Foto: White House
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que desistiu da candidatura à reeleição neste domingo (21). Diante disso, existem cenários e protocolos que o Partido Democrata precisa avaliar para definir um substituto.
Biden estava sendo pressionado a abandonar a candidatura desde o fim de junho, quando teve um desempenho fraco em um debate na TV contra Donald Trump. Nos últimos dias, os rumores sobre desistência começaram a ganhar força.
A Reuters conversou com Elaine Kamarck, pesquisadora sênior do grupo de pesquisa Brookings Institution, membra do Comitê Nacional Democrata (DNC) e autora do livro “Primary Politics”, que explica o processo de nomeação presidencial e como os democratas podem substituir Biden.
O Partido Democrata não tinha um verdadeiro Plano B para substituir Biden como candidato presidencial até o fim de junho. Ele concorreu virtualmente às primárias do partido sem grande oposição.
Pelo protocolo, era esperado que Biden fosse oficialmente nomeado candidato em agosto, quando ocorre a Convenção Nacional Democrata.
Com a desistência, o presidente poderia liberar os quase 4.000 delegados que ele havia conquistado nas primárias para escolher outros candidatos do partido.
Quem substituiria Biden?
Vários candidatos poderiam entrar na disputa, mas não há um número exato.
A vice-presidente Kamala Harris quase certamente está no topo da lista e recebeu apoio de Biden. Por outro lado, ela ficou apagada nos últimos quatro anos e tem números ruins em pesquisas.
Caso Biden seja substituído por Kamala Harris, a vice-presidente poderia continuar a campanha usando os recursos já arrecadados por meio de doações. Isso seria possível uma vez que Kamala já fazia parte da chapa antes da desistência do presidente.
Especialistas ouvidos pelo jornal “Financial Times” disseram que esse processo seria mais complicado caso o Partido Democrata resolvesse escolher um outro nome, sem ser Kamala. Neste caso, a chapa Biden-Harris deveria devolver todo o dinheiro doado.
Além disso, o novo nome escolhido pelos democratas teria de começar a campanha praticamente do zero.
g1
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