Diversos

Crise e sindicato mais pobre derrubam número de greves no país; total de paralisações recua 41% no 1º semestre do ano

O número de greves realizadas no país recuou 41% nos primeiros seis meses deste ano em relação a igual período de 2018, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Foram 529 paralisações de janeiro a junho, contra 899 no mesmo intervalo do ano passado. A queda foi puxada pelo setor público, com recuo de 51%, mas também houve baixa relevante na esfera privada, de 27%.

Para analistas, a redução das mobilizações pode ser explicada por uma combinação de fatores que inclui a perda de receitas dos sindicatos com a reforma trabalhista; o clima de temor entre servidores públicos diante da retórica inflamada do governo contra a categoria; o pessimismo com relação à possibilidade de vitória diante da situação fiscal em todas as esferas administrativas; além da atividade econômica fraca e o desemprego elevado.

Considerando anos fechados, o país registrou seu maior número de greves em 2016, quando foram realizadas 2.114 paralisações. Desde então, os movimentos paredistas têm diminuído, indo a 1.568 em 2017 e 1.435 em 2018. Para Rodrigo Linhares, técnico do Dieese, a queda no primeiro semestre é parte desse movimento maior, que seria uma “volta ao normal”, após um pico que destoou da média histórica.

Mas essa não é toda a história, já que a retração registrada neste início de ano é maior do que aquelas do ano fechado de 2017 (-26%) e 2018 (-7%). Além dessa queda bastante mais aguda, no primeiro semestre, as greves do setor privado superaram em número as do setor público, invertendo a tendência registrada nos últimos cinco anos.

“A agressividade do governo Bolsonaro com relação ao funcionalismo – que tem respaldo social – introduz um elemento de precaução, em meio à ameaça de fim da estabilidade e possibilidade de redução de salários e demissões”, diz o consultor sindical João Guilherme Vargas Netto. “A redução das greves é resultado de uma pressão que tem dado certo.”

Para Linhares, a menor mobilização dos servidores também pode ser resultado de um cálculo político. “O ânimo de greve tem muito a ver com a expectativa de que o movimento pode trazer algum benefício, porque a greve é sempre um risco”, afirma. “Talvez a crise fiscal esteja produzindo um desânimo, uma avaliação de que não vale a pena arriscar num momento em que o ganho não é plausível.”

Na esfera pública, as greves do funcionalismo somaram 236 no primeiro semestre deste ano, contra 481 um ano antes. Já as paralisações em estatais diminuíram pela metade, para 22.

Os servidores municipais, como de costume, realizaram o maior número de greves do funcionalismo (172, ante 347 no primeiro semestre de 2018). Nessa esfera, as greves da educação recuaram de 176 para apenas 72, e as paralisações da saúde caíram de 56 a 18.

Para Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), um dos fatores que podem explicar o menor número de greves de professores municipais neste ano é o fato de que o reajuste do piso do magistério, estabelecido pelo Ministério da Educação, foi de apenas 4,17%. Como o percentual serve de parâmetro para as negociações salariais municipais e o valor foi baixo para os padrões históricos, mais municípios podem ter aplicado o percentual, evitando protestos.

“Geralmente a greve ocorre por falta de negociação ou quando é proposto um percentual abaixo da referência, que é a lei do piso”, explica Araújo. Outro fator, diz ele, é o temor da categoria diante do governo Bolsonaro. “O professor está sendo tratado como inimigo e isso coloca medo.”

Na esfera privada, as greves somaram 268 no primeiro semestre, contra 369 um ano antes. O setor de serviços ganhou peso nas mobilizações, indo de 73% para 78% do total dessa esfera.

“A greve na esfera privada cai em menor velocidade do que no setor público, porque, entre os trabalhadores de serviços e os terceirizados, principalmente, há muita greve de funcionários que estão com meses de salários atrasados”, diz Linhares. Ele explica que, nesse tipo de situação extrema, o desaquecimento do mercado de trabalho e o desemprego elevado têm menor peso na decisão de parar. O atraso de salários motivou 56% das greves do setor privado no primeiro semestre.

Pesou ainda sobre a mobilização o fim da contribuição sindical obrigatória, estabelecido pela reforma trabalhista em vigor desde novembro de 2017. Segundo dados do antigo Ministério do Trabalho, a arrecadação da contribuição sindical urbana caiu de R$ 3,65 bilhões em 2017 para R$ 500,1 milhões no ano passado, um recuo de 86%. “A reforma trabalhista tirou recursos das entidades. Assim como não há almoço grátis, não há greve grátis”, diz Vargas Netto.

Importantes categorias profissionais têm data-base na segunda metade do ano. É o caso, por exemplo, de metalúrgicos, bancários e químicos. Os metalúrgicos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) de São Paulo têm data-base em 1º de setembro e, com cláusulas sociais garantidas até agosto de 2020, negociam a pauta econômica.

Segundo Luiz Carlos da Silva Dias, presidente da Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT-SP, as negociações correm normalmente e a expectativa é que possam ser concluídas ainda neste mês. Já os bancários de São Paulo fecharam ano passado convenção coletiva com validade de dois anos e, portanto, não sentam à mesa de negociações neste ano.

Com data-base em 1º de agosto, os trabalhadores dos Correios pararam na quarta passada. A categoria pede reposição da inflação nos salários, manutenção do plano de saúde e é contrária à privatização da estatal. Na quinta, a Justiça determinou a volta ao trabalho de ao menos 70% dos funcionários. O dissídio coletivo vai a julgamento em 2 de outubro.

“Pode ser que este semestre venha a alterar a proporção da queda observada na primeira metade do ano”, diz Linhares, do Dieese. “Há datas-base importantes e a saída de professores do recesso.”

Vargas Netto é menos otimista. “Não há nenhuma indicação de retomada forte do emprego, os efeitos da reforma trabalhista vão continuar se acumulando, além da dificuldade de mobilização”, lamenta. “Este ano, do ponto de vista sindical, deve ser o pior desde a Nova República.”

Valor

Opinião dos leitores

  1. Acabou a boquinha pra muito sindicalista fajuta. Maioria apenas se locupletava com o dinheiro dos associados, fazendo gordas retiradas sem prestar contas, apenas com a justificativa de "outros", era tudo que gastavam e não conseguiam prestar contas. Kkkkkkk.
    Eu o jeito agora voltar pra o batente.

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Geral

Ministro de Lula sugere avaliar pena de morte para quem comete feminicídio no Brasil

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, defendeu nesta segunda-feira (22) que o governo federal avalie a possibilidade de pena de morte para autores de feminicídio. A declaração foi dada em entrevista ao programa Bastidores, da CNN Brasil.

Silvio citou um caso recente de um homem que matou a esposa na frente dos filhos e afirmou que “um cidadão desse não tem jeito” e que o Brasil precisa considerar medidas mais drásticas para crimes desse tipo.

O ministro ressaltou que o presidente Lula já trabalha em campanhas de combate ao feminicídio e afirmou que é preciso discutir, também, punições mais severas dentro da segurança pública. “O presidente já está fazendo esse debate internamente e queremos ampliar a discussão nos estados e municípios”.

A declaração surge após uma série de casos de violência contra mulheres em todo o país. No último sábado (20), Lula destacou que a América Latina é a região mais letal do mundo para mulheres, com cerca de 11 assassinatos diários, segundo dados da Cepal.

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Geral

VÍDEO: Cabos e medidores desaparecem na Ponte Newton Navarro: segurança zero em Natal

Imagens: Cedidas

A Ponte Newton Navarro, que conecta as zonas Norte e Leste de Natal, sofreu mais um ataque de vandalismo na noite desta segunda-feira (22). Criminosos levaram cabos elétricos e equipamentos de medição, deixando apenas pedaços de fio espalhados pelo local.

Um leitor do Blog do BG registrou o crime em vídeo e detalhou a ação. Segundo ele, “roubaram toda a cabeação elétrica e da medição… cortaram lá em cima, o transformador ficou com as canelas arranhadas”.

O furto de cabos elétricos prejudica não apenas a iluminação da ponte, mas também pode afetar o fornecimento de energia em áreas próximas. Situações como esta têm sido recorrentes em Natal, causando riscos a motoristas e pedestres.

Moradores e usuários da ponte reclamam da falta de segurança e pedem ação imediata para evitar novos ataques.

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Política

Oposição mira Moraes: CPI e impeachment por caso Banco Master

Foto: STF

A oposição vai apresentar um novo pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, por sua atuação no caso Banco Master. Parlamentares também planejam abrir uma CPI para investigar o assunto.

Segundo o Jornal O Globo e confirmado pela CNN, Moraes procurou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para tratar de interesses do banco de Daniel Vorcaro. O banqueiro contratou a mulher do ministro, Viviane Barci de Moraes, como sua advogada.

O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) afirmou à CNN que pretende aproveitar o recesso parlamentar para conseguir o máximo de assinaturas de deputados e senadores para o pedido de impeachment. Ele também avalia lançar um abaixo-assinado para que a sociedade participe.

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Política

VÍDEO: Daniela Lima “com medo” de comentar Moraes e o caso Master: ‘Tudo o que falamos pode ser usado contra nós em tribunal’

Imagens: Reprodução

A jornalista Daniela Lima, do canal Uol, admitiu receio ao comentar o caso do ministro Alexandre de Moraes, que, segundo apuração de Malu Gaspar, procurou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para tratar da compra do Banco Master pelo BRB. “O assunto é muito grave e, como tudo que a gente diz poderá e será usado contra a gente no tribunal, eu vou ser o mais meticulosa possível”, disse Lima.

O episódio ocorreu em meados deste ano, antes de qualquer investigação criminal chegar ao STF. Segundo Daniela Lima e Malu Gaspar, houve três contatos por telefone e um encontro pessoal, enquanto o Banco Central ainda analisava apenas a viabilidade técnica da operação.

O BRB tentava comprar o Master para “escamotear” bilhões já aplicados no banco, que estava insolvente, segundo o Ministério Público Federal (MPF). O banco administra a conta do funcionalismo público de Brasília e já enfrentava problemas financeiros graves, revelados apenas na investigação.

Especialistas reforçam que ministros do STF não deveriam interceder em negociações privadas de bancos, mesmo que por interesse técnico. Contratos do Master incluíam pessoas ligadas a políticos, deixando a situação ainda mais delicada e mostrando a gravidade do caso antes da análise do STF.

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Judiciário

Moraes autoriza prisão domiciliar para Augusto Heleno após laudo da PF

Foto: Reprodução

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou nesta segunda-feira (22) que o general da reserva Augusto Heleno cumpra a prisão em regime domiciliar. Heleno foi condenado a 21 anos de prisão por participação em articulações antidemocráticas após as eleições de 2022.

A decisão atende pedido da defesa, que alegou que o militar sofre de Mal de Alzheimer. Para garantir o cumprimento da pena, Heleno terá de usar tornozeleira eletrônica e seguir medidas cautelares em sua residência, segundo informações do Metrópoles.

Havia divergências sobre quando a doença teria se iniciado: inicialmente, a defesa indicou 2018, período em que Heleno chefiava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI); depois, passou a alegar início em 2025. Moraes solicitou então um laudo da Polícia Federal para esclarecer as datas e o estado de saúde do general.

O exame da PF concluiu que Heleno apresenta “demência de etiologia mista em estágio inicial”, um transtorno progressivo e irreversível. O parecer confirmou a presença de doenças clínicas e transtornos neuropsiquiátricos que justificam a prisão domiciliar autorizada pelo ministro.

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Saúde

Walfredo Gurgel volta ao caos: elevadores quebram pela 3ª vez em dezembro

Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (22), os elevadores do Hospital Walfredo Gurgel, maior unidade de urgência e emergência do RN, voltaram a quebrar. Esta é a terceira vez em dezembro que os equipamentos apresentam defeitos, impedindo a transferência de pacientes para os demais setores da unidade.

Na semana passada, o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindaúde/RN) denunciou que durante a madrugada do último dia 16, os elevadores voltaram a apresentar problemas, impedindo a transferência de pacientes para outros setores, como o Centro Cirúrgico (CC).

Na ocasião, ao menos 29 pacientes deixaram de ser transferidos por falta de elevadores. Segundo a entidade, apenas um elevador funciona de forma precária, enquanto outro permanece totalmente fora de serviço, obrigando funcionários a subirem escadas durante todo o plantão.

O caos estrutural e operacional no Walfredo Gurgel não é novo e vem se repetindo há meses. No início do mês, com os elevadores parados, os maqueiros tiveram que levar pacientes ao centro cirúrgico pelas escadas, colocando em risco os pacientes e também os funcionários da unidade de saúde.

 

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Política

Com medo de Tarcísio, Lula manda PT deixar Flávio Bolsonaro correr solto

Foto: Reprodução

O presidente Lula determinou que o PT e aliados da esquerda deixem Flávio Bolsonaro correr livre na corrida pela Presidência da República de 2026. A estratégia do petismo é clara: o filho 01 de Jair Bolsonaro seria o adversário ideal, por carregar alta rejeição, contra quem qualquer candidato do PT teria vantagem.

No cálculo do governo, atacar Flávio agora poderia forçar sua saída, abrindo caminho para Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, mais competitivo nas urnas. Se Flávio continuar na disputa, Tarcísio recua, evitando confrontos que o desgastariam antes do tempo.

Enquanto isso, Ciro Gomes (PSDB) decidiu disputar o governo do Ceará, deixando o Planalto de lado. O objetivo dele é tentar enfraquecer o PT no estado, que governa desde 2015, encerrando qualquer plano de atrapalhar Lula em 2026.

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Judiciário

Ministério da Justiça envia pedido de extradição de Ramagem aos EUA

Foto: Reprodução

O Ministério da Justiça comunicou nesta segunda-feira (22) ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que já enviou ao Itamaraty o pedido de extradição do ex-deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). A ordem de extradição foi determinada por Moraes, após Ramagem fugir para os Estados Unidos.

O ex-parlamentar foi condenado a 16 anos e um mês de prisão por três dos cinco crimes que a Procuradoria-Geral da República imputou a ele na investigação da trama golpista.

A documentação necessária para o pedido de extradição foi organizada pelo MJSP e entregue ao Ministério das Relações Exteriores. Agora, cabe ao Itamaraty formalizar o pedido junto às autoridades norte-americanas.

Ramagem teve o mandato de deputado federal cassado pela Mesa Diretora da Câmara, na quinta-feira (18), justamente por conta da condenação do STF no processo sobre a tentativa de golpe de Estado.

Nesta segunda, a esposa do ex-deputado, Rebeca Ramagem, anunciou nas redes sociais que o marido pretende lançar cursos on-line.

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Política

Flávio Bolsonaro abre agenda internacional ao lado de Netanyahu em Israel

Foto: Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro vai estrear sua agenda internacional como pré-candidato à Presidência participando da Conferência Anual de Combate ao Antissemitismo, entre os dias 26 e 27 de janeiro, em Jerusalém, Israel. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu será o principal nome do evento, e Flávio será um dos oradores.

O ex-deputado Eduardo Bolsonaro, que foi cassado por faltas na Câmara na quinta-feira (18), também estará presente, embora esteja atualmente nos Estados Unidos. O evento reúne líderes e representantes que combatem o antissemitismo em escala global.

Flávio é o escolhido pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, para representar o bolsonarismo nas eleições de 2026. A expectativa é que ele enfrente o presidente Lula (PT) no pleito nacional.

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Política

Decisão de Flávio Dino trava emendas e endurece resistência de senadores a Messias no STF

Foto: Marcello Camargo/Agência Brasil

A decisão do ministro Flávio Dino, do STF, de barrar parte de um projeto que liberava pagamentos de emendas parlamentares, deve complicar ainda mais a vida de Jorge Messias, indicado por Lula para o Supremo. O bloqueio vale para as chamadas “emendas de relator”.

Lideranças do Senado afirmaram que a suspensão reforça a resistência à indicação de Messias. Para caciques da Casa, a medida mostra que é necessária uma escolha mais alinhada com o Senado e com a política, como já havia defendido o presidente da Casa, Davi Alcolumbre.

O temor de senadores é que a entrada de Messias no STF fortaleça a chamada “bancada governista”, ligada a Flávio Dino, que tem colocado as emendas parlamentares em xeque. A preocupação é que decisões futuras do Supremo possam prejudicar o orçamento de parlamentares e o ritmo de investimentos nos estados.

Mesmo com a resistência, Lula garantiu manter a indicação. O presidente afirmou que enviará a mensagem oficial ao Senado ainda durante o recesso, para que Messias seja votado assim que a Casa retomar os trabalhos.

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