Saúde

Coronavírus: o avanço silencioso da covid-19 em frigoríficos do Brasil

FOTO: GETTY IMAGES

Já são quase 250 casos confirmados entre funcionários e cerca de 20 mil trabalhadores expostos, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde.

O rápido aumento de infecções preocupa as autoridades de saúde porque este é um segmento intensivo em mão de obra – e sua própria estrutura operacional favorece a disseminação do novo coronavírus.

O setor emprega 65 mil pessoas no Estado, calcula a procuradora do trabalho Priscila Dibi Schvarcz, que coordena o Projeto de Adequação das Condições de Trabalho nos Frigoríficos.

Por estar incluído na lista de atividades essenciais, ele não foi obrigado pelos decretos de quarentena a suspender os trabalhos.

Devido à multiplicação de casos em poucos dias, entretanto, nas duas últimas semanas pelo menos 4 fábricas tiveram de interromper a produção – total ou parcialmente.

Na quinta e sexta-feira da última semana, o Tribunal de Justiça do RS determinou a paralisação integral de um frigorífico da BRF na cidade de Lajeado e parcial de uma unidade da Minuano na mesma cidade, que deve operar com 50% da mão de obra por duas semanas.

Dias antes, a empresa Nicolini havia informado decisão de fechar por três dias a unidade em Garibaldi para limpeza das áreas internas e externas depois de registrar 60 casos de covid-19 entre os 1,5 mil funcionários. As medidas foram firmadas por meio de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT-RS).

No fim de abril, uma fábrica da JBS em Passo Fundo foi interditada pela Justiça após o registro de 62 casos entre 2,4 mil trabalhadores. A empresa havia obtido uma liminar para retomar as atividades na unidade, mas na última quinta-feira (07/05) a prefeitura de decidiu manter a interdição.

Passo Fundo, que contabiliza pouco mais de 200 mil habitantes, está “empatada” com Porto Alegre em número de mortes causadas pela covid-19 – foram 18 até o dia 11/05.

O volume de casos é cerca de metade (267) do registrado na capital (529), mas, por se tratar de um município menor, a incidência é bem mais elevada: são 135,7 casos a cada 100 mil habitantes, ante 35,8 a cada 100 mil habitantes na capital.

Trabalho ‘ombro a ombro’

A dinâmica de trabalho nos frigoríficos, por suas próprias características, favorece a disseminação do novo coronavírus, pondera a procuradora Priscila Dibi Schvarcz.

O setor é intensivo em mão de obra – são centenas e às vezes milhares de trabalhadores em algumas unidades, muitos trabalhando “ombro a ombro”, muito próximos, diante das esteiras por onde passa a proteína animal que eles têm de cortar ou desossar, por exemplo.

“Além disso, há um problema de renovação de ar principalmente nos ambientes refrigerados, em razão das próprias normas sanitárias que regulam a qualidade do produtos.”

É possível adequar os ambientes para que o ar seja renovado com maior frequência, ela ressalva, mas essa é uma medida cara.

Há ainda vários pontos do espaço físico da fábrica que favorecem aglomerações, como as salas para pausas psicofisiológica (uma medida em vigor nos frigoríficos no Brasil desde 2013, já que o trabalho no setor em geral exige muito esforço repetitivo) e os refeitórios.

Não por acaso, frigoríficos em outros países acabaram se tornando foco da doença causada pelo novo coronavírus. Nos Estados Unidos, por exemplo, a disseminação de covid-19 entre trabalhadores do setor levou empresas como a gigante Tyson Foods a paralisar temporariamente as atividades nas últimas semanas.

Deslocamento preocupa

O caso do Brasil tem uma particularidade que acaba sendo mais fator que facilita o contágio. Parte dos trabalhadores vive em municípios diferentes daqueles em que trabalham, deslocando-se até duas horas para chegar ao serviço em veículos fretados pelas empresas.

Eles se distribuem muitas vezes entre dezenas de pequenos municípios localizados no entorno das fábricas – estas frequentemente já localizadas em cidades pequenas ou médias.

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Alimentação do RS, Paulo Madeira, calcula que mais ou menos metade da força de trabalho do setor no Estado se encaixe nesse perfil.

“Muitos estão levando a doença para suas pequenas cidades”, ressalta Priscila Schvarcz, do MPT.

Ela cita o caso de Ibirapuitã, com menos de 5 mil habitantes, que contabiliza 15 diagnósticos positivos para covid-19 e um dos maiores índices de incidência da doença no Estado: 360 para cada 100 mil habitantes.

Os primeiros casos, diz a procuradora, foram “importados” da unidade da JBS de Passo Fundo, a pouco mais de 50 km, onde alguns moradores da cidade trabalham.

Segundo a procuradora, além de Passo Fundo, Lajeado e Garibaldi, há diagnósticos com origem em frigoríficos em municípios como Encantado, Tapejara, Marau, Trindade do Sul, Carlos Barbosa e Serafina Corrêa.

O coordenador do Centro de Operações e Emergência do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Estado, Marcelo Vallandro, diz que a possível interiorização da doença provocada por essa dinâmica é algo que preocupa as autoridades de saúde – por isso o contato frequente com prefeituras e vigilâncias municipais para monitorar a evolução dos casos em áreas consideradas mais críticas.

Nesse sentido, ele destaca também a importância de que os trabalhadores sigam as orientações de isolamento social e as medidas de precaução no dia a dia fora do ambiente de trabalho – o que em alguns casos não vinha acontecendo.

“A transmissão intradomiciliar também tem sido algo importante”, pontua.

O presidente da federação dos trabalhadores do setor no Estado faz coro: “Tivemos aqui um caso de trabalhador afastado (com suspeita da covid) que foi viajar em vez de cumprir os dias de isolamento domiciliar.”

Resistência no setor

O MPT publicou as primeiras recomendações para a adequação dos frigoríficos ainda no fim de março.

Entre diversos pontos, o órgão sugeria a reorganização das linhas de produção para que os trabalhadores ficassem a uma distância mínima de 1,8 metro um do outro, um rearranjo do transporte para que os funcionários que tomassem ônibus fretados não se aglomerassem na entrada e saída e para que sentassem a uma distância maior uns dos outros dentro dos veículos.

O MPT-RS também recomendava uma vigilância ativa por parte das empresas, para tentar localizar os casos no início, isolar os funcionários afetados e aqueles que tiveram contato com eles.

“Quando existe afastamento precoce, se quebra esse ciclo de contaminação exponencial – e houve muita falha nesse processo de vigilância.”

Segundo a procuradora, as empresas tiveram grande resistência em adotar as medidas inicialmente, argumentando que elas eram “obrigações inexequíveis e exageradas”.

“Mas, depois que começaram a surgir os casos, o próprio setor percebeu a importância das medidas”, completa.

No frigorífico da Nicolini em Garibaldi, diz ela, o número de casos saltou de 10 para 60 em apenas 4 dias. O Termo de Ajustamento de Conduta firmado pela empresa previa que, após os dias de fechamento, as atividades fossem retomadas com apenas 25% dos trabalhadores nesta segunda-feira (11/05).

Os 75% restantes ficarão em quarentena pelos próximos 14 dias.

‘Medo’ de trabalhar e preconceito

O caso mais problemático até o momento é o do frigorífico da JBS em Passo Fundo, que foi interditado por duas semanas pela Justiça em 24 de abril.

Antes que as atividades pudessem ser retomadas, a prefeitura do município acatou recomendação da vigilância em saúde local e impôs uma interdição cautelar por outros 15 dias na última quinta (07/05).

Em comunicado, a prefeitura afirma que “foram desrespeitadas regras sanitárias e epidemiológicas, o que pode colocar em risco a saúde de toda a população”. Além disso, teria pesado o fato de a empresa não estar monitorando devidamente todos os trabalhadores afastados.

Paulo Madeira, da Federação dos Trabalhadores na Alimentação do Estado, diz que a gerência da unidade foi uma das mais resistentes em implementar as medidas recomendadas para evitar surtos de covid-19 entre os empregados.

“Tive medo de trabalhar. Qualquer sintoma de gripe achava que tinha pegado”, diz um dos funcionários, que pediu para ter a identidade preservada.

Segundo ele, os trabalhadores não foram informados sobre os primeiros casos na unidade.

Quando começou a ver pessoas próximas sendo afastadas com a doença, ele e outros colegas chegaram a conversar com supervisores.

“Falaram que não podiam fazer nada, que também estavam com medo de trabalhar, como a gente.”

Um caso emblemático para ele foi de um funcionário da limpeza que vinha se queixando de muita dor nas costas e, posteriormente, teve o diagnóstico de covid confirmado.

“Nem febre ele teve. Às vezes essa doença não dá febre. E tem ainda aqueles assintomáticos, que não sentem nada e estão passando a doença para outras pessoas.”

Enquanto isso, em diversas cidades, trabalhadores da fábrica começaram a ser alvo de preconceito de moradores que os acusavam de estar “trazendo o vírus”.

“A gente não tem culpa, tem que trabalhar. Tem gente ignorante que diz: ‘Por que você foi?’, mas a gente precisa sustentar nossa família.”

“E a gente não gente estava lá produzindo pra essas pessoas comerem?”, acrescenta. “O que eles vão comprar no mercado é a gente que produz.”

Quando a unidade foi interditada, a sensação foi de alívio, ele conta.

O trabalhador com quem a reportagem conversou vive com outros 7 parentes em casa. Nas últimas semanas, dois testaram positivo para covid-19. Um foi hospitalizado e, na última vez em que a família conseguiu fazer contato, “com a voz já bem ruinzinha”, ele disse que teria de ser entubado.

“Depois disso, a gente não teve mais notícia, o hospital não passava informação, nada.”

Quando notificados sobre a morte, os familiares foram avisados de que teriam duas horas para velar o caixão fechado e se despedir.

“Ainda dói. A gente não quer que outras famílias passem pelo que a gente está passando.”

“Dinheiro a gente recupera, mas a vida dos nossos familiares, não. Se for necessário continuar fechada (a fábrica), que fique; se for para abrir, que seja com medidas rigorosas (de proteção).”

Questionada sobre a informação de que os funcionários não teriam sido notificados sobre os primeiros casos e sobre as observações do MPT de que parte dos frigoríficos foi resistente em adotar medidas de precaução, a JBS enviou uma nota em que afirma:

“A JBS refuta os argumentos apresentados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e a tentativa de responsabilizar a Companhia como foco de contaminação da Covid-19 em Passo Fundo (RS).

Entre os falsos argumentos presentes nos autos, pesa o fato de que o número de casos não corresponde à realidade e que, diferentemente do que informa o MPT, a unidade não apresentou 62 casos. A planta de Passo Fundo conta, conforme devidamente registrado na Vigilância Sanitária, 47 casos confirmados, sendo que desse total 20 pessoas estão curadas, e 27 seguem em recuperação, todos com acompanhamento permanente da empresa.

Também cumpre informar que não há casos de morte relacionados aos funcionários da empresa – todos os colaboradores que, infelizmente, tiveram óbitos em sua rede familiar, fizeram os testes e tiveram acompanhamento clínico. Nenhum deles apresentou sintomas e, em testes para confirmar contaminação, os resultados foram negativos.

Todas as medidas adotadas pela JBS estão de acordo com os mais altos padrões dos órgãos de saúde e em conformidade com a recomendação da Consultoria do Hospital Albert Einstein e médicos especializados contratados pela empresa para apoiar na definição dos protocolos de saúde e que estão em vigor em todas as unidades da empresa.

É relevante informar ainda que o protocolo de segurança adotado pela empresa foi avaliado e confirmada a veracidade da aplicação das medidas, conforme laudo da perícia técnica realizada por especialista em medicina do trabalho em 23 de abril de 2020.”

A BRF, por sua vez, informa que até o momento as atividades na unidade de Lajeado seguem paralisadas.

“A Companhia reforça que está muito segura do cumprimento efetivo de todas as medidas protetivas e protocolos indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde. A empresa tem mantido uma interação muito próxima e frequente com diversos níveis de autoridades, bem como com o sindicato dos trabalhadores local e a Prefeitura da cidade, com o intuito de propor e discutir soluções que assegurem a saúde e a integridade física de seus colaboradores.

Desde o início da pandemia, a BRF já implementou uma série de ações protetivas em todas as suas operações, contando com um Comitê Permanente de Acompanhamento Multidisciplinar, composto por executivos e especialistas, como o infectologista da Universidade de São Paulo, Esper Kallas.

A empresa conta ainda com uma consultoria global especializada em gestão de riscos e com esse suporte instituiu um centro de inteligência, que, entre outras funções, possibilita estar em contato com companhias em outros países, como China, Estados Unidos e Itália, para aprender com a experiência desses países e aplicar melhores práticas, acompanhando em tempo real o que vem acontecendo na Ásia, Europa e América.

Vale ressaltar ainda que, em abril, a Companhia assinou um compromisso junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), em nível nacional, que endossa práticas de proteção aos colaboradores que já vinham sendo adotadas. Entre as iniciativas adotadas pela empresa estão o uso obrigatório de máscaras, distanciamento mínimo entre funcionários, medição de temperatura nas entradas das unidades, afastamento de colaboradores do grupo de risco e casos suspeitos, reforço de higienização em diversas áreas e nos veículos de transporte fretado e busca ativa de potencial contaminação com o intuito de mitigar a exposição ao vírus.

A empresa destaca ainda que o setor de produção de alimentos é essencial e, por esse motivo, não poupa esforços para manter seu compromisso com a saúde e segurança dos colaboradores, da cadeia produtiva e com o abastecimento à população, trabalhando de forma colaborativa com as autoridades de saúde e os municípios onde está presente.”

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também se manifestou sobre o tema por meio de nota:

“A ABPA informa que constituiu, juntamente com seus associados, diversos comitês temáticos para o enfrentamento da crise de Covid-19, onde são definidos e constantemente atualizados protocolos para a preservação da saúde dos colaboradores e de todos os envolvidos no sistema produtivo.

Antes mesmo do início da adoção da quarentena em vários estados de todo o país, a associação se certificou de que as suas empresas associadas adotaram medidas preventivas necessárias para proteger e prevenir, ao máximo, o risco nas unidades de produção.

Essas medidas incluem o imediato afastamento de todos os colaboradores identificados como grupo de risco (com idade acima de 60 anos, doenças pré-existentes e outros), a intensificação das ações de vigilância ativa nas unidades frigoríficas e monitoria da saúde dos trabalhadores (com a verificação constante de temperatura), entre outras iniciativas.

As empresas reforçaram todos os cuidados recomendados pela Organização Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde – grande parte destes cuidados já eram rotina. E, de forma adicional, incluiu várias outras medidas preventivas, como, por exemplo:

Aumento da rotina de higienização de todos os ambientes dentro e fora do frigorífico, como o transporte e outros; adoção de medidas contra a aglomeração, com a redistribuição de horários de refeição e contratação de mais veículos de transporte; monitoria constante do estado de saúde dos trabalhadores enquanto estão no espaço do frigorífico; reforço nas orientações de cuidados para a saúde por meio de orientações diretas, folhetos e outras formas de comunicação interna.

O nosso setor faz parte do rol de atividades essenciais ao país. Para que possamos garantir a produção de alimentos seguros e a oferta de alimentos para a população, a saúde das equipes é prioridade indiscutível.

Sabemos de nossa missão e trabalharemos para que não falte alimentos para as famílias de todo o país”.

A Minuano não respondeu ao pedido de posicionamento feito pela reportagem.

BBC

 

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Saúde

Fila do SUS coloca vida da população em risco, diz pesquisa

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A atual fila do Sistema Único de Saúde (SUS) coloca a vida da população brasileira em risco, segundo um estudo do Instituto Locomotiva. A pesquisa “A Classe C e a Saúde: os desafios de acesso a exames e consultas” traz um retrato sobre as dificuldades enfrentadas por mais de 100 milhões de pessoas que dependem do sistema público de saúde.

Segundo o estudo divulgado na sexta-feira (21) , 94% dos brasileiros da Classe C concordam com a seguinte frase: “o tempo de espera para a marcação e realização de consultas e exames no SUS coloca em risco a vida de muitos brasileiros”.

O instituto conclui que a maioria das pessoas de Classe C sofre principalmente quando busca por uma consulta com um especialista. Nove em cada dez brasileiros desta faixa econômica que tentaram uma consulta pelo SUS afirmam que o tempo de espera foi longo.

  • 60%: tempo de espera para consultas com médicos especialistas foi muito longo
  • 56%: tempo de espera para exames foi muito longo
  • 46%: tempo de espera para consultas com médicos generalistas foi muito longo

A pesquisa aponta que uma parte dos brasileiros convive com doenças que poderiam ter sido evitadas se o SUS fosse mais ágil. Por exemplo, 24% dos cidadãos apresentaram piora no quadro de saúde por causa do tempo de espera para conseguir uma consulta ou exame na rede.

A demora nos atendimentos e as consequentes complicações na saúde fizeram com que os brasileiros da Classe C buscassem a rede privada de saúde. De acordo com o Locomotiva, 72% das pessoas viveram ou conhecem alguém que passou por essa situação.

Além disso, cerca de um a cada três brasileiros de Classe C já desistiram de uma consulta muito demorada no SUS e arcaram com custos de um atendimento particular.

O levantamento também aponta que a população vê benefícios na integração entre os sistemas público e privado, com 95% dos entrevistados apoiando medidas que facilitem o compartilhamento de informações entre os dois setores.

A pesquisa foi realizada com 1.500 pessoas em 127 cidades de todas as regiões do Brasil. Foram entrevistados homens e mulheres com 18 anos ou mais, entre 19 e 21 de novembro de 2024.

As conversas foram feitas virtualmente e a margem de erro da pesquisa é de 2,6 pontos percentuais.

CNN Brasil

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Geral

Posts que sugerem ligação entre inflação e descarte de alimentos usam vídeos antigos

Foto: Reprodução

Com a inflação dos alimentos, voltaram a circular nas redes sociais vídeos que mostram produtos como cebola, tomate e leite sendo descartados.

As imagens são sempre acompanhadas de legendas ou comentários que dizem se tratar de cenas recentes e atribuem o descarte a uma forma de produtores manipularem os preços: com menos alimento em oferta, eles conseguiriam cobrar mais caro.

O g1 verificou que muitos dos vídeos mais frequentemente compartilhados foram feitos em 2023 e 2024, e não nos últimos dias. Alguns deles já tinham circulado no fim do ano passado, em postagens com teor semelhante.

São descartes que aconteceram em regiões determinadas, como Irecê, na Bahia. Especialistas explicam que situações pontuais não poderiam ter efeito no preço de um produto para todo o país.

“Para impactar o preço nacional teria que ser massivo e uma conjunção de muitos produtores e muitos produtos”, afirma Aniela Carrara, pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP.

Alimentos como tomate e cebola, que aparecem sendo descartados em vídeos de meados de 2024, terminaram aquele ano com queda nos preços, por exemplo.

O cultivo de hortaliças está centralizado em médios e pequenos produtores e é mais suscetível às variações do clima. Por isso, seus preços também costumam variar ao longo do ano.

“Quando o produtor descarta, ele não consegue retomar nem o custo que ele teve com a plantação. Significa prejuízo”, completa Carrara.

Leite, cebola e tomate

Um dos vídeos que circulam mostra produtores jogando leite em uma estrada de asfalto. A imagem é de um protesto realizado em setembro de 2023, em Frederico Westphalen (RS).

Uma reportagem da RBS TV exibida no dia 27 daquele mês mostrou a mesma cena. Na época, produtores de leite reclamavam de importações do produto de países do Mercosul.

O preço do leite longa vida terminou aquele ano com queda de 7,83% sobre 2022, segundo o IPCA, que é a inflação oficial. A bebida figurou entre os 50 itens que mais recuaram em 2023.

Outros vídeos compartilhados nos últimos dias mostram o descarte de cebolas e tomates.

Um deles exibe um caminhão com sacos do alimento sendo abertos e as cebolas, atiradas ao chão. O narrador do vídeo, que não aparece na cena, afirma que “a cebola não presta, não, está toda estourando” e que os clientes estavam devolvendo as que foram vendidas, por isso elas estavam sendo jogadas no mato.

A postagem mais antiga encontrada com este vídeo é de 11 de novembro de 2024, no Instagram. Em um outro vídeo que mostra cebolas no chão, um homem aparece dizendo que está na região de Irecê e que é 13 de novembro de 2024.

 g1

Opinião dos leitores

  1. Ainda tem mais!
    É até 2026 de PT.
    Agora é ladeira abaixo.
    Desgraça de partido.
    Esse nine, Jajá vai pro asilo.
    E já já, já vai atrás de outro trouxa.
    Faz, o “L”.

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Política

FUSÃO: Presidente nacional do PSDB diz que partido vai se unir a Podemos e Solidariedade; No RN será a junção de Ezequiel, Styvenson e Kelps

Foto: reprodução | Eduardo Maia

Após meses negociando uma tentativa de fusão com PSD ou MDB, o presidente do PSDB, Marconi Perillo, diz que a sigla desistiu da união com as legendas. Segundo ele, os tucanos decidiram se unir com outros dois partidos menores: Podemos e Solidariedade. O objetivo, de acordo com a direção do partido, é evitar a entrada em um processo de “extinção” e manter o programa da sigla. Caso optasse pelo acordo com as legendas de Gilberto Kassab ou Baleia Rossi, a avaliação é que o PSDB acabaria submisso.

— O partido caminha nesta direção, de fazer fusão com partidos menores, para mantermos nosso programa, nossa história. A direção é essa. É o que a base quer e vamos fazer — disse o presidente do PSDB, Marconi Perillo.

Rio Grande do Norte

No RN, a fusão entre o PSDB, Podemos e Solidariedade significaria a junção do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do RN, Ezequiel Ferreira, do senador Styvenson Valentim e de Kelps Lima, hoje secretário da gestão da prefeita Nilda em Parnamirim, reunidos em um mesmo partido.

Negociações

Desde o início das movimentações para a união com o PSD ou MDB, integrantes da base tucana se mostraram incomodados e argumentaram que isso significaria abrir mão de uma tentativa de reabilitação. As negociações com Podemos e Solidariedade, então, passaram a avançar com maior facilidade. O PSDB tem hoje apenas 11 deputados, três senadores e três governadores.

O formato final da união entre as legendas ainda está sendo desenhado. O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, disse que a negociação entre a legenda e o PSDB avança para ser uma federação. Para isso, porém, é necessário que a atual federação PSDB-Cidadania seja desfeita antecipadamente, já que o prazo oficial para o término da união seria apenas em maio de 2026.

Com informações de O Globo

Opinião dos leitores

  1. Partidos de Direita:
    Vamos acabar com o PT.
    PFL: ☠️
    PSDB: ☠️
    PT: 💪🤣🤳
    Chooooora boiada…🐮
    Muuuuuuuummmm

    1. Rapaz, vamos com calma. PL subiu do nada, e o PT enfraqueceu, se Lula vazar, o PT cai mais ainda (lembrando que hoje ele é uma federação, assim como PSDB).

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Geral

Lula tem popularidade pior do que Bolsonaro tinha com 26 meses de governo

Foto: Evaristo Sa/AFP/Marcos Corrêa/PR/Reprodução

Uma análise comparativa das pesquisas IPEC (antigo Ibope) e Datafolha revela que o presidente Lula atravessa seu pior momento de popularidade, com índices inferiores aos de Jair Bolsonaro no mesmo período de governo. O atual presidente registra saldo negativo de 16 pontos, enquanto Bolsonaro, com 26 meses de mandato, tinha saldo negativo de 11 pontos.

A trajetória de queda de Lula tem se mostrado consistente. “Não só é o pior momento do Lula em todos os dez anos de mandato dele como presidente da República, como ele não encontrou o piso ainda”, diz o colunista do UOL, José Roberto de Toledo, apontando que a tendência de queda pode continuar.

O presidente iniciou o mandato com saldo positivo de 13 pontos em março de 2023, caindo para apenas dois pontos positivos em março de 2024. Ao final de 2024, mantinha um ponto positivo, praticamente zero considerando a margem de erro. Agora, registra os 16 pontos negativos.

Já Bolsonaro teve uma trajetória diferente. Começou o governo com saldo de dois pontos positivos, rapidamente caindo para nove pontos negativos ainda no primeiro ano. Com a pandemia, chegou a 12 pontos negativos antes dos 20 meses de governo. No entanto, após a criação do Auxílio Emergencial de R$ 600, recuperou-se temporariamente, atingindo três pontos positivos em agosto de 2020.

Uma pesquisa recente do IPEC mostrou ainda que 62% dos eleitores são contra a candidatura de Lula a um quarto mandato, número que cresceu cinco pontos desde dezembro. No entanto, o colunista fez um alerta contra decretar um fim prematuro do governo: “O poder da máquina federal é muito grande”, lembrando que mesmo Bolsonaro, com índices muito negativos, quase se reelegeu em 2022.

A recuperação da popularidade presidencial dependerá da capacidade do governo de “arrumar a sua própria casa e parar de bater cabeça”, além de conseguir apresentar resultados positivos na economia.

Coluna A Hora – UOL

Opinião dos leitores

  1. Lembrando que o Bolsonaro lutava contra o sistema e a grande mídia liderada pelo grupo globo lixo.
    O contrário do Molusco que é peça dentro do sistema.
    Ok??
    Pense nisso.
    Esse governo acabou!!
    Já era!
    Mais de dois anos e ainda não disse pra que veio.
    O foco, é gastos exorbitantes e aumentar impostos, criar taxas, o Pix, quase passou!!!
    Aff!!!!

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Geral

STF define que Lei Maria da Penha pode ser estendida a casais homoafetivos

Foto:  Antonio Augusto/STF

Por 8 votos a 3, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que a Lei Maria da Penha pode ser estendida a casais homoafetivos.

Durante julgamento no plenário virtual da Corte, os ministros também entenderam que a legislação pode ser ampliada a mulheres travestis ou transexuais nas relações intrafamiliares.

No plenário virtual, os ministros apresentam seus votos em uma página do STF, sem a necessidade de julgamento presencial. A análise desse processo teve início no último dia 14 de fevereiro e foi encerrada nessa sexta (21).

Segundo o relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, a ausência de uma norma que estenda a proteção da Lei Maria da Penha a casais homoafetivos masculinos e a mulheres transexuais e travestis “pode gerar uma lacuna na proteção e punição contra a violência doméstica”.

De acordo com relatório recente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o crime mais identificado contra travestis e gays no Brasil foi o de homicídio (80% e 42,5%, respectivamente), enquanto, no caso de lésbicas, foram identificados os crimes com maior incidência a lesão corporal (36%) e a injúria (32%). Mulheres trans apareceram, em maior número, como vítimas de crimes de ameaça (42,9%).

Em seu voto, o magistrado defendeu que “é possível estender a incidência da norma aos casais homoafetivos do sexo masculino, se estiverem presentes fatores contextuais que insiram o homem vítima da violência na posição de subalternidade dentro da relação”.

“Isso porque a identidade de gênero, ainda que social, é um dos aspectos da personalidade e nela estão inseridos o direito à identidade, à intimidade, à privacidade, à liberdade, e ao tratamento isonômico, todos protegidos pelo valor maior da dignidade da pessoa humana”, declarou.

No caso de transexuais e travestis, o ministro argumentou que “a expressão ‘mulher’ contida na lei vale tanto para o sexo feminino quanto para o gênero feminino, já que a conformação física externa é apenas uma mas não a única das características definidoras do gênero”.

“Impõe ao Estado a obrigação de proteger os bens e liberdades dos cidadãos frente às agressões dos outros cidadãos, bem como a necessidade de adoção de medidas de proteção ou de prevenção para se combater as condutas de violência perpetradas no âmbito familiar”, disse Moraes em seu voto.

Moraes foi seguido pelos ministros Luís Roberto Barroso, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Luiz Fux.

Já Cristiano Zanin, André Mendonça e Edson Fachin concordaram com o relator, porém, com a ressalva de “impossibilidade de aplicação de sanções de natureza penal cujo tipo tenha como pressuposto a vítima mulher”. Os três, contudo, foram voto vencido.

Lei Maria da Penha

A Lei Maria da Penha foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2006. A norma é considerada um marco na defesa dos direitos das mulheres no Brasil.

Maria da Penha era uma farmacêutica e sobreviveu a uma tentativa de homicídio praticada pelo seu ex-marido.

Por anos, ela precisou lutar para que o agressor fosse punido após os atos de violência que a deixaram paraplégica.

A lei define medidas para proteger as vítimas de violência, como a criação de juizados especiais de violência doméstica, a concessão de medidas protetivas de urgência e a garantia de assistência às vítimas.

CNN Brasil

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Meio Ambiente

Boletim do Idema aponta 40 trechos estão próprias para banho e 11 impróprios no litoral do RN; veja quais

Foto: Caroline Macedo

O Boletim da Balneabilidade das praias do Rio Grande do Norte n.º 08 de 2025, emitido nesta sexta-feira (21), informa que 40 trechos estão próprios para banho, em condições adequadas à recreação e 11 trechos encontram-se impróprios. Os pontos identificados como impróprios são:

  • Sibaúma (Restaurante Sabores do Mar) em Tibau do Sul;
  • Pirambúzios, Foz do Rio Pirangi e Pirangi do Sul (Igreja) em Nísia Floresta;
  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium) e Rio Pirangi (Ponte Nova), em Parnamirim;
  • Areia Preta(Escadaria de Mãe Luiza);
  • Redinha (Rio Potengi) em Natal;
  • Touros (Av. Bom Jesus), em Touros e
  • Maracajaú (Mercado Público), Barra( R. Quinze de Novembro) em Maxaguaguape.

Para o período do verão, o Programa de Balneabilidade amplia o rol de áreas analisadas, com o objetivo de dar mais segurança aos banhistas e turistas que visitam nosso litoral, informando as condições das praias monitoradas. Ao longo do ano, são 33 pontos de coleta, mas, no veraneio são coletadas e classificadas 51 amostras de água em pontos distribuídos em toda a faixa costeira potiguar, que compreende de Baía Formosa a Tibau.

A base dos dados analisa a quantidade de coliformes termotolerantes encontrados nas águas. A classificação tem por base as normas estabelecidas na Resolução n.º 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA.

O estudo é uma parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN), e faz parte do Programa Água Azul.

As informações dos Boletins da Balneabilidade são divulgadas, semanalmente, no site institucional do Idema (idema.rn.gov.br) e no aplicativo nacional Praia Limpa.

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Geral

Silvio Almeida é intimado a depor na PF na próxima terça (25)

Foto: Divulgação/Ministério dos Direitos Humanos

O ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania Silvio Almeida foi intimado pela Polícia Federal (PF) a prestar depoimento na próxima terça-feira (25), em um processo que investiga denúncias de assédio feitas contra ele.

A convocação foi realizada no âmbito de um inquérito que apura as acusações envolvendo o ex-ministro, que ainda não se manifestou publicamente sobre o caso.

O depoimento de Almeida tem o objetivo de esclarecer as alegações feitas contra ele, que envolvem supostos episódios de conduta inadequada.

Diário do Poder

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    1. Verdade, verdadeirissima, agora bem feito, quem manda se acolaiar com a escoria do brasil, essa mundica degenerada.

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Geral

Bolsonaro diz que exagerou ao falar ‘caguei’ para prisão: ‘A verdade vem nesses momentos’

Foto: Reprodução/CNN

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (21) que exagerou ao falar “caguei” para uma eventual prisão após julgamento da trama golpista no STF (Supremo Tribunal Federal), o que pode ocorrer ainda neste ano.

“Ontem eu exagerei aqui um pouquinho. Falei que estava… assim… para uma possível prisão. Exagerei um pouco”, disse.

“Mas você, de vez em quando, dá uns coice por aí para mostrar que somos de carne e osso. E a verdade vem nesses momentos. Como eu disse ontem, podia muito bem estar do outro lado, mas o lado de vocês não tem preço”, completou.

As declarações foram dadas no 1º Seminário Nacional de Comunicação do PL. Nesta sexta, ele foi responsável pelo encerramento do evento, que contou com a presença de parlamentares, prefeitos, vereadores e influenciadores do partido.

“Não existe nada, sequer uma mensagem de zap, nada. Aquilo surpreendeu todos vocês, inclusive. Mas eles querem aqui… Vocês sabem quem é, ele. ‘Tirei o cara de combate, vamos acabar com a possibilidade de retornar’. Eleição sem oposição é negação da democracia. Não tenho medo nenhum de enfrentar esses caras nas urnas. Zero”, afirmou.

Bolsonaro foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) ao Supremo sob acusação de liderar uma trama de golpe em 2022.

Folhapress

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Economia

Preço do ovo no Brasil já teve alta de até 67% em 2025

Foto: minree (via Pixabay)

O preço do ovo branco –mais consumido entre os brasileiros– registrou uma alta de até 67,1% em 2025 na comparação com os últimos dados registrados em 2024. O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), ligado à Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade São Paulo), monitora 5 áreas no Brasil.

O Recife foi o local com a maior alta registrada (67,1%) de 30 de dezembro de 2024 a 21 de fevereiro de 2025. O preço cobrado por 30 dúzias (360 ovos) na capital pernambucana saltou de R$ 140,16 para R$ 234,18 no período.

Além do Recife, o Cepea faz o acompanhamento diário de 4 localidades:

  • Grande São Paulo (SP);
  • Bastos (interior de São Paulo);
  • Grande Belo Horizonte (MG);
  • Santa Maria de Jetibá (ES) – um dos principais polos produtores do país.

Cidade importante para a avicultura brasileira, com destaque para a produção de ovos, Bastos (SP) registrou a menor variação do período –alta de 45,1%. Os preços subiram de R$ 144,01 para R$ 208,90.

RAZÕES PARA A ALTA

Claudia Scarpelin, pesquisadora de ovos do Cepea, afirma que a elevação do preço do ovo está atrelada à “diminuição da oferta de ovos no mercado interno, aliada ao aumento gradual da demanda”. Diz ainda que esse movimento de alta teve início “na 2ª quinzena de janeiro e se intensificou ao longo de fevereiro”.

Nos EUA, há um surto de gripe aviária. Para tentar conter a doença, os produtores sacrificaram milhões de aves. Isso fez com que houvesse uma redução na produção interna e aumentasse a demanda para o mercado externo.

Scarpelin, no entanto, diz que é “cedo” para apontar alguma influência da situação no mercado norte-americano.

“A exportação brasileira de ovos representa menos de 1% da produção total, o que significa que a maior parte da produção permanece no mercado doméstico. Se a situação nos Estados Unidos se prolongar e o país continuar aumentando suas importações de ovos brasileiros de maneira consistente, isso poderá afetar a disponibilidade brasileira e, então, causar algum impacto sobre os preços domésticos”, declarou.

LULA

Na 5ª feira (20.fev), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou saber que “o ovo está caro” e que conversará com empresários para que o produto não falte no Brasil. “Quando me disseram que estava R$ 40 a caixa com 30 ovos, eu achei um absurdo”, disse o petista durante entrevista à Rádio Tupi.

Segundo o presidente, a alta nos preços dos alimentos foi impactada por eventos climáticos. “Está muito sol. É o maior calor na história desse país. Muito fogo. E muita chuva, como foi no Rio Grande do Sul. Tudo isso interfere nos preços”, afirmou.

Lula também citou a gripe aviária nos Estados Unidos como causadora da busca pelo ovo.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. O pior de tudo, é não ver sinal de melhora,,,, ineficiência misturada com incapacidade e mentiras, se resume este desastre que é o PT no governo.

  2. Faz o “L”
    Bando de trouxas
    Vai subir mais .
    Agora tem a crise do milho.
    Crise num sei o quê mais lá!
    E agora vem aí, outra variante do corona vírus.
    Já tá lá na China, dando pêia.
    Com esse carnaval, chega já por aqui!
    Mais isso agente ver depois .
    Vamos brincar.

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Geral

Lula dá bronca em ministros por vazamentos que tentam queimar Haddad

Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente Lula reclamou com auxiliares e aliados, nos últimos dias, de “vazamentos” feitos por ministros do governo com objetivo de tentar queimar o titular da Fazenda, Fernando Haddad.

Irritou Lula, em especial, vazamento à imprensa de uma reunião que o presidente fez com ministros no domingo (16/10) para discutir o mau desempenho do governo em pesquisas de aprovação.

O encontro aconteceu na Granja do Torto, residência de campo da Presidência em Brasília, e contou com as presenças de ao menos cinco ministros e lideranças petistas. Entre eles:

  • Rui Costa, ministro da Casa Civil;
  • Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais;
  • Sidônio Palmeira, ministro da Secom;
  • Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT;
  • Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado.

No encontro, os ministros levaram a Lula dados mostrando que medidas do Ministério da Fazenda, como a “taxa da blusinha” e portaria do Pix, teriam prejudicado muito a imagem do governo.

“As pesquisas públicas que todos conhecem, que a imprensa divulgou, sinalizam a questão da taxa daqueles aplicativos das plataformas de venda. Isso está muito latente nas pesquisas que foram divulgadas. A questão do fake news do Pix afetou fortemente. Criou um ambiente de desconfiança”, comentou Rui Costa sobre a reunião, em entrevista à coluna do Igor Gadelha na quinta-feira (20/2).

A aliados e auxiliares, Lula criticou o vazamento da reunião. O presidente também sustentou que, em nenhum momento da reunião, teriam sido feitas críticas diretas ao nome de Haddad.

Lula também avaliou que, com esses tipos de vazamento que visam enfraquecer o ministro da Fazenda, seus ministros estão dando munição para a oposição atacar o próprio governo.

“A melhor forma de atacar o governo é enfraquecendo o ministro da Fazenda”, diz um petista que ouviu a reclamação de Lula.

A propósito, Lula jantou com Haddad na semana passada na Granja do Torto e levou o ministro no avião presidencial na viagem entre Brasília e São Paulo na quinta-feira (20/2).

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Na realidade, Haddad é fraco, não tem carisma.
    A despeito de ser extremamente preparado e inteligente, Haddad não tem a política na veia não tem o sangue no olho.
    Se o PT tivesse sido complacente e repatriado Cyro Gomes em 2018, e te-lo lançado no lugar de Haddad, teria dado uma botada fuderosa em bolsonaro, pois quem votou nesse verme foram os descontentes com a esquerda, os direitopatas idiotas e os indecisos.
    Até porque ninguém sabia quem diabos era bolsonaro no jogo do bicho e na política pois ele nunca fez porra nenhuma de relevante em quase três décadas de vida pública. Era o famoso “Zé ninguém” ou Zé Bubu….!
    E continua sendo.
    Ou seja, quem votou em bolsonaro votaria em qualquer porcaria igual a ele, até em Tiririca, contanto que fizesse oposição á esquerda.
    Tá na hora de Lula tirar Haddad – até para preservá – lo – e botar um casca grossa nessa pasta senão vai se queimar!

    1. Ao contrário do seu ídolo, que fez e agora continua fazendo o que ele mais sabe fazer né? Saquear o país e colocar a conta nas costa do pobre! Mas você como um digno Jumêncio, tem que comer capim, pois é só o que lhe resta, pois segundo o líder do Partido das Trevas, o que está caro não deve ser comprado. Acredito que isso também deve valer para o nosso imposto, que agora é o maior do mundo! Então não deveremos pagar mais imposto, simples assim, né?

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