Jornalismo

Decisão do PT de apoiar pré-candidatura de Larissa Rosado racha partido em Mossoró

A decisão da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores de definir o apoio da legenda à pré-candidatura da deputada Larissa Rosado (PSB), em Mossoró, foi recebida com frustração por uns e com naturalidade por outros da cúpula potiguar. O pré-candidato petista à Prefeitura de Natal, deputado Fernando Mineiro, um defensor da candidatura do reitor da Universidade Federal do Semi-Árido (Ufersa), Josivan Barbosa (PT), considerou a resolução “equivocada”. “Não há alternativa. É uma decisão que considero equivocada porque acho importante criar uma alternativa para os eleitores da cidade. Mas como não foi possível, paciência”, lamentou o parlamentar. A recepção com “naturalidade” ficou por conta da deputada federal Fátima Bezerra, considerada uma articuladora de peso em favor de Larissa. “A hora agora é de muita serenidade, de procurar construir uma unidade dentro do partido e cumprir a orientação do PT nacional”, limitou-se a dizer a petista.

Na última quinta-feira (24), a Comissão Executiva do PT oficializou, durante reunião em São Paulo, a determinação para que o partido apoie Larissa Rosado à Prefeitura. Como o diretório municipal tem confrontado as recomendações para ceder espaço ao PSB na cidade no intuito de ganhar o aliado em São Paulo – com a candidatura de Fernando Haddad – o diretório nacional já avisou que fará uma intervenção, em caso de insistência com a candidatura própria à sucessão da prefeita Fafá Rosado (DEM).

O diretório do PT de Mossoró havia decidido pela candidatura própria no dia 18 de março, durante prévia da legenda, quando a maior parte dos filiados decidiu pelo lançamento da candidatura de Josivan Barbosa. A decisão foi um claro aceno ao diretório nacional de que pretendia resistir a intervenções no município. O impasse gerado no PT de Mossoró foi provocado porque o PSB exigia o apoio do PT em Mossoró (RN), Duque de  Caxias (RJ) e Recife (PE), para garantir a reciprocidade em São Paulo, onde os petistas disputam a Prefeitura com a candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad.

Com isso, caciques do PT, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estariam trabalhando para que a legenda apoie nomes do PSB nestas três cidades. A  Executiva do partido deu a palavra final na quinta-feira, quando os dirigentes aprovaram uma resolução na qual afirmaram que vão “propor o apoio do PT à candidatura do PSB na cidade de Mossoró/RN”. Além disso, destacaram que a legenda vai apresentar um candidato a vice-prefeito para compor a chapa majoritária. Josivan rechaça essa possibilidade e anunciou que se retira da campanha eleitoral em Mossoró. De qualquer maneira, haverá também uma articulação para que petistas e pessebistas estejam coligados na disputa por vagas na Câmara Municipal.

Josivan não admite Larissa Rosado

O reitor da Ufersa, Josivan Barbosa de Menezes, que tinha sido escolhido para disputar a prefeitura pelo PT, descartou qualquer possibilidade de estar junto ao PSB na campanha eleitoral deste ano. Para ele, não existe como ele apoiar a pré-candidatura da deputada Larissa Rosado. Josivan afirmou ainda que não tem interesse em participar da elaboração do plano de governo da pessebista e descartou projeto de sair candidato à Câmara Municipal. “Politicamente, não me interessa participar da campanha.”

“Descarto a possibilidade da candidatura a vereador. Vou trabalhar muito na implantação do curso de Medicina na Ufersa e fortalecer o PT no Médio e Alto Oeste”, disse Josivan Barbosa, acrescentando que terá uma reunião com os diretórios do PT local e estadual, na qual se discutirá o redirecionamento da legenda no Oeste, Médio Oeste e Alto Oeste. “Esse é o projeto. Não guardo mágoas nem rancores”, afirmou. Diante do novo cenário político imposto ao PT de Mossoró, o ex-pré-candidato Josivan Barbosa de Menezes afirmou que o seu objetivo se volta ao fortalecimento do partido na região, bem como contribuir com a chapa de vereadores em Mossoró.

Barbosa, que iria renunciar ao cargo de reitor da Ufersa, disse que não faz sentido abrir mão dos últimos dois meses de mandato na Reitoria. “Não tem sentido renunciar ao mandato. Vou concluir.”

Com relação a projetos políticos, disse: “o sonho não acabou. Caminhamos nos primeiros passos para uma gestão municipal diferente e pela qual podemos apenas adiar esse projeto”, concluiu.

Diretório quer apoio dos filiados

Pela manhã, às 11h, o presidente local do PT, Rômulo Arnaud, concedeu entrevista à imprensa e disse que o diretório municipal do partido decidirá hoje o dia em que anunciará oficialmente apoio à pré-candidatura de Larissa Rosado. Sobre a participação do PT na chapa majoritária, Arnaud comentou que a legenda não tem um nome definido pelo fato de ter caminhado, até a noite da quinta-feira passada, com o projeto da candidatura própria. Contudo, frisou que, a partir do momento em que a executiva nacional deliberou pela aliança com o PSB e que o PT indicaria o candidato a vice-prefeito, esse nome será escolhido em reuniões futuras.

Rômulo disse também que o apoio do PT ao PSB não está condicionado à indicação do candidato a vice-prefeito. “Não se condiciona, mas é claro que, pela importância do PT, acho que seria interessante. Obviamente que vamos dialogar, mas é óbvio que teremos a participação mais sólida na chapa com o PT indicando o vice”, comentou, acrescentando que o tempo de rádio e TV que os petistas acrescentam ao PSB “será considerado pelos que estão à frente da pré-candidata Larissa.”

O presidente local do PT disse ainda que espera que os petistas que defendiam candidatura própria passem a apoiar a deliberação anunciada pela executiva nacional. Ele comentou frase feita pelo jornalista Crispiniano Neto, que afirmou que os petistas que apoiarem aliança com o PSB seriam considerados traidores.

“Não sei quem está traindo quem, mas espero que respeitem as deliberações”, disse. Para ele, a executiva nacional tem metas traçadas para fortalecer a base. E disse que não há nenhuma garantia de que o partido apoiará futuras candidaturas em Mossoró. “Cada eleição é particular.” Rômulo Arnaud disse ainda que, como Josivan Barbosa tem afirmado que não será candidato a vice-prefeito, ele não vê impedimento para que o reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) pleiteie vaga na Câmara Municipal.

PSB não assegura vaga de vice para petistas

O apoio do PT à pré-candidatura da deputada estadual Larissa Rosado ao Palácio da Resistência não garante aos petistas a indicação do candidato a vice-prefeito. A deputada federal Sandra Rosado, que coordena a pré-campanha pessebista, afirmou que Larissa tem dito que a questão do companheiro de chapa será discutida por todos os partidos que formam a aliança oposicionista em Mossoró. Segundo a deputada federal, é natural que o PT mossoroense reivindique participação na chapa majoritária e o fortalecimento da chapa proporcional.

Para Sandra Rosado, a questão envolvendo o tempo de rádio e TV que o PT proporcionará ao PSB – apesar de ter sido apontado como ponto forte para os petistas indicarem o vice de Larissa Rosado – não pode ser vista sob a ótica de pressão. Disse que a aliança PSB/PT não se baseou em tempo de propaganda eleitoral. “A nossa aliança se baseia nos nossos ideais”, afirmou, acrescentando que a discussão relacionada ao companheiro de chapa do PSB não será travada sob esse aspecto. Com relação à posição anunciada pela executiva nacional do PT, Sandra Rosado analisa que a decisão corresponde à aliança que existe entre os dois partidos no âmbito nacional. “Foi uma atitude pela parceria, pelo apoio à campanha na construção e consolidação do desenvolvimento do Brasil”, disse.

Com o apoio do PT ao PSB, Sandra Rosado conseguiu concluir o projeto inicial da pré-campanha de Larissa Rosado à Prefeitura de Mossoró: unir os partidos de oposição em um só lado. Ela disse que chegou a ser mal interpretada, embora tenha manifestado claramente esse desejo. “Não fui ao embate, pois queria o debate para fortalecer a luta”, afirmou.

Ainda segundo a deputada federal, outros partidos que fazem oposição ao governo local ainda podem entrar na aliança. Ela não citou quais as legendas. Disse que, embora não possuam representação no Congresso Nacional, esses partidos são importantes. “Respeitamos os grandes e os pequenos partidos, pois representam uma fatia da sociedade.”

Sobre os petistas que apoiaram a pré-candidatura de Josivan Barbosa à Prefeitura de Mossoró afirmarem que vão trabalhar pelo “voto camarão” – no qual se deixa de votar no candidato a prefeito – Sandra Rosado disse: “Mossoró vive outro momento. Por que vamos negar apoio à uma candidata que tem aprovação da presidente do Brasil?”.

Fonte: Tribuna do Norte

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Cidades

Semana Santa: RN decreta ponto facultativo para próximo dia 17 de abril

Foto: Sandro Menezes

O Governo do Rio Grande do Norte publicou nesta quarta-feira (9) o Decreto nº 34.474, que estabelece ponto facultativo para o próximo dia 17 de abril, que antecede a Sexta-feira Santa (18). A medida é válida para os órgãos e entidades da administração pública direta, autárquica e fundacional do Estado. As informações foram divulgadas no Diário Oficial do Estado (DOE).

O decreto assegura que os serviços considerados essenciais serão mantidos, tendo em vista que estes não podem ser paralisados ou interrompidos. Além disso, a norma estabelece que cabe aos entes da administração pública aderir ou não ao ponto facultativo.

Neste ano, a semana santa tem início na próxima segunda-feira (13) e se estende até o domingo (20) que celebra a páscoa. O período é uma tradição religiosa cristã que celebra a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.

Tribuna do Norte

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Política

Exoneração de Juscelino é oficializada no DOU; substituto não foi nomeado

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, foi exonerado do cargo nesta quarta-feira (9). A saída da Esplanada dos Ministérios foi oficializada em publicação no Diário Oficial da União (DOU).

CNN

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Geral

PF analisará abertura de investigação por ameaça de deputado a Lula

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, disse à CNN que a força policial analisará a possibilidade de abertura de uma investigação sobre a ameaça de morte, por parte de um parlamentar, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou, nesta terça-feira (8), uma Notícia de Fato (NF) à PF e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar as falas do deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES).

Segundo a AGU, as falas podem configurar os crimes de incitação ao crime (art. 286 do Código Penal) e ameaça (art. 147 do Código Penal).

“Nossa corregedoria analisará tecnicamente a representação, como uma notícia de crime”, disse Andrei Rodrigues à CNN.

Durante sessão da Comissão de Segurança Pública (CSP) da Câmara, o parlamentar disse: “Quero mais é que ele [Lula] morra mesmo e que [os seguranças presidenciais] andem desarmados.”

A declaração foi feita em meio à sessão que aprovou um projeto de lei que proíbe o uso de armas de fogo por seguranças pessoais do presidente Lula e de ministros.

A medida foi apresentada em agosto de 2023 pelos deputados Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), atual presidente da comissão, e Delegado Caveira (PL-PA). Gilvan é o relator do texto.

A proposta que impede o uso de armas pelos seguranças presidenciais foi aprovada por 15 votos favoráveis e oito contrários, além de uma abstenção, o projeto ainda deve ser analisado por outras duas comissões da Casa Legislativa.

CNN

Opinião dos leitores

  1. assim como a maioria dos Bolsonaristas quando falam merda, vai já pedir desculpas, falar q foi no calor da emoção ou q a frase foi retirada fora do contexto, ou seja, vai cagar fino e dizer que está arrependido, vcs vão ver se não vais ser desse jeito, são uns arregão.

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Geral

Comitiva de Lula na Ásia teve 84 pessoas e custou mais de R$ 800 mil

Foto: Ricardo Stuckert/PR

A comitiva de pessoas que viajou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Japão e ao Vietnã custou R$ 826.774,92 aos cofres públicos somente em diárias. Os valores não incluem os gastos com passagens aéreas das 84 pessoas. Dentre elas estão ministros, empresários e congressistas que acompanharam o petista na visita de Estado realizada de 24 a 30 de março.

Em sua ida à Ásia, o petista esteve acompanhado de personalidades importantes da política, como os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Também estiveram na viagem os líderes partidários aliados e líderes sindicalistas da base de apoio do presidente.

Arte: Poder 360

Deputados, senadores, ministros, sindicalistas e integrantes do governo foram à Ásia com o petista. O saldo: melhora na relação com o Congresso e promessas japonesas para a compra de produtos brasileiros

A Secom (Secretaria de Comunicação) foi o ministério que mais enviou representantes ao Japão e ao Vietnã, com 11 cadastros registrados no DOU (Diário Oficial da União). Em relação aos valores em diárias, a EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) desponta, com cerca de R$ 130 mil distribuídos entre diretores, coordenadores e cinegrafistas.

O levantamento do Poder360 foi realizado com base nos dados de funcionários públicos disponibilizados no Portal da Transparência e sobre os nomes publicados diariamente no DOU. Os números ainda são preliminares em virtude do andamento progressivo das publicações dos valores no site do governo, portanto, o montante final deve ser superior.

Ainda há ao menos 29 nomes sem dados de diárias publicados. O sistema que contabiliza os custos das viagens está atualizado até 9 de março, mas a comitiva começou a chegar ao Japão no dia 16, uma semana antes de Lula.

Boa parte da comitiva utilizou voos comerciais no trajeto que partiu de Brasília, passou por conexões em outros continentes, e pousou no Japão.

O governo Lula gastou R$ 2,15 bilhões em 2024 com diárias –crescimento de 9% ante 2023. É o maior valor desde 2014, no governo Dilma Rousseff (PT).

O petista já passou 96 dias no exterior desde que voltou ao Planalto em 2023. Naquele ano, foram 8 em duas viagens: Uruguai e Ásia.

Nesta 4ª feira (9.abr), Lula está em Honduras para a cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). Passará 1 dia no país centro-americano.

Poder 360

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Geral

PEC da Segurança: de olho no resgate da popularidade de Lula, governo teme que oposição altere texto e domine narrativa

Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

Pressionado para apresentar entregas concretas na segurança pública, uma das áreas que têm puxado a queda de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em pesquisas recentes, o governo alinhou ontem o envio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) à Câmara que, entre outros pontos, reforça o papel federal no combate ao crime organizado. A minuta da PEC foi levada pelo ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, a líderes partidários e ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que sinalizou “total prioridade” ao texto.

O governo busca azeitar ao máximo o apoio à PEC antes de protocolar o texto, devido a receios na base do PT de que a oposição domine a narrativa sobre o assunto. Nos últimos meses, Lewandowski cedeu em alguns pontos do projeto para aplacar resistências, especialmente de governadores, que alegaram risco de a União invadir competências que hoje são das polícias Civil e Militar, sob alçada estadual. Mesmo assim, a bancada bolsonarista se articula para, por meio da PEC, rebatizar as guardas municipais como “Polícia Municipal”, proposta com apelo na direita e que não consta na versão do governo.

Nesta terça-feira, Motta afirmou que há uma “convergência” para discutir a PEC na Câmara. O texto será protocolado na semana que vem, seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois para uma comissão especial.

“Todos concordaram com a urgência para a Câmara dar uma resposta na segurança. Precisamos ser enérgicos”, afirmou Motta.

A PEC explicita que a Polícia Federal (PF) poderá investigar “milícias privadas” e estabelece uma “Polícia Viária Federal”, no lugar da atual Polícia Rodoviária Federal (PRF), atuando em vias e na “proteção de bens, serviços e instalações” federais. Outra mudança é a inclusão das guardas municipais no artigo da Constituição que lista os órgãos de segurança pública.

Membro da Comissão de Segurança do Senado, Fabiano Contarato (PT-ES) reconheceu que “existe um risco” de que a oposição tente, a reboque da PEC, avançar em outros projetos de lei mais punitivistas. Ele avalia, porém, que o governo acerta em tomar as rédeas do assunto.

“Se a gente não entra, eles (oposição) vão pautar da pior maneira. A PEC é uma resposta para esclarecer as competências de cada ente e dar mecanismos para o governo federal diante da inação e das falhas dos estados”, disse o senador.

Presidente da Comissão de Segurança da Câmara, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) afirmou, por sua vez, que a oposição tentará esvaziar a PEC de “tudo que apontar para concentração de poder na União” e usá-la para criar a figura da “Polícia Municipal”.

— Todos os órgãos de segurança na Constituição se chamam “polícia”. Queremos aplicar o mesmo para as Guardas Municipais — afirmou.

O peso da segurança no humor do eleitorado veio à tona em pesquisa Genial/Quaest, divulgada em março, que apontou a “violência” como o tema mais citado entre as preocupações dos brasileiros, com 29%. Também em março, pesquisa Ipsos-Ipec mostrou um salto da avaliação negativa nesta área. No recorte das maiores cidades do país, 62% classificaram o governo Lula como “ruim” ou “péssimo” na segurança, dez pontos a mais do que em dezembro.

“Nosso campo político está sendo engolido nesse tema da segurança. Precisamos nos posicionar, fugindo de mais do mesmo e de propostas simplistas, e a PEC cumpre esse papel”, afirmou o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).

O Globo

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Geral

Projeto que limita supersalários analisado no Senado aumenta gastos em R$ 3,4 bi, em vez de reduzir

Foto: Wilton Junior/Estadão

Um manifesto assinado por 10 entidades divulgado nesta quarta-feira, 9, aponta que o projeto de lei que busca limitar os supersalários deve aumentar os gastos com as remunerações acima do teto em R$ 3,4 bilhões, em vez de reduzir. O número considera somente quatro das 32 exceções ao teto previstos pela proposta. Deste número, 14 estão classificadas incorretamente no texto como indenizatórias segundo as instituições.

A cifra de R$ 3,4 bilhões considera o pagamento em dobro do adicional de um terço de férias, a gratificação por exercício cumulativo de ofícios, o auxílio-alimentação e o ressarcimento de despesas com plano de saúde.

Os números fazem parte de uma pesquisa divulgada em dezembro do ano passado pelo Movimento Pessoas à Frente e elaborada pelo economista Bruno Carrazza. O levantamento também mostrou que os supersalários custaram R$ 11,1 bilhões aos cofres públicos em 2023.

O teto constitucional do funcionalismo público é de R$ 46,3 mil, equivalente à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A partir de verbas indenizatórias como auxílios e gratificações (que não entram no abate-teto), as remunerações dos servidores podem ultrapassar a barreira.

No posicionamento das entidades, é destacado que os R$ 11,1 bilhões poderiam ser utilizados para “fortalecer a infraestrutura de atendimento à população em diversos setores prioritários”.

“A título de comparação, ele corresponde à construção de 4.582 Unidades Básicas de Saúde, o atendimento anual de 1,36 milhão de famílias no Programa Bolsa Família e de 3,9 milhões de alunos do ensino médio no Programa Pé-de-Meia”, destacam.

O posicionamento foi assinado pelas seguintes instituições: Movimento Pessoas à Frente Fundação Tide Setubal, Transparência Brasil, Plataforma Justa, Instituto Democracia e Sustentabilidade, Movimento Brasil Competitivo, Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades, Associação Livres, Centro de Liderança Pública e República.org.

Ao Estadão, a diretora-executiva do Movimento Pessoas à Frente, Jessika Moreira, afirmou que uma das consequências do pagamento bilionário para remunerações acima do teto constitucional é o enfraquecimento da democracia. Para Jessika, os supersalários ajudam a minar a credibilidade do setor público.

“O recurso que sai para pagamento desses auxílios sai do mesmo cofre do pagamento das principais políticas públicas. Além disso, isso contamina a credibilidade das instituições e do setor público por parte da população”, afirmou Jessika Moreira

Na manifestação, as dez entidades consideraram que o projeto de lei além de perpetuar, deve ampliar privilégios e desigualdades. “Se aprovada, legitima o pagamento de benefícios remuneratórios a título de indenização, cuja consequência imediata é ser livre de incidência de Imposto de Renda, além de banalizar as exceções ao teto constitucional”, afirma o posicionamento.

As entidades também exigem que o projeto de lei classifique adequadamente as verbas remuneratórias, indenizatórias e outras vantagens eventualmente recebidas. No caso das indenizatórias, as instituições defendem que sejam seguidos três critérios:

  • Ter natureza reparatória, ressarcindo o servidor de despesas incorridas no exercício da função pública;
  • Ter caráter eventual e transitório, não sendo incorporadas em bases mensais, devendo possuir um horizonte temporal limitado, e requerendo uma análise caso a caso;
  • Ser expressamente criadas em lei, não podendo ser instituídas por ato administrativo.

O projeto criticado pelas entidades é o n°2721/2021, e está atualmente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Como mostrou o Estadão, a proposta, que busca combater os supersalários, contém 14 regras que abrem brechas para manter esses rendimentos.

Essas 14 exceções ao teto, segundo outro estudo do Movimento Pessoas à Frente, são verbas remuneratórias, e não indenizatórias. “Se mantidas como estão no texto original, elas podem, além de manter os supersalários, criar um efeito em cascata, já que abre espaço para que servidores do Executivo que ganham menos do que o estabelecido peçam equiparação, o que pode provocar um rombo de R$ 26,7 bilhões nas contas públicas”, diz um trecho da pesquisa.

A proposta veio do Senado e foi aprovado pela Câmara em junho de 2021 com a lista de 32 exceções ao teto que desidratou o projeto que, inicialmente, buscava fazer uma maior restrição às verbas que não são abatidas pelo teto constitucional. Por conta das mudanças, o texto teve que voltar à Casa Alta.

Estadão

Opinião dos leitores

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Mundo

China promete contramedidas após tarifas de 104% de Trump entrarem em vigor

Foto: REUTERS/Tingshu Wang

A China prometeu tomar “medidas resolutas e eficazes” para defender seus direitos e interesses após a entrada em vigor, nesta quarta-feira (9), das tarifas de 104% impostas por Donald Trump sobre as importações chinesas.

“Os Estados Unidos continuam impondo tarifas arbitrárias à China e exercendo pressão extrema implacavelmente. A China se opõe firmemente e jamais aceitará tal comportamento dominador e intimidador”, afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

“Se os EUA desconsiderarem os interesses de ambos os países e da comunidade internacional e insistirem em travar uma guerra tarifária e comercial, a China lutará até o fim”, afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

As tarifas americanas sobre as importações chinesas deveriam aumentar 34% na quarta-feira, como parte do pacote de tarifas “recíprocas” de Trump.

O presidente americano acrescentou mais 50% depois que Pequim não recuou em sua promessa de impor tarifas retaliatórias de 34% sobre produtos americanos até o meio-dia de terça-feira (8).

Antes da última rodada de escalada, Trump já havia imposto impostos de 20% à China desde seu retorno à Casa Branca.

“O direito legítimo do povo chinês ao desenvolvimento não pode ser privado, e a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China não podem ser violados”, disse Lin.

Pequim não anunciou medidas retaliatórias imediatas contra a última rodada de impostos de Trump. Mas, até o momento, a mensagem do governo chinês, da mídia estatal e dos formadores de opinião tem sido de desafio – e determinação para contra-atacar.

CNN

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Geral

Hospitais interrompem atendimentos de plano de saúde dos Correios por falta de pagamento

Foto: Reprodução/Facebook

Os Correios deixaram de repassar recursos para a Postal Saúde, operadora de planos de saúde dos funcionários da estatal, desde novembro de 2024. Segundo o site da revista Veja, o rombo já alcança R$ 400 milhões.

Diante da crise, hospitais da Rede D’Or, Unimed, Dasa, grupo Kora e Beneficência Portuguesa suspenderam os atendimentos aos beneficiários do plano. A Postal Saúde tem cerca de 200 mil usuários, entre funcionários da empresa e seus dependentes, com uma rede credenciada de 13 mil prestadores em todo o país.

A operadora depende dos repasses da estatal para manter os contratos. Antes da suspensão, os Correios destinavam em média R$ 170 milhões por mês à Postal Saúde, o que representava cerca de R$ 2 bilhões por ano.

Crise dos Correios pode levar à intervenção da ANS

Ainda de acordo com a Veja, caso a Postal Saúde continue sem receber repasses até a próxima quinta-feira, 10, o rombo pode chegar a R$ 600 milhões.

Na direção da operadora, há preocupação com uma possível intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A agência é acionada sempre que há descredenciamento unilateral por parte de prestadores, que precisam justificar a medida.

Nos primeiros meses de atraso, executivos da Postal Saúde conseguiram negociar a manutenção dos atendimentos com grandes redes. A situação, porém, se tornou insustentável até mesmo para os principais grupos do setor.

Revista Oeste

Opinião dos leitores

  1. Como é que a gente diz nessas horas? Faz o L. Sem plano de saúde e com o Postalis arrombado.

  2. É o retrato das administrações petistas (corrupção, roubalheira, falência, destruição etc..)
    O PT sempre foi assim aonde passou, foram 15 anos de atraso com esse gente, pela nossas riquezas naturais e povo empreendedor, com certeza o Brasil estaria em um patamar muito melhor na economia mundial

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Geral

Com apoio de PL, de Bolsonaro, Câmara aprova urgência para novos cargos no STF

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou na 3ª feira (8.abr.2025) o requerimento de urgência para o Projeto de Lei nº 769/2024. A proposta é de autoria do Supremo Tribunal Federal e tem como objetivo abrir 160 cargos comissionados na Corte.

Foram 262 votos a favor, 105 contra e uma abstenção (consulte aqui o placar). Para o requerimento ser aprovado, era necessário o apoio de 257 deputados (maioria simples dos 513). Apesar de a Oposição ter orientado pelo voto “não”, 9 congressistas do PL votaram “sim”. Ou seja, sem eles, teriam sido apenas 253 votos e a pauta não teria avançado. O PL é o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, crítico aos ministros do STF.

Votaram a favor da urgência os seguintes deputados do PL:

  • Adilson Barroso (PL-SP);
  • Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP);
  • Luiz Carlos Motta (PL-SP);
  • Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG);
  • Pastor Eurico (PL-PE);
  • Robinson Faria (PL-RN);
  • Rosângela Reis (PL-MG);
  • Soraya Santos (PL-RJ);
  • Wellington Roberto (PL-PB).

No total, 49 deputados do Partido Liberal votaram contra.

Segundo o projeto, o custo com as 160 funções que seriam criadas caso o texto seja aprovado é de R$ 7,78 milhões em 2025 e de R$ 7,80 milhões em 2026, considerando o pagamento do 13º salário e das férias.

Foto: Reprodução

Na justificativa do projeto, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, diz que o “esforço contínuo do Tribunal para diminuição do acervo exige maior qualificação dos servidores para lidar com casos mais diversos e complexos”.

Barroso afirma ser “necessário aumentar o valor das funções comissionadas que estão localizadas nos gabinetes, estimulando a retenção de profissionais mais qualificados para o auxílio dos ministros”.

O projeto pode agora ser votado direto no plenário, sem passar por comissões.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Esses já estão dando o sinal que são os novos traidores do partido, deveriam todos serem expulsos.
    Atenção eleitores fiquem de olho nesses nomes nas próximas eleições

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Geral

Moraes diz que Bolsonaro pode ser absolvido, mas seguirá inelegível

Foto: Antonio Augusto/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que não acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai reverter o quadro de inexigibilidade e voltar ao poder. Moraes teve seu perfil escrito e publicado pelo jornalista norte-americano Jon Lee Anderson na última edição da revista The New Yorker, na última segunda-feira (7/4).

Moraes foi questionado se havia um cenário em que Bolsonaro poderia retomar o poder. “É possível que Bolsonaro seja absolvido no processo criminal, porque o julgamento está apenas começando. Mas ele tem duas condenações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) [que resultaram em] inelegibilidade. Então, não há possibilidade de seu retorno — porque ambos os casos já foram apelados e agora estão no Supremo Tribunal Federal. Somente o Supremo Tribunal Federal poderia revertê-los, e não vejo a menor possibilidade de isso acontecer”, disse Moraes.

O magistrado apontou que Michelle Bolsonaro e um dos filhos de Bolsonaro poderiam concorrer à Presidência, com seu endosso. No entanto, Moraes disse que nenhum deles—seja filhos ou esposa— “tem as mesmas relações com as Forças Armadas que ele tinha”.

No último dia 26 de março, a Primeira Turma do STF aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República e tornou réu Bolsonaro e outros sete aliados por tramar suposta tentativa de golpe para anular as eleições de 2022, vencidas por Lula.

Ao jornalista Jon Lee Anderson, Moraes negou que Bolsonaro esteja enfrentando um julgamento parcial.

“A responsabilidade de cada pessoa agora tem que ser determinada no tribunal, porque é quando eles apresentarão sua defesa”, disse Moraes. “Mas toda a narrativa de perseguição política, a alegação de inimizade pessoal, tudo isso entrou em colapso, porque não foi apenas a polícia federal que os acusou — o próprio procurador-geral decidiu prestar queixa.”

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. XANDÃO É O CARA, joga pra gadaiada imunda um fio de esperança so pra ver o chafurdo, e logo logo vai botar o CORNO MILICIANO NA CADEIA POR UNS 40 ANINHOS, O ‘MINTO’ JA JA SERA CHAMADO RAINHA DA PAPUDA, CHUPA GADAIADA IMUNDA É LULINHA ATE 2030 E O CORNO NA CADEIA PRO RESTO DA VIDA KKKKK

  2. Ministros do STF opinando sobre política… Só no Brasil mesmo.

    Esse país é uma piada (de mau gosto)!

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