Foto: Reprodução/CNN Brasil
O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), é ouvido pela CPI da Pandemia agora pelos senadores. A oitiva é vista nos bastidores do Senado Federal como uma das mais aguardadas pela cúpula da comissão.
O requerimento de convocação do deputado foi protocolado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Nessa quarta-feira (11), porém, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), atendeu a um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e transformou a convocação de Barros em convite.
A convocação de Barros estava prevista antes do recesso parlamentar e passou por uma série de trâmites jurídicos, incluindo o acesso de Barros a todos os documentos que citaram o seu nome na CPI até o início de julho. Em entrevista à CNN nesta manhã, Barros afirmou que não deixará nenhuma questão dos senadores sem resposta. Ele fará uma apresentação inicial e, em seguida, estará disponível aos senadores.
Em depoimento à comissão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) revelou que, ao contar para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre os indícios de corrupção na aquisição da Covaxin, o chefe do Executivo teria mencionado que o caso teria o envolvimento de Ricardo Barros. À época, Barros negou ser o deputado citado pelo presidente.
Aziz diz que Barros não pode opinar sobre membros da CPI; senadores discutem com relator
Ainda no início das perguntas do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), um discussão entre os parlamentares e o depoente paralisou as perguntas iniciais e o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), suspendeu a sessão temporariamente. Barros voltou a afirmar que Bolsonaro não disse seu nome no suposto esquema da Covaxin e pediu para reexibir um vídeo mostrado durante sua fala inicial.
Inicialmente, Renan exibiu um trecho do depoimento de Luis Miranda – no momento em que ele revela a senadora Simone Tebet (MDB-MS) que o presidente teria citado o nome do líder do governo na Câmara ao saber das supostas irregularidades na Covaxin. O deputado então pediu para exibir o vídeo – já apresentado durante sua fala inicial. “Vamos abrir para este depoente um precedente que nenhum outro teve até agora?”, questionou o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
A fala de Randolfe provocou uma discussão entre os parlamentares Fernando Bezerra (MDB-PE), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Renan Calheiros (MDB-AL), Marcos Rogério (DEM-RO) e Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). Omar interveio, não permitiu a exibição do vídeo novamente e pediu que Barros colaborasse com a CPI.
“Deputado Ricardo Barros, por favor, responda as perguntas. Seus comentários sobre a CPI fale da porta pra fora. Aqui não. Aqui nós não criamos versões, são fatos. O Luis Miranda disse aqui que você participou disso, sim. E se eu fosse líder do governo eu não pedia, não, eu exigiria que ele se retratasse. Não era necessária a sua presença, não. Bastava o presidente ter desmentido Luis Miranda”, disse Omar Aziz.
Presidente nunca afirmou que eu estivesse no caso Covaxin; ele perguntou, diz Barros
Ao iniciar sua fala de apresentação na CPI da Pandemia, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro “nunca afirmou que eu estivesse [envolvido] no caso da Covaxin”, mas sim perguntou sobre seu nome.
Antes do início da oitiva, o líder do governo na Câmara já havia feito as afirmações por meio das redes sociais. As supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin foram levadas ao presidente pelo deputado Luis Miranda e seu irmão, Luis Ricardo, servidor do Ministério da Saúde.
Em 4 pontos, entenda o caso da Covaxin e dos irmãos Miranda.
“Vou provar que o presidente NUNCA AFIRMOU meu envolvimento no caso Covaxim. Ele PERGUNTOU. Eu não participei das negociações da Covaxim como todos os ouvidos na CPI já confirmaram”, escreveu o deputado no Twitter.
Bolsonaro está certo em não responder a Miranda, diz Barros antes da oitiva
Antes de chegar à comissão, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) falou brevemento com jornalistas. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro está certo ao não responder ao deputado Luis Miranda (DEM-DF) após o parlamentar dizer que ele teria citado o nome de Barros no “rolo” da Covaxin.
“O presidente não pode desmentir o que nunca disse”, disse Barros. Ele também afirmou que nunca tratou do assunto com o presidente e que se trata “apenas de uma versão que o deputado Luis Miranda colocou”.
Segundo ele, todos os elementos sobre esse tema serão apresentados aos senadores durante o depoimento “para que encerremos [o assunto] por todas as vezes”. Barros nega ter participado de qualquer negociação da Covaxin.
Em entrevista à CNN, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que Bolsonaro nunca desmentiu as falas de Miranda sobre o suposto envolvimento de Barros e que, por isso, o líder do governo deveria comparecer à CPI.
CNN Brasil
É triste ver os depoentes.É triste ver os membros da CPI.É de matar de tristeza.
Tem jeito não, vão todos pro xilindró! Eu Creio!
Nessa conversa nem a boiada cai. Por que Sonsonaro PERGUNTARIA se BARROS estava envolvido ao invés de AFIRMAR, ele que tudo sabe, tem a sua agência particular de informações? Em breve saberemos a real participação do Messias.
chega de perder tempo ouvindo bandidos. quem rouba mente e quem mente rouba! emite logo o relatório e foda-se quem for culpado. ô muído dos 600 diabos!!!
O deputado estava ansioso para o seu depoimento taí… A pergunta é: até quando vai arriscar seu pescoço para defender o clã Bolsonaro ?
Acredito que ele seria tão burro, igual a vcs que defendem aquele meliante, vide Palocci, Cervero, Paulo Costa, Nelma Kodama, Marcos Valério + 176 delatores que se entregaram ou for levados a força como o chefe da quadrilha.