Foto: WILTON JUNIOR/Estadão
O presidente quer que o marqueteiro faça decolar a gestão de Nísia Trindade à frente da Saúde. Estaríamos às vésperas de uma reforma ministerial. Lula pretende mantê-la. Exige, porém, “marcas” para o ministério.
Talvez a reforma ministerial seja só esta mesmo: a chegada do marqueteiro. Hipótese em que o governo iria bem e comunicaria mal. Comunicando bem, as marcas circulariam e se imporiam. Há, no Planalto, quem viva nesse mundo.
No mundo real: o governo, que não tem marcas, quer que a Saúde as tenha. A pasta estaria sob espécie de tutela. Deu neste Estadão: “A Casa Civil fará agora um monitoramento mais efetivo das ações na Saúde e estabelecerá metas, com prazos para resultados.”
A tutela seria produto da compreensão de que haja o que apresentar: “No Planalto, a avaliação é de que o ministério com o terceiro maior orçamento deveria ter mais entregas e mostrar iniciativas de peso da gestão Lula 3″.
Repita-se: “iniciativas de peso da gestão Lula 3.” Acredita-se nisso. O marqueteiro viria para mostrá-las. Para fabricá-las – no mundo real. Começou 2026.
Vem também para cuidar da contraofensiva à chamada crise do Pix. O governo se considera desgastado com os autônomos, especialmente com os pequenos empreendedores. Está preocupado com a popularidade. Quer botar campanha na rua, dedicada a esse público. Que ignora – nada tendo aprendido com o episódio da regulamentação dos trabalhadores de aplicativo de transportes.
A contraofensiva deveria partir do conhecimento sobre as razões do desgaste. Já não é desgaste. A contraofensiva deveria partir do conhecimento sobre seu objeto. As pessoas não acreditam no governo. E o governo acredita em chamar a polícia para pegar aqueles, os opositores, que exploram politicamente essa descrença. Mais uma conta que não fecha.
A propósito de conta que não fecha, Fernando Haddad resumiu o sentimento oficial ante a crise de confiança popular: “Quando você desacredita um instrumento público, você está cometendo um crime”. O cronista lê e traduz o sentimento oficial desta forma: “Quando você desacredita o governo Lula, você está cometendo um crime.”
Os nossos salvadores estão magoados. Em 2025, a salvação da democracia já não serve de marca. Para 26, não bastará pedir voto contra o fascismo. Os nossos salvadores estão indignados. Cobram a nossa gratidão. Desconfiar do governo, duvidar de suas iniciativas de peso, será atacar a democracia; trabalhar pela reabilitação do capeta.
No mundo real, Lula e seu governo não conhecem mais os homens. Já não leem nem falam a linguagem das gentes. Não lhes entendem os anseios. Não conseguem ver – não reconhecem mais – a realidade diante de si. O presidente perdeu o pulso do povo. O marqueteiro vai reencontrá-lo.
Opinião do Estadão
O ‘brand’ dele é baseado na memória emocional das bolhas de consumo havidas em gestões passadas. Bolhas infladas por endividamento. Agora essas bolhas são irreplicáveis.
O SUS vem capengando a muitos anos, pouquissimos avancos institucionais, tentativas fracassadas se avolumam, filas em todas as politicas vigentes, areas completamente abandonadas, caso da atencao a psiquiatria, obstetricia, pediatria, urgencia e emergencia, cirurgia geral, leitos hospitalares, leitos de UTIs, farmacia, nutrição,
fisioterapia, PNI, sobrando incompetentes nas áreas de gestão e investimentos, tentar impor uma marca com essa desorientada, é o mesmo que malhar ferro frio e isso so demonstra o nivel de desorientacao desse governo, um ano e meio o PT vai gastar para se juntar o povo do partido, agora imagine reunir, DISCUTIR, AFINAR, CONVENCER E POR EM PRATICA, KKKKKK É UMA PIADA, o povo sem saude suplementar vai continuar batendo na porta e morrendo, e vai piorar, deixa ver como ficam os precos dos planos de saúde, com essa inflação e o dolar lá em cima muita gente não vai poder pagar, ai o desastre aumenta.
Marcas e pontos fortes: Corrupção ativa e passiva, enganar, mentir, dissimular e roubar, mas com toda honestidade.
marketing para o PT = inventar mentiras, as famosas “Fakes news” que tando acusa a extrema direita ultra mega radical de fazer.
Tá tudo certo no Brasil, não temos corrupção, não temos violência, o problema é só o marketing. É o povo que não entende como a gente é bom. Viva ao amor.
Num vai não, ele num vai não. Kkkkkkkkkk