A presidente Dilma Rousseff vai aproveitar o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) na terça-feira para protestar contra a espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) no Brasil. O órgão interceptou comunicações de brasileiros, da própria presidente e da Petrobras. A ação provocou mal-estar entre os dois países e levou Dilma a adiar a visita de Estado que faria aos Estados Unidos no dia 23 de outubro.
Segundo fontes do Palácio do Planalto, a presidente deve ressaltar em seu discurso que a espionagem é inadmissível, especialmente contra o Brasil, um país que não professa nem abriga o terrorismo e que é aliado dos Estados Unidos. Outro aspecto considerado grave e que deve ser destacado por Dilma é o fato de a NSA ter bisbilhotado informações da Petrobras, o que poderia trazer danos aos negócios da estatal no mercado num momento delicado, em que o governo está colocando em prática um amplo programa de concessões.
A presidente decidiu adiar a visita de Estado depois de uma conversa com o presidente americano, Barack Obama, na semana passada. O governo brasileiro avaliou que os Estados Unidos não assumiram compromisso de apurar, explicar e nem cessar a espionagem da NSA. Por meio de nota, o Planalto afirmou que “na ausência de tempestiva apuração do ocorrido, com as correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação, não estão dadas as condições para a realização da visita na data acordada”.
Dilma, no entanto, manteve a agenda de visita a Nova York, onde se realiza a Assembleia Geral da ONU. Pela tradição, o Brasil é o país que abre os debates, que começam amanhã. Na viagem a Nova York, a presidente vai aproveitar para ajudar a promover o programa de concessões brasileiro. Na quarta-feira, ela se juntará ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, num road show com investidores no Goldman Sachs Conference Center. Segundo técnicos da equipe econômica, a presidente Dilma Rousseff deve afirmar que o Brasil entrou em uma nova fase de desenvolvimento, com crescimento sustentado, e destacar que o programa de concessões, que soma R$ 470 bilhões, é uma boa oportunidade de negócios quando o resto mundo ainda caminha lentamente para se recuperar da crise.
O Globo
Essa senhora nao tem nem condições de mandar prender seus pares os mensageiros, nao acaba com as corrupções promovida pelos seus colegas debatido, vai ter moral para falar algo dos EUA??