Policiais civis da Divisão Especializada em Investigações e Combate ao Crime Organizado (Deicor) continuam no Ceará, procurando por Antônia Berenice Nascimento, apontada como partícipe do sequestro do jovem mossoroense Porcino Segundo, em junho passado, no município de Ceará Mirim.
Segundo os policiais, Berenice era a cozinheira dos cativeiros e por não concordar com a forma de tratamento do sequestrador Francisco Genério Bruno da Silva com Popó, afastou-se do grupo dias antes da descoberta do cativeiro na praia Pitangui, Litoral Norte e fugiu para o Estado vizinho.
Segundo a delegada titular da Deicor, Sheila Freitas, é provável que Berenice tenha sido contaminada pela síndrome de Estocolmo. “O Genério dizia que ia enviar partes do corpo de Popó para a família [Porcino] como prova de que o jovem estava vivo, e ela não concordava com aquilo, com pena de Popó”.
Sheila ainda revelou que, após a descoberta do cativeiro, recebeu uma ligação anônima de alguém se dizendo arrependida e contando detalhes da rotina nos cativeiros de Popó. “Quem ligou não se identificou, mas com certeza esteve naqueles cativeiros”.
Questionada se esta pessoa teria sido Berenice, a delegada preferiu silenciar, justificando ainda não poder revelar detalhes sobre a investigação.
Prisão de uma foragida só foi possível graças a delação da quadrilha
Orlandina Torres Carneiro, acusada pelo sequestro do jovem mossoroense Porcino Segundo, presa ontem (9) no final da tarde, durante um velório em Fortaleza/CE, foi localizada após ser delatada pelos demais integrantes da quadrilha já presos.
A revelação foi feita esta tarde (10), pela delegada titular da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), Sheila Freitas, durante entrevista coletiva concedida na Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol), em Natal.
Segundo a delegada, Orlandina Torres fugiu para o Ceará um dia antes da descoberta do cativeiro. “Ela é especialista em clonagem de cartões e era a companheira de crime do Paulo Victor, os dois já foram presos juntos, duas vezes aqui no RN e também no Distrito Federal”.
A sequestradora foi a responsável por alugar as duas residências usadas como cativeiro e também pela compra de alimentos para o grupo.
Sheila ainda contou que Orlandina pintou o cabelo e mudou seu estilo de se vestir para não ser reconhecida. “Já estávamos monitorando ela há alguns dias e esperávamos que ela fosse a este velório porque dias antes ela visitou a criança no hospital”.
Orlandina já foi transferida do Ceará e está presa no Centro de Detenção Provisório Feminino de Emaús, Parnamirim.
*Com informações da Tribuna do Norte e Nominuto.com
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