O Comitê de Política Monetária do Banco Central manteve a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) em 14,25% ao ano, surpreendendo os analistas do mercado, que esperavam elevação de pelo menos 0,5 ponto percentual como medida para tentar conter a escalada da inflação.
Em comunicado, o Banco Central diz que considerou a “elevação das incertezas domésticas e, principalmente, externas” para manter a taxa Selic. “O Copom decidiu manter a taxa Selic em 14,25% ao ano, sem viés, por seis votos a favor e dois votos pela elevação da taxa Selic em 0,50 ponto percentual”, informa o BC.
Às vésperas da reunião do Copom, o presidente do BC, Alexandre Tombini, divulgou uma inesperada nota comentando as previsões do FMI sobre a economia brasileira. A atitude embaralhou as projeções do mercado financeiro, que horas antes de decisão ainda não tinha uma opinião predominante sobre o rumo dos juros.
O comentário ainda reverberou entre ex-diretores do BC, que se mostraram perplexos diante das declarações de Tombini. Ao mesmo tempo, a sinalização de menos agressividade no aperto monetário agradou ao governo e ao PT, que já espera uma mudança na orientação da política monetária.
Em meio a uma profunda recessão e elevação das projeções para a inflação, o BC se viu dividido entre subir os juros – e ancorar as expectativas sobre a evolução dos preços – ou manter inalterada a Selic e evitar uma queda ainda maior da economia.
Com a manutenção da Selic nesta quarta-feira, o Brasil segue disparado como maior pagador de juro real (descontada a inflação) do mundo. Nas projeções da Infinity Asset, só um corte da magnitude de 4,5 pontos porcentuais faria com que o Brasil saísse da liderança do ranking.
De outubro de 2014, quando estava em 11% ao ano, a julho de 2015, a taxa Selic cresceu 3,25 pontos percentuais, resultado de sete elevações seguidas. Na reunião de setembro do ano passado o Copom decidiu suspender o aperto monetário, mantendo o patamar dos juros básicos pela primeira vez em meses.
A Selic é usada nas negociações de títulos públicos e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
Fonte: IstoÉ
Em fim prevaleceu o BOM SENSO. A Taxa Selic se manteve no mesmo patamar 14,25%, já considerada muito alta e não tem influência nenhuma no controle da inflação. O aumento da inflação é devido a ajustes dos preços administrados, a desvalorização do real e NÃO PELO CONSUMO. O governo ainda não percebeu QUE JÁ EXISTE UMA REDUÇÃO DO CONSUMO , pelo endividamento do brasileiro ( cartão de crédito), o custo da energia elétrica, e dos combustíveis, pelo desemprego e pela alta dos preços generalizada.