O RN permanece com fila zerada de pacientes para UTI Covid conforme levantamento feito por volta de 12h15 desta terça-feira(17).
Neste período, havia 01 paciente com perfil para leitos críticos na lista de regulação. Nenhum aguardava avaliação. Foram registrados disponíveis 168 leitos críticos e outros 216, sendo clínicos.
Um ônibus foi incendiado em Felipe Camarão na noite deste domingo (3) após morte de jovem durante ocorrência policial no bairro, segundo informações do Via Certa Natal. Ainda de acordo com informações do Via Certa Natal, o jovem teria furado uma barreira policial.
O Corpo de Bombeiros chegou ao local para combater o incêndio, mas a população que protestava bloqueou a rua, impedindo o acesso dos bombeiros ao veículo incendiado. A Polícia Militar chegou ao local, e uma intensa troca de tiros ocorreu.
Assim como ocorreu na edição de 2023, foi divulgada nas redes sociais uma imagem da prova do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de 2024 com o tema da redação e os textos motivadores antes de 18h, horário que estudantes podem sair com a prova. O jornal O Globo recebeu a imagem às 16h29 e notificou o Inep, organizador da prova.
A imagem passou a circular depois do início da prova, mas ante que elas pudesse vir a público. Professores ouvidos pelo jornal O Globo confirmam que a página é compatível com a prova.
A prova usou textos como o samba da Mangueira “História para ninar gente grande” e uma imagem de alunos da rede municipal do Rio na Pequena África para inspirar os inscritos a escrever sobre o tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.
Em nota, o Inep informou que “deixar o local de prova portando o caderno de questões antes dos 30 minutos finais de prova é motivo de eliminação do participante, nos termos do tópico 12.1.24 do edital do Enem 2024”. De acordo com o órgão, os episódios “são registrados em ata de sala de aplicação e não comprometem a lisura do certame” e a Polícia Federal já foi acionada para investigar o caso.
Em maio desse ano, a Polícia Federal informou que identificou a pessoa responsável por realizar o vazamento de 2023. A investigação concluiu que uma pessoa contratada para aplicar a prova do ENEM na cidade de Belém (PA) tirou uma foto da prova de redação às 13h50, quando o exame ainda estava em andamento, e encaminhou a uma amiga, professora.
“A conduta de utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de processo seletivo para ingresso no ensino superior, pode gerar uma pena de reclusão de um a quatro anos e multa”, divulgou a PF.
Após pedido do presidente Lula e o dólar disparar, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou a viagem que faria à Europa nesta semana. A informação foi divulgada neste domingo pela pasta.
Haddad viajaria na segunda-feira e voltaria apenas no fim de de semana, num momento em que o governo discute corte de gastos.
Segundo a assessoria, o ministro passará a semana dedicado aos temas domésticos.
“Por essa razão, a viagem à Europa, prevista para segunda-feira (4), não será realizada neste momento. A agenda em questão será retomada oportunamente”, afirma a pasta.
Há duas semanas, a equipe econômica do governo vem discutindo um pacote de corte de gastos, esperado pelo mercado. As medidas seriam anunciadas depois das eleições.
Haddad se reuniu com Lula ao longo da semana passada, e a demora no anúncio das medidas frustrou o mercado
O dólar encerrou a sexta-feira valendo R$ 5,8698, em alta de 1,53%. As incertezas acerca da condução fiscal no Brasil seguem fazendo peso na cotação, segundo analistas.
É o maior patamar para o câmbio desde maio de 2020, ou seja, no auge da pandemia de Covid. Na semana, a moeda valorizou 2,9% na semana e, no ano, já acumula valorização de quase 21% em 2024.
Os juros futuros também demonstram pressão sobre as incertezas da política fiscal. Para 2027, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) já era negociada acima dos 13% ao ano.
Uma adolescente de 17 anos presenciou um assalto contra sua mãe e outros passageiros de um ônibus da linha 77, enquanto seguia para a prova do Enem 2024, no início da tarde desta domingo (3).
Apesar do momento de tensão e medo, a jovem conseguiu chegar a tempo ao campus central do IFRN para fazer a prova. A jovem não teve nenhum bem tomado pelo criminoso.
Mãe da adolescente, a promotora de vendas Simone de Souza, de 48 anos, contou que o assalto foi praticado por um criminoso que estava sozinho, com uma arma de fogo.
A mulher relatou que pegou o ônibus com a filha em frente a um homecenter localizado na Avenida Tomaz Landim, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, porém o criminoso anunciou o assalto quando o ônibus passava pela avenida Nevaldo Rocha, na capital.
“Ele disse: todos passem celular, ele veio para a frente, nem vi onde ele subiu. ‘Passem os celulares, todo mundo calado, não precisa fazer pantim’. Eu botei o celular na minha perna, mas ele viu, botou a arma na minha cara e disse: ‘me passe o celular’. Ele pegou os celulares de várias pessoas, de vários estudantes que vinham pra cá também, pulou a catraca, pegou o celular do motorista, o dinheiro, e desceu perto da rua da feira”, disse Simone.
Estudantes que também fariam o Enem desistiram da prova
De acordo com ela, outros estudantes que também fariam o Enem desistiram da prova, após o crime. Ela disse que a filha, que vai fazer a prova como treineira, chorou após o assalto.
“Eu vim desabar aqui, porque eu estava dando força a ela. Ela chorou muito, nervosa”, contou. “É traumatizante. Eu nunca tinha passado por essa experiência, mas é muito ruim”, lamentou.
O secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Araújo, confirmou ao g1 que soube do assalto pelas redes sociais e determinou apuração do caso.
Ainda de acordo com ele, nenhuma ocorrência diretamente relacionada às provas foi registrada até a última atualização desta reportagem.
Esses adolescentes que foram vítimas desse meliante precisam entender que foi só pra ele tomar uma cervejinha. Isso é o que Lula diz. Então vamos continuar fazendo o L.
Foto: Daniel Cymbalista/FotoArena/Estadão Conteúdo
O funcionário de uma empresa de Baixa Grande do Ribeirão, município do Piauí, confessou ter desviado R$ 500 mil para apostar no Jogo do Tigrinho, conhecido jogo de azar.
O indivíduo, que não teve a identidade revelada, está sendo investigado por furto qualificado e associação criminosa. Ele revelou, em depoimento prestado na sexta-feira (1º), nomes de outras pessoas que também teriam participado da ação.
Conforme o delegado Marcos Halan, da Polícia Civil do município, a empresa formalizou uma denúncia contra o funcionário. Dias depois, o suspeito se apresentou para esclarecimentos, a fim de evitar ser preso.
“A empresa nos procurou relatando que um funcionário tinha praticado um furto com a ajuda de outras pessoas, no valor em torno de R$ 500 mil”, disse Halan. Com o início da auditoria na empresa, o desvio já chega a R$ 600 mil.
“Posteriormente, o jovem veio até a polícia para apresentar a versão dele, confessando ter jogado o dinheiro na plataforma do Jogo do Tigrinho”, acrescentou o delegado. No depoimento, o rapaz contou que, em um dia, chegou a depositar R$ 140 mil na plataforma.
O jovem vai responder criminalmente e os demais investigados serão ouvidos pela polícia. “Nós ainda estávamos apurando o caso e a empresa ainda estava fazendo a auditoria. Mas ele deve responder por furto qualificado e por associação criminosa, porque tem mais pessoas envolvidas que colaboraram com ele nos furtos. Ele mencionou os nomes de todos os outros envolvidos”, disse Halan.
O rapaz trabalhava na empresa há 4 anos e ressarciu uma parcela do montante desviado. Segundo o delegado, a família dele está vendendo uma propriedade e promete arcar com o restante da quantia.
“Já devolveu parte do valor, em torno de R$ 200 mil. Agora, vamos encaminhar o caso para o Judiciário tomar as devidas providências”, contou Halan, que reforçou o impacto dos jogos de azar na sociedade. “Os vícios em jogos estão se mostrando um problema de saúde pública.”
E, entre nós, ninguém, no plano individual, tem feito mais eventos culturais do que o colunista Toinho Silveira.
E sem estar exercendo cargo público.
O mais famoso desses eventos, O Troféu Cultura, vem se realizando, anualmente, e sem interrupções, há 21 anos!
O que, por si só, já é um feito extraordinário, principalmente por ser individualizado e ter permanecido em cartaz devido ao incansável esforço e ao talento promocional de Toinho Silveira.
Mas isso, além de já ser muito, excede os limites dos acontecimentos do gênero da fronteira potiguar. São de categoria nacional.
E, nas vezes em que promoveu a festa de encerramento do Festival de Cinema de Natal, o que foi registrado acima foi reconhecido pelo meio artístico carioca e paulista.
Este ano, no dia 31 de outubro, no Restaurante Piazzale Itália, em Ponta Negra, com a presença de 60 convidados, numa cerimônia estrelada por personalidades da capital e do interior do RN, teve lugar a distribuição do Trofeu Cultura de 2024.
Mais um sucesso na carreira de sucessos de Toinho Silveira, que herdou o toque de Midas como produtor cultural e social, e que, se estivesse vivendo no Rio de Janeiro, os seus eventos ganharia projeção nacional.
Primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 teve questões sobre Rita Lee, Racionais MCs e solidariedade no Rio Grande do Sul após a enchente histórica de abril, e outros temas, como:
Crítica de ‘Game of Thrones’
Trecho de ‘A culpa é das estrelas’, de John Green
Novelas como ‘A escrava Isaura’ e ‘Roque Santeiro’
Questões sobre cultura africana
Movimento Black Lives Matter
Música Holy War, da cantora americana Alicia Keys
rompimento da barragem do fundão,
chegada da pílula anticoncepcional no Brasil nos anos 1960,
refugiados e dificuldade de integração na sociedade,
Círio de Nazaré (patrimônio histórico no Brasil)
Além disso, a redação contou com seis textos motivadores. Entre eles,
Definição do dicionário da palavra ‘herança’
provérbio africano sobre a origem das pessoas
Trecho do um samba-enredo da Mangueira
Neste domingo (3), candidatos respondem 45 questões de linguagens e outras 45 de ciências humanas, além da redação, cujo tema foi “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil.
Um homem foi assassinado durante uma vaquejada na madrugada deste domingo (3) na zona rural de Cruzeta, na região Seridó potiguar, distante cerca de 232 km de Natal.
A Polícia Militar confirmou que a vítima é um policial militar da reserva, de 58 anos. Segundo o 6º Batalhão, que atendeu a ocorrência, ele era conhecido como Sargento Felipe.
Até a tarde deste domingo (3), no entanto, o corpo da vítima seguia sem identificação oficial no Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep/RN).
Segundo a PM, o crime aconteceu por volta das 2h50 na comunidade conhecida como Sítio Salgado, durante uma vaquejada. Segundo a polícia, o militar da reserva foi vítima de disparos de arma de fogo na saída do evento, não resistiu aos ferimentos e morreu.
Policiais militares do 6° Batalhão da PM foram até o local, isolaram a cena de crime e acionaram o Itep e a Polícia Civil para dar início às investigações.
Buscas pelos suspeitos foram realizadas na região, mas ninguém foi preso. A motivação do crime ainda deverá ser investigada.
Em 2018 o Brasil conheceu de forma sistêmica o fenômeno que ocorrera dois anos antes, em 2016, no Reino Unido e nos Estados Unidos: a disseminação massiva e coordenada de fake news no processo eleitoral. Nosso país passou, naquele ano, por uma quebra de paradigmas que, nos anos seguintes, mostrou ter encontrado aderência social para se instalar e permanecer, causando tantos males à nossa democracia.
Feita a rápida contextualização do problema, chegamos a 2024, e embora o pleito deste ano tenha encerrado há pouco, algo, infelizmente, não cessou com o fim do Segundo Turno: os erros das pesquisas eleitorais para muito além das margens. Essa constatação, que não é novidade, está ancorada em dezenas de exemplos ocorridos ao longo desta quadra eleitoral por todas as partes do Brasil, e em especial no Rio Grande do Norte, Estado no qual moramos e nos orgulhamos, mas os dados a serem discorridos nos entristece e ao mesmo tempo nos fortalece no combate a esse direcionamento criminoso que alguns têm feito e com a mesma intensidade tem de ser reprimido e expurgado do nosso processo eleitoral.
A partir de um projeto desenvolvido em parceria com alguns pesquisadores, de monitoramento das pesquisas registradas desde 1 de janeiro até 20 de outubro, lastreado pelas bases de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), produzimos um estudo que reúne vasto acervo de informações que corroboram a premissa de que as pesquisas eleitorais tornaram-se um instrumento de desinformação (fake news) em massa, como modus operandi de partidos e políticos para lograr êxito nas disputas municipais, a saber: crescimento vertiginoso e atípico dos gastos com pesquisas, da quantidade delas, do preço médio, do número de institutos e do perfil dos contratantes, por vezes incompatível com o faturamento destes, dados irrefutáveis que merecem uma investigação muito rigorosa e criteriosa.
O primeiro dado que merece atenção diz respeito ao aumento dos gastos registrados no Brasil, comparando-se 2016 com 2024: foram R$ 71 milhões há 8 anos, e agora romperam a casa dos R$ 171 milhões. Ou seja, as 14,8 mil pesquisas registradas nesta eleição custaram R$ 100 milhões a mais. Isso implica dizer que o valor médio de cada levantamento cresceu de R$ 7,9 mil (2016) para R$ 11,5 mil (2024).
No Rio Grande do Norte, há números que chamam mais atenção sobre vários aspectos. O primeiro deles é o volume de recursos gastos com pesquisas registradas: R$ 5,3 milhões em 2024. Isso equivale a 8 vezes o que foi gasto na eleição de 2016 no estado (R$ 679 mil) – apenas em Natal, as cifras passaram de R$ 1,6 milhão agora, contra R$ 239 mil em 2016, com aumento de quase 7 vezes.
Quanto ao volume de levantamentos registrados, foram 744 neste ano, contra apenas 144 em 2016. Aumento de 600 pesquisas ou 416%. Isso fez com que o Estado ocupasse o 8º entre os 26 estados com mais pesquisas divulgadas, e 3 cidades aparecem entre as 30 do Brasil: Natal (4º, com 101), Parnamirim (23º, com 37) e São Gonçalo (30º, com 32). E Natal teve o crescimento mais vertiginoso, passando de apenas 15 em 2016 para 101 em 2024. Importante enfatizar, que no nosso estudo só consideramos as registradas no TSE. As chamadas “pesquisas internas”, realizadas pelas campanhas dos candidatos, é quase impossível no momento, de elaborar qualquer diagnóstico pela dificuldade na captação dos dados devido o seu caráter restrito aos contratantes/pagantes.
No que diz respeito aos institutos que atuaram no Rio Grande do Norte, o número saltou de 11 em 2016 para 31 neste ano, redundando em crescimento de 181% no comparativo. Na capital potiguar, no mesmo período, passaram de 4 para 19, equivalente a quase 5 vezes mais. A explosão numérica aqui mencionada é assombrosa por si só!
Com a elevada quantidade de institutos oferecendo serviços, criou-se um cenário no país inteiro, refletido de forma acentuada em solo potiguar, que nos parece ter desbordado na mercantilização das pesquisas, haja vista que o total de cidades do Estado que realizaram pesquisas subiu de 63 (2016) para 128 (2024), ou seja, mais do que dobraram.
Casos que ilustram o problema
A utilização de pesquisas como instrumento de desinformação tornou-se tão efetivo e presente nas eleições, que houve casos em que candidatos e partidos sentiram-se à vontade para, não apenas realizarem levantamentos, como fazê-los de forma pública, com registro oficial junto ao TSE, e compondo suas prestações de contas, sem qualquer constrangimento, e é nesta nódoa que para nós reside o problema.
No estado, tivemos candidatos a prefeito Coronel Ezequiel e São Bento do Trairí que contrataram, registraram e divulgaram pesquisas eleitorais ao longo da disputa. Houve também o caso de um partido (PSD) que contratou, registrou e deu publicidade a levantamentos onde seus candidatos concorriam, casos de Apodi, São Bento do Trairí e São Miguel do Gostoso.
Em outras cidades, houve candidatos que contrataram institutos de pesquisa com recursos de campanha, do fundo eleitoral, e esses institutos, mesmo diante do claro conflito ético, permaneceram publicando levantamentos na capital, casos da Consult, Exatus e Datavero, que no 1º turno tiveram suas projeções de véspera errando para além das margens de erro, inclusive na indicação de quais seriam os 2 candidatos a passarem ao 2º turno. Tais institutos obtiveram melhor desempenho no 2º turno, quando havia apenas 2 candidatos e a tendência de oscilação dentro das margens de erro é maior.
Também foi possível verificar situações, no mínimo, curiosas, como o fato de que ao menos 125 pesquisas registradas tiveram os institutos se autodeclarando como contratantes/pagantes dos trabalhos que eles próprios realizaram. É dizer que 1 a cada 5 serviços contratados foi ‘doado’. Inclusive apenas 2 institutos concentram a maioria desses 125 levantamentos. E esses dados ganham contornos mais chamativos quando se verifica que eles consumiram cerca de R$ 1,1 milhão. Ou seja, essas empresas vão na contramão a um princípio básico do capitalismo, a relação entre receitas e despesas, como forma de sobrevivência econômico-financeira.
Outro fato que chama atenção é que blogs, sites e portais foram responsáveis por R$ 2,5 milhões ou quase metade (47%) dos recursos que custearam as pesquisas, indicando uma representatividade desproporcional à fatia que ocupam do mercado publicitário potiguar. Tanto assim, que os veículos da mídia tradicional (TV e rádio) foram responsáveis por menos de 20% dos gastos, denotando também desproporcionalidade, neste caso inversa, da representatividade deles no mercado estadual. Tal fato nos faz se perguntar: o mercado dos blogs é tão virtuoso que permite investimento milionário? A pesquisa eleitoral é um “produto” rentável financeiramente capaz de tamanho gasto por seus proprietários?
Erros dos institutos
Para verificar o desempenho dos institutos é preciso utilizar um parâmetro justo e, no caso da eleição de 2024, no Rio Grande do Norte, o trabalho realizado por esses pesquisadores se valeu do comparativo entre os votos totais nas urnas e as intenções de votos estimuladas apontadas em cada levantamento, dentre aqueles realizados nos últimos 4 dias anteriores à eleição, particularmente do pleito das 6 cidades em que houve mais registros de pesquisas: Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu e Apodi.
Ao final do primeiro turno, apenas 1 (TS2, em Mossoró) entre as 28 pesquisas avaliadas aproximou-se do resultado das urnas, dentro das margens de erro. Significa que apenas 3,5% das pesquisas tiveram desempenho certeiro, e no caso de Natal, apenas 1 instituto (AtlasIntel) acertou quais candidatos iriam ao 2º turno. Contraditoriamente, embora o instituto que mais se aproximou do resultado em Mossoró, foi o que trouxe o maior “erro médio” em Natal. Conforme o quadro abaixo, nenhum instituto conseguiu obter desempenho abaixo dos 3,5% de margem de erro:
Já no 2º turno ocorrido em Natal, embora tenham melhorado na precisão, os institutos realizaram 29 levantamentos entre 07/10 e 26/10, 11 dos quais divulgados nos últimos dias, e ainda assim, verificou-se uma oscilação com discrepâncias acentuadas, variando de maioria pró-Natália Bonavides em 1,5% e pró-Paulinho Freire em 20,5%, quando o resultado das urnas trouxe uma diferença de 10,1% em favor do candidato do União Brasil, como detalhado a seguir:
As estimativas capturadas pelos institutos Seta e Qualittá são simbólicos do problema, na medida em que apresentam cenários diametralmente opostos em vencedor e maioria, para muito além do razoável das margens de erro, merecendo, nosso sentir, uma investigação rigorosa como defendida, pois no mínimo é estranho imaginar que uma pesquisa que é científica, por excelência, apresente um disparate muito além das margens de erro, sem que se aponte nenhum fato excepcional justificador. Com a palavra o Ministério Público!
Sociedade unida é o caminho para resolver o problema
Nos parece que o universo das pesquisas eleitorais, ao seguir uma dinâmica quase que exclusivamente entregue à iniciativa privada, no caso do Brasil, criou ambiente propício à formação de um ciclo vicioso que envolve políticos, institutos e blogs/portais, envidados no propósito dos seus respectivos interesses individuais, a despeito do compromisso único e imaculável de expressar o pensamento coletivo em dado recorte temporal.
Dessa constatação, deriva a necessidade de que, de igual modo, a sociedade se mobilize para, a partir também de uma tríade (universidades, judiciários e mídia tradicional), se possa construir uma alternativa que permita entregar à população, quando dos pleitos bienais, pesquisas isentas, íntegras, permeadas da credibilidade e da expertise técnica da academia, conduzindo, nesse campo, ao protagonismo da ciência e não das fake news.
Isto não significa, em momento algum, sugerir o fim dos institutos privados. Ao contrário. Com isso, as empresas cuidariam de um nicho bem maior e afeto aos interesses de seus contraentes, que é o das pesquisas de consumo interno, que para atingirem seus escopos, nunca vai se permitir que a ciência não seja priorizada, já que os resultados servirão realmente para a campanha e eventual governo.
Para completar, sugere-se que ao final de cada eleição, as universidades publicariam um ranking de desempenho dos institutos, de acordo com o erro médio calculado a partir do comparativo entre intenção de votos estimulada e votos totais nas urnas, a servir como balizador da reputação de todos os que participaram do pleito, como uma espécie de agência de checagens como existe no combate às fake news.
Ao contrário de uma pesquisa cientificamente fundamentada por uma universidade respeitada, uma pesquisa eleitoral sem a devida transparência e quem sabe, manipulada e tendenciosa, pode influenciar no resultado de uma eleição e na democracia.
Ao fim e ao cabo, estamos chamando atenção para o problema e dando uma pequena contribuição ao debate público, tentando unir a academia e o judiciário para oferecer alternativas a contornar a gênese da questão, porque se atores sociais como o – TSE, as universidades públicas e a mídia tradicional, sem olvidar os blogs e demais atores da mídia social que não aceitem participar de farsas – não se unirem para implementar iniciativas concretas como as aqui sugeridas, correremos o risco de repetir em 2026 o processo de corrosão e fragilização da democracia de modo ainda mais agudo, institucionalizando-se via “pesquisas fake news” na nossa cara e sem pudor, violando vários atos normativos de uma vez só, inclusive a nova resolução do TSE de combate à desinformação. Feito o alerta!
*José Herval Sampaio Júnior é Juiz de Direito TJ/RN, Doutor em Direito Constitucional pela UFPR e Professor do Curso de Direito da UERN.
Esse magnifico trabalho do Doutor José Herval Sampaio Júnior, deveria se tornar a bussola para que as autoridades brasileiras e os politico se debrucem, em busca não só do aperfeiçoamento mas da moralização dessa ferramenta desagregadora da nossa DEMOCRACIA, usada como uma verdadeira banca de negócios nas campanhas eleitorais. Vale ressaltar que grande parte do seu efeito negativo, foram os mais de 33.000.000 (21,2%) de abstenção em todo o Brasil e 150.000 (26%) em Natal, no Segundo turno
O tema da redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2024 é: “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. A informação foi confirmada pelo ministro da Educacão, Camilo Santana,
Mais de 4,3 milhões de pessoas de inscreveram para o Enem, cujo primeiro dia de aplicação ocorre neste domingo (3).
Além da redação, o primeiro dia de Enem conta com 90 questões, sendo metade de linguagens (língua portuguesa, literatura e língua estrangeira) e metade de ciências humanas (história, geografia, filosofia e sociologia).
Confira o tema da redação do Enem em outros anos
Enem 2023 – “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”
Enem 2022 – “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”
Enem 2021 – “Invisibilidade e Registro Civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”
Enem 2020 – “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”, na versão impressa; e “O desafio de diminuir a desigualdade entre regiões no Brasil”, na digital.
Enem 2019 – “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”
Enem 2018 – “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”
Enem 2017 – “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”
Enem 2016 – “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”
Enem 2015 – “A Persistência da Violência contra a Mulher na Sociedade Brasileira”
Enem 2014 – “Publicidade infantil em questão no Brasil”
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