Finanças

Dilma avalizou contrato de estaleiro envolvido em fraudes de R$ 100 milhões

A Operação Lava Jato já concluiu que, a partir de 2010, pelo Estaleiro Rio Grande, escoaram propinas de cerca de R$ 100 milhões para os cofres do PT e aliados. A constatação foi extraída a partir de delações premiadas, dentre elas a do ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, e de Gerson Almada, vice-presidente da Engevix. A partir das próximas semanas, o Ministério Público terá acesso a um outro capítulo sobre as falcatruas que envolvem o estaleiro e, pela primeira vez, um documento com a assinatura da presidente Dilma Rousseff será apresentado aos procuradores que investigam o Petrolão. Trata-se do contrato que deu início a implementação do Estaleiro Rio Grande, em 2006. Dilma, na época ministra da Casa Civil, assina como testemunha. Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras e hoje na cadeia, assina como interveniente, uma espécie de avalista do negócio.

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O documento será entregue aos procuradores por um ex-funcionário da Petrobras que resolveu colaborar com as investigações, desde que sua identidade seja preservada. Ele atua há 30 anos no setor de petróleo e durante 20 anos trabalhou na Petrobras. Além do contrato, essa nova testemunha vai revelar aos procuradores que desde a sua implementação o Estaleiro vem sendo usado para desviar recursos púbicos e favorecer empresas privadas a pedido do PT. Na semana passada, a testemunha antecipou à ISTOÉ tudo o que pretende contar ao Ministério Público. Disse que o contrato para a implementação do Estaleiro é fruto de uma “licitação fraudulenta, direcionada a pedido da cúpula do PT para favorecer a WTorre Engenharia”. Afirmou que, depois de assinado o contrato, servidores da Petrobras “foram pressionados a aprovar uma sucessão de aditivos irregulares e a endossarem prestações de contas sem nenhuma comprovação ou visivelmente superfaturadas”. Um mecanismo que teria lesado a estatal em mais de R$ 500 milhões.

mi_5467376301082050O contrato que os procuradores irão receber foi assinado em 17 de agosto de 2006. O documento tem 43 páginas e trata sobre a construção física do estaleiro. De acordo com as revelações feitas pelo ex-funcionário da Petrobras, para escapar do rigor da lei das licitações, a estatal incumbiu a Rio Bravo Investimentos DTVM de conduzir a concorrência. O processo licitatório, segundo a testemunha, foi dirigido de modo que a WTorre superasse outras gigantes do setor e fechasse um negócio de R$ 222,9 milhões para erguer a infraestrutura física do estaleiro adequado à construção de plataformas semi-submersíveis. “A Camargo Corrêa chegou a oferecer uma proposta melhor do que a da WTorre, mas depois a retirou e apresentou outra com valor muito maior”, lembra o ex-funcionário da estatal. “A gente ouvia que a WTorre estava ajudando o PT em São Paulo e deveria ficar com a obra. Havia uma forte pressão da cúpula do PT”. O ex-funcionário da Petrobras não diz nomes, mas os procuradores da Lava Jato têm informações de que o ex-ministro Antônio Palocci seria o consultor da WTorre nessa operação. Tanto Palocci como a empreiteira negam. A WTorre afirma que participou de uma concorrência absolutamente regular, cumpriu com sua parte no contrato e posteriormente vendeu os direitos de exploração do estaleiro.

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Finalizada a concorrência para a montagem do Estaleiro, a Rio Bravo voltou à cena, segundo a testemunha, tornando-se gestora do negócio e adquirindo os direitos decorrentes da construção e do contrato de locação por dez anos. “A Rio Bravo converteu esses direitos em quotas do fundo imobiliário que foram adquiridos pela Petrobras (99%). Deu-se então outra operação heterodoxa: uma emissão de certificados de recebíveis imobiliários (CRI), gerando assim uma receita antecipada para os envolvidos na negociação. Em contratos públicos, normalmente a empreiteira só recebe após a comprovação de que realizou determinada etapa de uma obra. Nesse caso, o dinheiro caiu antes na conta”, afirma a testemunha. De acordo com o ex-funcionário, “a Petrobras assumiu todo o risco e bancou 80% do empreendimento”. Para o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho, toda a operação precisa ser apurada. “A presidente Dilma referendou um contrato repleto de suspeição, fruto de uma operação extremamente nebulosa, ao lado de um ex-diretor da Petrobras que foi preso pela Operação Lava-Jato. Caberá à CPI e à força-tarefa da Lava-Jato se debruçar sobre esse fato”, disse o parlamentar. Mendonça Filho ressalta que o contrato entre a Rio Bravo e o Estaleiro Rio Grande “é o primeiro documento nas investigações da Petrobras com a assinatura da então ministra e hoje presidente Dilma”. Para o líder parlamentar, a Petrobras foi “irresponsável”. “Tudo isso mostra uma relação absolutamente promíscua, que claramente lesa o interesse da própria empresa e repete a conexão de alimentação ilegal do sistema político”, afirmou.

mi_5467413067673053Ao revelar o que sabe para os procuradores da Lava Jato, a nova testemunha vai complicar a situação de Renato Duque e de Pedro Barusco. Segundo o ex-funcionário da estatal, em sua delação premiada Barusco omitiu o que ocorrera antes da venda do Estaleiro pela WTorre a Engevix, que conduziu as negociações para a compra dos navios-sonda, que renderam propinas de R$ 40 milhões ao PT. “A delação do Barusco se refere a algo posterior, depois que o estaleiro foi vendido pela WTorre para a Engevix e o Funcef. Mas, não sei por que razão, ele preferiu não dizer o que aconteceu antes disso”, disse o funcionário. Barusco, segundo a testemunha, acompanhou a obra do estaleiro desde a assinatura do contrato de 2006. “Tivemos algumas reuniões com ele. Era muito gentil e objetivo. Fazia perguntas técnicas sobre o projeto”, lembra. Para o trabalho “político”, o sub de Renato Duque também tinha um sub, o gerente de Implementação de Projetos, Antonio Carlos Alvarez Justi, apelidado de Barusco do Barusco.

mi_5467427245708963Outra fraude, revelada pelo ex-funcionário da Petrobras se refere a aditamentos milionários. De agosto de 2006 a setembro de 2010, segundo a testemunha, foram assinados 12 aditivos, tanto para reajuste do valor do contrato como para o alargamento de prazos. Alguns desses aditivos, de acordo com a testemunha, foram justificáveis, outros não. “Sempre a decisão política prevaleceu sobre a técnica”, diz. Em 2007, a Petrobras anunciou que encomendaria ao estaleiro, além das plataformas submersíveis, cascos de navios-sonda. Com isso, o projeto precisou ser ampliado. Foi firmado um novo contrato de R$ 216,8 milhões, totalizando R$ 440 milhões. Em 2008, a WTorre entrou com pedido de um aditivo de R$ 365 milhões. “Criou-se uma comissão de negociação para avaliar o pleito e o Justi cobrou uma solução rápida. Ele estipulou o prazo de 30 dias para a comissão analisar o pleito e elaborar a minuta do contrato, algo humanamente impossível”, revelou a testemunha. Justi, de acordo com o funcionário, resistia a que o tema fosse levado ao Departamento Jurídico da Petrobras por não querer questionamentos. Nesse caso, porém, uma comissão interna da estatal reagiu. Providenciou uma auditoria nas planilhas de custos apresentadas pela WTorre revelando que pelo menos R$ 150 milhões do total do aditivo solicitado eram injustificáveis. “Eram valores sem comprovação. Custos forjados para superfaturar o valor do contrato”, afirmou o ex-funcionário. Mas o alerta feito pela comissão interna da Petrobras não surtiu o efeito desejado. Dois anos depois, conforme planilhas da Rio Bravo, o valor da obra alcançou R$ 711,6 milhões. E, graças a uma nova suplementação de recursos, ao final, a obra foi orçada em R$ 840 milhões.

mi_5467437880076673Em 2010, foi anunciada a venda do Estaleiro Rio Grande para a Ecovix, uma companhia criada pela Engevix em parceria com o Funcef. Embora o negócio só tenha sido oficializado em junho, há indícios de que a transação já estava acertada nos bastidores desde o início do ano. A testemunha conta que Gerson Almada, vice-presidente da Engevix atualmente preso pela PF, foi comemorar o acerto num bar bastante reservado, localizado no interior de uma loja de bebidas no Centro do Rio. “Ele estava muito animado. Todos que estavam na mesa riam muito”, lembra. Para formalizar o negócio da Engevix com a Funcef, segundo a testemunha, Almada teria recorrido novamente aos préstimos de “um cacique do PT”. “O Almada nunca escondeu que contava com o apoio da cúpula do partido”, afirma a testemunha. À imprensa, a Engevix anunciou que todo o negócio envolvendo a compra do Estaleiro custou R$ 410 milhões. Para o ex-funcionário da estatal, “o valor real foi pelo menos o dobro.”

Com as revelações dessa nova testemunha, o Ministério Público deverá aprofundar a investigação em torno dos negócios envolvendo o Estaleiro Rio Grande. Os procuradores, no entanto, não poderão dar maior atenção ao fato de Dilma ter assinado o contrato. Caso encontrem indícios de crime no documento, todas as provas serão submetidas ao STF, dado ao foro privilegiado da presidente, que não pode ser investigado em primeira instância. No universo político a reação é outra. O deputado Mendonça Filho já adiantou que pedirá que a CPI entre no caso. A construção do Estaleiro Rio Grande já havia motivado requerimentos dos deputados Ivan Valente (PSOL-SP) e Eliziane Gama (PPS-MA). Valente pedirá prioridade na convocação do ex-ministro Antonio Palocci, depois que reportagem publicada na semana passara por ISTOÉ revelou que ele teria intermediado repasses ao PT a partir de consultorias para a WTorre.

mi_5467454671483980O fato de assinar o contrato não implica nenhum malfeito ou crime à presidente Dilma Rousseff. No entanto, especialistas ouvidos por ISTOÉ criticam o modelo de contratação do negócio e a participação da Petrobras como interveniente no contrato assinado por Dilma. O advogado Roberto Schultz, especialista em contratações públicas, acha que é importante analisar, no conteúdo do contrato, em que base se deu a participação da Petrobras. Segundo ele, é incomum ver uma empresa estatal ou de economia mista entrando como um terceiro num contrato entre empresas privadas. Esse interveniente geralmente é um “avalista” do acordo para casos de descumprimento de obrigações contratuais. “É muito raro. É difícil imaginar que alguém de uma empresa do porte da Petrobras colocaria seu carimbo em um contrato. Quando algo é muito feio você não diz que é feio, você diz que é diferente. Acho que é o caso”, afirma. A presença de Dilma e da Petrobras no contrato, segundo ele, espelharia o nível de envolvimento desses agentes com o projeto. “Mostra que as empresas envolvidas têm muita força, muita influência política”, diz. Schultz ressalta que “não faz sentido Dilma subscrever o contrato nem como ministra da Casa Civil nem como presidente do Conselho de Administração da Petrobras”. “Conselheiro não é um cargo de administração.”

Também atuante na área de contratos empresariais, a advogada Suelen Santos avalia como “atípica” a participação de autoridades públicas como “testemunhas” no contrato. No caso, apenas “sócios” ou administradores legitimamente constituídos deveriam avalizar o negócio. Ela lembra que a presença de testemunhas é um requisito para casos de litígio. Procurada pela reportagem, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República afirmou através de nota que a “instalação do Estaleiro Rio Grande é parte do programa de desenvolvimento da indústria naval brasileira. A produção no Brasil de equipamentos e bens para a exploração do pré-sal constitui uma grande ação de governo, gerando emprego e renda, ampliando as condições de crescimento da economia”. 

Terra, via Isto É

http://www.istoe.com.br/reportagens/412014_COM+A+ASSINATURA+DE+DILMA

Opinião dos leitores

  1. A operação que investiga um suposto esquema de fraudes fiscais de R$ 19 bilhões na Receita Federal pode "apequenar" o escândalo de corrupção na Petrobras investigado pela operação Lava Jato, afirma uma matéria publicada na última edição da revista britânica The Economist; segundo a publicação, crimes de evasão fiscal no Brasil já são "um esporte nacional", fazendo menção à Operação Zelotes, deflagrada na semana passada para desarticular organizações criminosas que manipulavam julgamentos a fim de obter vantagens financeiras e evitar multas; a 'Economist' destacou que o valor desviado no esquema seria suficiente para cobrir 75% de toda a conta com a Copa do Mundo de 2014.

  2. Bruno,
    Só está aparecendo os uúltimos post's uns 4 ou 5 e não carrega mais.
    Mudou a forma de acessar?
    Obg e Parabéns pelo trabalho.
    Lamas Neto

    1. Amigo Lamas, estamos colocando no AR o novo blog, alguns ajustes ainda. Abraços

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Geral

Dólar bate R$ 6 pela 1ª vez na história diante do pacote fiscal do governo Lula

Foto: Pixabay

O dólar bateu R$ 6 pela primeira vez na história nesta quinta-feira (28), em reação ao aumento da isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5.000 e às medidas do pacote de contenção de gastos do governo federal, detalhadas em entrevista coletiva nesta manhã.

O patamar foi atingido às 11h20, e permaneceu rondando a marca histórica. Às 13h22, a alta era de 1,46%, com o dólar cotado a R$ 6,000. Já a Bolsa despencava 1,36%, aos 125.922 pontos.

O movimento vem um dia depois da moeda norte-americana atingir a cotação de R$ 5,913, o maior valor nominal desde que o real começou a circular, em 1994. A base nominal desconsidera a inflação do cálculo.

O recorde anterior era de R$ 5,905, de 13 de maio de 2020, no estouro da pandemia de Covid-19.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi à rede nacional na noite de quarta-feira para comunicar as medidas de ajuste fiscal do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prometidas desde meados de outubro.

De um lado, anunciou o aumento da isenção da tabela do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) para quem ganha até R$ 5.000 —uma das promessas de Lula enquanto ainda era candidato à presidência.

De outro, afirmou que o pacote de contenção de gastos, costurado há semanas pela Fazenda, terá impacto de R$ 70 bilhões nas contas públicas até 2026. Num horizonte mais longo, a previsão é poupar R$ 327 bilhões entre 2025 e 2030, disse o ministro em entrevista coletiva nesta manhã, na qual detalhou as medidas fiscais ao lado da equipe econômica do governo.

Em sua fala de abertura nesta quinta, Haddad disse que os cortes não se relacionam diretamente com a reforma da renda, na qual se inclui a proposta de aumento da faixa de isenção do IR. “Não queremos confundir o tema da reforma tributária com o tema de medidas que visam a reforçar o arcabouço fiscal”, afirmou.

Folhapress

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Geral

“MÁFIA DO ÓLEO”: Esquema de desvio de petróleo no RN que movimentou mais de R$ 22 milhões é alvo de operação policial

Imagem: reprodução/Polícia Civil RN

Policiais civis da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR) de Mossoró deflagraram a “Operação Máfia do Óleo”, na manhã desta quinta-feira (28). A ação visa combater o esquema de desvio de petróleo e lavagem de dinheiro. A Operação resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Poder Judiciário, e bloqueio de bens dos envolvidos.

De acordo com as investigações, um grupo composto por funcionários de uma concessionária de petróleo e um empresário estavam desviando o material bruto de uma empresa que atua na extração de petróleo na região Oeste do Rio Grande do Norte.

Foi constatado também que eles furtavam o material e o armazenavam de forma ilegal, abastecendo uma carreta com 30 mil litros de óleo que, posteriormente, era revendido por cerca de R$ 2,50 o litro. A cada carregamento, o valor do furto chegava a aproximadamente R$ 75 mil. Ao longo de 14 meses, o grupo movimentou mais de R$ 22 milhões.

Durante a Operação, as equipes policiais realizaram buscas em 10 endereços, sendo sete em Mossoró, um em Assú e dois em Nova Parnamirim. Nos imóveis dos suspeitos, foram apreendidos diversos celulares, notebooks e foi declarada a indisponibilidade de nove veículos, um caminhão quatro imóveis, sendo dois em Natal e dois em Mossoró. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio das contas bancárias e investimentos relacionados aos envolvidos.

Os autores foram indiciados pela suspeita da prática dos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa, furto qualificado, armazenamento ilegal de petróleo e danos ambientais.

O nome da Operação “Máfia do Óleo” faz alusão ao ato criminoso realizado pelos suspeitos que implicou em um prejuízo milionário à economia de Mossoró. As investigações seguem em andamento para poder responsabilizar os envolvidos no desvio e na ocultação dos recursos ilícitos.

A ação contou ainda com apoio técnico do Laboratório de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do RN e operacional da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR) de Natal, da 38ª  Delegacia de Polícia (DP) de Mossoró, 39ª DP de Mossoró, 97ª DP de Assú, da Divisão de Polícia Civil do Oeste (DIVIPOE), Delegacia Especializada de Narcóticos (DENARC) Mossoró, da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações (DEFD) de Mossoró e Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (DEPROV) de Mossoró. A Polícia Civil solicita que a população continue enviando informações, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181.

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Brasil

Lula sanciona lei que institui o cadastro nacional de condenados por pedofilia e estupro

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o decreto que institui o cadastro nacional de condenados por pedofilia e estupro no Brasil. A lei, que foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (28), altera o Código Penal para permitir a consulta pública do nome completo e do número de inscrição no CPF (Cadastro de Pessoa Física) dos condenados por crimes contra a dignidade sexual, garantido o sigilo do processo e das informações relativas à vítima.

Também foi alterada a Lei nº 14.069, de 1º de outubro de 2020, para determinar a criação do Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais.

Antes da alteração, os processos sobre crimes contra a dignidade sexual tramitavam sob sigilo, sem que as informações fossem disponibilizadas. Segundo o texto aprovado pelo Congresso Nacional, o cadastro deve informar também o crime pelo qual o réu foi condenado. Caso ele seja inocentado posteriormente, as informações voltam a ser sigilosas.

O projeto de lei foi aprovado no Senado Federal em 30 de outubro. Os apoiadores da proposta defenderam que o cadastro pode evitar que escolas ou outros locais que lidam com crianças e menores de idade contratem pessoas condenadas por pedofilia.

A proposta é de autoria da senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) e foi relatada na Câmara pela deputada Soraya Santos (PL-RJ).

Os crimes contra dignidade sexual são:

  • Estupro;
  • Violação sexual mediante fraude;
  • Assédio sexual;
  • Estupro de vulnerável;
  • Corrupção de menores;
  • Divulgação de cenas de estupro, estupro de vulnerável, sexo ou pornografia;
  • Mediação para servir à lascívia de outrem;
  • Casa de prostituição
  • Rufianismo/cafetinagem;
  • Exploração sexual;

Fonte: R7

Opinião dos leitores

  1. Homem correto colocando em prática leis importantes para os brasileiros. O antigo presidente era só bla bla bla e ação que é bom nada. Por isso não foi reeleito e jamais será eleito para nada no Brasil.

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Economia

Varejo potiguar deve movimentar R$ 920 milhões durante a Black Friday; veja itens mais procurados

Foto: Reprodução

A última grande data para o faturamento do varejo antes do Natal, a Black Friday neste ano será celebrada no dia 29 de novembro. De acordo com levantamento do Instituto Fecomércio RN (IFC), o período de ofertas e descontos especiais deve injetar aproximadamente R$ 920 milhões na economia do estado. Os negócios de Natal e de Mossoró devem registrar o maior aumento no volume de vendas, movimentando cerca de R$ 332,5 milhões e R$ 73,4 milhões, respectivamente.

De acordo com a pesquisa de intenções de compras do IFC, 61% dos consumidores de Natal e 51,6% dos de Mossoró pretendem ir às compras durante a Black Friday. Além disso, o estudo revela que 57,9% dos natalenses desejam aproveitar as ofertas e os descontos para antecipar compras para o período natalino. Na capital do Oeste, 32,3% dos consumidores ouvidos pelo Instituto Fecomércio RN afirmaram que vão utilizar as promoções oferecidas na data para adiantar compras do mês que vem.

Eletrodomésticos serão os mais procurados em Natal

A maior parte dos natalenses que vai às compras pertence ao sexo feminino (61,1%), tem de 25 a 34 anos de idade (65,9%), concluiu o ensino superior (62,5%) e possui renda familiar mensal acima de 10 salários mínimos (74,5%).

Aproximadamente 38,4% das pessoas que aproveitarão os descontos em Natal pretendem comprar eletrodomésticos, mas a procura por roupas (24,2%) e eletrônicos (20,7%) também deve aumentar durante a Black Friday. Além disso, os natalenses esperam gastar uma média de R$ 725,66. Para 62,1% dos entrevistados pelo IFC, o parcelamento com cartão de crédito será a principal forma de pagamento; enquanto 33,7% devem comprar à vista, com cartão de débito ou transferência por pix.

41,2% dos mossoroenses pretendem comprar três ou mais produtos

Em Mossoró, a maioria das pessoas que vai às compras durante a Black Friday pertence ao sexo feminino (53,9%), tem de 18 a 24 anos de idade (68,2%), possui ensino superior completo (55,9%) e vive com renda superior a 10 salários mínimos (72,7%). Os itens mais procurados no município serão roupas e acessórios (32,2%), seguidos por eletrodomésticos (23,6%) e perfumes e/ou cosméticos (20,5%).

De acordo com o levantamento do Instituto Fecomércio RN, a forma de pagamento mais utilizada pelos mossoroenses deve ser o cartão de crédito. Cerca de 72% dos entrevistados pelo IFC afirmaram que pretendem parcelas as compras da Black Friday, enquanto apenas 22,2% devem realizar pagamentos utilizando dinheiro em espécie, cartão de débito ou transferências por pix. A pesquisa também revelou que, em 2024, o gasto médio do consumidor de Mossoró deve ser de R$ 537,55.

Metodologia

Para mapear as intenções de compras para a Black Friday, o Instituto Fecomércio RN (IFC) entrevistou, durante o mês de outubro, um total de 600 consumidores de Natal e 501 de Mossoró. O nível de confiança de ambos os levantamentos é de 95%, com margem de erro de 4 pontos percentuais. Confira as pesquisas completas no site: https://fecomerciorn.com.br/pesquisas

Fonte: Fecomério RN

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Cidades

Interdições de vias em Natal alteram trânsito e itinerários de ônibus no fim de semana; veja trechos

Foto: Reprodução

A Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) anunciou mudanças no trânsito e no itinerário de ônibus na cidade entre 28 de novembro e 1º de dezembro. As alterações ocorrem devido a obras realizadas pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) e eventos esportivos, como corridas.

A Rua dos Potiguares será bloqueada a partir desta quinta-feira (28) para obras da Caern, com previsão de liberação em 5 de dezembro. Durante o período, a linha de ônibus O-40 (Planalto/Mãe Luiza) terá desvios no itinerário no sentido Mãe Luiza. O trajeto incluirá as avenidas Capitão Mor Gouveia, Interventor Mário Câmara e Lima e Silva antes de retornar à Rua dos Potiguares.

No sábado (30), a Avenida Prudente de Morais, entre a Rua Potengi e a Avenida Alexandrino de Alencar, será bloqueada das 15h às 20h para a corrida promovida pelo Clube de Atletismo do Rio Grande do Norte (CARN).

Linhas de ônibus afetadas:

  • N-05, N-15, O-22, O-24, O-33, O-33A
  • N-35, L-37, O-39, O-40, O-41A
  • L-46, L-51, L-56, N-61, N-64, N-70, N-84

Já no domingo (1º), a Corrida Soldados do Fogo também bloqueará a Avenida Prudente de Morais, no mesmo trecho, das 3h às 8h.

Linhas de ônibus impactadas:

  • N-15, O-33, O-40, O-41A
  • N-64, N-84

Os desvios dessas linhas seguirão pelas ruas Ulisses Caldas, Deodoro da Fonseca, Potengi e Nilo Peçanha, retornando ao percurso normal após os trechos bloqueados.

A STTU recomenda que motoristas evitem as áreas interditadas e oferece atendimento para dúvidas e informações pelos números: (84) 3232-9107, 3232-9105, 98870-3862 ou 3232-9102.

Fonte: O Poti News

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Diversos

Maple Bear Natal transforma espaços da Educação Infantil e investe em ensino inovador

Fotos: Ilustrativas

A Maple Bear Natal, reconhecida por sua metodologia canadense de ensino, está investindo em uma grande reforma em seus espaços destinados à Educação Infantil. A partir de dezembro, os parques dos dois prédios passarão por uma completa revitalização, com a atualização de brinquedos, ambientes e decoração, visando oferecer espaços ainda mais estimulantes e seguros para os pequenos alunos a partir do ano letivo 2025.

A iniciativa, que promete modernizar e ampliar a experiência dos estudantes, tem como objetivo principal integrar ainda mais a metodologia de ensino da Maple Bear aos espaços de convivência. Com a reforma, os espaços da Educação Infantil ganharão novas áreas sensoriais, brinquedos que estimulam a imaginação e a criatividade, além de ambientes projetados para cada faixa etária, desde os bebês até as crianças de cinco anos.

“Sempre buscamos ouvir os feedbacks das nossas famílias e nos mantermos atentos às atualizações do mundo. Unindo essas duas premissas, entendemos que era oportuno transformar os nossos parques da Educação Infantil, aproximando a nossa metodologia também dos espaços de convivência, trazendo mais modernidade, ludicidade e o melhor de parques e áreas de convivência para cada faixa etária”, disse o diretor administrativo-financeiro da instituição, Marcelo Freitas.

Com os novos espaços, as crianças poderão ser ainda mais estimuladas, terão novas oportunidades de explorar novos brinquedos, ambientes e, assim, descobrir coisas novas.

“Toda nossa metodologia está centrada, além da imersão bilíngue, no lúdico, na experimentação e exploração e no cuidado seguro dos nossos alunos. Afinal, nessa faixa etária, aprender brincando, unindo ciência à ludicidade, é fundamental e é característico da metodologia canadense nessa fase da vida escolar”, ressaltou a diretora pedagógica, Mona Lisa Dantas.

Maple Bear Natal

Fundada há 15 anos, a Maple Bear tem a marca da inovação, do compromisso com o ensino e com a formação de cidadãos. Fundamentada no modelo canadense, a escola tem proporcionado a milhares de alunos, durante toda a sua trajetória, uma experiência de aprendizado única.

O modelo de educação estimula a autonomia, o pensamento crítico e a resolução de problemas, formando cidadãos para o futuro. A educação canadense é reconhecida como uma das melhores do mundo, de acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). No último ranking, em 2022, a metodologia canadense se manteve no top 10 em cada uma das competências avaliadas, que são matemática, ciências e leitura.

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Geral

Unimed Natal leva “Black Tudo” do Uniclube para o Fórum Negócios 2024

Foto: Divulgação

Parceira do Fórum Negócios 2024 – evento que ocorre nesta quinta (28) e sexta (29), no Centro de Convenções de Natal – a Unimed Natal terá um estande no evento, onde serão apresentadas todas as novidades sobre o marketplace Uniclube, com destaque para a “Black Tudo”, campanha promocional que está ofertando descontos de até 60% e frete grátis para entregas em Natal e região Metropolitana.

Consolidado como um dos maiores eventos de negócios do Nordeste, o Fórum Negócios reúne especialistas regionais e nacionais em uma programação que conta com palestras sobre temas atuais e experiências focadas em promover o networking e empreendedorismo, além de uma Feira de Negócios com estandes expositores das principais marcas e empresas nas mais diversas áreas de atuação.

No estande da Unimed Natal, além da “Black Tudo”, os visitantes poderão conhecer todas as vantagens para quem quer vender e comprar no Uniclube, entre elas, as condições especiais para clientes e cooperados da Unimed Natal.

“A Unimed Natal é hoje a maior cooperativa de médicos do RN, com cerca de 1.600 cooperados, mais de 230 mil clientes e, há 47 anos se destaca no mercado potiguar por desenvolver inúmeras ações para contribuir com o desenvolvimento do nosso estado. O Uniclube é uma dessas grandes ações. Trata-se de um marketplace genuinamente potiguar, que valoriza e impulsiona o comércio varejista e empreendedorismo do RN e está totalmente alinhada com a proposta do Fórum Negócios”, destaca o superintendente de mercado da Unimed Natal, Deleon Oliveira.

Fórum Negócios

Em sua 9ª edição, o Fórum Negócios Experience 2024 é reconhecido por promover networking qualificado, inovação e uma imersão completa nos temas mais relevantes do mundo dos negócios. O evento será realizado no Centro de Convenções de Natal, nos dias 28 e 29 de novembro, em um formato que promove oportunidades para troca de experiências e prospecção de negócios, além de uma programação de palestras com especialistas, como Eike Batista, Luiza Helena Trajano e Paulo Muzzi. A estimativa é que mais de 6 mil pessoas circulem nos dois dias de evento.

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Economia

Dólar beira recorde de R$ 6 com incertezas sobre pacote de Haddad

Foto: Reprodução

O dólar abriu esta 5ª feira (28.nov.2024) em alta. A moeda norte-americana estava cotada R$ 5,999 por volta de 9h. É 1ª vez na história que atinge esse patamar. A cotação permaneceu a manhã inteira em alta. As falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, iniciadas próximo às 8h30 ajudaram a frear o aumento –mas o dólar ainda permaneceu em um patamar recorde. A mínima do dia foi de R$ 5,95.

A variação desacelerou quando Haddad dava mais detalhes e fazia comentários sobre o pacote fiscal anunciado durante um pronunciamento em rede nacional na noite de 4ª feira (27.nov). O dólar estava cotado a R$ 5,98 no momento de publicação deste post. A alta era de 1,18% no dia.

O PACOTE DE HADDAD

Chamou a atenção que o governo anunciou a isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 –medida prejudica a arrecadação. Deve começar a valer a partir de 2026. O titular da Fazenda disse que a perda de dinheiro será compensada pelo aumento na cobrança das pessoas com renda superior a R$ 50.000, mas não deu detalhes suficientes.

Outro ponto preocupante é o quão factível são as projeções de economia nas iniciativas pelo lado da despesa. Os números podem estar inflados. A equipe econômica diz esperar um impacto de R$ 327 bilhões de 2025 até 2030.

Poder 360

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  1. O que esperar de amadores e aventureiro,ladrão ex-presidiário, foi na lábia deles os apedeutas amauroticos canhotos !

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Geral

Bloco “Nem Se Acaba, Nem Fica Pouco” lança vendas para o Pré-Carnaval 2025 em Natal

Foto: Divulgação

O axé e a alegria já têm data marcada para tomar conta de Natal! O bloco “Nem Se Acaba, Nem Fica Pouco”, uma das maiores tradições do Pré-Carnaval potiguar, chega com tudo em 2025 para comemorar 6 anos de muita história, energia e diversão. Com o slogan “Aqui a paz reina, o axé embala e a gente ginga!”, o bloco promete mais uma edição inesquecível.

No dia 22 de fevereiro, o Aeroclube RN será palco dessa grande festa, embalada pelo inconfundível swing de Tatau, que mais uma vez promete levantar os foliões com todo o carisma e os sucessos que marcaram gerações. Reconhecido como o melhor pré-carnaval de 2023, o bloco segue fazendo história e consolidando seu espaço no coração dos potiguares.

As vendas já estão abertas e os ingressos podem ser adquiridos no www.bilheteriadigital.com/nem-se-acaba-nem-fica-pouco-22-de-fevereiro. Para acompanhar todas as novidades e garantir sua presença na festa, siga o perfil oficial no Instagram: @nemacabanempouco .

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Cidades

Barreira do Inferno volta a lançar foguetes: primeiro envio será nesta sexta-feira (29)

Foto: Sargento Mônica/FAB/Divulgação

A Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou a retomada dos lançamentos de foguetes a partir do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, em Parnamirim, na região metropolitana de Natal. O primeiro lançamento está programado para o próximo dia 29 de novembro e faz parte da Operação Potiguar.

O foguete modelo VS30 V15, com quase oito metros de comprimento e 1,5 tonelada, será lançado em um voo suborbital. O objetivo principal é treinar a equipe técnica e testar equipamentos e procedimentos do centro, que há anos vinha atuando apenas no rastreamento de objetos espaciais.

Segundo a FAB, essa reativação é estratégica para ampliar a capacidade de lançamentos suborbitais do país, reduzindo a dependência do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, que já tem 85% de sua agenda de 2025 ocupada.

A Operação Potiguar será realizada em duas fases. A segunda está prevista para o segundo semestre de 2025 e testará o sistema de recuperação da parte superior do foguete, que poderá transportar experimentos científicos no futuro.

Sobre o foguete VS30 V15

Projetado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o VS30 V15 é um foguete de sondagem não-guiado, usado para missões de curta duração. Com combustível sólido, ele alcança uma altitude máxima de 154,9 km em cerca de seis minutos de voo.

Especificações técnicas:
•    Comprimento: 7,911 metros
•    Peso total: 1,5 tonelada
•    Velocidade máxima: 6 mil km/h
•    Altitude máxima: até 154,9 km
•    Tempo total de voo: 6 minutos e 20 segundos

O renascimento da Barreira do Inferno

Fundada em 1965, a Barreira do Inferno foi o primeiro centro de lançamento de foguetes da América Latina. Ao longo de sua história, o local realizou mais de 3 mil lançamentos. Nos últimos anos, no entanto, o foco esteve em atividades de rastreamento e monitoramento de satélites.

Com a Operação Potiguar, a FAB pretende transformar novamente o centro em uma base estratégica para o setor aeroespacial brasileiro, ampliando sua relevância no mercado global de lançamentos.

Portal da Tropical

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