Um consumidor que terá a identidade preservada entrou em contato hoje com o blog para denunciar a prática de adulteração nos relógios da portaria da Central de Alimentos (Ceasa) para cobrar estacionamento de um maior número de pessoas que entram no local. O estacionamento custa apenas R$ 2, mas milhares de pessoas frequentam a Ceasa todos os dias.
De acordo com o relato do rapaz, o relógio está adiantado dois minutos na portaria de entrada e atrasado oito minutos na saída. Ou seja, minutos estão sendo subtraídos do tempo gratuito, que é 15 minutos.
“Fui lá, entrei às 7h52 (segundo o bilhete de estacionamento fornecido pela pessoa da cabine da ponta direita de quem está entrando na Ceasa). No meu relógio que também olhei, era 7h50. Ao sair, no meu relógio era 7h59, então eu não pagaria o valor de R$ 2,00 referente a estacionamento. Todavia, a pessoa da cabine de saída (a da ponta direita de quem está saindo da Ceasa) me disse que no relógio dela já era 8h07 e que havia feito exatamente 15 minutos que eu havia entrado, portanto teria que pagar os R$ 2,00 já que a carência é de 15 minutos”, relatou.
Indignado com o que havia acontecido, após ter pago o estacionamento, ele decidiu voltar para tirar a prova da irregularidade no relógio dos dois guichês. Dessa vez, de acordo com o consumidor, ele entrou e já foi imediatamente para a saída, sem nada fazer na Ceasa. Novamente a irregularidade foi constatada.
“Entrei às 8h17 (horário informado no bilhete de estacionamento) e no meu relógio era 8h14. Cheguei à mesma cabine de saída que eu havia saído anteriormente, exatamente no mesmo horário e a pessoa da cabine disse que eu não precisava pagar pois estava na carência. Perguntei quanto tempo fazia que eu tinha entrado, e ela me disse: ‘Faz 6 minutos!’. Com isto, confirmei que o relógio da saída é adiantado entre cinco e seis minutos em relação ao da entrada. Informei à pessoa da cabine esta situação, e ela ficou calada, fingindo que não estava escutando, como se estivesse querendo que eu fosse embora logo, já que eu não ia pagar”, informou a vítima que disse que já denunciou o caso à Corregedoria da Ceasa.
O BG também entrou em contato com a Central. O coordenador-administrativo Gilbran Olímpio disse que não tinha conhecimento sobre essa diferença nos relógios, mas se comprometeu a checar e dar um retorno. Disse também que não havia nenhuma denúncia feita lá neste sentido.
Ao ser informado da abertura da ocorrência junto à Corregedoria, Gilbran disse que se comprometeu a checar. Mais tarde, ele retornou e disse que a controle da portaria era feito por uma empresa terceirizada. Por causa dos questionamentos do Blog, ele solicitou à empresa um relatório com todo o controle de entrada e saída de carros.
“Amanhã eu estarei com esse relatório em mãos e poderei apurar melhor essa situação”, garantiu.
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