Opinião

De todas as armas apreendidas no Rio, apenas 11 eram registradas

Foto: Reprodução

Um espectro ronda a discussão sobre segurança pública no Brasil: o espectro da liberação das armas. Quem é contra garante que, com o afrouxamento das restrições ao porte-posse de arma, viveremos uma carnificina diária; discussões sobre o preço do tomate na feira acabarão em banhos de sangue. Quem é a favor afirma que armas de fogo resolvem de invasão de domicílio a unha encravada, além de serem ótimas como peso de papéis. Nem lá, nem cá, eu levanto dados e números. Aqui vai um deles: 0,022%.

Eu pedi, e a Secretaria de Polícia Civil do Rio prontamente forneceu, via Lei de Acesso à Informação, microdados (ou seja, os dados separados, um a um) das apreensões de armas e munição no estado entre janeiro de 2016 e julho deste ano. Com dois detalhes importantes: se a origem da arma é lícita ou ilícita e a que tipo de dono pertenciam.

Das 48.656 armas listadas pela Polícia Civil como apreendidas nos últimos 43 meses, apenas 83, ou 0,17%, constam como tendo origem lícita. Já seria um dado suficiente para embasar o que já escrevi algumas vezes: o verdadeiro problema são as armas ilegais, ilícitas, — no caso das apreendidas de 2016 para cá, 99,83% do total, — não as armas registradas, com dono, endereço, CPF etc. Mas vamos adiante.

Vou retirar da conta as armas das polícias, Forças Armadas e outras forças de segurança que foram apreendidas — em situações, por exemplo, para perícia após confronto, ou recuperação de armamento desviado, ou listadas no caso de furto ou roubo de armamento — e as armas não identificadas por qualquer motivo, como as que têm a numeração raspada. Vamos olhar só as armas com registro particular (que podem pertencer a pessoas comuns, militares, policiais).

Nestes mais de três anos e meio, foram apreendidas 3.367 armas marcadas pela polícia como “registro particular” — sejam elas lícitas ou ilícitas. Temos aí mais um argumento contra a histeria acerca da flexibilização do porte e da posse: só 6,9% do armamento apreendido está na mão de (ou pertencia a) particulares. Só que dá para ir além.

Dessas 3.367 armas, 3.356 têm procedência ilícita. Mas 1.224 destas ou foram entregues voluntariamente na campanha do desarmamento (314 armas) ou foram roubadas, furtadas ou extraviadas — em alguns casos, durante outros crimes, como roubo de carga, homicídio etc. Ou seja, o crime não foi cometido com a arma: a perda ou furto da arma é o crime em si. Sobram 2.132 armas; não que seja pouco, mas o número corresponde a 4,38% do total de apreensões.

Chegamos, então, às armas de procedência lícita. São 11. Onze. Oito pistolas e três revólveres apreendidos em 43 meses. Míseros 0,022% do total das armas apreendidas. Todas .38, um calibre comum em armamento de defesa pessoal no Brasil. Sete registros de ocorrência na Baixada Fluminense, dois no Norte Fluminense, um na Região dos Lagos e um na Região Serrana. Um caso em 2017, três em 2018 e sete em 2019. Apreendidas nos seguintes crimes: quatro tentativas de roubo de veículo, duas tentativas de homicídio, uma ameaça, um roubo a pedestre e um roubo não especificado (outros), uma tentativa de roubo não especificada e um registro de resistência. Como se vê, mais crimes tentados do que levados a cabo.

Ou seja, se é possível usar a apreensão de armas como termômetro, todo o desespero, todos os discursos no plenário do Congresso, todo o pânico nas ruas, as discussões, os debates, as mesas redondas, as plenárias em universidades, as dissensões familiares, tudo isso, pelo menos no RIo de Janeiro, se refere a 11 armas apreendidas em 43 meses. Dá uma coronha ou um cano por mês, em média, num estado com quase 17 milhões de habitantes. É cerca de nada.

Dando uma olhada nos outros lados da cerca da questão armamentista, mais me preocupam as 357 armas patrimoniadas das forças de segurança que constam nos dados da Polícia Civil como furtadas ou roubadas de 2016 para cá. Dá uma arma perdida para criminosos a cada quatro dias, em média.

Ou então as — isso sim é de assustar — 17.238 armas ilícitas, não patrimoniadas ou sem identificação retiradas de circulação no período. Armas envolvidas em crimes singelos como tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção de menores, homicídio e roubo. Uma média de 13 armas — fuzis, carabinas, metralhadoras, submetralhadoras, pistolas, revólveres etc — apreendidas por dia.

Talvez sejam esses os números contra os quais a sociedade deveria estar organizando passeatas, berrando em praça pública, pressionando o Estado em busca de uma solução. Que, claro está, não passa por apreender mais armas, mas acabar com o enxugamento de gelo e sustar a entrada de armamento ilegal no estado.

Porque os traficantes que portam a esmagadora maioria dessas armas não são integrantes da Resistência Francesa lutando contra os nazistas, ou Robin Hoods de bermuda e chinelo lutando contra o xerife de Sherwood, ou paladinos da justiça protegendo a população pobre e esquecida. Traficantes são bandidos, gente à margem do Estado que não merece carinho, compreensão ou afagos. São criminosos e devem ser presos. Mas dizer essas coisas não faz sucesso nas rodas de amigos, nem nos debates. É mais fácil jogar pedra naquele pessoal das 11 armas, que não vai reagir nem posa de vítima da sociedade.

O Globo | Giampolo Morgado Braga

Opinião dos leitores

  1. O problema da criminalidade não reside na falta de armas para as pessoas se protegerem mas na desigualdade social e concentração de renda. Haja visto que países com baixos índices de desigualdade praticamente não tem problema com criminalidade (cito Noruega, Dinamarca, Suíça, etc). Usando os EUA como régua, que é um país desenvolvido mas com alta desigualdade social, o crime lá existe e é forte, mesmo tendo seus cidadãos o direito de ter posse e porte de arma. Portanto armar a população não resolve mas sim diminuir a desigualdade social. Ainda usando o EUA como régua por ser um país armamentista que não resolveu seu problema sério com a criminalidade, um outro problema comum por lá são os lone wolf, atiradores ativos ou como queira chamar, tão comum e que frequentemente usam armas REGISTRADAS para cometer crimes de ódio , terrorismo e afins. Obviamente que havendo restrição no Brasil para posse de arma e porte, a maioria das armas na mão de criminosos seria de origem ilegal. Para mim um texto vazio, sem argumentos lógicos e sem comparativos.

    1. Nós EUA, a compra de armas é muito liberada e cada estado tem sua lei. Estados violentos como Arkansas são os que lideram o ranking de volume de armas, não seria porque o cidadão daquele estado tem uma maior percepção de insegurança e possuem a liberdade de adquiri-las? Concordo que a redução da violência vem da educação, mas não podemos restringir o CIDADÃO DE BEM do direito de se proteger como está fazendo esse governo atual. Nos mesmos EUA, os Estados com maior volume de armas para CIDADÃOS DO BEM são os estados com maior renda per capita. O que está explícito é que armas nas MÃOS DE CIDADÃOS DE BEM não interferem na violência, por isso não há razão para focar esforços em sua redução, pelo contrário. O governo precisa FOCAR nas armas ilícitas… Além desse governo estar destruindo o esporte do tiro, colecionismo e caça… o cidadão de bem não tem uma arma para praticar um crime, mas com o propósito de se defender, são propósitos diferentes e isso que o governo é a população – incluindo os desrmamentistas tem que entender… Israel era desarmamentista e agora está revertendo pela situação que se encontra.

  2. Parabéns ão jornalista que descreveu u pensamentos dá. Maioria dus brasileiros, só é contra às armas us ladrões us corruptos do colarinho branco de Brasília ,us de Brasília anda com 6 seguranças!

  3. Só e contra a sua própria defesa os bandidos ou aqueles que nunca sofreram na mão dos mesmos ,a hora que um bandido entra na sua casa armado e desonrar sua família mulher e filhos a opinião sobre o armamento muda …..

  4. Quando a discussão é sobre armas os números de nada valem e os curiosos de plantão aproveitam para tentar fazer prevalecer as suas narrativas.

    1. Tudo tão evidente…
      Óbvio ululante…
      Cleptocracia e seus subterfúgios para confundir r enfraquecer a população diante da prestigiada criminalidade representada ardilosamente e defendida sistematicamente nos mais altos escalões da republica

  5. Vejamos os assassinatos acontecendo por qualquer mera disputa, seja de herança ao panetone do Natal. Vejamos que a maioria não teria acontecido se bao hoib3sse uma ar.a ali à disposição de quem tem o rompante de matar. Em sua maioria, assassinatos no máximo seriam crimes de lesão…mas a vida não seria ceifada de forma repentina e torpe.

    1. A inteligência expressa em comentários desse tipo é seriamente limitada. As estatísticas mostram de forma categórica que raramente a arma comprada de forma legal é o meio escolhido para praticar um crime. Ela mostra com dados precisos e irrefutáveis e ainda assim insiste em querer dizer o contrário. Além do mais, quem tem o “rompante de matar” não espera só por uma arma de fogo para realizar o ato; utilizará a que de mais fácil acesso tiver. Eu tenho dezenas de armas na minha casa tais como facas, serras, ferramantas pontiagudas, pau, dentre outros objetos que matariam facilmente qualquer pessoa, mas não são utilizadas fora da sua finalidade devido à educação e a disciplina que tenho, aonde sei que matar é crime e que não tenho esse direito. Não preciso ter arma de fogo para cometer um crime caso eu decidisse fazê-lo. É simples assim. O que induz o crime é a falta de noção de limites, que uma certa ideologia vigente tenta promover, aliada à cultura da impunidade, pois aonde não se tem uma punição rigorosa pela infração, há o encorajamento para descumprimento de leis e normas.

    2. Afirmações como essa, para terem relevância, teria que ser acompanhada de elementos estatísticos para serem levadas em consideração. Sem isso, não passa de “achismo” sem qualquer valor. Mera especulação intelectual.

    1. Parabéns ao pesquisador e pensador sobre o tema. Com a riqueza de detalhes , não poderia dizer somente jornalista (o que já é nobre).

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Geral

49,3% discordam da posição do Brasil sobre ataques de Israel; 42,1% apoiam, diz AtlasIntel

Foto: REUTERS/Stringer

Uma pesquisa AtlasIntel divulgada na edição deste sábado (28) do GPS CNN (sábados, 18h30) revelou que 49,3% dos brasileiros discordam da posição do Brasil de condenar os ataques aéreos de Israel no Líbano.

Outros 42,1% apoiam o entendimento do governo brasileiro; 8,6% não souberam responder.

O Itamaraty condenou “nos mais fortes termos” a ofensiva israelense no Líbano, que, segundo os militares de Israel, tem como alvo integrantes do Hezbollah.

LEIA TAMBÉM: Além de chefe do Hezbollah, Israel diz que ‘eliminou’ maioria dos comandantes do grupo

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram devido aos ataques aéreos, segundo confirmou o governo do Brasil.

A intensificação das hostilidades deixou centenas de mortos no Líbano, de acordo com informações de autoridades libanesas.

Metodologia

Foram ouvidas 1.608 pessoas no Brasil entre 24 e 26 de setembro de 2024.

Das pessoas consultadas pela pesquisa, 55,4% são homens, e 44,6%, mulheres.

O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

A metodologia utilizada foi o Recrutamento Digital Aleatório (Atlas RDR).

CNN Brasil

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Geral

Google vai bloquear anúncio de ‘bets’ que não têm autorização do Ministério da Fazenda

Foto: Getty Images

O Google vai exigir das bets a autorização do Ministério da Fazenda para liberar anúncios de apostas esportivas ou jogos de azar on-line em sua plataforma. As mudanças começam a valer a partir de segunda-feira.

As alterações feitas pelo Google refletem as novas exigências regulatórias no Brasil. No último dia 17 de setembro, o Ministério da Fazenda publicou uma portaria que bloqueará plataformas de apostas irregulares que operam no Brasil a partir de outubro.

Apenas empresas que solicitaram autorização de funcionamento junto ao governo e que já estão operando poderão continuar suas atividades entre outubro e o fim de dezembro. A publicação da portaria tem como objetivo combater o vício em apostas no Brasil.

Para poderem anunciar, o Google informou que, com base na atualização de sua política de publicidade, as plataformas de apostas precisam obter uma certificação do Google, que pode ser adquirida mediante solicitação.

O Google afirmou ainda que operadores de corridas de cavalos e loterias deverão obter novamente a certificação para continuar anunciando no Brasil a partir de segunda-feira.

Já os chamados agregadores de jogos de azar de qualquer tipo não poderão mais anunciar no Brasil após 30 de setembro.

Há dois dias, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a instituição está monitorando os riscos de inadimplência associados ao aumento das apostas e jogos on-line no Brasil. Outro tema no radar, segundo Campos Neto, é o uso de carteiras digitais para mediar pagamentos com cartão de crédito, por meio do PIX.

Em outra frente, o governo federal estuda uma série de medidas para impedir o uso de recursos do Bolsa Família para o pagamento de apostas on-line. Além do bloqueio do cartão do programa social para o pagamento de jogos e apostas, uma possibilidade em análise é a transferência da titularidade do benefício.

O Globo

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Geral

Ex-prefeito de Macau, Flávio Véras, emite nota de esclarecimento após tentar agredir eleitores e diz que foi hostilizado e ameaçado

Imagem: reprodução/Instagram

Após um vídeo com circular e mostrar o ex-prefeito de Macau, Flávio Véras, tentando agredir eleitores, ele enviou uma nota de esclarecimento ao BLOGDOBG na qual afirma que foi hostilizado e ameaçado por apoiadores do atual prefeito.

Leia a íntegra abaixo:

VEJA TAMBÉM: [VÍDEO] GRAVE: Ex-prefeito de Macau, Flávio Veras, tenta agredir eleitores do atual prefeito

Nota de Esclarecimento

Em respeito ao Blog do BG, e seu importante trabalho, venho respeitosamente esclarecer que os fatos narrados ao blog não são verdadeiros. Estive na manhã de hoje (28), em meu local de trabalho até que aliados do prefeito foram ao endereço, onde em atos de hostilização e agressão gratuita, realizaram ameaças, que culminaram na minha decisão de chamar a polícia. O vídeo só mostra minha reação, na tentativa de combater a injusta agressão de que fui vítima. No entanto, não mostra com clareza as atitudes dos envolvidos. Lamento o ocorrido e informo que tomamos todas as medidas cabíveis ao caso, com a certeza de quer a verdade prevalecerá e os atos de intolerância política serão responsabilizados à cada um dos autores.

Desta forma, esclareço ainda que a população de Macau conhece minha história, minha luta e também minha índole. A verdade prevalecerá.

Desde já, agradeço o espaço e me coloco à disposição para eventuais esclarecimentos.

Flávio Véras
Ex-prefeito de Macau

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Economia

Inadimplência atinge 28,2% das empresas do RN e soma R$ 1,51 bilhões

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

O Rio Grande do Norte tem 73,3 mil empresas inadimplentes com cerca de 490 mil dívidas negativadas, que somadas chegam a R$ 1,51 bilhão. O número representa 28,2% de todas as empresas potiguares e está abaixo da média nacional (30,8%) e regional do Nordeste (31%).

As informações constam em um levantamento do Serasa Experian, com dados até o último mês de julho. A série histórica, monitorada pela datatech, com início em 2019, mostra que o endividamento de empresas no Rio Grande do Norte avançou 21,3% em cinco anos, no intervalo de julho de 2019 a julho de 2024.

Considerando o percentual de endividamento na região, o RN ocupa uma posição intermediária, atrás do Ceará (25,8%), Paraíba (25,8%) e Piauí, que tem a menor taxa de endividamento (23,5%). A maior taxa da região é de Alagoas, com 42,4% das empresas com dívidas negativadas. “A inadimplência subiu ao longo dos últimos anos em todos os estados, alguns mais outros menos, mas tivemos esse crescimento. Acho que podemos dizer que o comportamento do RN foi ‘menos pior’, porque cresceu também, mas cresceu abaixo da média nacional”, comenta Luiz Rabi, economista-chefe do Serasa Experian.

Em termos de volume total, o valor das dívidas no Estado aumentou de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,51 bilhão no período de um ano, um aumento de 25,8%. Ampliando a conta para cinco anos, comparando com julho de 2019, quando as dívidas acumulavam R$ 822,5 milhões, o salto é de 84,2%. O panorama atual do Rio Grande do Norte, conforme as planilhas do Serasa Experian, mostra também que a média por CNPJ é de 6,7 dívidas, no valor médio de R$ 20,6 mil.

Dentre as 6,9 milhões de empresas inadimplentes no Brasil, cerca de 6,5 milhões são micro e pequenas. No RN, essa tendência se repete. Das 73,3 mil empresas inadimplentes, 69,7 mil são enquadradas como micro e pequenas empresas (95%). O economista-chefe da Serasa Experian, Luiz Rabi, diz que os números indicam que os empreendimentos de menor porte têm sido os mais afetados pelas dificuldades financeiras e também enfrentam mais dificuldades para se recuperar.

Números do RN (julho 2024)

  • 73.324 empresas inadimplentes
  • 490.072 dívidas
  • R$ 1.514.868.000,00 em dívidas
  • 6,68 dívidas por CNPJ em média
  • Dívida média de R$ 20.659,93

Ranking do endividamento (Nordeste)

  • Alagoas – 42,4%
  • Maranhão – 40,0%
  • Pernambuco – 32,9%
  • Sergipe – 32,3%
  • Bahia – 29,5%
  • Rio Grande do Norte – 28,2%
  • Ceará – 25,8%
  • Paraíba – 24,6%
  • Piauí – 23,5%

Fonte: Serasa Experian

Opinião dos leitores

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Geral

VÍDEO: SpaceX e Nasa lançam missão que trará astronautas ‘presos’ no espaço

Foto: Joe Skipper/Reuters

A SpaceX e a Nasa lançaram neste sábado (28), em Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), o foguete que será usado para resgatar dois astronautas que estão “presos” na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

A cápsula Crew Dragon decolou em direção à órbita com dois lugares vagos para buscar os pilotos de teste Suni Williams e Butch Wilmore. A dupla foi enviada à ISS em 5 de junho, no primeiro voo tripulado da cápsula Starliner, da Boeing.

Eles deveriam ficar no espaço somente oito dias, mas problemas nos propulsores e vazamentos de hélio na Starliner fizeram o retorno ser adiado. Por questões de segurança, a nave da Boeing voltou vazia à Terra no início de setembro.

A Crew Dragon ficará acoplada à ISS até o fim de fevereiro de 2025, quando está planejada a volta ao nosso planeta. Segundo a Nasa, não há como trazê-los de volta mais cedo sem interromper outras missões programadas.

Quando voltarem para a Terra, Williams e Wilmore terão completado mais de oito meses no espaço.

O voo deste sábado tem tripulação reduzida. Em vez de quatro pessoas, apenas duas participam da missão: o astronauta Nick Hague, da agência espacial americana, e o cosmonauta Aleksandre Gorbunov, da agência russa Roscosmos.

Com a chegada de Hague e Gorbunov, outros quatro astronautas que estão na ISS desde março poderão voltar à Terra em outra cápsula da SpaceX. O problema com a Starliner fez este retorno ser adiado em um mês.

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Geral

Biden diz que morte de líder do Hezbollah é “medida de justiça” a vítimas


Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, é uma “medida de justiça para as muitas vítimas dele”, incluindo americanos. Ao mesmo tempo, Biden pediu por uma desescalada dos conflitos em todo o Oriente Médio.

Em um comunicado, o presidente disse que os EUA “apoiam totalmente o direito de Israel de se defender contra o Hezbollah, o Hamas, os Houthis e quaisquer outros grupos terroristas apoiados pelo Irã”.

“Em última análise, o nosso objetivo é diminuir a escalada dos conflitos tanto em Gaza como no Líbano através de meios diplomáticos”, declarou o presidente. “Em Gaza, temos tentado um acordo apoiado pelo Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo e a libertação de reféns. No Líbano, estamos negociando um acordo que levaria as pessoas em segurança às suas casas em Israel e no sul do Líbano”.

“É hora destes acordos serem fechados, das ameaças contra Israel serem removidas e da região mais ampla do Oriente Médio ganhar maior estabilidade”, acrescentou.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. e vagabundo da sua qualidade apoia isso, ainda bem que temos um presidente de vergonha E NAO UM VAGABUNDO MELICIano

    1. Doidim lulinha, o dinheiro da game que a telemar patrocinou, vc comeu? Assim é de lascar.

    2. O presidente Lula apoia grupo terrorista que corta cabeça de criança, queima pessoas vivas e outras atrocidades

    3. Çei… vá para o Líbano para lutar junto aos seus amiguinhos do hezbollah para virar farinha também!!!

    4. Apoiador de terroristas. Afinal, maduro ganhou ou não ganhou a eleição? Qual é a opinião do larápio de nove dedos? Não fala isso que o nine é vassalo do BIDÊ. Quero ver ele críticar o bidê por essa afirmação.

    5. ESSE LULINHA JÁ SEI, ADORA O QUE O LADRÃO E TERRORISTA TAMBÉM GOSTA

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Geral

[VÍDEO] GRAVE: Ex-prefeito de Macau, Flávio Veras, tenta agredir eleitores do atual prefeito

O ex-prefeito de Macau, Flávio Veras, tentou agredir eleitores do prefeito Zé Antônio no início da tarde deste sábado (28). Tudo foi filmado por uma pessoa que estava dentro do carro.

Flávio fechou o carro que os apoiadores estavam colocando outros veículos para impedir que os apoiadores deixassem o local e tentou obrigá-los a sair do carro.

As vítimas só conseguiram sair porque tiveram que subir com o carro na calçada para fugir da ira de Flávio Veras que ainda deu socos e chutes no automóvel.

Opinião dos leitores

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Geral

Barroso diz que é contrário ao debate no Senado sobre possibilidade de impeachment de ministro do STF: “é querer expulsar jogador do outro time”

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou ao CNN Entrevistas que é contrário ao debate no Senado sobre a possibilidade de impeachment de um ministro da Corte.

Barroso comparou a situação a uma partida de futebol, em que um time prefere expulsar um jogador adversário do que seguir com o jogo, dentro das regras.

“Você tem os onze jogadores (mesmo número de ministros do STF). Evidentemente, a gente tem posições diferentes, cada um tem a sua estratégia. Faz parte do jogo. Mas quando um dos times passa a trabalhar para que puxem jogadores do outro time, você deixou de jogar e não quer deixar que o outro time jogue, portanto. Eu acho que o impeachment é um elemento não desejável do do debate público, que é querer expulsar o jogador do outro time”, disse.

O ministro faz a ressalva de que, em uma democracia, nenhum assunto é tabu, até mesmo a discussão de anistiar os condenados pelo 8 de janeiro. “É legítimo o Congresso debater as grandes questões”, afirmou.

Entre os assuntos que Barroso também minimizou estão: mandato para ministro do STF e limites às decisões monocráticas. Mas sobre processar e impeachmar um ministro do Supremo, o presidente da corte disse que não vê o tema “com muita naturalidade”.

De anistia a impeachment, o ministro respondeu que o STF pode reverter decisões do Congresso se consideradas inconstitucionais – sinalizando que nenhuma dessas discussões polêmicas devem se encerrar no Congresso, mesmo se aprovadas. “O Supremo tem um papel de interpretar e aplicar a Constituição. Pode ser, sim, aferido em face da Constituição, se o Supremo achar que é constitucional o ato. (Mas) se o Supremo achar que é inconstitucional, o ato não vale. É uma coisa também que muitas vezes as pessoas não entendem”, emendou.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Ser contra o crime e golpistas é senso comum. Justiça, quem é contra ela? Adivinhem.

  2. Mas isto não está previsto na constituição? E o executivo que propõe impedimento de presidente? Se assim está na CF eles tem q aceitar

  3. – Arnaldo, pode Arnaldo?
    – Galvão, está na regra e se está na regra pode.
    – Cartão amarelo para o jogador Barroso por criticar a regra do jogo.
    – Galvão?
    – Fala Tino?
    – Lembrando que dois cartões amarelos vale um vermelho.
    – Bem lembrado Tino.

  4. Mas quando um dos times passa a trabalhar para que puxem jogadores do outro time, você deixou de jogar e não quer deixar que o outro time jogue. Ainda bem que ele sabe que é exatamente isso que eles estão fazendo.

  5. “O Supremo tem um papel de interpretar e aplicar a Constituição. Pode ser, sim, aferido em face da Constituição, se o Supremo achar que é constitucional o ato. (Mas) se o Supremo achar que é inconstitucional, o ato não vale. É uma coisa também que muitas vezes as pessoas não entendem”,
    🥚🥚🥚BELA TEORIA 😭😭😭😭🤣🤣🤣🤣💩💩

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Geral

Confederação do Comércio pede a governo Lula que barre bets e libere cassinos presenciais no País

Foto: Framestock/Adobe Stock

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) pediu ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que restrinja apostas online e libere cassinos físicos no País. Em uma carta enviada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, a CNC argumenta que as casas presenciais de jogos geram emprego e que é importante permitir “cassinos que geram valor para o Brasil.”

O pedido enviado ao ministro Ricardo Lewandowski no dia 20 de setembro argumenta ainda que as apostas on-line podem impactar negativamente o mercado varejista no País.

“ A CNC defende que os cassinos físicos deveriam ser a prioridade do governo para a liberação, uma vez que estes possuem a capacidade de gerar aproximadamente 1 milhão de empregos formais diretos e indiretos, além de gerar R$ 22 bilhões em arrecadação da CIDE-jogos por ano, sem considerar os impactos sobre outros impostos”, diz o documento obtido pelo Estadão.

Na carta, a CNC afirma que o fato de o mercado de apostas ainda não estar totalmente regulamentado “acende luz amarela” sobre os efeitos de seu descontrole.

“As apostas online, no formato atual, representam um risco ao varejo nacional e à população, de forma que até 11,2% do faturamento do setor pode ser perdido, somando uma perda de R$ 156 bilhões para o varejo brasileiro, por ano”, afirma a CNC.

De acordo com o documento, no último ano, 22% da renda disponível das famílias foi gasta em apostas, totalizando R$ 68 bilhões. A CNC argumenta ainda que muitos apostadores têm deixado de comprar itens essenciais para apostar.

A confederação destaca ainda que a possibilidade de utilizar cartão de crédito para apostar tem acentuado o endividamento. Portaria do Ministério da Fazenda proíbe o uso desse meio de pagamento em apostas, mas a regra só entra em vigor em janeiro.

“Diante do exposto, a CNC defende que os cassinos online devem ser restringidos, buscando defender o bem-estar da população e o varejo brasileiro, ao mesmo tempo em que os cassinos físicos devem ser liberados para garantir a geração de renda e emprego para o País”, finaliza a carta.

O texto foi remetido pelo gabinete do ministro à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). Em resposta ao texto, o órgão afirmou que acompanha o tema e tem se manifestado de forma contrária à liberação sem estudo e estratégias para prevenção do superendividamento do consumidor e do vício em jogos.

A resposta destaca ainda que a Senacon está em contato com as empresas responsáveis pelas apostas e com outros órgãos governamentais para prevenir os danos causados pelas bets. “Por mais que possa parecer mera diversão, os jogos, mais que passar o tempo, podem trazer consequências desastrosas à vida de qualquer consumidor viciado”, diz a secretaria.

Ao Estadão, o Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que está estudando uma data para receber a CNC em reunião. Procurada, a CNC não se manifestou até o momento.

Na terça-feira, a confederação já havia ingressado com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o fim da operação dos cassinos online no País, sob o argumento de que a legislação que regulamenta as bets no Brasil “está causando graves impactos sociais e econômicos”.

Segundo o Banco Central, beneficiários do Bolsa Família transferiram R$ 3 bilhões via Pix a plataformas de apostas online em agosto. Após forte repercussão do estudo do BC, nesta sexta-feira, 27, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que chegou a hora de “colocar ordem” nas bets. Pela regulamentação, que começa e janeiro de 2025, haverá um monitoramento de CPFs para identificar potencial uso abusivo das bets.

Nesta sexta-feira, 27, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que a pasta formou um grupo de trabalho para elaborar medidas de proteção à saúde no que diz respeito ao vício em apostas online. Para Nísia, o Brasil vive “uma pandemia” e é preciso combater o vício em jogos, como foi feito com o tabagismo.

“É muito importante a regulação. É muito importante olhar para a publicidade. É colocar na mesma gravidade do que o Brasil fez em relação ao tabaco”, disse.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Ninguém sabe o que é pior. O povo quer enricar fácil e cai no golpe das bets. Tem que incentivar empreendedorismo.

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Acidente

Telhado de capela desaba em São Gonçalo do Amarante

A própria comunidade ajudou a retirar os destroços de igreja em São Gonçalo do Amarante | Foto: Vinicius Marinho/Inter TV Cabugi

O telhado de uma capela em São Gonçalo do Amarante desabou na manhã deste sábado (28). Não havia ninguém na capela no momento do acidente e não houve feridos.

O caso aconteceu na comunidade Barreiros. Desde quarta-feira (25) a comunidade celebra a festa de São Miguel Arcanjo e hoje seria mais um dia de festa no local, de acordo com a programação.

“Eu estava vindo abrir a capela porque ia ter um momento de oração aqui hoje de manhã. Quando eu cheguei perto tudo desabou e as pessoas se desesperaram, quem estava perto começou a gritar”, conta Aurileide Gomes, moradora da região.

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