Educação

Criticada, Lei das Cotas terá de ser adotada por metade das instituições

A Lei das Cotas, aprovada na terça-feira, dia 7, pelo Senado, exige que 50% das vagas de todos os cursos das federais sejam reservadas a estudantes que cursaram o ensino médio em escola pública. A principal crítica de reitores à decisão do Senado, no entanto, é que, aprovado o projeto, sancionado pela presidente Dilma Rousseff em até 15 dias, haja quebra da autonomia universitária.

As universidades federais terão até quatro anos para se adaptar às novas regras, mas apenas um ano para adotar ao menos 25% do que a lei prevê – ou seja, terão de implementar o modelo único de cotas em uma escala menor. De acordo com levantamento do G1, atualmente, não existe cota social em 27 das 59 universidades federais

A notícia não foi bem recebida, por exemplo, na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), conforme apurou o ‘Estado’ em matéria publicada na semana passada, que tem um dos cursos de Medicina mais bem avaliados e disputados do País. Segundo o reitor, Walter Albertoni, o assunto deveria ficar para a universidade.

O reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto Salles, também criticou a aprovação pelo Senado da reserva de metade das vagas das instituições federais para alunos da escola pública. Ele classificou a decisão como uma “intromissão indevida”.

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) precisará de poucos ajustes para adequar seu processo de seleção de alunos ao projeto de lei que prevê a reserva de 50% das vagas para estudantes egressos do ensino médio na rede pública.

Em vigor desde 2004, o sistema de cotas da UFBA reserva 43% das vagas a estudantes que tenham cursado todo o ensino médio – além de pelo menos um ano do ensino fundamental – em escolas públicas. Além disso, oferece 2% das vagas a descendentes de índios. Dentro dos 43% destinados a estudantes da rede pública, 85% das vagas são direcionadas a quem se intitula negro ou pardo, seguindo as proporções da população baiana.

Reitor da Federal do Pará (UFPA), ele ressalta que a uniformidade não é uma boa saída. “Aqui no Pará definimos cota de 50% para escola pública. Mas fomos nós que decidimos e tenho certeza de que essa fórmula não pode ser aplicada em todas.

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam), de acordo com levantamento do G1, é uma das universidades que não oferece sistema de ação afirmativa, e deverá se adequar à nova lei. As vagas oferecidas pela Ufam são divididas igualmente em dois processos seletivos.

A Universidade Federal do Ceará (UFC) pretende se adaptar de forma progressiva à lei. O pró-reitor de graduação da UFC, Custódio Almeida, defende que um terço da cota seja aplicada a cada ano, a partir de 2013. Em 2016, segundo a sugestão de Almeida, a UFC estaria cumprindo a lei, que exige que as universidades estejam adaptadas até este ano.

A UFC aprovou em 2012 5.784 candidatos em 2012, todos por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A universidade nunca adotou sistemas de cota para ingressar na faculdade, mas debateu o assunto em 2006. “Na época houve votação, mas o conselho não aceitou as cotas raciais, em função de não ter havido muita discussão sobre o assunto”, diz Almeida.

A Universidade de Brasília (UnB) informou nesta quarta-feira (8) que uma comissão formada por alunos e professores será criada para discutir a adaptação do sistema de cotas da instituição ao projeto de lei aprovado pelo Senado. A UnB foi a primeira universidade federal a instituir o sistema de cotas raciais e destina, desde junho de 2004, 20% das vagas para candidatos negros.

De acordo com o decano de ensino e graduação da UnB, José Américo Garcia, a adaptação no sistema pode ser feita rapidamente após o fim da greve. “É um processo rápido. Basta apenas a gente deliberar no nosso conselho. Deliberando, eu já consigo implementá-lo e já para 2013, para o próximo vestibular.”

Atualmente, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e o Instituto Federal do estado (Ifes) trabalham com o sistema de cotas sociais. Na universidade, entre 40% a 45% das vagas de cada curso são reservadas para o candidato que comprovar que cursou apenas a escola pública e ter renda familiar inferior a sete salários mínimos. Já no instituto, 50% das vagas foram distribuídas para estudantes da rede pública.

De acordo com o reitor da Ufes, Reinaldo Centoducate, desde 2008, mais de 5 mil alunos já ingressaram na universidade pelo sistema de cotas sociais. “A Ufes até então empregava exclusivamente a cota social, mas depois que a lei for regulamentada precisaremos estudar como será feito aqui. Acredito que as escolas públicas devem se adequar e oferecer um ensino de excelente qualidade na sua base”, disse.

A aprovação do projeto de lei preocupa o reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira Brasil, para quem a medida interfere na autonomia universitária. “A minha posição enquanto gestor da UFG e vice-presidente da Andifes [Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior] é de que esse modelo traz um componente preocupante sobre a autonomia universitária”, ressalta.

Atualmente, a UFG oferece nos processos seletivos seis mil vagas por ano. A grande maioria dessas vagas é ofertada no vestibular do início de ano. As demais, cerca de 500, são oferecidas no processo seletivo de meio de ano. Ao todo, 80% das seis mil vagas são do vestibular tradicional e 20% do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). “No vestibular tradicional, usamos as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como um dos componentes na nota final”, disse o reitor.

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) reserva 50% das vagas ofertadas em todos os cursos de graduação para cotistas: são 30% das vagas para estudantes que cursavam todo o ensino básico em escolas públicas e 20% para estudantes negros também de escolas públicas. As eventuais vagas remanescentes das cotas para estudantes negros são oferecidas primeiramente para candidatos de escola pública e, caso ainda sobrem, para a ampla concorrência. Em abril deste ano, a UFMT estudava implantar, em 2013, a reserva de 100 vagas por ano para indígenas que tenham estudado em escola pública.

A Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) já reservam 50% das vagas a estudantes de escolas públicas, como prevê o projeto de lei aprovado nesta semana pelo Senado. No caso da UFSJ, dos três critérios propostos na lei – rede de ensino, renda familiar, cor e raça -, a instituição já utiliza dois: rede de ensino e cor e raça.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) oferece sistema de bônus há quatro anos para estudantes de escolas públicas. De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, assim que a lei for sancionada, a UFMG vai começar a trabalhar para se adequar. O edital do vestibular 2013 já foi publicado. O sistema de bônus será oferecido, mas não haverá adoção do Sisu. Na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), na seleção seriada, 60% das vagas são para alunos de escolas públicas. Já no Enem e no Sisu, 40% são para estudantes de instituições públicas.

Duas instituições mineiras não usam sistema de cotas: o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Na Paraíba, as instituições federais adotam o sistema de cotas desde o processo seletivo de 2011. Na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), 30% das vagas foram destinadas para candidatos vindos do ensino público. De acordo com o presidente da Comissão Permanente do Concurso do Vestibular da UFPB (Coperve), João Lins, o percentual deve ser aumentado para 35% para o próximo ano e 40% para 2014.

No Instituto Federal da Paraíba (IFPB), foram ofertadas entre 20 e 50% das vagas dos cursos técnicos para candidatos vindos da rede pública, além 5% em todas as unidades para portadores de deficiência física. As cotas do IFPB também atingem o Sisu, com 5% para portadores de deficiência, 60% para quem mora no estado e 20% para os candidatos nascidos em Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará.

A Universidade Federal da Paraíba (UFCG) é a única instituição federal na Paraíba que não utiliza o sistema de cotas. De acordo com sua assessoria, todo o processo seletivo é feito através do Enem. Com a iminente aprovação da cota em 50%, o colegiado na universidade irá se reunir em 2013 para discutir o sistema de cotas na UFCG.

No estado, a Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina, já adota essa porcentagem de cotas desde 2010. Enquanto isso, as universidades Federal de Pernambuco (UFPE) e Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) preferem aguardar a sanção da presidente antes de iniciarem o sistema de cotas sociais.

Em seu último vestibular, a UFPE ofereceu 6.492 vagas, das quais 34% foram conquistadas por alunos de instituições públicas. Segundo a assessoria, a seleção da UFPE apresenta um sistema onde alunos da rede pública de ensino recebem acréscimo de 10% em suas notas, mas isso só interfere na quantidade de vagas ocupadas quando as notas dos alunos já estão próximas à média de aprovação de seus cursos.

A UFRPE também dá bônus de 10% na nota de alguns estudantes, desde que eles tenham feito o ensino médio no Agreste ou no Sertão pernambucano, e que escolham estudar na própria região. No vestibular 2012, a instituição ofereceu 3.240 vagas, divididas em 1.960 no Recife, 560 em Garanhuns e 720 em Serra Talhada. Atualmente, todas as vagas da Rural são preenchidas através do Sisu.

O vestibular 2013 da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) não obedecerá a lei de cotas sociais aprovada pelo Senado. A decisão da presidenta da Comissão Permanente de Vestibular (Comperve), Magda Pinheiro, só poderá ser revertida se a instituição for acionada judicialmente. Ela explicou que o edital do concurso já havia sido lançado quando o texto-base da lei de cotas sociais foi aprovado pelos senadores e, além disso, irá aguardar o posicionamento de Dilma Rousseff quanto à sanção parcial ou integral do projeto de lei ou, ainda, a possibilidade de veto total ao conteúdo original apreciado pelo Senado.

A presidenta da Comperve explicou que, desde 2006, a UFRN seleciona estudantes utilizando o argumento de inclusão, que consiste numa bonificação de 10% no argumento final do candidato oriundo de escola pública.

Apesar da aprovação da lei no Senado na última terça-feira, as universidades do Rio Grande do Sul ainda não traçaram o plano para se enquadrar na nova regra. O assunto deve começar a ser tratado somente depois da sanção presidencial. No último vestibular, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) reservou 30% das vagas para estudantes vindos do ensino público e autodeclarados negros. Também são disponibilizadas 10 vagas anuais para indígenas, que participam de um vestibular diferenciado.

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) separa cotas de 15% para autodeclarados negros, 5% para portadores de necessidades especiais e 20% para alunos da rede pública. Também há 10 vagas para indígenas. A direção da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) afirmou que ainda não faz reserva de vagas, e que o Conselho Superior se reunirá na próxima segunda-feira (13) para discutir as mudanças com a nova lei.

A Universidade Federal de Rio Grande (Furg) não reserva vagas, mas, através do Programa de Ação Inclusiva (Proai), dá pontos extras na nota final de estudantes que cursaram o ensino público ou que são portadores de deficiência.

As duas instituições federais de ensino no estado de Rondônia, a Universidade Federal (Unir) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (Ifro), também terão que se adaptar à nova regra. Atualmente, a Unir não admite nenhum aluno através do sistema de cotas, enquanto que o Ifro tem 70% de suas vagas destinadas a alunos de condições diversas, mas não por cotas.

Em 2012, a Unir selecionou 2.400 estudantes pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), sem que nenhuma vaga seja destinada para cotas. “A questão de receber o sistema de cotas chegou a ser discutida há dois anos, mas não chegou a ser implantado”, afirmou o pró-reitor de graduação, Jorge Coimbra de Oliveira. No primeiro semestre de 2012 o Ifro disponibilizou 1.720 mil vagas pelo vestibular tradicional, entre os cursos técnicos de nível médio e de graduação. Pelo Sisu foram oferecidas 16 vagas neste ano. O Ifro destinou 10% das vagas para candidatos que fizeram o fundamental na Educação de Jovens e Adultos (EJA), outros 10% para candidatas participantes do Programa Mulheres Mil em Jequitibá e 50% para produtores rurais, agricultores familiares e lavradores.

Santa Catarina possui duas instituições federais de ensino afetadas pelo projeto de lei aprovado pelo Senado. Na UFSC, 20% das 3.239 vagas no vestibular 2012 foram destinadas a candidatos que cursaram integralmente o ensino fundamental e médio em escolas públicas e 10% a candidatos que se autodeclararam negros ou pardos e também tenham cursado os ensinos fundamental e médio em colégios públicos.

Já no IFSC, metade das 544 vagas foram destinadas a candidatos que estudaram todo o ensino médio em escola pública, e 10% a negros que cursaram todo o ensino médio em escola pública. Caso essas vagas não fossem preenchidas pelos candidatos a quem eram destinadas, elas seriam ocupadas por aqueles que não optaram pelas ações afirmativas. De acordo com o coordenador do Departamento de Ingresso do IFSC, André Soares Alves, afirma que o IFSC vai aguardar a sanção presidencial para ver como vai ficar a distribuição das cotas.

O Instituto Federal de Sergipe (IFS), atualmente, já trabalha com o sistema de cotas sociais. No último processo seletivo tradicional e dos cursos de graduação e técnicos ofertados pela instituição, 200 vagas foram ofertadas. No Sisu, o instituto ofereceu 145 vagas para cursos de graduação presenciais. Destas, 5% foram para pessoas com baixa renda e 5% para pessoas que cursaram a escola pública durante o ensino médio.

O pró-reitor de ensino da instituição, José Adelmo Menezes de Oliveira, afirma que o IFS ainda fará uma reunião para decidir como se adaptará à nova lei.

Fonte: Estadão

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Polícia

Morador envolvido em operação da polícia ostentava na garagem 2 Porsches e 2 Land Rovers

Foto: Reprodução

O morador de um condomínio em Lagoa Nova, entre as avenidas Miguel Castro e Amintas Barros, saiu algemado, na manhã desta terça-feira (08), por conta de uma operação da polícia do estado. O homem se mudou há pouco tempo para a cobertura desse prédio e chegou com com 2 Porsches e 2 Land Rovers.

Segundo informações de populares, os vizinhos já estavam desconfiados que ele era “estranho” desde a chegada. A “Operação Select” desarticulou uma organização criminosa envolvida em crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.

 

As investigações apontam que o grupo abria contas bancárias em nome de “laranjas”, com apoio de uma gerente de banco, e utilizava os cartões para fraudes e compra de veículos de luxo.

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Política

Prefeita Jussara Sales, viaja a Portugal para finalizar processo de “cidade-irmã” da cidade portuguesa de Estremoz

Foto: Divulgação

Seguindo os protocolos de finalização das cidades irmãs entre Extremoz/Brasil e Estremoz/Portugal, a Prefeita de Extremoz/RN Jussara Sale recebe o convite para participar da importante feira em Estremoz/Portugal, a 37° FIAP (Feira Internacional de Agropecuária) juntamente com a sua 4ª feira de artesanato, onde também acontecerá a cerimônia de protocolos oficial entre as cidades no próximo dia 30/04 até o dia 04/05.

A geminação/cidades-irmãs, é uma parceria simbólica e prática entre dois municípios, geralmente de países diferentes, com o objetivo de promover a troca cultural, econômica, educacional, industrial e social. Essa relação fortalece os laços de amizade e cooperação internacional, criando pontes entre comunidades com histórias, desafios ou objetivos em comum.

Para a prefeita Jussara: “ Mais do que um título, é uma oportunidade real de desenvolvimento conjunto, aprendizado e solidariedade entre nações. Estamos aqui focados em atrair também investimentos para nossa cidade que colherá significativos frutos com tudo isso”. A prefeita vai participar do evento e apresentar nossa cidade acompanhada de alguns secretários, técnicos do governo e representantes da câmara de vereadores. E acompanha a comitiva empresários locais que terão agenda bilaterais e rodada de negócios.

É possível por meio desse processo que as cidades possam desenvolver projetos conjuntos em áreas como turismo, meio ambiente, educação, cultura, tecnologia e desenvolvimento sustentável. Além disso, a troca de experiências entre gestores públicos e empresários contribui para soluções inovadoras e compartilhamento de boas práticas.

Outro ponto importante é o intercâmbio entre os cidadãos, principalmente estudantes e artistas, que passam a conhecer novas culturas, idiomas e formas de vida, promovendo o respeito às diferenças e o sentimento de cidadania global.

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Polícia

VÍDEO: Polícia desarticula organização criminosa envolvida em crimes de estelionato e compra de veículos de luxo

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN), por meio da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR), deflagrou, nesta terça-feira (08), a “Operação Select”, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.

As investigações apontam que o grupo abria contas bancárias em nome de “laranjas”, com apoio de uma gerente de banco, e utilizava os cartões para fraudes e compra de veículos de luxo. Durante a operação, três suspeitos foram presos em flagrante pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo e obstrução de investigação.

Foram cumpridos 14 mandados judiciais nas cidades de Natal, Parnamirim e Santa Cruz. Armas, munições, veículos de luxo, documentos e outros materiais foram apreendidos. A ação contou com o apoio de unidades especializadas da PCRN e do Fisco Estadual.

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Política

Chefe da Casa Civil de Fátima afirma: “Se Allyson for candidato, deve ser pela oposição”

Foto: Reprodução

Em entrevista ao Jornal Diário da RN, o chefe do gabinete civil, Raimundo Alves, que é um dos coordenadores políticos da governadora Fátima Bezerra foi taxativo: Allyson Bezerra não será candidato pelo sistema da governadora do estado.

Na semana passada tinha sido o próprio Carlos Eduardo Xavier que fez a mesma afirmação, e agora, Raimundo Alves endossa a mesma questão.

O secretário-chefe da Casa Civil explicou que a governadora agora deverá se posicionar como pré-candidata ao Senado, assumindo uma postura mais combativa do ponto de vista eleitoral, algo que até então era assunto evitado pela gestora.

“Ela evitava falar, ela não poderia se posicionar enquanto não tivesse uma conversa com o vice-governador. Já foi confirmada a intenção dele de assumir o Governo e, diante disso, a conversa agora está se dirigindo ao PT e os partidos aliados. A disposição dela é sim fazer a disputa”, comenta ele confirmando que a renúncia da governadora deve se dar daqui a um ano, no final do prazo eleitoral para desincompatibilização de cargos executivos para nova disputa.

Opinião dos leitores

  1. Qualquer pretenso candidato ao cargo de governador, só poderá afirmar que será candidato (com certeza), se tiver o domínio de sua legenda partidária.
    Caso contrário, é utopia!!
    Bastante é lembrar que Rosalba estava governadora com pretensão de ir para uma reeleição, e o seu partido não lhe deu a oportunidade; foi governadora por apenas um mandato.
    Ressalte-se que o presidente da legenda partidária, era o senador José Agripino, gente da copa e cozinha de Rosalba e Carlos Augusto.

  2. Fátima é o retrato perfeito e acabado do atraso e da incompetência, ela conseguiu destruir o Estado do RN, governa para as castas privilegiadas do serviço público, só soube aumentar impostos prejudicando o povo que nela votou, que o RN aposente essa inepta de uma vez por todas.

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Cidades

VÍDEO: Pacientes enfrentam mais de 5 horas de espera na UPA Potengi, em Natal

Vídeo: Reprodução

Pacientes que buscaram atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Potengi, na Zona Norte de Natal, nesta segunda-feira (7), relataram demora superior a cinco horas para serem atendidos. A longa espera foi acompanhada de superlotação na recepção e nos corredores, além da falta de profissionais e problemas estruturais, como torneiras e equipamentos quebrados.

De acordo com a direção da unidade, a principal causa da lentidão no atendimento foi a ausência de profissionais no quadro da UPA, como técnicos de enfermagem. A unidade, que atende em média 13 mil pessoas por mês — cerca de 450 por dia —, tem enfrentado dificuldades para manter o fluxo normal diante da alta demanda.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal informou que, somente nesta segunda, houve um aumento significativo no número de pacientes com casos menos graves, como síndromes gripais, arboviroses (como dengue, Zika e Chikungunya) e outras patologias que não configuram urgência. Esse aumento sobrecarregou a equipe, já empenhada no atendimento de emergências reais.

Ainda segundo a SMS, 70% dos atendimentos nas UPAs de Natal são de casos que poderiam ser resolvidos na atenção primária, como nas unidades básicas de saúde (UBSs). A pasta reforça que as UPAs devem ser procuradas em situações como febre alta persistente, fraturas, AVCs, infartos, acidentes, crises alérgicas graves, entre outros quadros de emergência.

Outro problema relatado pelos pacientes foi a indisponibilidade do aparelho de raio-x. Sobre isso, a SMS esclareceu que o equipamento está passando por reposição de uma peça e aguarda retorno da empresa responsável. Enquanto isso, os pacientes que precisam de radiografia estão sendo encaminhados para outras unidades da rede, sem prejuízo ao atendimento.

A Secretaria informou ainda que atua para normalizar o fluxo de atendimentos na UPA Potengi o quanto antes.

Portal da Tropical

Opinião dos leitores

  1. De quem é a culpa pela falta de cuidado? Algum político frequenta a upa? Algum rico? Quem? Quem pode modificar este cenário? Apenas perguntas inocentes, sem intenção de apontar…

  2. Eita, tá ótima a situação da saúde da cidade do Natal, ou herança “boa”essa que Litte Paulo recebeu de Alvinho

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Mundo

43% dos brasileiros têm imagem negativa de Trump, diz Quaest

Foto: Reprodução

Um levantamento Genial/Quaest revelou que a imagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), é negativa para 43% dos brasileiros. Os entrevistados que enxergam de maneira positiva somam 22%, enquanto 23% afirmam que Trump é “regular“. Eis a íntegra (PDF – 4 MB).

O levantamento é o mesmo realizado entre 27 e 31 de março, ou seja, antes da imposição das tarifas sobre as importações de 185 países, entre eles o Brasil. Contudo, o recorte só foi divulgado nesta 3ª feira (8.abr.2025).

Trata-se de um levantamento que envolveu 2.004 entrevistas presenciais, utilizando um questionário estruturado, com brasileiros de 16 anos ou mais. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiabilidade é de 95%.

Segundo a Quaest, a rejeição a Trump é maior entre as mulheres (47%) do que entre os homens (38%), e o presidente dos EUA é mais rejeitado entre os pretos (53%), em comparação com os brancos (43%) e os pardos (40%).

A diferença também é pronunciada entre os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Jair Bolsonaro (PL). O presidente americano é rejeitado por 61% dos eleitores de Lula e aprovado por 8%, enquanto no eleitorado bolsonarista, Trump é aprovado por 44% e rejeitado por 20%.

De acordo com o levantamento, a percepção positiva dos EUA para os brasileiros caiu desde que Trump assumiu a presidência. A visão do país norte-americano era “favorável” na opinião de 58% em 2024, durante a presidência de Joe Biden (Partido Democrata). Em 2025, está em 44%.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. O que isso vai mudar no governo Trump? Trump é um republicano ultra conservador, estar governando para os americanos, cumprindo o que falou na campanha.

  2. Ainda falam que a manifestação do domingo passado é um assunto sem importância e esse? Estão com medo da magnitsky?

  3. Só faltou dizer que a maioria da população brasileira tem uma imagem positiva de Nicolas Maduro.
    Pesquisa mequetrefe pra levantar a moral de esquerdista.

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Trânsito

Natal terá placas para avanço de sinal vermelho

Foto: STTU

A Co­mis­são de Trans­por­tes, Le­gis­la­ção Par­ti­ci­pa­ti­va e As­sun­tos Me­tro­po­li­ta­nos da Câ­ma­ra Mu­ni­ci­pal de Na­tal apro­vou, nes­ta segunda-feira (7), o Pro­je­to de Lei nº 655/2023, de au­to­ria do ve­rea­dor Kle­ber Fer­nan­des (PSDB), que de­ter­mi­na a ins­ta­la­ção de pla­cas in­for­ma­ti­vas nos se­má­fo­ros do mu­ni­cí­pio pa­ra es­cla­re­cer so­bre a per­mis­são de avan­ço do si­nal ver­me­lho en­tre 23h e 5h, des­de que o veí­cu­lo es­te­ja a até 30 km/h.

A pro­pos­ta al­te­ra a Lei nº 523/2018, que já tra­ta do te­ma, e bus­ca ga­ran­tir que os mo­to­ris­tas es­te­jam cien­tes des­sa ex­ce­ção, con­tri­buin­do pa­ra a se­gu­ran­ça viá­ria. As pla­cas de­ve­rão ser ins­ta­la­das pe­la Se­cre­ta­ria Mu­ni­ci­pal de Mo­bi­li­da­de Ur­ba­na (STTU). A me­di­da va­le ape­nas pa­ra vias mu­ni­ci­pais e não se apli­ca a ro­do­vias es­ta­duais e fe­de­rais que cru­zam a ca­pi­tal.

O ve­rea­dor Ma­theus Faus­ti­no (União), re­la­tor da ma­té­ria, des­ta­cou a re­le­vân­cia do te­ma: “É um di­rei­to que pou­cas pes­soas co­nhe­cem. A pro­pos­ta é jus­ta­men­te in­for­mar à po­pu­la­ção que é per­mi­ti­do ul­tra­pas­sar o se­má­fo­ro no ver­me­lho, des­de que em até 30 km/h. Mui­ta gen­te des­co­nhe­ce es­sa pos­si­bi­li­da­de, es­pe­cial­men­te mo­to­ris­tas de apli­ca­ti­vo, que mais cir­cu­lam na ma­dru­ga­da”.

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Brasil

País tem quase 2 mil cidades em situação de seca e especialistas alertam para risco

Foto: José Medeiros/Divulgação

O Brasil vai enfrentar uma nova temporada de seca em 2025, segundo análise do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). Ela é uma continuação do que vivemos em 2024: após o Norte viver uma situação crítica no ano passado, o cenário da seca “mudou de lugar”, já que estados da Amazônia agora enfrentam enchentes, mas o Centro-Sul do país pode ter uma temporada crítica.

A análise ainda lança um alerta para o Pantanal, que viveu a pior crise da história em 2024. Agora, ainda sem entrarmos no auge da estação com menos chuvas no Centro-Sul, os dados indicam que já há 1,9 mil cidades pelo país em situação de seca mais intensa.

Os especialistas alertam que a estação chuvosa acaba de começar e que o cenário pode piorar ao longo do período mais seco que o país enfrenta agora. Com isso, há uma área de cerca de 1 milhão de km² em situação de alerta para a seca.

Ana Paula Cunha, especialista em secas do Cemaden, explica que a seca passou por uma transição: saiu da região Norte, que deverá ter alívio este ano após registrar níveis históricos baixos nos rios, e se deslocou para o outro lado do mapa do país.

De forma geral, isso ocorreu porque a estação chuvosa, que terminou em março, ficou abaixo do esperado em algumas regiões do país. Para se ter uma noção, antes da estação chuvosa, havia 2.954 cidades em condição de seca de moderada a extrema. Ou seja, houve uma redução, mas o número ainda é considerado alto.

“Tirando-se o Norte, o restante do país não está em uma situação muito confortável. Foram registradas chuvas abaixo da média em muitas regiões, embora não de forma generalizada. Isso pode amenizar o impacto, mas o cenário ainda é de seca”, explica.

Isso significa que, nos locais onde já havia déficit devido à seca de 2023 e 2024, a situação pode se agravar ao longo da estação mais seca, que acaba de começar. A previsão é de impactos como:

  • Sequências de dias sem chuva – como no ano passado, quando cidades acumularam mais de 100 dias sem precipitações, principalmente em Minas Gerais e Bahia;
  • Déficit hídrico nas bacias que abastecem o setor energético, sendo a bacia do Paraguai, que corta o Pantanal, a mais afetada;
  • Aumento da vulnerabilidade ao fogo, principalmente no Pantanal.

G1

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Geral

Bolsonaro diz que Nordeste deve receber a próxima manifestação

Foto: Reprodução/YouTube

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira (7) que a próxima manifestação favorável à anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro deve acontecer na região Nordeste. A cidade específica, contudo, ainda não foi decidida, nem a data.

“Não tem data marcada, a ideia é pegar uma cidade do Nordeste“, afirmou Bolsonaro durante entrevista à Revista Oeste. “Estamos vendo qual o melhor estado do Nordeste para se fazer presente. Até para mostrar que não é só Rio São Paulo, o Nordeste está conosco também”.

A última mobilização aconteceu neste domingo (6), na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).

Junto a sete governadores — Romeu Zema (Novo), Jorginho Mello (PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ronaldo Caiado (União), Wilson Lima (União), Ratinho Junior (PSD) e Mauro Mendes (União) —, o ex-presidente discursou para cerca de 45 mil pessoas, de acordo com levantamento divulgado pela Universidade de São Paulo (USP).

Durante as falas, vestido com um colete à prova de balas, o ex-chefe do Executivo disse que, se tomou alguma “decisão equivocada” durante seu mandato, não foi por “má-fé”, e que será possível confiar nas eleições de 2026, pois o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá um “novo perfil”.

Ainda em entrevista, o antigo presidente da República mencionou que irá desembarcar no Rio Grande do Norte na sexta-feira (11), para visitar cidades do interior, junto ao senador Rogério Marinho (PL-RN).

A visita faz parte do “Rota 22”, que, segundo ele, deve acontecer em todos os estados e não é semelhante ao ato da Avenida Paulista.

“O Marinho, da última vez que estive lá, fizemos onze municípios”, lembrou Bolsonaro.

CNN

Opinião dos leitores

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Economia

Mulheres recebem 20,9% a menos do que os homens, diz governo

Foto: Reprodução/Freepik

O salário médio das mulheres no Brasil é 20,9% menor que o dos homens. Os dados estão no 3º Relatório de Transparência Salarial, divulgado nesta 2ª feira (7.abr.2025) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. As informações são referentes ao ano de 2024.

Em empresas com 100 ou mais empregados com carteira assinada, a média salarial feminina é de R$ 3.755,01, enquanto a masculina é de R$ 4.745,53. A média nacional, considerando ambos os sexos, é de R$ 4.342,24.

Segundo a Rais (Relação Anual de Informações Sociais) de 2024, a participação feminina no mercado formal subiu para 40,6%, totalizando 7,7 milhões de mulheres empregadas. Apesar disso, elas concentram apenas 34,8% da massa salarial.

O relatório também aponta desigualdades salariais por ocupação. Mulheres que atuam como diretoras e gerentes recebem, em média, 73,2% do salário dos homens na mesma função. Entre as profissionais com nível superior, a média é de 68,5%. Trabalhadoras em serviços administrativos ganham 79,8% do salário dos homens.

COR

O recorte por cor aumenta a diferença. As mulheres negras recebem, em média, uma remuneração 21,5% menor do que os homens negros. Segundo o levantamento, o salário médio das trabalhadoras negras é de R$ 2.864,39 –o mais baixo entre os grupos analisados. Já os profissionais negros do sexo masculino recebem, em média, R$ 3.647,97.

Entre as trabalhadoras do sexo feminino, aquelas que se identificam como negras recebem cerca de 38,5% a menos do que as não negras, cuja remuneração média é de R$ 4.661,06.

Poder 360

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