A CUT é uma beleza, fico impressionado como ela gosta que o País se desenvolva………
Vamos trabalhar meu povo!!!!!
Josias de Souza:
Realizou-se em Brasília, nesta quarta (27), uma reunião entre representantes da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República e da CUT.
No encontro, o governo expôs à maior central sindical do país detalhes do plano de concessão à iniciativa privada de três aeroportos: Guarulhos, Viracopos e Brasília.
Artur Henrique, presidente da CUT, e Francisco Lemos, mandachuva do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, discordaram do essencial.
Informou-se à dupla de sindicalistas que a iniciativa privada será majoritária (51%) na administração dos aeroportos. A Infraero entrará no negócio com 49%.
Em texto veiculado na página que mantém na web, a CUT apressou-se em informar que, a prevalecer esse modelo, tentará barrar os leilões no Judiciário.
“Ninguém vai nos convencer de que a Infraero tem de ter 49% das ações”, disse Artur Henrique, o presidente da CUT.
“Se o governo tomar a decisão pelos 49%, nós vamos lutar contra no Congresso […] e em todas as instâncias onde pudermos atuar, inclusive o Judiciário, se preciso for”.
Os argumentos da Secretaria de Aviação Civil são claros como água de bica.
Dilma Rousseff optou por privatizar a operação dos aeroportos porque o Estado não dispõe de recursos para investir.
Para atrair o investidor privado e dar celeridade aos investimentos, é preciso evitar que as concessionárias tenham que lidar com as amarras impostas ao Estado.
Transferidas à iniciativa privada, as obras não precisariam seguir o rito da Lei de Licitações (8.666) nem se sujeitar à fiscalização do TCU.
Artur Henrique dá de ombros: “Não tem acordo com relação aos 49%”. Para ele, há soluções alternativas.
Quais? “Abrir o capital da Infraero e ter uma certa liberdade em relação a [lei] 8.666, mantendo a operação sob o controle do Estado.”
Resta saber que empresário se animaria a injetar dinheiro em negócio gerido por uma estatal com histórico de ineficiência e corrupção.
Na exposição aos sindicalistas, o governo informou que constarão dos editais dos leilões duas exigências dos trabalhadores: veto ao aumento de tarifas e às demissões.
Não há, porém, disposição de elevar além dos 49% a cota de participação da Infraero.
A chance de um eventual questionamento judicial prosperar é próxima de zero. Porém…
Porém, se a CUT levar a ameaça adiante, o governo pode enfrentar problemas de calendário.
De acordo com o cronograma levado à mesa no encontro desta quarta, prevê-se para setembro a conclusão dos estudos.
Em outubro, seriam realizadas as audiências públicas. E a concessão dos três aeropostos iria ao martelo em leilões previstos para dezembro.
A abertura de uma contenda judicial pode azedar o desejo de Dilma de entrar em 2012 com as concessionárias em funcionamento.
De resto, vai-se injetar na cena política uma dose de inusitado. Braço sindical do PT, a CUT trataria o projeto de Dilma como tratou as privatizações da Era FHC.
Essa rapaziada (outrora idealista e radical) está atrás de "incentivos". Da mesma forma que a galera da UNE "recebe" para ficar quietinha.