Foto: HANDOUT / AFP
O fundo soberano russo responsável pelo financiamento da vacina Sputnik V, registrada em agosto pela Rússia como uma fórmula contra a Covid-19, informou nesta segunda-feira que o imunizante deve começar a ser produzido em larga escala no Brasil em dezembro. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa aprovar o produto e os ensaios clínicos.
Os testes da Sputnik V estão na fase 3 e, segundo o laboratório responsável pela vacina, o Instituto Nikolai Gamaleia, 16 mil voluntários já receberam doses. Ao todo, são previstos 40 mil.
No Brasil, a companhia que fechou acordo para receber a tecnologia do fundo soberano e produzir o imunizante é a União Química, sediada em São Paulo. Paraná e Bahia ja firmaram acordos com os russos para ensaios e aquisição de doses.
— (A União Química) já está no processo de receber os materiais necessários para começar a produção. Eles ainda precisam de alguns meses (para iniciar a fabricação), isso depende de vários fatores. Acreditamos que em dezembro já começaremos a produção. Normalmente (a preparação) demoraria de quatro a seis meses, mas tentaremos o menor prazo possível considerando a pandemia — disse Kirill Dmitriev, chefe do fundo soberano.
Até o momento, a Anvisa autorizou os ensaios clínicos de quatro vacinas candidatas contra a Covid-19: Johnson & Johnson (EUA/Bélgica), Universidade de Oxford/AstraZeneca (Reino Unido), Sinovac Biotech (China) e Pfizer/BioNTech (EUA/Alemanha). Em nota, a agência informou que não recebeu nenhuma solicitação formal para ensaios clínicos ou pedido de registro para a Sputnik V e ressaltou que a análise de cada solicitação é feita a partir da oficialização destes pedidos.
“As solicitações de autorização de estudo ou de registro devem ser apresentadas pelas instituições responsáveis pelo desenvolvimento da vacina”, sublinha a Anvisa. “O foco da Anvisa é técnico, voltado para os parâmetros de segurança e eficácia de medicamentos ou vacinas destinadas à população”, segue a nota.
A Sputnik V foi recebida de forma cética por boa parte da comunidade científica internacional pelo cronograma acelerado de seus ensaios clínicos e pelo registro oficial, considerado prematuro por alguns cientistas, uma vez que a homologação se deu antes do início da terceira e última etapa de testes.
O Instituto Nikolai Gamaleia e o governo da Rússia, por sua vez, garantem a eficácia do imunizante e afirmam que foi possível acelerar o desenvolvimento ao aproveitar uma plataforma baseada em dois adenovírus humanos, o AD5 e o AD26, que haviam sido utilizados em uma fórmula ainda em testes contra a Síndrome Respiratória Aguda do Oriente Médio (Mers), causada por outra cepa de coronavírus. O laboratório é o único a combinar esses dois vetores, usados para carregar a informação genética do novo coronavírus com o objetivo de estimular resposta imune no organismo humano.
A fórmula de Oxford/AstraZeneca usa um adenovírus de chimpanzé. A Johnson & Johnson e a chinesa CanSino usam apenas um adenovírus humano. Os russos sustentam que a combinação de dois vetores torna a imunização mais eficaz e que os resultados preliminares indicam que não há risco de uma imunidade prévia contra o AD5 e o AD26 pelos imunizados impactar na reação humoral.
Durante a coletiva, os participantes enfatizaram a importância estratégica da América Latina nos acordos de aquisição e produção da Sputnik V. Negociações ocorrem entre Moscou e Argentina, Peru, México e outros países, além do Brasil. A produção também deve ocorrer na índia, China e Coreia do Sul.
O Instituto Nikolai Gamaleia também prometeu a divulgação de resultados sobre testes da vacina em crianças e idosos na Rússia “nos próximos dias”. Os ensaios, até o momento, só apresentaram resultados de voluntários de 18 a 60 anos. Dados preliminares da fase 3 também devem ser divulgados pelo laboratório e podem incluir resultados de 5 mil a 10 mil participantes, segundo informou o diretor do instituto, Denis Logunov, na coletiva.
A transparência dos números russos é uma das principais fontes de dúvidas por parte de cientistas e mesmo um estudo amplo sobre os testes do laboratório publicado na revista científica Lancet, que apontava para a segurança e a eficácia da vacina candidata, teve resultados questionados por acadêmicos.
O Globo
A Rússia tb é comunista? Se for ñ irei tomar! Prefiro o feijão ungido do Valdomiro Santiago.
Bolsonarista só toma cloroquina e ozônio no reto. Lembrem-se
Como o cara passa o dia sem produzir nada, só xingando, atacando os outros? O que passa na cabeça de um sujeito assim? E se acha esquerdista e pensa que é intelectual, de mente privilegiada. Rsrsrs. Por isso que escantiei essa anomalia logo no início, ví o quanto eram doentes e alienados.
Faz assim. Assim que sair essa vacina da Rússia ou da China, corra para tomar e seja feliz.
Confio mais no britânicos, franceses ou americanos. Seja cobaia. Ajude a Humanidade. Como sou muito obscurantista, vou esperar uns anos de confirmação empírica da eficácia.
No caso só te incomoda se for comentários contrários ao seu politico favorito? Se for de direita, tudo bem, pode ficar o dia todo por aqui que ñ tem problema?