigação para verificar a motivação, o casal realmente discutia muito, tinha um histórico de uma relação atribulada. E aí a gente vai aproveitar esses depoimentos que já colheu e seguir adiante e descobrir quem alterou a cena do crime”, disse Groff.
Operado na madrugada desta terça-feita (11) para conter um hematoma na cabeça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava indisposto desde a manhã anterior, segundo relato de pessoas próximas.
Apesar de lúcido e orientado, estava se sentindo sonolento e com mal-estar. Mas seguiu tocando os compromissos. “Ele só se entregou na última agenda”, disse uma fonte que acompanhou o dia do presidente.
Por volta das 17h, Lula pediu para assessores chamarem a equipe médica. Ouviu que deveria ir Imediatamente ao hospital Sírio Libanês de Brasília para realizar exames.
Chegou a resistir, mas acabou convencido ainda em seu gabinete presidencial. Do Palácio do Planalto foi direto ao hospital.
Os exames de imagem detectaram, de acordo com boletim médico, uma hemorragia intracraniana consequência da queda recente no banheiro no Palácio da Alvorada. Médicos, então, avaliaram que seria melhor viajar para São Paulo.
O avião presidencial contou itens de UTI, que não precisaram ser usados. Houve restrição de passageiros. Foram somente os imprescindíveis: a primeira-dama Janja da Silva, seguranças e equipe médica, que contou com um neurocirurgião.
Infeliz do homem que se diz religioso e de Deus, e ainda assim deseja o mal de seu semelhante. A política adoeceu as pessoas.
Eu posso não gostar de Lula ou de Bolsonaro enquanto presidente, tudo bem, mas querer seu mal é no mínimo doentio. Procure ajuda.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) estuda medidas para diminuir a abstenção nas eleições, que no pleito municipal deste ano atingiu o patamar de 29,26%, o segundo maior desde 2012. Entre as opções na mesa estão aumentar o valor da multa para quem deixa de votar e acabar com a justificativa de ausência no mesmo dia da eleição.
A presidente do TSE, Cármen Lúcia, prefere priorizar campanhas de conscientização, mas não descarta a possibilidade de enfrentar a abstenção em várias frentes.
“Eu acho que o brasileiro já está tão cansado de tudo que aumenta de ônus. Uma coisa é você contar para ele que esse é um direito importante para você, para quem vem depois de você, para quem já veio antes de você. Eu sempre acho que o que é só uma imposição não fica para sempre”, disse a ministra a jornalistas após a apresentação do Relatório de Avaliação das Eleições de 2024.
De acordo com a ministra, a Justiça Eleitoral vai examinar as múltiplas causas que levam à abstenção para buscar diminuir essa taxa, “ou pelo menos convidar [o eleitor] com mais foco”.
Na apresentação do relatório, a ministra rejeitou a avaliação de que o eleitor perdeu o interesse em votar e destacou que o dado sobre a abstenção abrange, inclusive, o eleitorado facultativo — jovens entre 16 e 18 anos e com mais de 70 anos.
Enquanto no eleitorado jovem a ausência nas urnas foi de 10,57%, entre pessoas 70+ o porcentual foi de 51,08%. “Pegar um dado frio e dizer que é a abstenção total leva eventualmente a equívocos”, observou a ministra.
Na segunda-feira (9), a reforma tributária deu mais um passo com a apresentação do parecer do relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O texto, que busca equilibrar justiça fiscal, sustentabilidade econômica e inclusão social, tem como base a proposta aprovada pela Câmara dos Deputados em outubro.
O relatório mantém a estrutura central da reforma, que substitui os atuais tributos federais, estaduais e municipais pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS).
Além disso, incorpora alterações significativas, como a ampliação de isenções fiscais, redução de alíquotas para setores prioritários e criação de incentivos voltados para demandas sociais e econômicas.
Em outubro, a Câmara dos Deputados aprovou a base da reforma tributária, propondo a criação do IBS e CBS para unificar tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS. A alíquota padrão foi definida em 26,5%, e o texto trouxe benefícios fiscais como a isenção para produtos da cesta básica e redução de tributos para medicamentos e outros bens essenciais.
A versão da Câmara também previa o Imposto Seletivo, conhecido como “imposto do pecado”, que incidiria sobre produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, como bebidas alcoólicas e cigarros.
Cesta básica nacional
Isenção de impostos para 22 itens, incluindo carnes, queijos, farinhas e óleo de milho.
Essa ampliação elevou a alíquota geral do IVA de 26,5% para 27,03%.
Medicamentos
Isenção total para medicamentos voltados ao tratamento de câncer, doenças raras, AIDS/DSTs e doenças negligenciadas.
Vacinas e soros também terão alíquota zero.
Carros para PCD e autistas
Isenção de impostos para veículos de até R$ 200.000, com ajuste anual pelo índice da Tabela Fipe.
Setor imobiliário
Redução de até 60% nas alíquotas para imóveis residenciais novos e de 40% para outros imóveis.
Redutor social de até R$ 100.000 para imóveis residenciais e R$ 30.000 para lotes.
No caso de aluguéis, a dedução na base de cálculo foi ampliada de R$ 400 (Câmara) para R$ 600 (Senado).
Imposto do pecado
Mantido para produtos como bebidas alcoólicas, açucaradas, cigarros e combustíveis fósseis.
Devolução parcial ou total de impostos pagos em produtos essenciais, como gás de cozinha, energia elétrica e água, para famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico.
Cashback Tributário
Devolução parcial ou total de impostos pagos em produtos essenciais, como gás de cozinha, energia elétrica e água, para famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico.
Comparação com a Câmara
Alíquotas Gerais: No Senado, a alíquota padrão do IVA subiu de 26,5% (Câmara) para 27,03%, devido à ampliação das isenções.
Medicamentos: A Câmara previa isenção para uma lista limitada de princípios ativos, enquanto o Senado ampliou para grupos de doenças prioritárias.
Setor Imobiliário: O Senado trouxe mais benefícios, aumentando os redutores e flexibilizando regras para aluguéis e vendas de imóveis.
Para o advogado tributarista Gabriel Santana Vieira, o texto aprovado no Senado avança em pontos essenciais, mas traz desafios significativos. Ele destacou que a ampliação de isenções, como a de carnes e queijos, busca proteger o poder de compra da população, mas pode impactar a arrecadação pública.
“A isenção de impostos sobre alimentos básicos como carnes e queijos é uma medida que visa garantir acesso à alimentação de qualidade”, explica o advogado.
Para ele, no entanto, a renúncia fiscal pode criar um déficit nos cofres públicos, exigindo ajustes em outras áreas ou aumento de outros impostos. “Além disso, essa medida pode distorcer o mercado, favorecendo alguns produtores e prejudicando outros”, continua.
Sobre a redução de impostos para medicamentos, Vieira destacou o benefício para a população mais vulnerável, mas ponderou os efeitos sobre a indústria farmacêutica.
“A saúde é um direito fundamental, e essa redução é positiva para garantir acesso a tratamentos. Contudo, é preciso avaliar se isso pode comprometer a capacidade de investimento em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos”, compara.
Cancelada por falta de quórum
A sessão extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, marcada para esta segunda-feira (9) para a leitura do relatório sobre a regulamentação da reforma tributária, foi cancelada devido à falta de quórum.
O vice-presidente da CCJ, senador Marcos Rogério (PL-RO), tomou a decisão ao constatar que apenas oito senadores haviam registrado presença até as 16h10, quando o mínimo necessário para abrir os trabalhos era de 14 parlamentares.
“Tendo em vista a absoluta falta de quórum, declaro a sessão cancelada”, afirmou Rogério, destacando que a sessão era “absolutamente importante” e criticando a ausência de senadores. Ele também observou que a maioria dos presentes eram parlamentares da oposição.
O relator da proposta, senador Eduardo Braga (MDB-AM), não estava no plenário no momento do cancelamento. Após ser informado, ele realizou diversas ligações para entender os motivos da baixa presença.
A expectativa era de que o parecer fosse lido nesta segunda, para que o texto fosse votado na CCJ até quarta-feira (11) e seguisse ao plenário, permitindo o envio à Câmara ainda este ano.
O presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP), que havia articulado o acordo para a leitura do parecer, também não compareceu à sessão. A ala governista defende que uma nova reunião seja convocada ainda nesta terça-feira (10) para evitar atrasos no cronograma.
DEU UM PASSO PRA TRÁS KKK Tributária: senador alega ➡️“falta de quórum” e cancela reunião da CCJ para leitura de parecer. AGORA, O TÍTULO DA MATÉRIA VEM SEMPRE PRA ENCHER A BOLA DO GOVERNO KKK
Apenas um dos 16 pedidos feitos ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pela concessão de indenizações, gratificações e outras verbas para juízes neste ano não teve participação de associações de lobby pelos interesses corporativos da magistratura.
Estudos recentes mostram como essas associações têm enfileirado ações em busca de benefícios e vantagens a juízes e conseguido dominar até mesmo o CNJ, órgão criado para fiscalizar magistrados de todo o país.
Balanços financeiros obtidos pelo Metrópoles mostram gastos milionários dessas entidades com eventos, patrocínios de grandes empresas e relatórios periódicos sobre a defesa de penduricalhos e outras remunerações a magistrados.
As associações de juízes são privadas. Seus dirigentes, por lei, podem ficar afastados do exercício do cargo, com a manutenção de suas remunerações públicas, para exercer liderança dessas entidades. Mas decisões nos últimos anos têm concedido ainda mais direitos.
Segundo entendimento do CNJ, esses juízes podem, por exemplo, receber até algumas gratificações mesmo fora dos gabinetes para exercer a atividade, semelhante ao sindicalismo. Parte desses pedidos foi feita neste ano. Dos 16 pedidos por penduricalhos e indenizações julgados, seis foram aceitos, cinco foram adiados e cinco rejeitados.
O poderio dessas associações foi fortalecido ao longo dos anos, mesmo antes da promulgação da Constituição de 1988. Com forte trânsito na política, associações conseguiram obter, a partir de leis estaduais, até mesmo uma parcela dos valores pagos por quaisquer cidadãos para registrar certidões em cartório.
Em São Paulo, por exemplo, um porcentual de cada certidão de nascimento era destinado à Associação Paulista da Magistratura (Apamagis). A lei que estabeleceu o dízimo à entidade privada foi criada em 1983, no governo de José Maria Marin, durante a ditadura militar, e só foi derrubada pelo ex-governador Geraldo Alckmin, em 2001.
Após 1988, essas entidades ganharam a possibilidade de questionar leis junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o economista Bruno Carazza, autor do livro “O País dos Privilégios”, de lá para cá, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) foi a segunda maior litigante da Corte.
Até o início de 2024, moveu 276 ações, muitas delas em busca de benefícios a juízes, segundo o estudioso. Também houve questionamentos de leis que exigiam transparência do Judiciário. Foi a AMB que obteve em 2023, por exemplo, a decisão do STF que liberou juízes de todo o país do impedimento para julgar causas de clientes de escritórios de seus parentes.
Líderes partidários devem seguir discutindo ao longo desta terça-feira (10) a tramitação do pacote fiscal do governo federal.
O debate ocorre em meio à insatisfação do Congresso Nacional sobre a decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de manter regras mais duras para o pagamento de emendas parlamentares.
O assunto deve ser uma das pautas da reunião de líderes da Câmara nesta tarde. Na noite de segunda-feira (9), o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), recebeu deputados na Residência Oficial para discutir o assunto.
Mais cedo, Lira foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto para discutir a questão das emendas. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também participou do encontro.
Pacote fiscal
O pacote de corte de gastos do governo, composto por três projetos, é considerado uma das prioridades da equipe econômica de Lula neste ano. O objetivo das propostas é garantir que a gestão cumpra a meta fiscal nos próximos anos.
Os textos enfrentam dificuldades para a tramitação no Congresso, já que líderes condicionam a votação das matérias à resolução do impasse sobre as emendas.
Na última semana, dois itens do pacote tiveram o regime de urgência aprovado pelo plenário. Na prática, a medida acelera a tramitação dos textos, já que dispensa a análise das propostas em comissões temáticas e autoriza que a discussão ocorra diretamente no plenário.
No entanto, o placar de votação das urgências foi apertado. Os requerimentos receberam 260 e 267 votos favoráveis, respectivamente, e precisavam do apoio de ao menos 257 deputados para serem aprovados.
Na avaliação de líderes, o placar apertado sinaliza a dificuldade da Câmara em aprovar as matérias. Além disso, deputados ouvidos pela CNN na segunda afirmam que “não há clima” para dar andamento às propostas nesta semana.
Medidas mais duras? O que o ministro está querendo é transparência nas transações. Chamar de medidas duras? Medidas essenciais, que todo político der vergonha deveria apoiar.
Sob risco de perda do cargo após ter sido publicamente criticado pelo presidente Lula, o ministro Paulo Pimenta (PT), da Secom (Secretaria de Comunicação), afirmou nesta segunda-feira (9) que vê com naturalidade a possibilidade de ser substituído, uma vez que exerce uma função de confiança.
“Se, em um determinado momento, ele achar que é preciso que tenha uma mudança mais aguda que eventualmente passe pela minha substituição, eu vejo isso com absoluta naturalidade. O presidente sabe que vai poder contar comigo sempre. Independente de ter um cargo uma função do ministério ou qualquer outra tarefa que ele possa me designar”, afirmou o ministro, após uma conversa com Lula.
Usando a comparação com a escalação de um time de futebol, sendo Lula o técnico, Pimenta admitiu a hipótese de ficar no banco de reservas. “Tenho consciência e vejo isso de forma muito muito tranquila. O presidente escala a posição em que cada um vai jogar e, se precisar deixar algum no banco por um tempo, a gente fica no banco. A gente faz parte do mesmo projeto. O poder de decisão é de quem vai ser mais cobrado. Quem responde por tudo isso é ele.”
Questionado se sentiu atingido ou incomodado por ter sido publicamente criticado, Pimenta disse que não tem esses melindres. “O presidente é uma pessoa que é muito autêntica, faz questão de que as pessoas saibam aquilo que ele pensa e se sente muito à vontade para fazer essas falas no ambiente de companheiros e companheiras que é o PT. Então, eu não me sinto de maneira alguma atingindo ou exposto. Não tem esse tipo de melindre na relação com ele e nem ele tem comigo”, afirmou.
Ao responder se reconhecia algum erro à frente da pasta, Pimenta afirmou ter aprendido a importância da de saber utilizar cada vez mais o presidente como principal comunicador.
Na sexta-feira (6), Lula disse que “há um erro do governo na questão da comunicação” e que será obrigado a “fazer as correções necessárias”.
Sobre a hipótese de ser substituído pelo publicitário Sidônio Palmeira, Pimenta defendeu que ele esteja próximo do governo, como tem dito o presidente. Segundo aliados, Lula tem apontado, em conversas, a necessidade de ter Sidônio por perto.
“Sidônio é uma pessoa extremamente qualificada, uma pessoa da relação do presidente, de confiança. Também confio muito e sei da capacidade dele. Acho que quanto mais ele estiver perto do presidente, mais ajuda”, elogiou.
Ainda segundo esses aliados, Lula já admitiu a Pimenta a possibilidade de ele vir a ser substituído no cargo. Mas ressaltou a intenção de tê-lo por perto. Integrantes do governo levaram a Lula a sugestão para que Pimenta seja líder do governo na Câmara ou da bancada de deputados do PT.
Outra ala tem sugerido que Pimenta assuma a Secretaria-Geral da Presidência, no lugar de Márcio Macêdo (PT). Mas essa vaga pode estar reservada a Alexandre Padilha (PT), das Relações Institucionais, caso venha a ser substituído por algum indicado do centrão.
No sábado, o Diretório Nacional do PT aprovou uma resolução na qual cobra reformulação na comunicação do governo Lula. O texto diz que “Lula faz um ótimo governo que precisa apenas ajustar o modo de comunicar e informar o seu povo”.
Isso é pura e simples subserviencia, debaixo do tacão do coronel, as suas fileiras se recusam a sair do círculo do poder. Indivíduo pífio, sem moral, subserviente, não larga o osso de jeito nenhum, devia ter vergonha, inúmeros ministros de outros partidos foram acusados, envolvidos em maracutais e o nine deu o braço e afagou os seus egos com a cumplicidade de um pai, aí vem um sujeito desses dizer que se conforma com o banco, triste, foi irresponsável com seu estado natal nas enchentes, não entregou nada e ainda é chamado de fraco por não fazer o seu serviço direito e consequentemente ser removido da função, e um lambe botas desqualificado.
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