Judiciário

Deltan Dallagnol interferiu para colocar juiz aliado no lugar de Sergio Moro na Lava Jato, diz The Intercept Brasil

Foto: Reprodução/The Intercept Brasil

Os procuradores da Lava Jato no Paraná atuaram nos bastidores para interferir na sucessão do ex-juiz Sergio Moro nos processos da operação em primeira instância. A força-tarefa do Ministério Público Federal fez lobby num outro poder, o Judiciário, para garantir que o novo escolhido para a cadeira do então recém-nomeado ministro do governo de Jair Bolsonaro fosse alguém que agradasse aos investigadores.

As articulações estão explícitas em duas mensagens de áudio do então coordenador da força-tarefa, o procurador Deltan Dallagnol. Nelas e em várias mensagens de texto trocadas pelo Telegram em janeiro de 2019, ele elenca os principais candidatos à vaga de Moro, elege os preferidos da força-tarefa e esboça o plano em andamento para afastar quem poderia “destruir a Lava Jato”, na opinião dele.

Quando Moro abandonou a carreira de juiz, em novembro de 2018, logo após a eleição de Bolsonaro, deixou vaga a cadeira de responsável por julgar os processos da Lava Jato na primeira instância. A sucessão ou substituição de um magistrado é um processo comum no poder Judiciário, que tem autonomia para decidir – obedecendo a um regimento interno.

O que é no mínimo incomum, nesse caso, é a pressão e a interferência de um órgão externo, o Ministério Público Federal. Em mensagens de texto e áudio, Dallagnol também pede a colegas familiarizados com o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o TRF4, responsável pela Justiça Federal do Paraná, que tentassem “advogar” junto a ele por uma solução que agradava à força-tarefa.

A ideia compartilhada por Dallagnol e por juízes federais do Paraná era colocar três magistrados na posição de assessores de um quarto, o veterano Luiz Antônio Bonat, num esforço para convencê-lo a disputar a vaga de Moro. “Ele colocou ali o nome dele por amor à camisa”, narrou Dallagnol. “Então a gente tem que conseguir um apoio. A ideia talvez seria de ter juízes assessores ali designados junto a ele”.

A Lava Jato considerava que Bonat, um juiz com 64 anos e de perfil extremamente discreto (jamais deu palestras ou entrevistas desde que assumiu o comando da operação, há quase dois anos), precisaria de ajuda para dar conta das dezenas de processos que corriam no Paraná. Assim, Dallagnol e equipe buscaram uma forma de garantir que nem todo o trabalho da operação cairia sobre ele.

O plano articulado para montar o time de juizes acabou por não sair do papel, mas o principal foi feito: Bonat foi convencido a disputar a vaga. “Aí ontem os juízes estavam preocupados e conseguiram fazer, conseguiram convencer o número 1 da lista, o que é ótimo para nós, assim, simbolicamente, a aceitar o desafio de ir para a 13ª”, celebrou Dallagnol, em áudio.

E, como era previsto pelos procuradores, Bonat herdou a cadeira de Moro por ser o mais antigo juiz federal em atividade na jurisdição do TRF4.

Nas conversas, fica claro que o juiz resistiu a entrar na disputa e que ele foi convencido a concorrer por colegas e procuradores que “estavam preocupados” com a vitória iminente de alguém visto com desconfiança pela Lava Jato: Julio Berezoski Schattschneider, um juiz que atuava em Santa Catarina. Procurados, nenhum deles quis dar entrevista.

A candidatura de Bonat surpreendeu a comunidade jurídica. Magistrado com 25 anos de carreira, à época, ele estava afastado da área criminal havia 15 anos. Até um juiz federal que atua na região do TRF4, e que falou ao Intercept sob a condição de anonimato, diz ter estranhado: “Era uma vara difícil, cheia de trabalho, daquelas que habitualmente ninguém quer pegar e acaba sobrando nas mãos de um juiz mais novo. E aí aparece um monte de gente mais antiga [na disputa]”, ele observou.

‘Vou convidar quem puder pra irmos estimular rs’

Sergio Moro foi o primeiro grande nome confirmado por Bolsonaro para seu governo após a vitória nas urnas. A adesão do então juiz ao político de extrema direita se deu meros três dias após o segundo turno: ele viajou ao Rio, visitou Bolsonaro em sua casa na Barra da Tijuca, ouviu o convite para ser ministro da Justiça e Segurança Pública e disse sim poucas horas depois.

Com a entrada formal na política, Moro foi obrigado a passar o bastão dos processos da Lava Jato. Temporariamente, a operação passou a ser conduzida pela juíza substituta Gabriela Hardt até que um novo magistrado assumisse a vaga de titular.

Pelas regras de funcionamento da justiça no Brasil, os processos seguiriam com a 13ª Vara Federal de Curitiba. Com a saída de Moro, a vaga de titular dessa vara entrou em disputa. Qualquer juiz da 4ª região da Justiça Federal – que abrange Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – poderia disputar o posto. O escolhido seria quem tivesse mais tempo de carreira entre os inscritos, seguindo o regimento do TRF4.

No dia do anúncio de Moro, procuradores da Lava Jato já especulavam no Telegram quem sucederia o magistrado. Mas a interferência da força-tarefa no Judiciário só ganhou forma em janeiro de 2019, quando Dallagnol fez um comunicado aos colegas:

Dallagnol parecia obcecado. No dia seguinte, o então coordenador da força-tarefa apresentou aos colegas um prognóstico sobre os potenciais postulantes, endereçado especificamente a Januário Paludo, um dos veteranos da força-tarefa e com quem Dallagnol contava para ajudá-lo no lobby:

Ali Dallagnol expôs o primeiro alvo da força-tarefa e uma estratégia para tirá-lo da disputa. Tratava-se do juiz Eduardo Vandré, que trabalhava numa vara federal de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. Ele ocupava o sexto lugar na lista de antiguidade, mas “seria péssimo” para a Lava Jato, segundo o coordenador.

Os motivos para a desconfiança foram descritos por Paludo, que afirmou na mesma conversa, mais tarde, que Vandré era “pt e não gosta muito do batente”.

Com isso em mente, Dallagnol buscava fazer uma espécie de seguro: garantir a candidatura de um dos cinco juízes mais antigos, de forma que Vandré ficasse sem chances na disputa. Paludo detalhou o plano pouco depois:

Os comentários mostram que Paludo e Dallagnol viam Bonat (o juiz federal com mais tempo de serviço em toda a região Sul) como um instrumento para impedir que um nome indesejável ficasse com a vaga de Moro. Mas havia um problema: justamente pela idade, achavam que ele não teria “pique” para assumir os processos da Lava Jato. Por isso, Dallagnol aventou a possibilidade de que Bonat fosse escolhido, mas deixasse outros “trabalharem por trás” dele, como juízes assessores.

O assunto voltou ao Telegram quase uma semana depois, em 16 de janeiro. Dallagnol encaminhou aos colegas a mensagem de um juiz que chamou de “nosso preferido” para ocupar a cadeira de Moro: “estou avaliando, sim….temos até segunda…. Conversei com o Malucelli ontem e ele me disse que conversou com Bonat, e ele disse que não vai pedir e que nem cogita”, escreveu o magistrado, segundo o relato de Dallagnol.

A mensagem não deixa claro quem era o “preferido”, mas as tratativas nos dias seguintes indicam tratar-se do juiz Danilo Pereira Júnior, que já atuava noutra vara federal de Curitiba. Malucelli é o juiz Marcelo Malucelli, então diretor do foro da Seção Judiciária do Paraná – na prática, o administrador da unidade.

Àquela altura, Eduardo Vandré já desistira de concorrer, mas a Lava Jato tinha outra preocupação. O nome dela era Julio Berezoski Schattschneider, que trabalhava em Santa Catarina, outro a receber a alcunha de “péssimo” na lista de Dallagnol.

O chefe da força-tarefa afirmou ter conversado sobre o assunto com a juíza Gisele Lemke, de uma vara federal de Curitiba, e narrou aos colegas o que foi discutido:

Segundo o áudio, Schattschneider havia informado o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, instância máxima da Justiça Federal no Sul do país, que desejava ser transferido para Curitiba, mas não fazia questão de ficar com o lugar de Moro. Assim, a Lava Jato planejava convencê-lo a aceitar outra posição que não fosse a de Moro. Se ele não topasse, haveria um problema: por ser mais antigo, Schattschneider teria preferência sobre Danilo Pereira Júnior, o favorito da Lava Jato. O juiz Bonat continuava decidido a não concorrer.

Esse quadro permaneceu até 21 de janeiro de 2019, último dia para inscrição dos interessados. A força-tarefa estava tensa porque o desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, então presidente do TRF4 (que ironicamente foi cotado para suceder Moro no ministério de Bolsonaro por ser próximo aos militares), havia anunciado que os dois nomes preferidos da Lava Jato estavam impedidos de entrar no páreo.

A razão era um item do regimento do tribunal que vedava a transferência de juízes para uma vara com a mesma especialidade daquela em que já atuam.

Dallagnol se afligiu e pediu lobby sobre Thompson Flores:

O clima só desanuviou quase dez horas da noite. Januário Paludo avisou ao grupo que Luiz Antônio Bonat havia mudado de ideia e decidido se inscrever. No dia seguinte, o TRF4 divulgou a lista dos inscritos com ele na cabeça. Se Bonat não mudasse de ideia até a meia-noite do dia 24, dali a três dias, a vaga seria dele. Mas Schattschneider vinha na segunda posição. Por isso, a articulação continuou para que Bonat não desistisse.

As mensagens indicam que procuradores da Lava Jato trataram pessoalmente desse assunto com a cúpula da Justiça Federal do Paraná. Eles mencionam um encontro em 22 de janeiro, um dia após o encerramento das inscrições. Ao final da reunião, Dallagnol fez um resumo aos colegas:

Em viva voz, o procurador faz duas grandes confissões. Juízes federais alinhados à Lava Jato “estavam preocupados” com a possibilidade de que Schattschneider ficasse com a vaga de Moro, segundo Dallagnol, e, por isso, conseguiram convencer Bonat a se inscrever de última hora, “por amor à camisa”.

Esses magistrados, que não são identificados por Dallagnol no áudio, lançam uma suspeita sobre Schattschneider: a de que ele havia tentado iludir a corregedoria da Justiça Federal sobre sua intenção de suceder Moro. Procuramos Schattschneider em seu gabinete para que comentasse a suspeita levantada pela corregedoria, mas ele não respondeu às tentativas de contato.

Para manter o interesse de Bonat no cargo, os juízes e o MPF decidiram tentar algo que Dallagnol havia sugerido em 10 de janeiro: transformar o magistrado numa espécie de líder de um grupo de três outros juízes que ajudariam a dar agilidade aos processos. Segundo o áudio de Dallagnol, quem estava à frente desse plano era o juiz Marcelo Malucelli, mas a cúpula do TRF-4 já tinha se manifestado contra a ideia.

Procuramos Malucelli para que comentasse a declaração de Dallagnol, mas o juiz disse não saber que Bonat foi convencido de última hora e não esclareceu se articulou ou não o plano de designar juízes assessores para ele. “Várias medidas de auxílio foram tomadas pela corregedoria do TRF4 para a 13ª Vara de Curitiba, antes e depois da saída do juiz Moro. À direção do foro incumbe apenas cumpri-las”, respondeu.

A preocupação dos procuradores se dissipou no dia seguinte, 23 de janeiro, quando eles ficaram sabendo que Schattschneider havia desistido da vaga. No fim das contas, Bonat assumiu a 13ª Vara no dia 6 de março.

Entregamos a transcrição integral dos áudios e um resumo cronológico detalhado das mensagens de texto ao TRF4, à Justiça Federal do Paraná e ao MPF. Aos órgãos do Judiciário, perguntamos se eram verdadeiras as afirmações de Dallagnol de que os juízes só convenceram Bonat a concorrer à vaga de Moro de última hora porque “estavam preocupados” com a chance de vitória de Schattschneider e de que a direção do tribunal discutiu nomear três juízes assessores para “dar um apoio” ao magistrado veterano à frente da Lava Jato.

Também perguntamos se o tribunal não considera que as conversas narradas por Dallagnol são uma interferência indevida no Judiciário e fizemos o mesmo questionamento à força-tarefa da Lava Jato. Ao MPF, perguntamos se os procuradores chegaram a visitar candidatos para a vaga de Moro, como disse Dallagnol, e se o órgão não considerava inadequado o lobby sobre os juízes para viabilizar os nomes de sua preferência e, depois que esse plano falhou, para garantir que Bonat não desistisse da vaga.

Todas as questões ficaram sem resposta. Além de não se manifestar institucionalmente, o TRF4 não emitiu posicionamento de nenhum dos juízes citados nas conversas, aos quais direcionamos perguntas específicas. O MPF também preferiu não se manifestar.

The Intercept Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Concordo com o seu comentário, cara Renata Bastos. Os corruptos podem conversar, pessoas do bem, não podem! João Macena.

  2. Intercept já publicou algum vazamento do PT? E de Bolsonaro? E da AGU ou STF? Porque só dos integrantes da lava jato. Esse blog não deveria nem existir mais, e Greenvalda deveria estar presa ou expulsa do país.

  3. O ódio ideológico realmente é uma mer$@!
    O presidente desses que detonam o intercep falou com todas as letras: ACABEI O LAVA JATO, e nao causou tamanha indignação.
    Agora o intecept Brasil divulga áudios, conversar autênticas sobre os desmandos do lava jato e a mesma turma se volta contra o intercept.
    Realmente ser gado é nao ter caráter.

    1. Parece que é você que tem ódio ideológico… isso é "ILÓGICO"…

  4. Quadrilha. Se fizessem isso com a milícia do planalto, os ruminantes estariam espumando pela boca que nem cachorros.
    Raça desprezível.

  5. Nada demais!!
    Só preocupação para que a lava jato não sofresse descontinuidade…
    Corretíssimo!!
    Só aplausos para esse funcionário publico pelo empenho e comprometimento com a instituição.

    Estranho é se ele estivesse combinando alguma coisa com Lula, Zé Dirceu , Marcelo Odebrech e outras figurinhas que estavam chafurdando na lama da corrupção.

  6. E daí??!
    Chega de hipocrisia! Os bandidos se unem, mesmo de ideologias diferentes e o cidadão de bem, não pode fazer nada em prol do bemmm!

  7. Esse é só um jornalzinho dos vermelhinhos, só eles ligam pra choradeira do jornal……tudinho revoltadinho pq Moro colocou o Pinguço Trambiqueiro na cadeia.

  8. Qual o problema de ter um aliado que defendam causas nobres e do coletivo? Se grampeassem todos dos poderes nas nomeações de cargos comissionados e de confiança sairiam coisas bem piores, interesses econômicos e manutenções de esquemas escusos é a toada. E na hora de inserir essa emenda que soltou o cabeça do PCC?

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Entidades do setor financeiro emitem nota conjunta em apoio ao Banco Central, em meio a embate com o STF por conta do Master

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Quatro associações do setor financeiro divulgaram neste sábado (27) uma nota conjunta em apoio ao Banco Central, às vésperas da acareação marcada no STF sobre irregularidades envolvendo o Banco Master. O texto defende a atuação técnica e independente do regulador e alerta para o risco de “instabilidade” no sistema financeiro.

O comunicado é assinado pela Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Associação Nacional das Instituições de Crédito (Acrefi), Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pela Zetta, entidade que representa empresas do setor financeiro e de meios de pagamento.

Sem citar diretamente a acareação marcada para terça-feira (30) pelo ministro Dias Toffoli, as entidades destacam que a independência institucional e operacional do Banco Central é um dos pilares para a solidez do sistema financeiro.

“As associações reconhecem que o BC exerce esse papel com supervisão técnica, prudente e vigilante”, diz a nota, ao destacar que o baixo número de crises de solvência nas últimas décadas — incluindo a crise de 2008 e a pandemia — comprova a eficácia da atuação do regulador.

O texto ressalta que, mesmo sob fiscalização, instituições financeiras podem enfrentar problemas, cabendo ao BC agir para proteger o sistema e evitar contágio. Segundo as entidades, essa atuação inclui intervenções e, em casos extremos, liquidações.

As associações alertam que revisar ou invalidar decisões técnicas do Banco Central pode gerar insegurança jurídica, comprometer a previsibilidade do mercado e afetar depositantes e investidores.

“O apelo é para que se preserve a autoridade técnica das decisões do Banco Central, evitando um cenário gravoso de instabilidade”, conclui o comunicado.

Com informações de Estadão

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Moraes cita ‘fundado receio de fuga’ para decretar prisão domiciliar de condenados da trama golpista

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar de dez condenados pela trama golpista, citando “fundado receio de fuga” e o “modus operandi da organização criminosa”, que envolveria a evasão do país. As medidas cautelares foram cumpridas neste sábado pela Polícia Federal.

Na decisão, Moraes apontou precedentes recentes, como a tentativa de fuga do ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, preso no aeroporto de Assunção, e a saída do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que deixou o Brasil pela fronteira com a Guiana. Para o ministro, o padrão de atuação indica risco concreto à aplicação da lei penal.

Apesar de afirmar que havia elementos para decretar prisão preventiva, Moraes optou pela prisão domiciliar, considerada mais adequada e proporcional neste momento.

As ordens foram cumpridas no RJ, SP, ES, PR, GO, BA, TO e DF, com apoio do Exército em parte das diligências. Além da domiciliar, os alvos devem usar tornozeleira eletrônica, estão proibidos de usar redes sociais, receber visitas, devem entregar passaportes e tiveram suspenso o porte de arma.

Entre os alvos estão Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, e oficiais das Forças Armadas. Dois condenados não foram localizados. As penas impostas pela Primeira Turma do STF variam de 7 a 21 anos de prisão por crimes como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada.

Veja lista completa:

  • Filipe Martins (PR), ex-assessor da Presidência do governo Bolsonaro
  • Giancarlo Gomes Rodrigues (BA), subtenente do Exército
  • Marilia Ferreira de Alencar (DF), ex-diretoria de Inteligência do Ministério da Justiça
  • Angelo Martins Denicoli (ES), major do Exército
  • Fabricio Moreira de Bastos (TO), coronel do Exército
  • Sergio Ricardo Cavaliere (RJ), tenente-coronel do Exército
  • Bernardo Romão Correa Netto (DF), coronel do Exército
  • Ailton Gonçalves Moraes Barros (RJ), ex-major do Exército

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Jair Bolsonaro passa por cirurgia para tratar crises de soluço, diz Michelle

Imagem: reprodução

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro informou na tarde deste sábado, 27, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por um novo procedimento médico para tratar as crises de soluços.

A atualização foi feita após Bolsonaro ter sido submetido, na quinta-feira, 25, a uma cirurgia para a retirada de duas hérnias.

“Meu amor acabou de ir para o centro cirúrgico para realizar o bloqueio do nervo frênico. Peço que intercedam em oração por mais esse procedimento, para que seja exitoso e traga alívio definitivo”, escreveu em uma rede social.

Minutos depois, Michelle informou que o procedimento foi finalizado, agradecendo à equipe médica.

O procedimento foi rápido e segundo o g1, o cirurgião-geral Cláudio Birolini afirmou que, em breve, um novo boletim médico será emitido.

Entenda a nova cirurgia pela qual passou Jair Bolsonaro

Bloqueio do nervo frênico: é um procedimento que reduz temporariamente a atividade do nervo que controla o diafragma, ajudando a interromper soluços persistentes. Ele é feito com anestesia local, por meio da aplicação de um medicamento próximo ao nervo, geralmente guiada por ultrassom. É indicado apenas quando os soluços não respondem a tratamentos comuns e causam impacto clínico relevante.

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Galvão Bueno recebe alta de hospital; Narrador havia sido internado na véspera do Natal, depois de sentir um mal-estar

Imagem: reprodução/YouTube

O narrador Galvão Bueno, de 75 anos, recebeu alta hospitalar neste sábado (27), após período internado para tratar o início de uma pneumonia.

A informação foi confirmada ao g1 pelo Hospital Santa Casa, em Londrina, no Paraná.

A melhora no quadro clínico contribuiu para a liberação no prazo que havia sido divulgado anteriormente em nota oficial por Leticia Bueno, filha do comunicador.

Galvão havia sido internado na noite de quarta-feira (24), ainda na véspera do Natal, depois de um mal-estar em casa. Após exames, foi detectado um quadro de pneumonia. Ele seguiu em observação, mas com quadro considerado controlado.

Em novembro, Galvão Bueno foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após quadro de pneumonia. A informação foi publicada inicialmente pelo F5 e confirmada pela Itatiaia.

Galvão deu entrada no hospital depois de sentir dores no rim. O narrador passou por uma bateria de exames e foi descoberto um quadro de pneumonia viral, que desencadeou na internação do locutor de 75 anos.

CNN com informações de g1

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Banco Central fala em “armadilha processual” e questiona no STF acareação determinada por Toffoli

Foto: REUTERS/Adriano Machado

O Banco Central apresentou embargos de declaração ao Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a acareação determinada pelo ministro Dias Toffoli entre um diretor da autarquia e investigados no caso Banco Master–BRB. No documento, o BC alerta para risco de “armadilha processual”, “constrangimento de entidades públicas” e prejuízo à atuação institucional do órgão fiscalizador. A informaçã é do blog da jornalista da CNN, Débora Bergamasco.

A acareação envolve o diretor do BC Ailton de Aquino, o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, e o ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. O procedimento foi marcado para a próxima terça-feira (30), apesar de parecer contrário da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O Banco Central pede esclarecimentos sobre a motivação da acareação, os pontos considerados controversos, a urgência da medida durante o recesso e a condição em que Ailton participará — se como testemunha, pessoa física ou representante institucional. Questiona ainda por que ele não poderia se manifestar por escrito e se poderá ser acompanhado por técnicos da autarquia.

Segundo o BC, a falta de clareza pode gerar confusão de papéis, expor indevidamente a instituição e comprometer sua função regular de fiscalização.

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Circuito Musical, Zezo, Luan Estilizado e Augusto Dantas animam Ponta Negra neste sábado

Imagem: Secom

A Prefeitura do Natal realiza, neste sábado (27), mais uma noite de shows do Natal em Natal, na orla da Nova Ponta Negra, a partir das 19h30. A programação é gratuita e voltada para moradores e turistas que passam o fim de ano na capital potiguar.

Com o cenário da orla como pano de fundo, o evento transforma a Nova Ponta Negra em espaço de convivência e lazer, reunindo famílias, amigos e visitantes em uma celebração ao ar livre durante o período natalino.

A programação da noite começa com a banda Circuito Musical, seguido pelos shows de Zezo, Luan Estilizado e Augusto Dantas. As apresentações reúnem diferentes estilos e propostas musicais, compondo uma noite marcada pela diversidade e pela participação do público.

Além do entretenimento, o Natal em Natal contribui para o fortalecimento do turismo e da economia local, movimentando o comércio e gerando oportunidades de renda para trabalhadores da região. A iniciativa integra a política da Prefeitura de promover eventos gratuitos, acessíveis e descentralizados, valorizando os espaços públicos da cidade.

Para quem visita Natal, a programação oferece contato direto com a cultura local. Para os moradores, é uma oportunidade de aproveitar a cidade e celebrar o período de festas em um ambiente organizado e seguro.

Serviço
Local: Orla da Nova Ponta Negra
Data: Sábado, 27/12/2025
Horário: A partir das 19h30
Atrações: Circuito Musical, Zezo, Luan Estilizado e Augusto Dantas

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Moraes mandou prender condenados por trama golpista sem ouvir PGR ou PF

Foto: Ton Molina/NurPhoto via Getty Images

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou neste sábado (27) a prisão de condenados pela trama golpista por decisão tomada de ofício, sem pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) ou da Polícia Federal (PF). Fontes da PF confirmaram à CNN Brasil que não houve solicitação ao STF. A PGR não se manifestou.

Segundo Moraes, a medida busca evitar novas fugas, após o caso do ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, preso na sexta-feira (26) no aeroporto de Assunção, no Paraguai.

Advogados de condenados afirmam, sob reserva, que a decisão cria um “precedente perigoso” e antecipa o cumprimento de pena, já que os réus ainda aguardam o trânsito em julgado. Para a defesa, não é possível estender a outros condenados a responsabilidade pela conduta de um réu específico.

Ao menos dez mandados de prisão foram cumpridos no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e no Distrito Federal. Os presos devem usar tornozeleira eletrônica, estão proibidos de usar redes sociais e de se comunicar com outros investigados.

A decisão também determina a entrega de passaportes em até 24 horas, a suspensão do porte de arma e a proibição de visitas, exceto de advogados.

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Brasil tem cerca de 30 milhões de animais domésticos abandonados; índice de abandono cresce no período das festas de fim de ano

Foto: Pexels

O período de festas de fim de ano concentra os maiores índices de abandono animais domésticos, além de aumentar riscos de fuga e estresse, especialmente por fogos de artifício e mudanças na rotina dos tutores.

A estimativa é de cerca de 30 milhões de animais abandonados no Brasil, número que se mantém estável desde o início da década. Segundo o Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP), o vínculo entre pessoas e pets evoluiu, mas ainda falta planejamento antes da adoção. O mês de dezembro marca a campanha Dezembro Verde, que chama atenção para o cuidado responsável.

“Ser responsável por um animal exige atender necessidades físicas e emocionais ao longo de toda a vida, que pode ultrapassar 10 anos”, afirma Daniela Ramos, presidente da Comissão de Bem-Estar Animal do CRMV-SP. Ela destaca que muitos abandonos poderiam ser evitados com reflexão prévia sobre viagens, mudanças e rotina familiar.

O conselho recomenda preparar os animais para períodos de ausência dos tutores, acostumando-os a outros cuidadores ou ambientes, reduzindo o impacto emocional.

Abandono é crime

O abandono de animais é crime previsto na Lei nº 9.605/1998, com pena de até 1 ano de prisão, agravada em casos de maus-tratos. Em São Paulo, denúncias podem ser feitas pela Delegacia Eletrônica de Proteção Animal ou pelo Disque Denúncia Animal (0800-600-6428).

Na capital, cães e gatos abandonados são recolhidos pela Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ) em situações de risco à saúde pública ou sofrimento animal.

Com informações de Agência Brasil

Opinião dos leitores

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Correios fecham empréstimo de R$ 12 bilhões com grupo formado por 5 bancos

Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil

O governo federal oficializou neste sábado (27), no Diário Oficial da União, o empréstimo de R$ 12 bilhões aprovado para os Correios. Com a publicação do extrato, a estatal está autorizada a iniciar as captações, que fazem parte do plano de reestruturação da empresa. Os recursos poderão ser usados para capital de giro e investimentos estratégicos, além de cobrir despesas ligadas à própria operação de crédito.

O financiamento foi fechado com Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander, terá prazo de 15 anos e juros próximos à taxa Selic. O aval do Tesouro Nacional foi concedido na semana passada.

Prejuízo

Os Correios acumulam prejuízo superior a R$ 6 bilhões entre janeiro e setembro de 2025 e déficits que já passam de R$ 10 bilhões desde 2022. Para tentar reequilibrar as contas, o plano inclui programa de demissão voluntária, com até 15 mil desligamentos entre 2026 e 2027, além do fechamento de agências e venda de imóveis, com expectativa de arrecadar cerca de R$ 1,5 bilhão.

Opinião dos leitores

  1. No final, advinha quem pagará essa conta? O contribuinte que rala toda santo dia e paga impostos abusivos.

  2. FAREMOS O “L” NA PRÓXIMA ELEIÇÃO PARA ALCANÇARMOS A COLHEITA QUE O LULA PLANTOU. POR ENQUANTO, ELE ESTÁ SÓ CUIDANDO DA PLANTAÇÃO 💩💩💩💩💩👺👺👺👺😵‍💫😵‍💫😵‍💫

  3. Todos os governos do Ladrão de 9 dedos as estatais pagam o preço com a roubalheira para sustentar esse vermes da esquerda.

  4. Daqui a pouco tempo estará arrombado novamente,nos governo do PT é normal,as estatais servem pra isso mesmo,pobre Brasil.

  5. Onde está escrito “Correios” fecham empréstimo de 12 Bilhões, leia-se “População” vai pagar empréstimo de 12 Bilhões feito pelos Correios. Acorda população enquanto é tempo.

  6. Vixi! O réveillon do Lules e dos cumpanheiros tá garantido…os mau-caráter defensores de ladrão fica aplaudindo.

  7. Um empresário de médio porte devendo muito menos, bem menos, do que os Correios não tem banco nenhum que ajude. Já para os Correios os bancos vão ajudar e se não receberem o empréstimo eles aumentam as tarifas e nós correntistas pagamos… Viva o Brasil dos errados!

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Oito cidades do RN ficam sem abastecimento de água neste sábado (27) após furto de cabos em estação elevatória

Foto: Caern/Divulgação

Oito municípios do Rio Grande do Norte ficaram sem abastecimento de água neste sábado (27) após o furto de cabos de energia e a depredação da Estação Elevatória EB03, localizada em Lajes, na região Central do estado. O crime ocorreu por volta das 2h30 da madrugada.

Segundo a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern), equipes técnicas foram mobilizadas para realizar os reparos e restabelecer o sistema. A empresa também informou que acionou as autoridades policiais para investigar o caso.

A suspensão do fornecimento de água atinge:

Lajes, Riachuelo (incluindo o distrito de Cachoeira do Sapo), Santa Maria, Jardim de Angicos, Pedra Preta, Caiçara do Rio do Vento, Fernando Pedroza e Pedro Avelino.

A previsão é que os reparos sejam concluídos até as 19h deste sábado, mas a normalização total do abastecimento pode levar até 72 horas, já que a retomada ocorre de forma gradual, com a pressurização da rede. A Caern orienta a população a utilizar a água de forma consciente durante o período, priorizando atividades essenciais.

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