Saúde

Como processadora de carne se tornou maior foco de Covid nos EUA

Com 3,7 mil trabalhadores, Smithfield é a quarta maior empregadora de Big Sioux e também o local do maior surto de coronavírus nos Estados Unidos' (Foto: BBC)

Em uma fábrica de processamento de carne de porco em Dakota do Sul, o surto do coronavírus se espalhou na velocidade de um incêndio florestal, levantando dúvidas sobre o que a empresa fez para proteger os trabalhadores.

Mas como um foco de covid-19, em um dos Estados menos densamente povoados dos EUA, se tornou o maior da primeira economia do mundo?

Na tarde de 25 de março, Julia abriu seu laptop e acessou um perfil falso no Facebook.

Ela criou essa conta quando ainda estava na escola, com o objetivo de seguir secretamente os passos dos garotos por quem estava apaixonada.

Mas desta vez, depois de muitos anos, ela estava entrando na conta novamente para cumprir um propósito muito mais sério.

“Você pode investigar Smithfield?”, escreveu em um perfil chamado Argus911, o canal de denúncias no Facebook do jornal local, o Argus Leader.

“Eles têm um caso positivo (de covid-19) e planejam permanecer abertos”.

Por “Smithfield”, ela quis dizer a fábrica de processamento de carne de porco Smithfield, localizada na cidade de Sioux Falls, no Estado de Dakota do Sul. Ela pertence ao grupo Smithfield Foods, com sede em Smithfield, na Virgínia, tido como o maior produtor de carne de porco do mundo. Em 2013, ela foi comprada pelo grupo chinês WH Group, no que foi considerada – e ainda é – a maior aquisição de uma empresa americana por um grupo chinês.

A fábrica, uma enorme estrutura branca de oito andares, localizada nas margens do rio Big Sioux, é a nona maior processadora de carne de porco dos Estados Unidos.

Um dos maiores empregadores da cidade

Ao operar com capacidade total, a estrutura é capaz de processar até 19,5 mil porcos recém-abatidos por dia, cortando, moendo e transformando-os em milhões de quilos de bacon, salsichas de cachorro-quente e presuntos fatiados.

Com 3,7 mil trabalhadores, é também a quarta maiora empregadora da cidade, de 182 mil habitantes.

“Obrigado pela denúncia”, respondeu a conta Argus911, “qual era o emprego do funcionário que teve diagnóstico positivo?”

“Não temos muita certeza”, respondeu Julia.

“Tudo bem, obrigado”, disse Argus911. “Entraremos em contato”.

Às 7h35 da manhã seguinte, o Argus Leader publicou um artigo em seu site intitulado “Um funcionário da Smithfield Foods testa positivo para o coronavírus”.

O repórter confirmou com um porta-voz da empresa que um funcionário havia contraído o vírus e estava cumprindo uma quarentena de 14 dias em casa.

Sua área de trabalho e outros espaços comuns foram “completamente desinfetados”.

Mas a fábrica, considerada pelo governo Trump como parte da “indústria crítica” americana, continuaria totalmente operacional.

“A comida é uma parte essencial de nossas vidas, e nossos mais de 40 mil trabalhadores americanos, bem como milhares de pequenos agricultores e nossos muitos outros parceiros da cadeia de suprimentos são uma parte crucial da resposta de nossa nação a covid-19”, disse Kenneth Sullivan, diretor da Smithfield, em um vídeo postado em 19 de março justificando a decisão de manter a fábrica aberta.

“Estamos tomando as precauções máximas para garantir a saúde e o bem-estar de nossos funcionários e consumidores”, acrescentou.

No entanto, Julia ficou alarmada.

‘Meus pais não sabem inglês. Eles não podem se defender’

“Há rumores de que houve casos antes mesmo disso”, disse ela. “Ouvi falar de pessoas da Smithfield, especificamente, que foram hospitalizadas. Mas isso só é sabido pelo boca a boca.”

Julia não trabalha na fábrica. Ela é uma estudante na casa dos 20 anos, isolada em casa depois que sua universidade foi fechada devido à pandemia de covid-19.

Foram seus pais, funcionários da Smithfield, que lhe disseram o que estava acontecendo na fábrica naquele dia.

Julia faz parte do grupo chamado “Filhos de Smithfield”, descendentes de imigrantes de primeira geração e cujos pais são funcionários da fábrica, que denunciaram o surto.

“Meus pais não sabem inglês. Eles não podem se defender”, disse Julia. “Alguém tem que falar por eles.”

Sua família, como muitas em Sioux Falls, fez todo o possível para evitar o contágio. Os pais de Julia usaram todas as suas férias restantes para ficar em casa.

Depois do trabalho, deixavam os sapatos do lado de fora e tomavam banho imediatamente. Julia comprou bandanas de tecido para eles, para que eles cobrissem a boca e o nariz enquanto trabalhavam.

Para Julia, alertar a mídia era apenas um passo lógico na tentativa de mantê-los em boa saúde, criando pressão pública para fechar a fábrica e fazer com que seus pais ficassem em casa.

O primeiro foco nos Estados Unidos

Mas isso foi apenas o começo de quase três semanas de ansiedade, durante as quais seus pais continuaram a frequentar uma fábrica que sabiam que poderia estar contaminada pois não podiam perder seus empregos.

Não havia distanciamento social. Eles trabalhavam a menos de 30 centímetros de distância um do outro e de seus colegas. Entravam e saíam de vestiários lotados, corredores e cafés.

Durante esse período, o número de casos confirmados entre funcionários da Smithfield aumentou lentamente, de 80 para 190 e depois para 238.

Em 15 de abril, quando a Smithfield finalmente fechou sob pressão do governo de Dakota do Sul, a fábrica havia se tornado o foco número um nos Estados Unidos, com 644 casos confirmados entre funcionários e pessoas infectadas por eles.

Descobriu-se depois que as infecções oriundas da Smithfield foram responsáveis por 55% dos casos confirmados no Estado, que ultrapassou em muito os vizinhos mais populosos, se consideramos os números per capita.

De acordo com o jornal The New York Times, o número de casos originários da Smithfield Foods até excedeu os relatados no USS Theodore Roosevelt, o porta-aviões que teve mais de 600 membros da tripulação infectados, e na cadeia do condado de Cook, em Chicago, onde houve mais de 300 casos.

Esses números foram divulgados um dia após a morte do primeiro funcionário da Smithfield, em um hospital local.

“Ele pegou o vírus ali. Antes, era muito saudável”, disse sua mulher Angelita à BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol.

“Meu marido não será o único a morrer”, acrescentou.

Microcosmo de disparidades

A fábrica de processamento de carne de porco Smithfield, localizada em um Estado liderado por um republicano e um dos cinco que não implementou nenhuma medida obrigatória de quarentena, tornou-se um microcosmo que ilustra as disparidades socioeconômicas que a pandemia global descortinou.

Enquanto muitos profissionais em todo o país estão trabalhando de casa, os funcionários da indústria de alimentos, como os da Smithfield, são considerados “essenciais” e devem permanecer na linha de frente.

“Empregos de trabalhadores essenciais têm salários abaixo da média nos Estados Unidos, em alguns casos com margens significativas. É o caso, por exemplo, de assistentes de saúde e caixas de supermercados, duas posições absolutamente essenciais na linha de frente, que requerem presença física dos trabalhadores”, explica Adie Tomer, do Brookings Institute, um think tank americano.

Tomer destaca que nesses setores a maior parte dos trabalhadores é majoritariamente afro-americana ou hispânica.

A força de trabalho da Smithfield é composta principalmente por imigrantes e refugiados de países como Mianmar, Etiópia, Nepal, Congo e El Salvador.

Existem 80 idiomas diferentes falados no chão da fábrica. As estimativas do salário variam, em média, de US$ 14 a US$ 16 por hora.

E o turno é longo: trata-se de um trabalho exaustivo, que exige que o funcionário permaneça em uma linha de produção geralmente a menos de 30 centímetros dos seus colegas.

A BBC conversou com seis funcionários da Smithfield, antigos e atuais, que disseram que, apesar de terem medo de continuar trabalhando, não conseguiram escolher entre proteger seus empregos ou sua saúde.

“Tenho muitas contas para pagar. Meu bebê está chegando, tenho que trabalhar”, disse um funcionário de 25 anos cuja esposa está grávida de oito meses.

“Se (o teste) for positivo, fico preocupado por não poder ajudar minha esposa.”

O caso da Smithfield não é o único

Fábricas de processamento de alimentos em todo o país estão enfrentando surtos de coronavírus com potencial para interromper a cadeia de suprimentos.

Uma fábrica de carne da brasileira JBS SA no Colorado foi fechada após cinco mortes e 103 infecções entre seus funcionários.

Dois trabalhadores de uma fábrica da Tyson Foods, em Iowa, no noroeste do país, também morreram, enquanto outros 148 ficaram doentes.

O fechamento de uma grande instalação de processamento de carne, como a de Sioux Falls, causa um distúrbio maciço e deixa um grande número de criadores sem lugar para vender seus animais.

Cerca de 550 fazendas independentes enviam seus porcos para o abate na fábrica de Sioux Falls.

Ao anunciar a paralisação, o diretor de Smithfield alertou para “repercussões graves, talvez desastrosas”, no fornecimento de carne.

Mas, de acordo com funcionários da fábrica, seus representantes sindicais e advogados da comunidade de imigrantes em Sioux Falls, o surto que levou ao fechamento da fábrica teria sido evitável.

Eles alegam que os pedidos iniciais de equipamentos de proteção individual foram ignorados, que os trabalhadores doentes foram incentivados a continuar trabalhando e que as informações sobre a propagação do vírus foram abafadas, mesmo quando corriam o risco de expor suas famílias e pessoas em geral.

“Se o governo federal deseja que a empresa permaneça aberta, então de quem é a responsabilidade de garantir que essas empresas estejam fazendo o que precisam para mantê-las em segurança?” questiona Nancy Reynoza, fundadora do Qué Pasa Sioux Falls, uma fonte de notícias em espanhol que recebeu denúncias de trabalhadores angustiados com a situação na Smithfield.

Oprimidos pelo medo

A BBC fez uma série de perguntas à Smithfield com base nas acusações dos trabalhadores, mas a empresa disse, em nota, que não comentaria casos individuais.

“Primeiro, a saúde e a segurança de nossos funcionários e da comunidade são nossa principal prioridade todos os dias”, afirmou o comunicado.

“Estabelecemos em fevereiro uma série de processos e protocolos rigorosos e detalhados (…) seguindo as orientações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, órgão do governo americano) para lidar com qualquer caso potencial de covid-19 em nossas operações.”

‘Meus pais são tudo o que tenho’

O surto deixou pessoas como Julia, cuja mãe tem condições crônicas de saúde, sobrecarregadas pelo medo de que seus pais arriscassem suas vidas tentando manter seus empregos.

“Meus pais são tudo o que tenho. Tenho que pensar na probabilidade de não tê-los na minha vida”, disse ela, com a voz embargada.

“Quero compartilhar o que está acontecendo para mostrar o que a empresa não está fazendo.”

Os pais de Julia eram esperados no trabalho na última terça-feira, 14 de abril, o último dia antes do anunciado do fechamento por 14 dias.

Mas no sábado, Helen começou a tossir.

No dia seguinte, quando a neve caía sobre Sioux Falls, Julia insistiu que sua mãe fizesse um teste. Helen tentou adiar, dizendo que não era nada.

“Minha mãe realmente odeia ir ao médico”, disse Julia, que finalmente venceu a discussão.

Helen acabou indo a um centro de testes no hospital local.

Realizado o exame, ela foi mandada de volta para casa.

“Se tenho covid-19, claramente peguei na fábrica”, disse ela. “Nesta semana, trabalhei em três andares diferentes. Comi em duas cafeterias diferentes. Imagine todos os lugares em que estive e toquei dentro dessa fábrica. Andei por todo o lugar”, acrescentou.

Na terça-feira, 14 de fevereiro, quando estavam programados para voltar ao trabalho, os pais de Julia acordaram às 4 da manhã, como normalmente fazem.

Eles chamaram seus chefes para explicar que não podiam ir ao trabalho enquanto esperavam o resultado do teste de Helen.

O telefone tocou à tarde.

Julia conversou com o médico pelo celular de sua mãe, enquanto seus pais observavam seu rosto tentando interpretar suas reações. Quando Julia ouviu as palavras “positivo para o covid-19”, deu um sinal de positivo com o polegar.

Inicialmente, o casal interpretou o gesto como se Helen não estivesse com o vírus. Julia tratou de desfazer o malentendido.

Seu pai foi imediatamente para a cozinha, onde Julia o viu tentando conter as lágrimas.

Uma questão politizada

No mesmo dia em que Helen recebeu seus resultados, a polêmica em torno da fábrica ganhou cores políticas.

O prefeito de Sioux Falls, Paul TenHaken, pediu formalmente à governadora de Dakota do Sul, Kristi Noem, que emitisse uma ordem para ficar em casa para os municípios vizinhos, bem como para criar um centro de isolamento.

Ela negou os dois pedidos.

Apesar do aumento no número de casos, Noem também continuou a se recusar a emitir uma ordem de quarentena obrigatória em Dakota do Sul, dizendo especificamente que essa ordem não teria impedido o que aconteceu em Smithfield.

Em vez disso, aprovou o primeiro teste estadual para a hidroxicloroquina, um medicamento que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cita frequentemente como um possível tratamento para o coronavírus.

Sem saída

Dois dias após o diagnóstico positivo de coronavírus da mãe, Julia acordou no sofá com dor de cabeça , tosse e garganta seca.

Pela primeira vez desde que a pandemia tomou conta de sua vida, ela dormiu a noite toda, mas acordou mais exausta do que nunca.

Depois de ligar para o número de emergência e informar que era filha de um trabalhador de Smithfield, Julia entrou no carro de sua mãe e dirigiu até o local do teste.

Ela estava de bom humor, apesar de quase tudo o que tentara evitar ao enviar a denúncia ao jornal local havia um mês.

A fábrica permaneceu aberta. Sua mãe estava com o vírus e seu pai foi exposto à doença. Sua cidade havia se tornado o epicentro da pandemia no Estado de Dakota do Sul. E muitos haviam morrido.

E agora, ela também poderia estar doente.

“Só quero chorar”, disse ela, enquanto se dirigia para o hospital.

Muitos imigrantes nos EUA estão na mesma situação que os pais de Julia. “Eles não sabem inglês. Eles não podem se defender”, diz a jovem.

‘Vá para casa, fique em casa, não vá a lugar nenhum’

Embora tenha chegado apenas 20 minutos após a abertura do centro de testes, Julia encontrou uma fila de 15 carros na frente dela. “Odeio filas”, desabafou, tomando um gole de sua garrafa de água e tossindo.

Depois de meia hora, estacionou no que parecia uma enorme garagem e viu uma placa que dizia: “Tenha seu cartão de identificação e seguro de saúde em mãos”.

“Ok, fiquei ansiosa”, disse ela. “Não quero fazer isso.”

Quando chegou a sua vez, um funcionário do centro vestindo um traje de proteção completo, máscara e luvas enfiou um longo cotonete na narina direita de Julia e depois na esquerda.

Ela fez uma careta e estremeceu.

“Você precisa de um lenço?”, perguntou o profissional de saúde. “Sim, por favor”, respondeu Julia.

Com instruções para “ir para casa, ficar em casa, não vá a lugar nenhum”, Julia conseguiu sair do centro. Foi um momento tão apavorante que ela começou a chorar e teve que parar o carro por um momento para se acalmar.

Julia estava sentada ao volante, observando os carros entrando e saindo do estacionamento. E lamentou que sua casa agora tivesse se tornado um possível novo foco da infecção.

Depois de alguns minutos, chegou a hora de voltar para casa que seus pais, Helen e Juan, haviam trabalhado tantas horas na fábrica para pagar. Um lugar onde todos ficariam em quarentena por pelo menos 14 dias.

“Agora é só esperar”, disse Julia. “Acho que não consigo pensar muito sobre isso. Mas vai passar.”

Julia receberia seus resultados em cinco dias.

Época, com BBC

Opinião dos leitores

  1. Relato angustiante. Imaginem casos como este acontecendo aos milhões, em todo o mundo. Enquanto isso, os canalhas do Partido Comunista Chinês se divertem com a desgraça que desencadearam.

    1. Kkkkk
      Manda teu presidente cortar as relações com a China. Kkkkkk
      Uma mentira contada mil vezes nem sempre se torna verdade, gado!

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Geral

STF rejeita 39 recursos contra decisões de bloqueio de perfis e contas em plataformas digitais

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

A primeira turma do STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitou 39 recursos contra decisões que determinaram o bloqueio de perfis e contas em plataformas digitais de investigados por postagens que supostamente incitaram atos golpistas, outros com discursos de ódio e também ataques às instituições. Na quinta-feira (5) a primeira turma já havia formado maioria para rejeitar os recursos.

A maioria dos casos tramita em segredo de Justiça. O julgamento ocorreu no plenário virtual da Corte, ou seja, o relator lança no sistema o relatório e o voto do processo em julgamento. Em seguida, os demais ministros podem se manifestar, com quatro opções de voto: acompanhar o relator; acompanhar com ressalva de entendimento; divergir do relator; ou acompanhar a divergência.

O ministro Alexandre de Moraes votou para negar recursos. Segundo o ministro, o X não tem legitimidade para recorrer, porque os alvos dos bloqueios são os usuários, e não a plataforma.

“Na linha desse entendimento, não cabe ao provedor da rede social pleitear direito alheio em nome próprio, ainda que seja o destinatário da requisição dos bloqueios determinados por meio de decisão judicial para fins de remoção do conteúdo difamante, eis que não é parte na ação reclamatória”, disse.

Segundo o ministro, “uma vez desvirtuado criminosamente o exercício da liberdade de expressão, a Constituição Federal e a legislação autorizam medidas repressivas civis e penais, tanto de natureza cautelar quanto definitivas”

R7

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Judiciário

Barroso diz que não cabe ao plenário do STF analisar decisão sobre suspensão do X: ‘já foi deliberada pela Primeira Turma’

Foto:  Antonio Augusto/STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, indicou, neste sábado (7), que a suspensão da rede social X não deve ser analisada no plenário da Corte após a avaliação unânime da Primeira Turma.

“A suspensão do X já foi deliberada pela Primeira Turma. A competência da Primeira Turma é a competência regimental”, disse após o desfile de 7 de Setembro, em Brasília.

Decisão de Moraes confirmada

Na última segunda-feira (2), o colegiado formou maioria para manter a decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender o X em todo o país.

Votaram a favor da confirmação da decisão os ministros

Flávio Dino,
Cristiano Zanin,
Cármen Lúcia,
e Luiz Fux.

No entanto, Fux fez uma ressalva pontual em seu voto, sugerindo que a multa de R$ 50 mil para quem burlasse o bloqueio do X não fosse aplicada indiscriminadamente.

A análise do caso foi convocada por Moraes no último domingo (1º). O ministro optou por levar a questão para julgamento na Primeira Turma em vez de submetê-la ao plenário da Corte, que conta com os onze ministros.

Moraes seguiu o critério estabelecido de que o envio ao plenário só é necessário em casos criminais envolvendo presidentes dos Poderes.

A Primeira Turma é composta por cinco ministros, e sua função é deliberar sobre casos e questões jurídicas que não requerem necessariamente a decisão de todo o plenário do Tribunal.

Atualmente, Alexandre de Moraes é o presidente do colegiado.

CNN Brasil

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Geral

VÍDEO: Lula é vaiado durante jogo da seleção brasileira em Curitiba

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alvo de ofensas e vaias durante a partida de futebol entre Brasil e Equador na noite da última 6ª feira (6.set.2024), válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.

O episódio se deu durante uma pausa na partida devido a um atendimento médicoa um dos jogadores em campo. Em vídeos que circulam nas redes sociais, pessoas nas arquibancadas cantam: “Lula, ladrão! Seu lugar é na prisão” e “Ei, Lula, vai tomar no cu”.

A seleção brasileira saiu vencedora do confronto contra o Equador com um placar de 1×0. O gol brasileiro foi marcado por Rodrygo.

Opinião dos leitores

  1. Normal…Curitiba (e SC) são infestados de neonazistas…ficaria preocupado se ele fosse aplaudido lá.

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Geral

Sindicato quer incorporar “privilégios” para trabalhadores da Caern

Foto: divulgação

O Sindicato dos empregados da Caern (Sindagua) que reúne os trabalhadores da Companhia, com exceção dos engenheiros, vem promovendo uma verdadeira guerra em negociações para reajuste salarial com cláusulas fora da realidade de uma empresa pública que há tempos vem tendo seus serviços questionados pela população potiguar.

Segundo apuração do BLOGDOBG, desde o mês de maio foram abertas as negociações que garantiram a reposição da inflação e ganho real, porém a categoria vem forçando a barra, alheio a situação que vive o Estado que sofre sem investimentos em várias áreas e até mesmo outras carreiras que há anos não tem reposição.

Entre as cláusulas esdrúxulas que o Sindagua tenta aprovar estão o auxílio creche/babá para filhos até 14 anos, mais de 9 dias para licença de interesse particular, até 60% do plano de saúde pago pela empresa, incluindo familiares, e jornada reduzida de 6 horas e trabalhar em escala 3×3, ou seja trabalhar três dias e folgar três na semana.

O Sindicato fez protestos, ameaça paralisar e espera resposta do Governo.

Enquanto isso, a população que pode pagar a conta em meio a essa guerra e a imagem da Caern fica ainda mais arranhada, não sendo absurdo quem defenda sua privatização.

Opinião dos leitores

  1. É para bancar essas “reivindicações” que o Governo quer aumentar o ICMS de 18% para 20%???

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Geral

Processos internos por atos sexuais impróprios disparam no governo Lula e chegam a 764 em dois anos na administração federal

Foto: Rafa Nedddemeyer/Agência Brasil

As denúncias de assédio que recaem sobre o agora ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, revelam um comportamento nocivo comum na administração pública. Levantamento realizado pelo Estadão mostra a escalada de processos disciplinares instaurados pela Controladoria-Geral da União (CGU) nos últimos 20 anos para apurar casos de “conduta de conotação sexual”, terminologia usada pela pasta e que incluiu o assédio.

As denúncias de práticas assediadoras atingiram o seu auge durante os anos de mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas as tendências indicam que a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai ultrapassá-lo no curto prazo e estabelecer um novo recorde. A CGU e o Ministério das Mulheres foram procurados para comentar os números, mas não se manifestaram.

Em apenas dois anos de mandato, o governo Lula já contabiliza 75 processos disciplinares para apurar denúncias de assédio e outras condutas sexuais impróprias em ministérios, e 764 casos em todos os órgãos federais.

O aumento no número de casos registrados nos sistemas da CGU, contudo, não se traduz em altas taxas de responsabilização dos supostos agressores e denunciados. Das 75 ações administrativas instauradas durante o atual mandato de Lula para apurar denúncias nos Ministérios, 37 foram concluídas e apenas uma resultou na assinatura de um termo de ajustamento de conduta (TAC). O processo teve 92 dias de tramitação desde o recebimento da denúncia.

Já no restante da administração federal, que abrange os 764 casos, foram concluídos 457 processos, que culminaram em aproximadamente 265 TACs. A CGU também informa que ao menos 11 pessoas foram expulsas do serviço público.

Com informações de Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Virou cabaré foi? Sabemos que está esculhambado, sem moral, liso, mais todo mundo metendo a mão é de lascar, gustavo mafra e Manoel f os dois mais apaixonados pelo fedorento, que é isso?

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Geral

Funcionários do Banco do Brasil e Caixa Econômica no RN entram em greve nesta segunda-feira (9)

Foto: reprodução

Os trabalhadores das agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal iniciam greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (09). Segundo o Sindicato dos Bancários do RN, a decisão unânime foi tomada na sexta-feira (06), após grandes bases do Brasil rejeitarem a proposta rebaixada da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

A febrapan apresentou as seguintes propostas:

  • Reajuste de 4,64% para salários e demais verbas em 2024, com um aumento real de 0,7%
  • Reajuste de 15% nos pisos salariais
  • Para 2025, aumento real de 0,6% acima da inflação para salários e demais verbas
  • Oferta de 3.000 vagas de formação para mulheres na área de Tecnologia da Informação (TI)
  • Reajuste de 8% na verba de reqialificação, totalizando R$ 2.285,00.

A categoria considerou que os valores de 0,7% para 2024 e 0,6% para 2025 não são aceitáveis. “É sucatear o salário do trabalhador, que já perdeu há muito tempo o poder de compra”, considerou em nota do sindicato.

Ponta Negra News

Opinião dos leitores

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VÍDEO: “Espero que o Senado bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador”, diz Bolsonaro em ato na avenida Paulista

Em ato na avenida Paulista na tarde deste sábado (7), feriado da Independência do Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou em discurso a apoiadores que espera que o Senado coloque um freio no ministro do STF Alexandre de Moraes. Bolsonaro também chamou Moraes de ‘ditador’.

“O Brasil é um país fantástico, ninguém tem o que nós temos. Temos tudo para ser uma grande nação. Mas devemos botar freio através dos dispositivos constitucionais naqueles que saem, que rompem o limite das quatro linhas da nossa Constituição. Eu espero que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador, que faz mais mal ao Brasil que o próprio Luís Inácio Lula da Silva”, disse Jair Bolsonaro à multidão presente.

Opinião dos leitores

  1. Chamar um ministro da suprema corte de ditador foge ao normal.
    Sei não, mas acho que a cadeia sai já.

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VÍDEO: Motociclista morre após ser atropelado por motorista alcoolizado que invadiu a contramão em Assu

Um motociclista morreu após ser atingido por um veículo que invadiu a contramão de uma via na noite desta sexta-feira (6), na cidade de Assu, na região Oeste do Rio Grande do Norte. A colisão foi registrada por câmeras de segurança.

O motorista do carro tentou fugir, mas foi detido e autuado em flagrante após policiais comprovarem que ele estava alcoolizado.

O acidente aconteceu em um trecho urbano da RN-016, no bairro Vertentes. O motociclista identificado como Wesley Vinícius Magalhães da Silva, de 19 anos, seguia pela via em uma moto Honda Pop, quando o veículo, um Peugeot 207 invadiu a contramão e bateu de frente com ele.

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Geral

ESCÂNDALO EM AREIA BRANCA: Ex-prefeito Souza confessa fraudes e desvios de recursos da população após anos negando envolvimento

Em um escândalo sem precedentes para Areia Branca, o ex-prefeito Manoel Cunha Neto, mais conhecido como “Souza”, finalmente entregou os pontos e confessou ter fraudado licitações e desviado recursos que pertenciam à população durante sua gestão. Depois de anos negando as acusações e tentando convencer os moradores de que era inocente, Souza agora admite que utilizou contratos públicos para enriquecer às custas dos cofres do município.

O acordo judicial firmado com o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deixa claro que Souza, enquanto prefeito, direcionou licitações e contratos para beneficiar uma empresa específica, resultando em um prejuízo de quase R$ 645 mil aos cofres da cidade. Além de ter causado esse rombo, ele ainda vai pagar uma multa civil do mesmo valor, totalizando mais de R$ 1,4 milhão a serem devolvidos ao município.

Por anos, o ex-prefeito insistiu em sua inocência, mas agora, ao se ver pressionado pela justiça e na tentativa de escapar da inelegibilidade que o impediria de voltar à política, Souza confessou seus crimes. Ele admitiu que, de 2010 a 2012, fraudou processos licitatórios e desviou recursos que deveriam ter sido usados para o bem da população, mas que, na verdade, foram parar em seu próprio bolso.

Esse acordo, firmado para evitar um processo mais longo, não apaga o escândalo que abala a cidade. O ex-prefeito não apenas causou um enorme prejuízo financeiro ao município, mas também traiu a confiança de toda a população de Areia Branca, que agora vê a verdade sobre os desvios que sempre negou.

Este acordo marca um esforço do Ministério Público em recuperar os valores desviados, promovendo uma resposta célere ao dano causado ao município. O montante recuperado será destinado ao Município de Areia Branca e parte será direcionada à reforma do Comando-Geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte.

Opinião dos leitores

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Geral

Em Nísia Floresta, Cristiane Lopes retira candidatura e anuncia apoio a Gustavo Santos

A professora Cristiane Lopes, uma das maiores lideranças da comunidade do Timbó, anunciou o apoio à chapa formada pelo candidato a prefeito Gustavo Santos e Valéria (vice), da coligação “Nísia, Força e Vitória”. Cristiane oficializou seu apoio a Gustavo.

Mesmo fazendo parte dos quadros do Republicanos, partido que integra a coligação do candidato Alexandre Dantas, Cristiane optou por apoiar Gustavo. Em um movimento significativo para as eleições municipais de Nísia, Cristiane afirmou que sua decisão foi motivada pelo desejo de unir forças para o desenvolvimento da cidade.

Segundo ela, o apoio a Gustavo e Valéria se baseia na confiança de que ambos têm as melhores propostas para o município da Grande Natal. “Acredito que Gustavo e Valéria têm as melhores propostas para Nísia Floresta, com o compromisso de trazer trabalho e coragem para fazer a cidade avançar”, declarou a professora.

A adesão de Cristiane à coligação fortalece a campanha de Gustavo, que busca promover uma renovação política e social no município. A liderança de Cristiane na comunidade do Timbó é reconhecida por seu trabalho em prol da educação e do bem-estar social. Sua decisão de abrir mão de uma candidatura própria para apoiar Gustavo Santos reflete um compromisso maior com a construção de um futuro mais próspero para Nísia Floresta, pautado na união e no trabalho coletivo.

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