Um estudo anual do ConsumerLab, laboratório de pesquisas de comportamento da Ericsson, revelou que a chamada “TV Social” ganhou força no Brasil e se tornou um fenômeno de massa. Prova disso é que últimos meses tem sido impossível se conectar às rede sociais e não ver comentários sobre a programação da TV aberta ou a paga na internet.
Segundo o Relatório de Tendências de Consumo em TV e Vídeo de 2012, 62% das pessoas que responderam ao questionário da Eriscsson usam redes sociais semanalmente enquanto assistem à TV, em todo mundo – um aumento de 18 pontos percentuais em um ano.
Já no Brasil, esse número chega a 73% dos entrevistados e cresceu 25 pontos percentuais no mesmo período se comparados dados de 2011.
Entre os 62% em todo o mundo que disseram que assistem à televisão com o smartphone ou o tablet nas mãos, ou ainda diante de um computador, as mulheres se destacam, 66% têm esse hábito, comparados a 58% dos homens. Há um grupo ainda mais interessado, 25% disse que se conecta para fazer comentários sobre a programação em “tempo real”.
Segundo a Ericsson, que atua em 180 países, os dados da pesquisa foram coletados por meio de entrevistas com 100 mil pessoas, em mais de 40 países e 15 megacidades – representando estatisticamente a visão de 1,1 bilhão de clientes para entender hábitos de comportamento e consumo.
Assim como o Brasil, países de diferentes culturas como Chile, China, Alemanha, Itália, México, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Taiwan, Reino Unido e Estados Unidos também participaram do estudo. É o segundo ano consecutivo em que o Brasil é incluído nos dados do levantamento.
Em 2011, a fatia dos entrevistados no Brasil que disseram assistir à TV enquanto interagem com outros usuários em redes sociais era de 48%, mostrando que em apenas um ano o total de brasileiros conectados a redes sociais e assistindo TV cresceu 25 pontos percentuais no período.
Redes sociais e smartphones
Luciana Gontijo, que responde pelo Ericsson ConsumerLab na América Latina e no Caribe, acredita que os dispositivos móveis são parte importante da experiência constatada na pesquisa sobre consumo.
“Cerca de 67% dos clientes usam smartphones, tablets ou laptops para assistir à TV ou vídeo. Outros 60% afirmam usar serviços sob demanda semanalmente. Assistir à TV em trânsito está crescendo em popularidade e 50% do tempo gasto assistindo à TV e vídeo no smartphone ocorre fora de casa, onde as conexões de banda larga móvel estão facilitando esse aumento”, disse a executiva em comunicado.
Mas a estreita relação com dispositivos móveis motiva apenas 7% dos entrevistados a dizer que vão reduzir suas assinaturas de TV no futuro. Os outros estão dispostos a pagar mais por uma experiência melhor. Dos entrevistados, 41% querem pagar por conteúdo em alta definição.
A pesquisa considerou redes sociais serviços como Twitter, Facebook, Instagram e outros.
Fonte: O Globo
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