Jornalismo

Demóstenes Torres usou cargo em favor de Carlinhos Cachoeira

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) utilizou o seu mandato para beneficiar os negócios do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, revelam gravações feitas pela Polícia Federal.

De acordo com as escutas, divulgadas nesta sexta-feira (30) pelo jornal “O Globo”, o senador acertou com o empresário ajuda em processo judicial e em projeto de legalização de jogos de azar em tramitação no Congresso. O empresário foi preso pela Polícia Federal no dia 29 de fevereiro, durante a Operação Monte Carlo.

Nas gravações divulgadas pelo jornal, Demóstenes também fala com Cachoeira de negócios com a Infraero na época que ele era relator da CPI do Apagão Aéreo.

Os grampos, segundo o jornal “O Globo”, foram gravados durante a Operação Vegas.

Em um diálogo gravado em 22 de abril de 2009, o empresário pede ao senador que faça um levantamento sobre o projeto de lei 7.228, que trata de jogos de azar.

“Anota uma lei aí. Você podia dar uma olhada. Ela tá na Câmara. 7.228 2002. PL (projeto de lei)”, diz Cachoeira.

O senador pede mais informações. “Vou levantar agora e depois te ligo aí.”

Ele também pede a Demóstenes que fale com o então presidente da Câmara dos Deputados e agora vice-presidente, Michel Temer. O senador diz que vai tentar fazer com que o plenário da Câmara vote a proposta, o que não aconteceu.

Em outra conversa, Demóstenes afirma que o texto do projeto, na verdade, prejudica Cachoeira.

“Regulamenta, não [as loterias estaduais]. Vou mandar o texto procê. O que tá aprovado lá é o seguinte: ‘transforma em crime qualquer jogo que não tenha autorização’. Então inclusive te pega, né? Então vou mandar o texto pra você. Se você quiser votar, tudo bem, eu vou atrás. Agora a única coisa que tem é criminalização, transforma de contravenção em crime, não regulariza nada”, afirma o senador.

Cachoeira discorda. “Não, regulariza, sim, uai. Tem a 4-A e a 4-B. Foi votada na Comissão de Constituição e Justiça.”

Avião

Reportagem de “O Globo”, publicada semana passada, com gravações da mesma operação já haviam mostrado que Demóstenes pediu dinheiro a Cachoeira para pagar despesas com táxi-aéreo, no valor de R$ 3.000.

Na conversa, ao dizer que iria pagar, o empresário aproveita para pedir ao senador que o ajude em um processo judicial.

“Deixa eu te falar. Aquele negócio [processo] tá concluso aí, aquele negócio do desembargador Alan, você lembra? A procuradora entregou aí para ele. Podia dar uma olhada com ele. Você podia dar um pulinho lá para mim?”

O senador pergunta sobre um detalhe e acedia o pedido. “Tá tranquilo. Eu faço.”

Outra conversa, gravada em 4 de abril de 2009, mostra também que os dois poderiam estar de olho em um milionário “negócio” em andamento da Infraero.

“O negócio da Infraero, conversei com a pessoa que teve lá. Disse o seguinte: o nosso amigo marcou um encontro com ele em uma padaria, não sei o quê. E levou o ex-presidente [José Carlos Pereira, da Infraero], cê entendeu? E que aí o trem lá não andou nada. Eles nem sabem o que tá acontecendo”, afirma Demóstenes.

Cachoeira pede que o senador faça o serviço. “Mas tem que ser você mesmo. Você que precisava ligar para ele.”

Sigilo

Ontem, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski determinou a quebra de sigilo bancário de Demóstenes, por cerca dois anos, período em que ele foi flagrado em conversas telefônicas com o empresário.

Lewandowski é o relator do inquérito sobre Demóstenes apresentado na terça-feira pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Outras gravações reveladas anteontem mostravam o nome do senador mencionado em conversas em que Cachoeira e integrantes de seu grupo discutiam cifras milionárias.

O ministro pediu ainda ao Senado a lista das emendas ao Orçamento apresentadas por Demóstenes –isso pode indicar que uma de suas linhas de investigação será analisar se o senador utilizou prerrogativas de seu cargo para favorecer Cachoeira.

Lewandowski negou, no entanto, pedido do procurador-geral para um depoimento de Demóstenes por entender que ainda não é a hora.

Investigações da PF também apontam que Cachoeira repassou informações sobre apurações contra o seu grupo a Demóstenes.

A Folha obteve 12 mil páginas do inquérito da PF que culminou na Operação Monte Carlo. Ela investigou Cachoeira e mais 80 pessoas, todos denunciados neste mês pelo Ministério de Público Federal sob acusação de explorar máquinas caça-níquel e corromper agentes públicos para manter o negócio.

No inquérito a que a Folha teve acesso, o nome de Demóstenes aparece, por exemplo, num relatório da PF sobre um diálogo gravado com autorização judicial no dia 13 de março do ano passado, às 15h37. Nele, conversam Carlinhos Cachoeira e o sargento aposentado da Aeronáutica Idalberto Matias, o Dadá –apontado pela Procuradoria como o principal araponga da quadrilha. Ambos estão presos.

De acordo com a PF, eles falavam sobre investigações sigilosas que o grupo sofria à época, quando a Monte Carlo já estava em andamento.

Outro diálogo revela que Demóstenes atuava para ajudar Cachoeira na escolha de integrantes para o governo de Goiás, comandado pelo tucano Marconi Perillo. Em uma conversa no dia 5 de janeiro do ano passado, o empresário menciona duas vezes o nome do senador a um integrante de seu grupo, de acordo com a PF.

Outro lado

Questionado sobre as gravações da Polícia Federal na Operação Monte Carlo, o advogado de Demóstenes Torres, Antonio Carlos de Almeida Castro, afirmou que elas não têm valor jurídico e são totalmente nulas.

Isso porque o senador só poderia ser investigado com autorização do STF. O advogado afirmou não ter tido acesso à íntegra de todos os diálogos interceptados pela PF, mas critica a atuação da polícia.

“Como vou fazer interpretação de uma suposta interpretação do que a polícia ouviu?”, questionou.

Segundo a defesa, caberia ao juiz de primeira instância remeter o caso de Demóstenes ao Supremo logo nos primeiros dias de escutas.

* Com informações da Folha

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Saúde

Histórico de cirurgias após facada deixa Bolsonaro em risco; veja como será a operação

Foto: Reprodução/Redes sociais

A cirurgia de hérnia inguinal bilateral de Jair Bolsonaro será feita por técnica aberta, com cortes na região da virilha em ambos os lados, por causa do histórico de múltiplas cirurgias abdominais após a facada de 2018. O procedimento visa recolocar alças intestinais que saíram por pontos de fraqueza na musculatura e reforçar a parede abdominal.

Durante a operação, os cirurgiões farão a redução da hérnia, empurrando os tecidos de volta para a cavidade abdominal, segundo informações do Poder360. Em seguida, será colocada uma tela de polipropileno, material sintético que funciona como um “remendo” para evitar que a hérnia volte.

O cuidado é redobrado por causa das aderências intestinais, que são tecidos que grudam entre si após cirurgias anteriores. Essas aderências aumentam o risco de complicações, exigindo atenção especial no pré-operatório e durante toda a cirurgia.

Cada lado da hérnia deve levar cerca de uma hora e meia, com duração total estimada entre duas horas e meia e três horas e meia. O procedimento segue todos os protocolos médicos do laudo pericial da PF, garantindo que seja feito com segurança técnica máxima.

Foto: Reprodução/Poder360

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Geral

Papa Leão 14 celebra 1ª Missa do Galo e muda horário das celebrações de Natal no Vaticano

Foto: Reprodução/Instagram

O papa Leão 14 celebrou nesta quarta-feira (24) a sua primeira Missa do Galo, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Eleito em maio, o pontífice comanda pela primeira vez as celebrações de fim de ano da Igreja Católica, que tradicionalmente começam na véspera do Natal.

A cerimônia foi realizada às 22h no horário local (18h em Brasília), por decisão do próprio papa. A Missa do Galo é a celebração que marca o nascimento de Jesus Cristo e abre oficialmente o calendário natalino da Igreja. Leão 14 optou por um horário intermediário entre a tradição da meia-noite e os ajustes feitos por papas anteriores.

Até 2009, a missa era celebrada à meia-noite. O horário foi alterado por Bento 16 para 22h e depois para 21h30, mantido por Francisco até 2020. Durante a pandemia da covid-19, a celebração passou para as 19h, horário preservado nos últimos anos por causa da idade e da saúde do papa Francisco.

Leão 14 também decidiu celebrar a missa do dia de Natal, marcada para quinta-feira (25), às 6h de Brasília, algo que não ocorria há 31 anos, desde João Paulo II, em 1994. Além disso, no dia 31 de dezembro, o papa preside as Primeiras Vésperas e a bênção Te Deum, e em 1º de janeiro de 2026 celebra a Missa do 59º Dia Mundial da Paz, também na Basílica de São Pedro.

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Saúde

Após exames, Bolsonaro é liberado para cirurgia nesta quinta (25)

Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi considerado apto para cirurgia e será submetido a um procedimento na manhã desta quinta-feira (25), feriado de Natal, às 9h, no hospital DF Star, em Brasília. A informação consta em boletim médico divulgado nesta quarta-feira (24). A cirurgia tem duração estimada de cerca de quatro horas e será realizada sob anestesia geral.

Segundo o hospital, Bolsonaro passou por exames pré-operatórios, avaliação cardiológica e análise de risco cirúrgico. O procedimento previsto é uma herniorrafia inguinal bilateral, cirurgia feita para corrigir hérnias na região da virilha, quando parte de um órgão sai do lugar por fraqueza na musculatura.

A necessidade de um bloqueio anestésico específico será avaliada durante a internação, conforme a evolução clínica.

Bolsonaro está internado desde a manhã desta quarta, após ser transferido da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, para o hospital, com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Não há previsão de alta. A equipe médica informou que o ex-presidente deve permanecer internado entre cinco e sete dias. Há ainda a possibilidade de realização de um procedimento não cirúrgico para aliviar uma crise de soluços, caso o quadro persista.

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Geral

[ANÁLISE] ‘O ANTAGONISTA’: O ministro Alexandre de Moraes determinaria a prisão de Alexandre de Moraes?

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Por Wilson Lima – O Antagonista

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes teve uma atuação implacável na chamada ação penal do golpe. Foi rígido, intransigente, adotou ritos questionáveis… tudo sob a justificativa de preservar a democracia brasileira. Foi criticado pelos excessos. E aplaudido por eles (a depender de que lado da torcida o cidadão está). Inclusive pelos seus colegas de Tribunal.

Foi graças a Moraes que a Debora do Batom levou 14 anos de cana; foi graças a Moraes que Jair Bolsonaro levou uma condenação de 27 anos e três meses de prisão; Moraes enxergou na vigília convocada por Flávio Bolsonaro um plano de fuga do ex-presidente; e, agora, decidiu colocar dois policiais federais no quarto do hospital onde o ex-presidente ficará internado para uma intervenção cirúrgica de correção de uma hérnia inguinal bilateral.

Moraes também bloqueou o X (antigo Twitter) e o Telegram por eles não terem escritório no Brasil. Após uma multa milionária e um recuo das duas plataformas, tudo voltou ao normal.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes teve uma atuação implacável na chamada ação penal do golpe. Foi rígido, intransigente, adotou ritos questionáveis… tudo sob a justificativa de preservar a democracia brasileira. Foi criticado pelos excessos. E aplaudido por eles (a depender de que lado da torcida o cidadão está). Inclusive pelos seus colegas de Tribunal.

Foi graças a Moraes que a Debora do Batom levou 14 anos de cana; foi graças a Moraes que Jair Bolsonaro levou uma condenação de 27 anos e três meses de prisão; Moraes enxergou na vigília convocada por Flávio Bolsonaro um plano de fuga do ex-presidente; e, agora, decidiu colocar dois policiais federais no quarto do hospital onde o ex-presidente ficará internado para uma intervenção cirúrgica de correção de uma hérnia inguinal bilateral.

Moraes também bloqueou o X (antigo Twitter) e o Telegram por eles não terem escritório no Brasil. Após uma multa milionária e um recuo das duas plataformas, tudo voltou ao normal.

Por essas e outras que pode se falar tudo de Moraes. Menos que ele não seja um juiz extremamente rigoroso. E cauteloso quanto à possibilidade de cometimento de reiteradas condutas delitivas.

As revelações feitas pelos jornais O Globo Estado de São Paulo sobre a suposta atuação de Moraes no caso Master levantam o seguinte questionamento: o ministro Alexandre de Moraes determinaria a prisão (ou uma investigação mais criteriosa) do Alexandre de Moraes, marido de dona Viviane Barci de Moraes, que assinou um contrato de R$ 129 milhões com o Banco Master?

Eis os fatos: Viviane Barci de Moraes assina um contrato de três anos – 2024 a 2027 – para atuar em causas ligadas ao banco de Daniel Vorcaro. Em 2025, segundo informações do jornal O Globo e Estadão, esse Alexandre liga para o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para discutir a venda do Master para o BRB. Uma transação que era questionada pelo mercado desde o início do ano. E que no futuro a PF demonstraria que essa transação não passaria de uma bela picaretagem.

Em tese, na visão do ex-juiz Marcelo Bretas, um caso clássico de crime de advocacia administrativa.

O álibi desse Moraes para se livrar de tal acusação seria, então, a discussão em torno da Lei Magnitsky. Uma conversa que ocorrera não somente com Galípolo, como também com representantes de outros bancos, inclusive Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara. Tudo pareceu ensaiado. Vazamento via porta-voz oficial, uma nota oficial do Supremo… tudo certo. E a nota deu a entender que a conversa ocorrera ainda em julho.

Mas as inconsistências apareceram. Nenhum registro desse encontro entre Galípolo e Moraes nas agendas do STF, nem do Banco Central. Nem em julho, nem em agosto. Em agosto, Galípolo conversou com representantes dos bancos apenas em agosto em datas distintas daquelas citadas nas notas de Moraes. Fora que, conforme revelou este portal, até setembro não havia uma diretriz clara sobre como o governo brasileiro iria lidar com a Magnitsky. E o próprio BACEN deixou claro, por meio de resposta à Lei de Acesso à Informação (LAI), que não atuaria como assessor em determinados casos.

O jurista Wálter Fanganiello Maierovitch, em coluna no Uol, coaduna com a tese de que esse caso poderia ensejar acusações por crime de advocacia administrativa. “Usou o prestígio do cargo, no interesse do escritório da esposa, em detrimento do interesse público, ou seja, da apuração rigorosa, sem facilidades e sem privilégios. Tudo poderá resultar na palavra de um contra a do outro. Mas, o antecedente, o milionário contrato, depõe contra Moraes”, disse ele.

Obviamente que, em ação judicial, tudo precisará ser provado, analisado e investigado. Mas, sem dúvida alguma, o ministro Alexandre de Moraes, rigoroso como é, não deixaria o outro Alexandre de Moraes em paz. Para dizer o mínimo.

Por Wilson Lima – O Antagonista

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Geral

SALÁRIOS ATRASADOS: Tá explicado porque Walter Alves não quer assumir essa bomba

Foto: reprodução

Agora está mais do que comprovado porque o vice-governador, Walter Alves, não está querendo assumir o Governo do Estado, um sonho de qualquer político.

O Governo assinou hoje (24) seu atestado de incompetência, rasgando a última narrativa que faltava, o atraso de salários dos servidores, que passarão o Natal sem o presente natalino, sem sua ceia.

A nota para imprensa disse que o 13º salário só em 2026! Isso mesmo, só em 2026, prometendo para 9 de janeiro, deixando na mão os ativos, aposentados e pensionistas, que agora vestem o discurso do ódio do desgoverno.

Agora tá explicado porque Walter não quer assumir essa bomba, sentar numa cadeira que poderia ser sonho de consumo de qualquer um.

Agora, quando o rombo é grande, ficar ingovernável, quem é o doido que assume uma bronca dessa.

Na nota do Governo do Estado tem “programação responsável”.

Não foi por falta de aviso. O desgoverno é grande e vai piorar.

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Moraes autoriza visita dos filhos de Jair Bolsonaro durante internação no hospital

Foto: reprodução/twitter

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a visita dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto ele estiver internado no Hospital DF Star, em Brasília.

Estão autorizados a visitar o ex-mandatário o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), os vereadores Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e Jair Renan Bolsonaro (PL-SC), além de Laura Firmo Bolsonaro, filha menor de idade. A decisão sobre as visitas segue as regras gerais do hospital aplicáveis a todos os pacientes.

Bolsonaro tem uma cirurgia de hérnia inguinal marcada para esta quarta-feira (25), dia de Natal. O procedimento deve durar de três a quatro horas, e a previsão de internação é de cinco a sete dias, segundo especialistas ouvidos pela CNN Brasil.

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Futuros guardas municipais de Macaíba fazem treinamento sobre situações de emergência

Imagens: Luan Alves

Os alunos do curso de formação da primeira turma da Guarda Civil Municipal (GCM) de Macaíba, conduzido pela Guarda Municipal de Natal, participaram, na manhã desta segunda-feira (22), de uma visita técnica ao Aeroporto Internacional de Natal, localizado em São Gonçalo do Amarante. A atividade teve como objetivo proporcionar aos futuros guardas o conhecimento prático sobre os sistemas de resposta e emergência do aeroporto, além dos procedimentos adotados em situações de risco dentro do complexo aeroportuário.

A visita técnica e as orientações sobre como proceder em ocorrências de emergência foram conduzidas pelo líder de Resgate de Aeródromo, Ranielly Dantas da Silva, que apresentou aos alunos a estrutura operacional do aeroporto, os protocolos de segurança e a integração entre os diversos setores envolvidos em situações críticas.

“Os alunos tiveram acesso a área sensível do setor administrativo do aeroporto, conheceram a sala de monitoramento central, onde fica o bombeiro de aeródromo, responsável pelo controle e resposta imediata a incidentes, e foram conduzidos até a pista para conhecer de perto a base dos bombeiros e de participar de um treinamento prático com a equipe”, explicou o líder de resgate.

De acordo com o comandante da Guarda Civil Municipal de Macaíba, Roberto Ângelo, a atuação da GCM ocorre de forma integrada com as demais forças de segurança. “O trabalho da guarda é de auxílio à força principal, pois somos, muitas vezes, o primeiro atendimento. O município de Macaíba é muito próximo ao aeroporto e, em uma situação de emergência, a segurança municipal estaria entre as primeiras a chegar ao local. Por isso, conhecer o parque tecnológico do aeroporto e suas funcionalidades reduz as chances de erro e aumenta a capacidade de auxiliar corretamente as instituições envolvidas”, destacou.

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Moraes divulga terceira nota sobre reuniões com o presidente do BC, e nega que esposa tenha atuado na operação do Banco Master-BRB

Foto: Mariana Campos/CB/D.A Press

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, divulgou nesta quarta-feira (24) uma terceira nota sobre seus encontros com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Ele reiterou que não tratou da situação do Banco Master em nenhuma das reuniões.

Segundo Moraes, os dois encontros ocorreram em seu gabinete e tiveram como único tema os efeitos da aplicação da Lei Magnitsky. O ministro também afirmou que não esteve no Banco Central, não houve ligações telefônicas entre eles e que o escritório de advocacia de sua esposa, Viviane Barci de Moraes, não atuou na operação envolvendo o Banco Master e o BRB.

Veja a terceira nota, na íntegra:

O ministro Alexandre de Moraes esclarece que realizou, em seu gabinete, duas reuniões com o presidente do Banco Central para tratar dos efeitos da aplicação da Lei Magnistiky. A primeira, no dia 14/8, após a primeira aplicação da lei, em 30/7; e a segunda no dia 30/9, após a referida lei ter sido aplicada em sua esposa, no dia 22/9.

Em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão referente à aquisição do BRB pelo banco Master. Esclarece, ainda, que jamais esteve no Banco Central e que inexistiu qualquer ligação telefônica entre ambos, para esse ou qualquer outro assunto. Por fim, esclarece que o escritório de advocacia de sua esposa jamais atuou na operação de aquisição Master-BRB perante o Banco Central.

Embora a nota fale em “aquisição do BRB pelo banco Master”, na realidade, a operação seria a inversa: o BRB que pretendia comprar o banco Master.

Versões anteriores

A nova nota corrige datas de reuniões e responde a reportagem da colunista Malu Gaspar, de O Globo, que apontou suposta atuação do ministro em favor do Banco Master. A jornalista também revelou que o escritório da esposa de Moraes tem contrato de R$ 129 milhões com a instituição financeira, valor que seria pago ao longo de 36 meses.

Moraes negou qualquer pressão ou interferência no Banco Central e afirmou que se reuniu com dirigentes de outras instituições financeiras exclusivamente por causa das sanções impostas pela Lei Magnitsky.

Com informações de Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. E o inquérito das FAKE NEWS? Malu não entrará? Atacar ministro é crime contra a democracia. Não vai haver nada dessa vez?

  2. Quem duvidar vai preso…esse é o herói dos bandidos e mau-caráter defensores de ladrão

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Embaixador diz que não sabia de vídeo de Porchat sobre direita e Havaianas gravado na sede da embaixada em Roma

O embaixador do Brasil em Roma, Renato Mosca de Souza, afirmou nesta terça-feira (23) que não tinha conhecimento nem autorizou a gravação de um vídeo do ator Fábio Porchat na sede da embaixada. No material, Porchat ironiza políticos de direita no contexto do boicote à marca Havaianas.

Em nota divulgada pelo Itamaraty, Mosca disse que Porchat era seu convidado pessoal para a celebração de Natal, mas que o vídeo foi gravado e publicado sem seu aval. O embaixador destacou ainda que a visita não gerou gastos públicos.

No vídeo, feito em parceria com o canal Porta dos Fundos, mostra Porchat no papel de um gestor de crise que envia um recado à atriz Fernanda Torres, protagonista do comercial de fim de ano da Havaianas. A campanha motivou críticas de políticos de direita após a atriz fazer uma brincadeira com a expressão “pé direito”.

Procurada pela CNN Brasil, a assessoria de Porchat informou que não conseguiu contato com o ator por ele estar de férias.

Veja o vídeo:

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Geral

CASO BANCO MASTER: banqueiros e autoridades dizem que PF também sofreu pressão de Moraes

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Banqueiros e autoridades de Brasília afirmam ter recebido informações de que o ministro do STF Alexandre de Moraes teria pressionado o Banco Central a favorecer o Banco Master e demonstrado interesse no andamento das investigações sobre o caso junto à Polícia Federal. A informação é da coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Segundo esses relatos, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, teria informado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação e ouvido como resposta que tomasse “as providências necessárias”. Procurado, Rodrigues negou ter tratado do assunto com Moraes ou com Lula. “Isso é mentira. O ministro nunca falou comigo sobre o Banco Master”, afirmou.

A assessoria do STF informou que Moraes nega qualquer tentativa de interferência. Em nota, o ministro afirmou que se reuniu com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, apenas para tratar das sanções impostas a ele pela Lei Magnitsky, negando ligações telefônicas ou discussões sobre o Banco Master.

A controvérsia ganhou força após reportagem da colunista Malu Gaspar, de O Globo, afirmar que Moraes teria feito contatos com Galípolo para tratar da venda do banco ao BRB. O Banco Central confirmou apenas que houve reuniões sobre a Lei Magnitsky, sem comentar outros temas.

A esposa do ministro, Viviane Barci de Moraes, é advogada do Banco Master, cujo escritório firmou contrato de R$ 129 milhões com a instituição. Em novembro, a PF prendeu o presidente do banco, Gabriel Vorcaro, e o Banco Central decretou a liquidação da instituição.

Opinião dos leitores

  1. pronto, o cara está manipulando até o mercado financeiro e ninguem faz nada. País de bananas!

  2. Xandão cantando para Andrei Rodrigues, diretor da PF: Tchutchua, vem aqui pro seu tigrão. Vou te jogar na cama e te dar muito pressão…

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