Foto: Divulgação/Agência Senado
Com requerimento de convocação apresentado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), Bruna Morato, advogada dos médicos que trabalham ou trabalharam na Prevent Senior e que denunciaram a operadora de saúde à CPI da Pandemia, presta depoimento nesta terça-feira, 28. Os funcionários elaboraram um dossiê entregue à comissão com diversas denúncias sobre o tratamento da empresa aos pacientes com Covid-19, inclusive com a alteração de prontuários.
O depoimento
Ao iniciar seu depoimento, Bruna Morato relatou que ela e seus clientes têm sofrido “ataques infundados” da Prevent Senior e afirmou que os fatos denunciados pelos médicos a deixaram “aterrorizada”. “Falta de autonomia médica, ocultação e manipulação de dados, falta de transparência em relação aos pacientes e falta de respeito em relação à vida das pessoas”, afirmou.
Segundo a advogada, os primeiros relatos que chegaram a ela eram sobre a falta de equipamentos de proteção individuais dentro dos hospitais. Ainda em março, de acordo com a depoente, o problema passou a ser a obrigatoriedade de usar um conjunto de medicamentos.
“Esse kit era composto por oito itens. O plantonista dizia ao paciente: ‘Preciso te dar. Porque se eu não der, posso ser demitido’”, afirmou. Segundo ela, os médicos recomendavam aos pacientes para tomar “só as vitaminas e proteínas” e não tomar os outros medicamentos, pela falta de eficácia e por serem “muito perigosos”.
A advogada confirmou que tentou um acordo com a Prevent Senior, que não seria financeiro, diante das ameaças que os seus clientes estavam sofrendo. Ela afirmou que seus clientes pediram que a empresa tomasse três atitudes.
Os pedidos eram que a Prevent Senior assumisse publicamente que o estudo sobre “tratamento precoce” foi inconclusivo, além de assumir o protocolo institucional da empresa, deixando claro que os profissionais não tinham autonomia. Os médicos também exigiam que a empresa fizesse um documento se responsabilizando a arcar com custos de possíveis processos vindos de famílias das vítimas.
De acordo com a depoente, a ideologia da empresa sempre foi “lealdade e obediência” e os médicos nunca tiveram autonomia. “Os médicos eram, sim, orientados à prescrição do kit. Esse kit vinha em um pacote fechado e lacrado. Não existia autonomia com relação até a retirada de itens desse kit”, afirmou.
Segundo ela, a receita para os pacientes já vinha pronta e com manual de instruções. Bruna Morato afirmou que, durante a segunda onda, não existia a permissão de fazer determinados exames. “Se prescrevia hidroxicloroquina sem a realização de eletrocardiograma. Existia a dispensação de ivermectina, e o médico não tinha autonomia para retirar esse item”, revelou.
“Os pacientes que utilizavam esses kits eram pacientes que já tinham muitas vezes comorbidades associadas. Então, o conjunto de medicamentos, apesar de ser ineficaz, para aquela população ele se tornava potencialmente letal”, afirmou a advogada.
A depoente negou declaração do diretor da Prevent, Pedro Batista, de que os médicos tinham autonomia. “Nunca deu [autonomia]. Tanto não dava que esses médicos eram sujeitos a cursos e aulas promovidos pelo Instituto Prevent Senior”, revelou.
“A Prevent tem uma política de coerção. Todos os clientes que resistiam eles foram demitidos da operadora. Existiam aqueles que já tinham sido demitidos e achavam a situação repugnante. Outros que ainda estavam na operadora, eles ainda lutavam pelo bem estar do paciente. Quando eles me procuraram, eles pediram para não ser identificados, porque eles sabiam que se fossem identificados seriam demitidos”, ressaltou. “A Prevent Senior costuma fazer demissões em massa toda vez que algum médico ou circunstância desagrada a instituição”, completou.
Segundo a depoente, no início da pandemia o diretor da Prevent, Pedro Batista Júnior, tentou se aproximar do então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que havia criticado a empresa após várias mortes por Covid-19 no hospital Sancta Maggiore, em São Paulo.
Sem êxito na aproximação com Mandetta, a Prevent teria fechado uma “aliança” com um grupo de médicos que assessoravam o governo federal, “totalmente alinhados com o Ministério da Economia”. Esse grupo de médicos seria o chamado “gabinete paralelo”.
“Existia um interesse do Ministério da Economia para que o país não parasse. Existia um plano para que as pessoas pudessem sair às ruas sem medo”, denunciou Bruna, que ressaltou nunca ter ouvido o nome do ministro Paulo Guedes nas conversas. Segundo ela, eles tinham que conceder esperança para as pessoas saírem as ruas: “Essa esperança tinha um nome: hidroxicloroquina”, revelou.
Entenda o caso
Em sua oitiva aos senadores, o diretor-executivo da operadora, Pedro Benedito Batista Júnior, afirmou que as acusações feitas pelos médicos são “fraudulentas”, apesar de admitir a alteração do CID (Classificação Internacional de Doença) nos prontuários de pacientes que deram entrada nos hospitais da rede com Covid-19, Bruna Morato promete levar novos documentos à comissão que corroboram as denúncias de uso de medicamento ineficazes, como a hidroxicloroquina, para o tratamento da doença.
A CPI ainda analisa se a Prevent Senior realizou experimentos em pacientes, sem a autorização deles ou mesmo de seus familiares e, inclusive, da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), e se os resultados teriam sido usados pelo Ministério da Saúde por meio de um “gabinete paralelo”.
“Eu ouvi relatos de médicos a respeito de questões e fatos que ocorreram durante a pandemia. São esses relatos que eu vou exteriorizar. Todos eles foram fundamentados em provas e documentos que serão levados à CPI. Na verdade, a maioria deles já inclusive está em posse da CPI”, disse a advogada ao Radar. A depoente afirma que a história de seus clientes – 12 médicos no total – é verdadeira e que espera que tudo seja devidamente investigado pelas autoridades.
A advogada disse acusou ainda a Prevent Senior de ter “perseguido alguns de seus clientes”. “Todos eles estão sendo ameaçados e hostilizados, e ainda não sabemos se algum se propõe a depor, se é interessante. É uma dúvida que todos nós temos, inclusive os próprios médicos. A gente feito inúmeras reuniões para tratar a respeito disso, para falar a respeito disso, porque a cada dia que passa eles mudam de denúncia, de ponto. A Prevent Senior vem atacando os clientes, ora dizendo que eles falsificaram provas, ora dizendo que eles não têm ética. Então por conta disso, por conta dessa política de coerção, eu não sei te responder se eu vou estar ou não acompanhada. Vai depender da postura da própria instituição até amanhã”, declarou a advogada.
(Veja, com Agência Senado)
Olha o que diz o depoimento dela:
” Segundo ela, os médicos recomendavam aos pacientes para tomar “só as vitaminas e proteínas” e não tomar os outros medicamentos, pela falta de eficácia e por serem “muito perigosos”.
Se os médicos estavam recomendando só vitaminas e proteínas, e não o kit completo, e alguns pacientes morreram, quem são os culpados então?
Quem passou o kit completo, ou quem se negou a usá-lo?
Vcs da esquerda são um bando de idiotas, o que tem a haver a relação de uma empresa privada com os seus funcionários, se isso de fato ocorreu, o que não acredito, e um caso de polícia e a PREVENT SENIOR, crime foi ter importado de Cuba, inúmeros profissionais que nem médicos eram, vcs lembram.
E o que o governo federal tem a ver com métodos médicos de uma empresa privada ? Quer dizer q se o São Lucas, ou prometer ou qq hospital de natal tivesse seus métodos médicos divulgados em uma CPI e fossem errados a culpa seria do presidente e do governo federal ??? Q loucura essa narrativa !!! E amanhã? Quando o Luciano hang for lá, qual é a razão dele ser convocado ??? O q ele fez na pandemia ? Recebeu dinheiro federal, administra algum hospital federal ?? Q loucura !! E ainda vão falar da mãe dele na cara dele ! Não duvido q aqueles corruptos, bandidos façam isso ! Vão dizer q ele matou a.mae dele na cara ! E esperar ele ficar puto, p dizerem: agora vc vai ser investigado, quebra de sigilo!! Isso é muito pior (junto com o inquérito das fake news) que ditadura ! E censura !
É o mito da mentira!
É crime contra a humanidade o nome do que fizeram.
Em nome da economia, vamos dar remédio forte sem eficácia pra galera ficar tranquila e sair às ruas. Tem que ser todo mundo preso.
Se o que ela descreveu não for GENOCÍDIO nada mais é. Um genocídio por dinheiro! quanto vale a vida humana no brasil!?
Pergunte a fatão grelo duro.
Ela foi quem comprou respiradores fantasmas e quebrados.
Fechou hospitais e leitos de uti.
Botou a polícia em cima do trabalhador, fechou o comércio, toque de recolher, sacos de lixo a peso de ouro, ambulâncias alugada etc etc etc…
Então minha querida, a pessoa certa é a grelo duro pra te responder tá?