Foto: Pedro Vilela/Getty Images
Se o novo Mundial de Clubes da Fifa fosse realizado com base nos atuais campeões regionais, o Brasil teria apenas um representante no novo torneio com 24 times. A entidade já deixou claro que vai acabar com o formato atual do torneio e sugere que a competição poderia substituir a Copa das Confederações a partir de 2021.
Entre as propostas debatidas está a realização do torneio com representantes de todos os continentes. Mas, dos 24 times, apenas cinco seriam sul-americanos. Pela lógica, disputariam a competição os quatro últimos campeões da Libertadores, além de mais um clube com base num ranking da Conmebol.
Se essa regra fosse adotada antes de o Grêmio entrar em campo para a final contra o Lanús, na noite desta quarta-feira, o Brasil teria apenas um clube na disputa, o Atlético Mineiro. Da Argentina iriam o Boca Juniors, o San Lorenzo e o River Plate. O Atlético Nacional seria o outro classificado.
A proposta não agradou aos dirigentes da Conmebol, que insistem em ter o mesmo número de representantes que a Uefa e exigem novas reuniões antes que a proposta seja aprovada. O temor dos cartolas sul-americanos é de que haja uma consolidação cada vez maior da Uefa dentro da Fifa, empurrando os sul-americanos para uma condição de coadjuvantes.
Para os especialistas em marketing da Fifa, um número maior de sul-americanos poderia afetar o interesse de patrocinadores, já que os últimos anos registraram um domínio total dos europeus na disputa pelo título de melhor clube do mundo.
Pela proposta, doze deles viriam da Europa. Isso incluiria os quatro últimos campeões, os vices e outros quatro mais bem posicionados nos rankings. O torneio, portanto, teria um forte componente da Liga dos Campeões, justamente para tentar atrair o interesse de patrocinadores.
Na lista de uma competição com base nos atuais campeões, estariam classificados gigantes como Real Madrid, Barcelona, Juventus, Bayern de Munique, Paris Saint-Germain e Manchester City. Mas times como Manchester United, Milan, Chelsea e Inter de Milão estariam de fora.
R7, com Estadão
Muito simples a já que a UEFA quer restringir o acesso dos sul-americanos, nada mais justo que a Comebol também faça restrições a transferência de jogadores sul-americanos para a Europa.
Imagine como seria os torneios da UEFA sem Messi, Soares, Neimar, Gabriel Jesus, Cavanni, e muitos outros.