Após o pronunciamento oficial antes da divulgação do resultado do vestibular 2013, a reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ângela Paiva Cruz, analisou o último ano do vestibular da Comissão Permanente do Vestibular (Comperve) e as prioridades para a instituição em 2013. Dentre as obras previstas, estão à expansão do curso de medicina para outras três cidades e a consolidação do sinal digital da TV Universitária.
“Em 2013, nós vamos consolidar essa expansão que nós começamos. Temos 55 obras em andamento, concluímos 45 em 2012, e temos muitos projetos. Dois hospitais universitários, na estrutura física e no seu modelo de gestão, nós vamos crescer no interior, pela primeira vez oferecer o curso de libras, na área de língua portuguesa, tornando a universidade cada vez mais inclusiva”, destacou a reitora.
Ângela anunciou ainda a ampliação do curso de medicina, atualmente o mais concorrido da instituição, para o interior do estado. “Nós estamos programando o curso de medicina para o interior, ofertando medicina em três campings, Santa Cruz, Currais Novos e Caicó, nós vamos viabilizar esses planos, e vamos contratar mais algumas obras para os parques poliesportivos. Contratamos R$ 8 milhões para obras para pista de atletismo, campo de futebol, e estrutura do campus de Natal, mas vamos fazer isso nos campus do interior. E uma meta que nós vamos consolidar em 2013 é que nós vamos ter na UFRN a primeira universidade e o primeiro canal público de TV em tecnologia digital”.
A UFRN se classificou em 2012 como melhor universidade federal das regiões Norte e Nordeste do País no Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado pelo INEP/MEC, alcançando o conceito 3,66, equivalente a faixa quatro do índice. Na avaliação anterior, a universidade tinha alcançado o 3º lugar na avaliação, perdendo para a tradicional Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
“Nós temos um conjunto de ações que tem favorecido esse crescimento gradual, ano a ano, que é o que a universidade vem tendo no IGC, e que conseguiu agora ultrapassar a UFPE, que era sempre uma grande universidade, muito mais antiga que a UFRN, e vinha tendo essa credencial. Nós conseguimos essa conquista, e cada aluno que entra aqui é um desafio novo, porque nesse componente, o IGC, se leva em consideração também o desempenho do aluno no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), é um peso muito grande o quanto o aluno agregou de conhecimento durante a sua permanência no curso, tanto de graduação, quanto de pós graduação”, contou a reitora.
Adesão ao ENEM
A partir desse ano, com adesão total do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em substituição ao vestibular tradicional, a reitora conta “não ter nenhuma preocupação”. “As provas do ENEM, a cada ano, eles aperfeiçoam. Toda crítica e problemas que aconteceram, no ano seguinte, são superados. O exemplo disso foi a mudança de parâmetros de correção na prova de redação. Então a cada ano ele vai se aperfeiçoando, os processos, tanto de elaboração e aplicação, quanto de correção, estão sendo absolvidos pelas equipes das universidades federais, principalmente que trabalham com esses processos seletivos. Essa confiança que nós temos nas instituições como temos na Comperve e na UFRN, isso vai ser agregado paulatinamente nas equipes do INEP, e nós vamos ter um ENEM casa vez mais forte”, confirmou
Fim do argumento de inclusão
Ângela explicou ainda que a partir desse ano não haverá mais o argumento de inclusão para estudantes de escola pública. Apenas continuarão as cotas para estudantes de escola pública, pardos e índios que, segundo ela, representam 57,8 da população do RN. A renda per capta do candidato também é levada em consideração na hora do desempate.
“Na primeira edição do ENEM na UFRN, aplicaremos apenas a lei de cotas, e vamos analisar durante os próximos dois anos o número de estudantes de escola pública na universidade. Se notarmos que não está havendo uma inclusão, vamos discutir como aplicar o argumento novamente. A nossa meta é de que em quatro anos, tenhamos pelo menos 50% dos alunos vindos da escola pública, algo que não é difícil para a UFRN, visto que atualmente, mais de 40% deles já são”, afirmou.
Fonte: DN Online
O plural de campus é campi. No texto está escrito campings.