Na polêmica gerada pelas ações desencadeadas pelo DEM questionando a legalidade da implantação do PSD, o vice-governador Robinson Faria tem se esforçado para pintar o retrato do senador José Agripino com os tons e as cores da ingratidão.
Trata-se de um recurso bastante utilizado na política potiguar: quando se deseja ganhar o apoio da opinião pública no momento de um rompimento, usual e recorrentemente busca-se colar no outro a pecha de ingrato ou traidor.
Faz parte do jogo político.
O mesmo pode se dizer do conflito entre o DEM e o PSD, cuja criação traz como pecado original a criação para que políticos – alguns com justa causa, outros oportunistas – deixem suas legendas ou simplesmente se transfiram da Oposição para a base de apoio ao Governo Federal ou Estadual. No melhor estilo toma-lá-dá-cá.
Qualquer semelhança com o Centrão da época da Constituinte não será melhor coincidência.
Ora, se o PSD pra se legalizar e se fortalecer procurou minar o DEM, nada mais natural e coerente do que as tentativas dos Democratas de minar e até questionar legalmente a formação do partido que, devidamente registrado, condena o DEM a ficar à míngua.
E se o DEM investe nacionalmente contra o PSD para lhe tirar a oportunidade do registro definitivo, o RN, assim como São Paulo e Santa Catarina, não poderia ficar de fora dos questionamentos.
O fato é que o DEM, que era adversário no plano nacional, virou também no plano local.
Robinson, em suas ameaças, diz que Agripino foi ingrato e que é perfeitamente dispensável no seu projeto político que incluiria uma reeleição ou a disputa pelo Senado.
José Agripino não deverá recuar, uma vez que age como presidente nacional do DEM.
Vai sobrar para o sistema governista. As eleições de 2012 darão a dimensão exata da crise com efeitos profundos na sucessão estadual.
E, voltando ao tema da ingratidão, Robinson teria sido grato com José Agripino quando passou a apoiar Wilma ou teria sido ingrato com Wilma quando com ela para ser companheiro de chapa de Rosalba depois de exercer o poder no Governo e na Assembleia com o apoio da então aliada e conveniente e oportunamente transformada em adversária?
Essa é a famosa briga de cachorro grande. E os outros só olhando…
Pra começo de conversa: que porra de suposta diversidade ideológica é essa que justifique a criação de um novo partido?
Sinceramente, não entendo até hoje o porque do nome se chamar "partido" se elessao cada vez mais unidos em busca de um objetivo único que é estar no poder. Penso ainda que esta é a real oposição : "Me oponho a estar fora do poder"
E pra isso, não importa o que eu já disse sobre fulano em determinado momento, o que importa é que "Me juntando a ele neste momento eu tenho chance de ganhar a eleição ".
Queria ver 01 (um) que demonstradas como constituir o patrimônio que tem com o que ganha oficialmente.
Mas esperar o que né? Em um país que o comentário da bunda de Sandy vira noticia da semana?