Os números das vendas do comércio potiguar em maio ficaram dentro das boas perspectivas do empresariado, projetadas em abril. De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira, 11.07, pelo IBGE, o RN registrou aumentos de 7% e 6,9%, respectivamente para os varejos Restrito e Ampliado, este último que contempla os segmentos de Materiais de Construção e de Automóveis. As médias nacionais ficaram em 8,2% no Restrito e 4,2% no Ampliado.
No acumulado do ano, o Varejo Ampliado potiguar emplaca alta de 3,6%. Já o Varejo Restrito tem um desempenho um pouco melhor, com alta de 4,3% no mesmo período. No caso do Varejo Ampliado, o desempenho do Rio Grande do Norte no mês ficou acima da média nacional e foi o terceiro melhor do Nordeste, atrás apenas do Piauí (13,4%) e Alagoas (9,9%).
“Os números deixam duas coisas bem claras para explicar esta retomada do varejo potiguar. A primeira é que os segmentos de Automóveis e Materiais de Construção, ambos na esteira dos incentivos fiscais – sobretudo a redução de IPI para os carros zero – puxaram o desempenho geral do comércio potiguar para cima. A segunda é que o Dia das Mães continua sendo uma data de grande apelo comercial, já que o Varejo Restrito, no qual se insere o leque de itens mais procurados pelos consumidores naquela data, também teve um desempenho bastante animador em maio. E vale ressaltar que o crescimento que vimos agora se deu sobre uma alta bastante significativa que tivemos em 2011. No ano passado, as vendas de maio, no Varejo Ampliado, cresceram 11,1% no RN, um dos melhores resultados do ano”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Fernandes de Queiroz.
O empresário afirma que, para junho, os números devem seguir em alta. “No Nordeste, o mês de junho tem um apelo extra que são as festas juninas, além do Dia dos Namorados. Ambas as datas impactam muito bem no Comércio e também nos Serviços. Além disso, os dados de maio ainda não trazem o reflexo da maior oferta de crédito, frutodas medidas mais recentes do governo federal. Tudo isso deve concorrer para bons números no último mês do primeiro semestre. Com isso, poderemos esperar que a média dos seis primeiros meses de 2012 chegue próxima dos 5% (hoje ela está em 2,9%)”, diz ele.
Já para o segundo semestre, o empresário prefere aguardar um pouco mais antes de fazer qualquer previsão. “Depende de diversos fatores. É preciso acompanhar como vai evoluir a questão da inadimplência, que é uma espécie de efeito colateral da maior oferta de crédito, e também precisamos verificar os números do movimento turístico no estado durante esta meia estação, agora em julho. A efetivação dos investimentos públicos nas obras estruturantes visando a Copa de 2014 também é fundamental para que os números das vendas decolem”, ressalta Queiroz.
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