Conselho da ONU pede que Venezuela acabe com onda de repressão contra opositores

As detenções arbitrárias de figuras da oposição, jornalistas e manifestantes, bem como o uso desproporcional da força na Venezuela, são de particular preocupação para os Estados membros do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, sublinhou Mondino durante a sua visita à Suíça e à Áustria.

“Sob a desculpa de incitamento ao ódio ou ao abrigo de legislação antiterrorista, as pessoas que procuram exercer os seus direitos políticos e o seu legítimo direito ao protesto pacífico são perseguidas, detidas e privadas da sua liberdade. Além disso, temos testemunhado ações que levam à perseguição de meninos, meninas e adolescentes”, observou.

Mondino falou em nome do grupo central que compreende a Argentina, juntamente com outros Estados membros do Conselho, para pedir que o governo venezuelano liberte imediatamente os detidos e retome a cooperação com o Gabinete do Alto Comissariado para que a Missão Internacional Independente retorne ao país para cumprir seus mandatos.

Mais de 1.650 pessoas foram detidas desde 29 de julho, segundo dados da organização não governamental de direitos humanos Foro Penal. As detenções ocorreram no contexto de protestos pós-eleitorais, depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter anunciado Nicolás Maduro como vencedor sem apresentar resultados detalhados por centro e estação de voto. Entre eles estão 59 menores entre 14 e 17 anos que ainda estão detidos na Venezuela.

Os protestos foram denunciados pelo governo Maduro como atos de vandalismo e ataques que faziam parte de uma tentativa de golpe. O governo também afirmou, sem provas, que as manifestações foram promovidas por opositores com o apoio de governos e personalidades no exterior.

Mondino denunciou que a situação dos direitos humanos “piorou a um ritmo alarmante” e condenou “a perseguição judicial iniciada pelo Estado venezuelano” contra o candidato presidencial da oposição Edmundo González Urrutia, que deixou a Venezuela e solicitou asilo em Espanha.

CNN Brasil

Os futuros no Dow subiram 2,84%, enquanto o S&P 500 subiu 2,2%. O índice do dólar americano atingiu seu ponto mais alto desde julho.

Criptomoedas, que são consideradas parte do chamado comércio Trump, também saltaram.

O Bitcoin ultrapassou US$ 75.000, atingindo uma alta histórica durante esta manhã. Ele ultrapassou sua alta histórica anterior de US$ 74.000 na noite de terça-feira. Trump expressou seu apoio às criptomoedas no passado.

Dogecoin, a criptomoeda volátil defendida por Elon Musk, um apoiador de alto perfil de Trump, subiu até 25% na quarta-feira em relação ao nível de fechamento de terça-feira, embora esses ganhos tenham sido reduzidos para 16%. A criptomoeda subiu quase 31% desde o início da semana.

O Dow Jones fechou 425 pontos acima na terça-feira, ou 1% acima, o S&P 500 ganhou 1,2% e o Nasdaq, de alta tecnologia, subiu 1,4%, tudo isso ressaltando o otimismo dos investidores enquanto os americanos votam.

Historicamente, as ações frequentemente sobem no Dia da Eleição. Isso marca o sexto ganho consecutivo no Dia da Eleição para o S&P 500 e o Nasdaq.

Mark Haefele, diretor de investimentos da unidade de gestão de patrimônio do UBS, observou que os futuros do S&P 500 e do índice Russell 2000 para empresas menores listadas nos EUA estavam em alta, “provavelmente em antecipação a um crescimento doméstico mais forte, aumento da atividade (de fusões e aquisições), uma extensão dos cortes de impostos pessoais e esperanças de impostos corporativos mais baixos” como resultado de uma vitória de Trump.

“A perspectiva de um resultado eleitoral claro também pode estar impulsionando os futuros para cima, dada a menor incerteza sobre o futuro”, escreveu ele em uma nota.

Enquanto isso, Mohit Kumar, economista da Jefferies, disse que empresas financeiras e empresas menores provavelmente liderarão mais ganhos nas ações dos EUA.

“Também esperamos que as ações dos EUA continuem a superar os índices europeus e globais”, acrescentou ele em nota.

O índice Stoxx Europe 600, referência para a região, subiu 1,3%. O DAX da Alemanha e o CAC da França subiram 0,8% e 1,4%, respectivamente, enquanto o FTSE 100 de Londres foi negociado 1,3% mais alto no dia.

As ações dos EUA historicamente subiram nos meses após as eleições, independentemente do resultado. “A maioria dos movimentos de preços das ações ao longo do tempo é impulsionada por lucros, inflação e taxas de juros”, disse Adam Turnquist, estrategista técnico chefe da LPL Financial.

“A política importa, particularmente a política tributária e comercial, mas não tanto quanto alguns podem pensar.”

Os traders estão se preparando para uma semana turbulenta. Apenas dois dias após o Dia da Eleição, o Federal Reserve anunciará sua última decisão sobre a taxa de juros, a primeira desde que cortou as taxas em meio ponto.

O anúncio do Fed ocorre em meio a novos dados que mostram sinais de um esfriamento do mercado de trabalho dos EUA, adicionando outra camada a uma semana já cheia para os mercados.

CNN