Política

Debate entre candidatos de SP é marcado por confusão, acusações sobre PCC e invasões

Foto: Reprodução

O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo promovido pela TV Gazeta e pelo portal MyNews neste domingo (1º) foi marcado por confusão, acusações sobre envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e invasões de propriedades.

Participaram do encontro o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB), José Luiz Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB).

No primeiro bloco, Marçal começou preguntando para Boulos sobre o evento em que ele esteve junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que o hino nacional foi cantado em linguagem neutra. Chamando o candidato de “Boules”, também questionou se ele já havia usado drogas.

Boulos, por sua vez, disse que Marçal era “um bandido condenado” e não falou sobre o caso. “Eu não converso com criminoso, e por isso eu não vou falar com você”, citou.

Em sua réplica, Marçal disse que o candidato do PSOL institucionalizou a “rachadinha” no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, no caso de André Janones (Avante-MG). “Ele gosta de me chamar de bandido, gosta de falar que eu sou isso e aquilo, só que ele não responde nenhuma pergunta”, prosseguiu.

Nunes pergunta para Marçal sobre PCC

Em sua vez, Nunes escolheu Marçal, e perguntou sobre sua participação, condenação e prisão por crimes de furto qualificado em Goiás em 2005 e sobre sua ligação com o PCC.

“Como você pensa em lidar com a questão da segurança pública com um histórico tão complicado?”, questionou Nunes, que se referiu a Marçal como “Pablito”.

Datena ataca Nunes e Marçal

O candidato do PSDB, Datena, havia sido questionado por Boulos sobre saúde, mas usou seu tempo para falar de Nunes e Marçal.

“O que mais preocupa é a saúde de São Paulo em outro sentido. É a saúde em termos policiais mesmo, em termos de um sujeito condenado, um bandidinho virtual de internet, como esse Pablo Marçal, que desvirtuou os debates”, disse Datena.

Datena diz que Marçal deveria ficar sem internet

No segundo bloco, durante as perguntas dos jornalistas, Marçal escolheu Datena para comentar sua resposta, se referindo a ele como “fujão”, pelo tucano não ter comparecido ao último debate, da revista Veja, em 19 de agosto.

Em seu comentário, o apresentador chamou o candidato do PRTB de fujão por ele ter “fugido da polícia”. “Você foi bandido, o crime prescreveu, mas você anda de braços dados com o PCC”, declarou.

Apoio de Bolsonaro

O atual prefeito foi questionado sobre o apoio de Bolsonaro a sua candidatura e sobre a dualidade, após o ex-presidente ter convidado tanto ele quanto Marçal para estarem no ato de 7 de Setembro, na Avenida Paulista.

Nunes disse que a contribuição que o ex-chefe do Executivo fez para sua campanha era ter indicado o vice em sua chapa, o coronel Ricardo Mello Araújo (PL).

“O presidente Jair Bolsonaro já disse que nos apoia, como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Com relação à manifestação, é uma manifestação aberta e obviamente todo mundo está livre para poder participar”, explicou.

Com informações de CNN Brasil

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Educação

Aulas nas escolas estaduais do RN começam em 10 de fevereiro

Foto: Magnus Nascimento 

As aulas nas escolas estaduais do Rio Grande do Norte deste ano começam no dia 10 de fevereiro, com 200 dias letivos obrigatórios divididos em quatro bimestres. O calendário escolar para 2025 foi divulgado pela Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e do Lazer do Rio Grande do Norte (Seec) em novembro de 2024 no Diário Oficial do Estado. O cronograma conta, ainda, com jornadas pedagógicas e períodos dedicados à formação de professores, além de apontar os feriados e períodos de recesso.

A secretária de Educação do RN, Socorro Batista, diz que o calendário tem papel estratégico no planejamento das ações educacionais. “Ele leva em consideração as necessidades formativas dos professores e o desenvolvimento integral dos estudantes potiguares, promovendo um ambiente escolar que respeite o cumprimento dos 200 dias letivos obrigatórios”, destacou.

O primeiro bimestre está previsto para ocorrer entre 10 de fevereiro e 25 de abril, seguido pelo segundo, de 28 de abril a 25 de julho. O terceiro bimestre será realizado entre 28 de julho e 2 de outubro, enquanto o quarto e último bimestre acontecerá de 6 de outubro a 18 de dezembro. Ainda em dezembro, o calendário prevê a realização de exames finais entre os dias 19 e 22, com a divulgação dos resultados no dia 23.

O planejamento contempla, ainda, feriados e recessos importantes. O Carnaval será comemorado nos dias 3 e 4 de março, e a Semana Santa, nos dias 17 e 18 de abril. Entre os feriados nacionais, estão Tiradentes (21 de abril), o Dia do Trabalho (1º de maio) e a Proclamação da República (15 de novembro). Também constam os feriados estaduais, como os Mártires de Cunhaú e Uruaçu (3 de outubro).

Os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do Ensino Médio matriculados nos Centros Estaduais de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) também iniciarão as aulas no dia 10 de fevereiro. O primeiro semestre será encerrado em 28 de julho, enquanto o segundo semestre terá início em 1º de agosto e se estenderá até 23 de dezembro. O período de matrículas para o segundo semestre e validação de vagas para a EJA acontecerá entre os dias 23 e 25 de julho.

Tribuna do Norte

 

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Geral

Ponte duplicada da Presidente Dutra transforma mobilidade em Mossoró


Na noite desta quinta-feira (23), o prefeito Allyson Bezerra entregou oficialmente à população de Mossoró a primeira obra de duplicação da Avenida Presidente Dutra, marcando um momento histórico para a cidade. A entrega, feita durante uma live ao lado de moradores e lideranças locais, simboliza a concretização de um sonho aguardado por mais de 40 anos.

A obra, que integra o programa Mossoró Realiza, foi executada em tempo recorde, respeitando rigorosamente o cronograma definido pela gestão municipal e entregue de forma antecipada. Durante o evento, o prefeito destacou o impacto transformador da duplicação para a mobilidade urbana e a qualidade de vida da população.

“Hoje é uma noite especial. Estamos entregando a primeira ponte de uma obra que há décadas era apenas um sonho para os mossoroenses. Essa é uma conquista histórica, fruto de muito trabalho e planejamento, e que vai trazer mais segurança e fluidez para o trânsito da nossa cidade”, afirmou Allyson Bezerra.

Moradores que participaram do evento destacaram a importância da realização para a cidade e agradeceram à gestão municipal por transformar um desejo antigo em realidade.

Com a entrega desta primeira etapa, a gestão do prefeito Allyson Bezerra reafirma seu compromisso em atender às demandas históricas de Mossoró, consolidando avanços significativos no desenvolvimento urbano e social do município.

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Brasil

Cerca de 47 milhões de trabalhadores estão na informalidade ou devendo impostos

Reprodução

Cerca de 47 milhões de trabalhadores estão na informalidade ou devendo impostos, no caso dos microempreendedores individuais (MEI).
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria da Receita Federal.

A mudança no formato de fiscalização do PIX e dos cartões de crédito pela Receita Federal, anunciada no começo deste ano, e depois revogada pelo governo federal diante da repercussão negativa e da divulgação de informações falsas (de que a movimentação financeira seria taxada), gerou tensão entre os empreendedores.

O temor era de que, em posse de informações mais detalhadas sobre sua movimentação financeira, os contribuintes fossem chamados pela Receita Federal para dar explicações, ou para pagar impostos devidos. O chefe do Fisco negou que esse fosse o objetivo do órgão

Veja as informações sobre informais e inadimplentes:

Dados do IBGE apontam que, em novembro do ano passado (última informação disponível), havia 40,3 milhões de trabalhadores na informalidade, o equivalente a 38,7% da população ocupada.

De acordo com a Receita Federal, havia, em setembro de 2024 (último dado divulgado), 16,17 milhões de microempreendedores individuais no país, dos quais 6,78 milhões estavam inadimplentes no pagamento dos impostos ao governo, estados e municípios.

Segundo o economista sênior e gerente de projetos sobre o mercado de trabalho na LCA Consultores, Cosmo de Donato Junior, o número de trabalhadores informais sempre foi alto no Brasil por conta de disparidades regionais grandes. Isso porque as regiões menos desenvolvidas (como o Norte e Nordeste) apresentam oportunidades menores de trabalho com carteira assinada pela falta de qualificação.

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G1

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Educação

Efeitos do clima em escolas brasileiras demandam mudanças urgentes, alerta Unicef

Gustavo Mansur/Palácio Piratini

As enchentes no Rio Grande do Sul, a seca na região amazônica e outros eventos climáticos no Brasil afetaram ao menos 1,1 milhão de estudantes em 2024, segundo dados da Unicef (Fundo das Nações Unidas para Infância).

Ao R7, o especialista em clima e meio ambiente da organização Danilo Moura entende que o Brasil precisa adaptar as estratégias climáticas para garantir o melhor funcionamento e andamento de serviços públicos essenciais, como escolas, em crises ambientais.

“O clima mudou, e as estratégias para garantir segurança e funcionamento de equipamentos essenciais, como escolas, precisam mudar junto. Mesmo que a gente cumpra todos os compromissos internacionais que o Brasil assumiu e que outros países assumiram, a gente tem décadas pela frente, e eventos extremos vão se tornar mais frequentes e intensos. Você precisa ter políticas climáticas que reconheçam esse cenário e que preparem os serviços públicos essenciais para lidar com esse clima alterado”, disse.

O especialista cita que deve haver uma melhora na infraestrutura das escolas, atualização de protocolos e o desenvolvimento de um sistema educacional flexível o suficiente para manter jovens vinculados ao ensino.

No cenário global, ao menos 242 milhões de estudantes, em 85 países, sofreram impactos na vida escolar por eventos climáticos extremos, incluindo ondas de calor, ciclones tropicais, tempestades, inundações e secas. De acordo com o relatório, o Sul da Ásia foi a região mais prejudicada, com 128 milhões de estudantes afetados, enquanto na Ásia Oriental e no Pacífico o número chegou a 50 milhões.

“Globalmente, os sistemas educativos já estavam falhando com milhões de crianças. A falta de professores qualificados, as salas de aula sobrelotadas e as diferenças na qualidade e no acesso à educação têm criado, há muito tempo, uma crise de aprendizagem que os riscos climáticos estão exacerbando”, diz o Unicef.

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R7

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Geral

Após crise do Pix, governo volta a apanhar nas redes

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

Mal a crise do Pix começou a esfriar, o governo Lula (PT) enfrenta nova onda de críticas nas redes sociais – desta vez, por causa da ideia de mudar o formato da data de validade de alimentos. A sugestão nem partiu propriamente do governo, veio do setor de supermercados, mas está sendo explorada pela oposição, que consegue atuar na internet com mais habilidade, alcance e efetividade. Diante das críticas, o governo teve de recuar de uma política que nem chegou a ser anunciada oficialmente.

O governo Lula está buscando formas de combater a inflação dos alimentos, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, deu entrevista dizendo que medidas sugeridas pelo setor de supermercados poderiam ser implementadas ainda no primeiro bimestre do ano.

Rui Costa não detalhou as medidas, mas já era sabido que o setor produtivo tem sugerido a troca nas regras da validade dos alimentos, de uma data-limite definida para a frase “melhor consumir antes de…”, o que já ocorre em países como os Estados Unidos.

A oposição, então, começou a acusar o governo de querer permitir a venda de comida estragada. “A picanha não veio, e se vier, será podre”, provocou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

Diante da nova onda de críticas, o governo se apressou em negar a adoção da medida, que nem chegou a ser anunciada.

Empossado em 14 de janeiro para ajudar o governo a se comunicar melhor, o publicitário Sidônio Palmeira já enfrenta o segundo grande desafio na Secretaria de Comunicação (Secom): o primeiro foi relacionado à fiscalização das transferências via Pix e acabou em recuo e cancelamento de instrução normativa da Receita. Em ambos os casos, o debate foi dominado pelos políticos de direita.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), por exemplo, foi responsável por um vídeo que conquistou mais de 320 milhões de visualizações apenas no Instagram. A publicação tratava da normativa da Receita Federal sobre a ampliação da fiscalização das transferências via Pix.

Com o vídeo de Nikolas, o tema ganhou ainda mais amplitude nas redes sociais, e o governo recuou da normativa, o que foi comemorado por opositores e até pela base governista, que parou de apanhar.

Depois do caso, o presidente Lula definiu que todas as portarias de ministérios deverão ter o aval do Palácio do Planalto, por meio da Casa Civil. “Daqui para frente, nenhum ministro vai poder fazer portaria que depois crie confusão para nós”, disse o petista na última segunda-feira (20/1).

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Metrópoles

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  1. Eu só quero que o Brasil importe dos States a anistia para criminosos e golpistas , validade de alimentos não!

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Brasil

VÍDEO: Governo colhe inflação que ajudou a plantar


A busca do governo de Lula por baixar os preços dos alimentos ganhou ar de emergência, que tem várias causas envolvidas – como fatores de mercado interno e externos, o custo do Brasil e políticas públicas.

No WW desta quinta-feira (23), o âncora da CNN Brasil William Waack analisou os esforços do governo Lula 3 para tentar entender o que aconteceu e como “consertar, ao menos um pouco, a desagradável situação”.

ANÁLISE WW CNN Politica | Brasil

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Geral

Perfil de Bolsonaro em rede social foi invadido e roubado, diz Carlos

Evaristo Sá – 19.jan.25/AFP

A conta de Jair Bolsonaro (PL) no X (ex-Twitter) foi hackeada na noite desta quinta-feira (23), segundo o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente.

O perfil do ex-mandatário na rede exibiu publicações com fotos de Bolsonaro com o presidente americano, Donald Trump, afirmando ter lançado uma criptomoeda brasileira.

Um dos posts dizia que a moeda virtual seria “mais do que apenas um token; é um movimento pela liberdade, prosperidade e união de todos os brasileiros”. Em outro, dizia-se que a criptomoeda seria “a nova moeda oficial do Brazil”, e que representaria orgulho, liberdade e força do povo brasileiro.

Entre as imagens, estavam uma bandeira do Brasil, além de fotos de Bolsonaro e Trump se cumprimentando, e outra, de ambos na Casa Branca, em que o ex-presidente brasileiro entregava uma camisa da seleção ao republicano.

A primeira publicação foi ao ar às 23h08 e ficou quase 40 minutos no ar. Os outros ocorreram por volta das 23h20, e foram posteriormente removidos. Alguns internautas que seguem o ex-presidente já comentavam que a conta tinha sido invadida.

Antes, haviam posts de trecho da entrevista do ex-presidente à CNN, quando ele citou a hipótese de uma candidatura da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro à Presidência, e compartilhamentos de conteúdos de seus filhos, Eduardo e Flávio Bolsonaro.

Carlos Bolsonaro, então, avisou, minutos após os posts envolvendo a criptomoeda, que a conta havia sido “invadida e roubada” e que o processo de “tentativa de recuperação” do perfil já havia sido iniciado.

No último sábado (18), antevéspera da posse nos Estados Unidos, Trump anunciou a criação de uma criptomoeda com seu nome. A chamada “memecoin” atingiu US$ 8,3 bilhões (R$ 50 bilhões) em valor de mercado na segunda-feira.

O visual da memcoin de Trump, por exemplo, é uma foto em que o republicano aparece com o pulso erguido com a palavra “fight” (lute, em português) sobreposta três vezes. A imagem faz referência a momentos após o americano ser alvo de um atentado a tiros na Pensilvânia em julho do ano passado.

Folha de São Paulo

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Brasil

Governo Lula direciona propaganda nas redes para empreendedores e autônomos

Breno Carvalho / Agencia O Globo

O governo federal realiza nas últimas semanas uma ofensiva digital para atingir empreendedores e trabalhadores autônomos com propagandas sobre ações do Executivo. Conquistar esse segmento da população é uma das prioridades de Luiz Inácio Lula da Silva desde o início do terceiro mandato. Com a crise do Pix e a desconfiança de parte da população sobre a gestão, porém, o esforço vem sendo intensificado.

A mobilização ocorre com a chegada do marqueteiro Sidônio Palmeira na comunicação do Palácio do Planalto. Nos últimos sete dias, o governo federal investiu R$ 278 mil com 23 anúncios no Instagram e no Facebook, plataformas da Meta, de acordo com a biblioteca de anúncios da empresa. Parte dessas propagandas é sobre o Programa Acredita, que renegocia dívidas e disponibiliza créditos.

A Meta possibilita que os anunciantes escolham o público que querem atingir, por meio de palavras-chaves e temas que essas pessoas interagem. Na última semana, o governo federal direcionou 17 peças para “trabalhador autônomo” e “freelancer”. Três anúncios também foram impulsionados para os usuários interessados em “pequenas e médias empresas”, “micro-empresária” e “comerciantes”.

Quando são analisados os últimos 30 dias, há 47 anúncios direcionados para o primeiro grupo, e 26 para o segundo. Neste período, foram gastos R$ 1,5 milhão em 63 peças. Quando são considerados os últimos três meses, os números permanecem iguais. Ou seja, o movimento é recente.

Sidônio Palmeira tomou posse no dia 14 na Secretaria da Comunicação Social (Secom), mas já vinha dando orientações para a estratégia de comunicação do governo. No dia 15, o Executivo recuou e revogou a norma da Receita Federal sobre monitoramento das movimentações financeiras, após a repercussão negativa e uma onda de notícias falsas, como a de que haveria cobrança de imposto nas transações com o Pix.

Os anúncios impulsionados dizem, por exemplo, que “o sonho de empreender se tornou realidade” e que “acreditar é o primeiro passo para realizar o sonho de empreender”, enquanto divulgam medidas do governo federal.

Entre as peças patrocinadas, também há conteúdos sobre o ProUni, sobre a geração de empregos e sobre obras realizada pelo governo.

Em paralelo, o PT também tenta reduzir os danos da repercussão negativa da medida da Receita. O partido gastou R$ 10 mil para impulsionar um vídeo em que sua presidente, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), defende a revogação da noma, afirmando que as notificas falsas estavam prejudicando a economia, e divulga a medida provisória (MP) editada pelo governo após o episódio, que proíbe taxar ou cobrar valor adicional em pagamentos via Pix.

Desde o início do mandato de Lula, o governo enfrenta dificuldades em dialogar com os trabalhadores informais e autônomos. O desafio foi reconhecido por Lula na segunda-feira, durante a primeira reunião ministerial do ano, quando o presidente afirmou que é preciso “aprender a trabalhar” com essas novas características do mercado de trabalho.

— É importante que a gente compreenda que o povo com que estamos trabalhando hoje não é o povo dos anos 1980, não é povo que queria apenas ter emprego numa fábrica com carteira assinada, é um povo que está virando empreendedor e gosta de ser empreendedor. E nós precisamos aprender a trabalhar com essa nova característica e formação do povo brasileiro — afirmou Lula.

Um dos principais desafios é em relação aos trabalhadores por aplicativo. Em março do ano passado, o Executivo enviou ao Congresso um projeto de lei regulamentando esse tipo de serviço. O texto, contudo, desagradou a categoria e não andou no Legislativo. Além disso, o projeto não incluiu entregadores, por falta de acordo com as empresas.

Uma pesquisa do Ipec divulgada em dezembro mostra que o grupo de pessoas que recebe entre dois e cinco salários mínimos é um dos que mais avaliam negativamente o governo, ficando atrás apenas dos que ganham mais de cinco salários mínimos — a atuação do governo é ruim ou péssima para 40% e 44% dos integrantes desses grupos, respectivamente.

Entre quem ganha um e dois salários mínimos, essa reprovação é de 30% e, entre quem recebe até um, de 25%. No total da população, o número fica em 24%.

O Globo

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Brasil

Sob relatoria de Moraes, ação que trata da morte de Rubens Paiva está no STF

Foto: Divulgação/ Memórias da Ditadura

Está nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF) analisar se a ação contra os acusados pelo assassinato do ex-deputado Rubens Paiva, morto em 1971, deve prosseguir. A decisão se dará no âmbito do recurso extraordinário que trata da aplicação da Lei da Anistia. Três dos militares acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) já morreram, restando vivo apenas José Antônio Nogueira Belham e Jacy Ochsendorf e Souza.

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou, em maio de 2014, denúncia contra cinco ex-militares, são eles José Antônio Nogueira Belham, Rubens Paim Sampaio, Jurandyr Ochsendorf e Souza, Jacy Ochsendorf e Souza e Raymundo Ronaldo Campos envolvidos nos crimes cometidos contra Rubens Paiva.

Após a denúncia ter sido aceita, a defesa dos militares moveu uma reclamação no STF com os argumentos de que a acusação poderia contrariar a Lei da Anistia. Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes pediu um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o julgamento dos cinco militares.

Em 21 de novembro, a PGR apontou que seria mais adequado aguardar a decisão do STF no âmbito do recurso extraordinário que trata da aplicação da Lei da Anistia. Em 9 de janeiro, Moraes julgou prejudicada a reclamação da defesa dos militares ante a “perda superveniente do objeto”.

Isso significa que a reclamação foi encerrada e não possui mais objeto ou interesse visto que é necessário aguardar a análise sobre a aplicação da Lei da Anistia pelo STF. Assim, Moraes aguarda manifestação da PGR no âmbito da ARE 1316562.

Denúncia

Em 2014, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou cinco militares pelo homicídio e ocultação do cadáver de Rubens Paiva, político cassado pela ditadura militar, que foi morto em janeiro de 1971. No entanto, desde então, o processo não avançou e nem houve desfecho. Um dos acusados é o general José Antônio Nogueira Belham.

Na época do crime, o militar era comandante do Destacamento de Operações e Informações (DOI) do 1º Exército, na zona norte do Rio, onde Rubens Paiva teria morrido. Ele foi levado para unidades militares após ser preso, em casa, no Leblon, zona sul do Rio, por seis agentes do Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica (Cisa).

Após a denúncia ter sido aceita, a defesa dos militares moveu uma reclamação ao STF. Em setembro de 2014, o ministro Teori Zavascki concedeu liminar ao pedido e suspendeu o curso da ação penal. Com a morte de Zavascki, a ação passou a ser analisada por Alexandre de Moraes.

Rubens Paiva

O ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva tem sua história contada no filme Ainda Estou Aqui, longa-metragem de Walter Salles inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho do político. Ele nunca mais foi visto após ser levado para prestar depoimento em 1971, período da ditadura militar.

A carreira política de Paiva teve início em 1962, quando foi eleito deputado federal por São Paulo pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Durante a ditadura, Paiva se tornou um símbolo de resistência contra o regime antidemocrático e chegou a confrontar publicamente o então governador paulista, Ademar de Barros, que apoiava o golpe.

Paiva também integrou a CPI destinada a investigar as atividades do IPES-IBAD, instituições acusadas de financiar palestras e artigos que alertavam para a chamada “ameaça vermelha” no Brasil. Essa atuação lhe custou o mandato, que foi cassado em abril de 1964.

Em 20 de janeiro de 1971, seis homens invadiram a casa de Rubens no Rio de Janeiro fortemente armados e levaram o político para prestar depoimento. Eunice, esposa de Paiva, e Eliana, filha do casal, foram presas no dia seguinte.

Rubens foi torturado e morto no Destacamento de Operações Internas (DOI), no quartel da Polícia do Exército. Segundo Amílcar Lobo, médico do DOI, Paiva morreu devido aos ferimentos sofridos em sessões de tortura. Na época, os órgãos oficiais alegaram que Paiva havia fugido durante transferência de prisão e nunca mais fora encontrado.

Fonte: Metrópoles

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Brasil

Haddad diz que Pé-de-Meia não vai ter descontinuidade

Foto: Agência Brasil

O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, disse nesta quinta-feira (23/1) que não haverá descontinuidade do programa Pé-de-Meia, apesar de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter bloqueado os recursos após considerar que eles não estavam previstos no Orçamento Geral da União.

Questionado sobre o que o governo pode fazer para garantir que sejam pagos os benefícios de fevereiro, Haddad respondeu que conversou nesta quinta com ministros e que todo o encaminhamento dado foi para colocar o Pé-de-Meia dentro do Orçamento federal.

“Eu mesmo conversei hoje com ministros ali e todo encaminhamento que nós demos nas medidas do ano passado foi para orçar o Pé-de-Meia na fórmula que nós entendemos adequada e que é a mesma que o TCU considera a mais adequada.

Então, está pacificada essa situação em relação a como deve ser procedido do ponto de vista da orçamentação do programa. Então, agora é só uma negociação de transição, mas as medidas aprovadas o ano passado já abriam caminho para essa solução”, disse o ministro.

Ele ainda afirmou que o governo encaminhou no ano passado algumas medidas para o Congresso Nacional mexendo com o orçamento da educação para abrir espaço para facilitar a execução do programa de transferência de renda, que tem o objetivo de combater a evasão escolar.

“Não vai haver descontinuidade. Isso eu posso garantir”, disse Haddad. A AGU admite a possibilidade de parar o pagamento do Pé-de-Meia já nesse mês, ao que Haddad rebateu: “O que eu penso é que nós vamos encontrar uma saída para fazer o pagamento”.

Perguntado se a solução vai sair na semana que vem, ele disse: “Eu acredito que sim, mas eu não voto no Tribunal de Contas. O encaminhamento que está sendo dado é para não haver interrupção do programa”.

Fonte: Metrópoles

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