Brasil

Dimensão do impacto de mudanças da Meta em cenário eleitoral é incerto

Reprodução

Ainda é bastante incerto o impacto que as medidas anunciadas por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, podem ter no cenário eleitoral brasileiro. Há diversas lacunas sobre a forma de implementação e pouca transparência sobre como a empresa já aplicava suas regras vigentes.

Apesar de ele ter prometido voltar atrás na política de redução de alcance de postagens políticas (chamadas na empresa de “conteúdo cívico”), é difícil prever se isso resultará, por exemplo, numa radicalização ainda maior do debate digital ou se algum campo político pode acabar mais beneficiado por novas mudanças no algoritmo.

A Meta é dona do Facebook, Instagram e WhatsApp. Na última terça-feira (7), Zuckerberg divulgou um vídeo anunciando mudanças em políticas de moderação de conteúdo da empresa, no que foi visto como um aceno ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump. A decisão inclui o fim do programa de checagem de fatos —agora serão os usuários que incluirão correções em postagens que possam conter informações falsas, à semelhança do que ocorre no X (ex-Twitter).

O impacto da implementação das notas da comunidade também dependerá muito de como ela será colocada em prática —caso isso ocorra no Brasil.

Entre os pontos em aberto sobre as mudanças, está a forma como esse novo sistema seria criado, quem o comporia e como vieses ideológicos seriam mitigados.

Para além disso, um outro aspecto é o tipo de conteúdos para os quais esse sistema valeria. Hoje, por exemplo, posts de políticos e candidatos não estão dentro do escopo que pode ser analisado pelas agências de checagem, por exemplo.

Outro aspecto relevante é que também não há transparência sobre quais figuras públicas estão em programa que dá espécie de ‘tratamento diferenciado na moderação.

Um cenário que, por ora, se desenha com maior concretude é que, frente à retirada de parte das regras sobre gênero, grupos vulneráveis enfrentem um ambiente digital e de campanha mais violento.

Uma das atualizações passou a permitir, por exemplo, que usuários associem transexualidade e homossexualidade a doenças mentais.

A resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre propaganda eleitoral, por outro lado, traz amarras, de modo mais específico do que no restante da legislação, prevendo, por exemplo, a obrigatoriedade de que as empresas adotem medidas eficazes para mitigar certos riscos, entre eles o de violência política de gênero. Também estabelece a necessidade de políticas de conteúdo que busquem diminuir a circulação de desinformação.

Outra medida anunciada pela Meta que pode ter impacto é a retirada da detecção automatizada de “violações de baixa gravidade”, que dependeria então de denúncias de usuários para análise. Não está claro, porém, o que entraria nessa categoria.

A decisão da empresa vai no caminho contrário do que dizem especialistas, que apontam não para a necessidade de diminuir a automatização, dado o volume de posts a cada segundo, mas o de aumentar as equipes humanas de revisão, com conhecimento da língua e do contexto de cada país –a empresa não revela quantas equipes do tipo tem hoje.

Viktor Chagas, que é professor de comunicação da Universidade Federal Fluminense, afirma que, por causa da falta de transparência das redes, é um grande desafio tentar medir como se dá a atuação na remoção de conteúdo e em políticas de redução de alcance.

“Sempre foi uma grande caixa-preta, sempre tivemos uma dificuldade extrema de mensurar como é que esse tipo de política de moderação é aplicada”, diz. “A própria definição do que é um conteúdo político, entre os próprios pesquisadores, certamente não seria um consenso assim tão simples.”

Mariana Carvalho, professora da FGV Comunicação Rio, avalia que ainda será preciso entender como as novas regras irão impactar a moderação, mas prevê que o combate à desinformação será mais difícil. Ela ressalta, por outro lado, a dificuldade em fazer estudos sobre o impacto de mudanças, com a crescente dificuldade no acesso a dados pelas plataformas.

Sobre a restrição a conteúdos sobre política, ela diz que é difícil mensurar o quanto a limitação fazia sentido no período eleitoral, em que há grande interesse sobre o assunto.

No ano passado, essa política chegou a ser elencada, com destaque para o aspecto da transparência, entre os motivos da abertura de uma investigação pela União Europeia contra a plataforma. Em 2022, quando ela já estava em vigor, o Brasil viveu uma campanha bastante radicalizada, que culminaria nos ataques de 8 de janeiro.

Um dos efeitos já anunciados nos EUA, e que deve ser replicado em outros lugares no mundo, é que mesmo conteúdos políticos de contas que um usuário não segue passarão a ser recomendados.

Em 2024, essa possibilidade já estava disponível nas configurações. Mas ficou restrita no Brasil durante o período eleitoral devido a uma regra do TSE, prevendo que contas de candidatos não poderiam ser recomendadas.

Carlos Affonso Souza, diretor do ITS (Instituto de Tecnologia e Sociedade) e advogado, considera que ainda é cedo para entender o quanto o que foi anunciado vai afetar o debate eleitoral. Ressalta, por outro lado, que, com as resoluções do TSE, já há um caminho mais bem traçado para lidar com a empresa.

Entre as incertezas, ele destaca que não se sabe se violações de baixa gravidade —e que passariam a depender de denúncias de usuários para moderação— incluiriam conteúdos sobre integridade eleitoral e produzido por inteligência artificial. E aposta que, para 2026, o TSE deve criar regras sobre o uso de notas de comunidade para moderação, assim como tratou de inteligência artificial no ano passado.

Um ponto de atenção é qual será a postura sobre o tema do ministro Kassio Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro (PL) para o STF (Supremo Tribunal Federal) e que será o próximo relator do processo de atualização das resoluções eleitorais e presidente do TSE durante o pleito de 2026.

Também eventual finalização do julgamento no STF sobre a responsabilidade das plataformas pode vir a colocar mais barreiras ao que Zuckerberg promete alterar.

Questionada quanto à aplicação das medidas no Brasil, se as restrições de posts de políticos para checagem seriam repetidas no modelo de notas da comunidade e sobre a existência de relatórios sobre como vem aplicando sua política sobre conteúdo político, a Meta se restringiu a enviar o link do anúncio da última semana.

Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. Na verdade a Meta não mudou nada, pelo que o Zuzu falou não haverá mais pressão do governo dos EUA e com isso as pessoas terão mais liberdade para suas postagens no Facebook e Instagram, sem riscos de ser retirado os conteúdos, desde que dentro da regra pré estabelecido por essas plataformas, o resto não passa de balela da esquerdalha.

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Geral

Janja tenta manter influência na comunicação após troca na Secom e se aproxima do meio jurídico

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A primeira-dama Janja da Silva tenta manter a sua influência na comunicação do governo após a mudança no comando da área e vem consolidando a proximidade com o mundo jurídico na segunda metade da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Preocupada com um cenário político adverso que pode ter impacto no projeto de reeleição em 2026, ela já vinha defendendo internamente que o governo deveria comunicar com mais clareza as realizações.

A guinada, defendida por diversos setores da gestão, se concretizou na semana passada, quando foi anunciada a chegada de Sidônio Palmeira para a vaga de Paulo Pimenta na chefia da Secretaria de Comunicação Social (Secom).

Perda da espaço

Apesar da mudança, Janja perdeu espaço com o aval que Lula deu a Sidônio para fazer as trocas que desejar na equipe. Ele decidiu demitir a secretária de Estratégia Digital e Redes, Brunna Rosa, próxima à primeira-dama, conforme informou o colunista Lauro Jardim.

Sidônio, por sua vez, dá sinais de que não manterá Janja totalmente afastada das políticas de comunicação. Ele costuma consultar a primeira-dama em alguns momentos, gesto que a agrada. Os dois, por exemplo, analisaram juntos fotos que foram usadas no evento que marcou os dois anos dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Paulo Pimenta, ministro que deixou a Secom, não tinha o hábito de conversar com Janja sobre políticas da pasta e costumava consultar diretamente Lula na tomada de decisões.

O entorno da primeira-dama afirma que ela se manteve longe da formação da Secom e que, nos últimos dias, se dedicou à organização dos eventos da semana passada — em um dos quais chegou a discursar.

Peso no judiciário

Além do cenário político, Janja tem observado os movimentos do Poder Judiciário. Ela teve peso na escolha de Lula pela advogada Cláudia Franco para a vaga de desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), em novembro de 2024, e de Daniela Teixeira para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2023.

Janja também deu apoio a Gabriela Araújo, professora de direito da PUC-SP, para uma vaga de desembargadora no TRF da 3ª Região. Na cerimônia de posse, a primeira-dama foi convidada a discursar.

Para as vagas no STJ em aberto, Lula tem à disposição mulheres nas duas listas de indicação. Internamente, Janja defende que, em ao menos uma delas, seja escolhida uma jurista.

O entorno de Janja pondera, no entanto, que não há tanta influência como alas do governo lhe atribuem. Afirmam que ela é uma das vozes que Lula escuta, mas não a única. A primeira-dama costuma estar presente nas reuniões ministeriais, mas não participa, por exemplo, de encontros da coordenação política nem dos despachos de Lula com ministros.

Janja tem se empenhado mais em ações específicas. Foi assim, por exemplo, na tragédia climática do Rio Grande do Sul e na articulação da Aliança Global Contra Fome, anunciada durante o G20, no Rio.

Ataque a Musk e “Janjapalooza”

Críticos da expansão da sua presença veem com cautela os movimentos e lembram um episódio recente. Em novembro de 2024, durante um evento paralelo ao G20, ela atacou o bilionário Elon Musk, dono do X. A derrapada gerou reação imediata contra o governo e, no dia seguinte, em uma indireta pública, Lula afirmou que não se pode “ofender ninguém”. A fala trouxe críticas internas pela polêmica, que ofuscou um evento para o qual a cúpula do governo se empenhou.

O episódio ocorreu justamente em uma ação do governo que contou com a presença de Janja, que teve participação ampla nas definições, como a escolha do logotipo da Aliança Global Contra a Fome, que o Brasil capitaneou no G20, a realização de shows na Praça Mauá — chamados jocosamente pela oposição de “Janjapalooza”. Aliados afirmam que a repercussão negativa da briga com Musk provocou uma inflexão, mas não a ponto de interferir nas iniciativas que tem conduzido.

Participação nas eleições

Meses antes, durante a eleição municipal, Janja havia passado de aposta do PT a uma participação acanhada em palanques. Esteve com Lula em São Paulo para apoiar Guilherme Boulos (PSOL) e em Natal, onde discursou ao lado da deputada Natalia Bonavides (PT-RN). Nenhum dos dois foi eleito. Por incentivar a participação feminina na política, Janja gerou expectativa na cúpula do partido de que estaria presente na campanha de mulheres às prefeituras.

Críticos de Janja dentro do PT avaliam que ela optou por se preservar, por ter peso político limitado. Já aliados argumentam que essa escolha demonstra que ela não avança em outros temas e nem pretende se colocar em todos os lugares.

Caso Silvio Almeida x Anielle Franco

Se na eleição pouco apareceu, Janja teve papel fundamental no desfecho do maior escândalo da primeira metade do governo. Ao vir à tona uma denúncia de importunação sexual do ex-ministro de Direitos Humanos Silvio Almeida contra Anielle Franco, à frente da pasta de Igualdade Racial, Janja publicou uma foto nas redes socais ao lado da amiga. Almeida, que nega as acusações, acabou demitido, e o episódio está sendo investigado pela Polícia Federal.

O Globo

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Política

Direita venceu 27 das 63 eleições gerais no mundo em 2024; esquerda leva 25

Trump (EUA), Putin (Rússia) e Modi (Índia) foram vitórias importantes da direita; Maduro (Venezuela), Starmer (Reino Unido) e Sheinbaum (México) foram trunfos da esquerda | Imagens: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP; Federico PARRA/AFP; Alexander NEMENOV/POOL/AFP; REUTERS/Phil Noble; Alfredo ESTRELLA/AFP; e Ricardo Stuckert/PR

Partidos ou candidatos de direita venceram em 27 dos 63 países que realizaram eleições nacionais em 2024. A esquerda levou a melhor em 25 nações, mostra levantamento do UOL.

Ligeira vantagem das direitas

Ao todo, 27 países tiveram vitórias de candidatos ou partidos considerados de direita, contra 25 da esquerda. O centro teve cinco vitórias, além de seis países que votaram em partidos ou candidatos independentes, que não foram considerados de nenhum campo específico.

EUA, Rússia e Índia com a direita; França, Reino Unido e México com a esquerda

O campo conservador ainda foi vitorioso em países como Japão e Áustria, enquanto os progressistas levaram a melhor em Coreia do Sul e Uruguai.

ImagemArte: UOL

Doze países caminharam para o campo da esquerda, enquanto dez viraram à direita

Na França, a coalizão liderada pela esquerda surpreendeu e conquistou maioria no parlamento. No Reino Unido, os Trabalhistas terão um primeiro-ministro pela primeira vez desde 2010, após hegemonia dos Conservadores. No Uruguai, Yamandú Orsi, pupilo de Pepe Mujica, derrotou o liberal Lacalle Pou. Por outro lado, os Estados Unidos, elegeram Donald Trump, que derrotou a democrata Kamala Harris. A Áustria deu vitória inédita ao Partido da Liberdade, considerado de extrema direita, nas eleições parlamentares. Em Portugal, a coalizão liderada pelo PSD, de centro-direita, foi a mais votada no pleito legislativo, derrotando o Partido Socialista.

Vitória de Trump tem peso maior, segundo pesquisador

Vinícius Rodrigues Vieira, professor de Relações Internacionais da FAAP (Faculdade Armando Alvares Penteado) e FGV (Fundação Getúlio Vargas), diz que é precisa avaliar a influência das eleições de cada país e destaca as eleições nos EUA.

“Se o país que sempre foi considerado um exemplo de democracia liberal optou claramente por um candidato de direita, então é um indício de que não importa se os demais continuaram [com suas ideologias políticas]. Se os Estados Unidos estão ali muito à direita, é sintomático que a democracia liberal está em crise”, diz Vinícius Rodrigues Vieira, professor de Relações Internacionais da FAAP.

Sem mudança em 41 países

Nessas nações, não necessariamente o mesmo partido ou candidato saiu vencedor, mas a mesma corrente ideológica foi a mais votada nos dois últimos pleitos.

ImagemArte: UOL

Metodologia

Foram consideradas apenas eleições gerais (em todo o país), mesmo as que não elegeram chefes de Estado

 No caso de pleitos legislativos, o vencedor foi considerado o partido ou coalizão com mais eleitos. Em países que elegeram chefes de Estado (presidente ou primeiro-ministro) e também tiveram eleições legislativas, foi considerado vencedor o campo ideológico do chefe do Estado escolhido.

Campos ideológicos foram registrados segundo as peculiaridades de cada país

Os partidos foram categorizados conforme se identificam e/ou são tratados por veículos de mídia da respectiva nação. No caso de chefes de Estado eleitos, foi considerado o campo ideológico do candidato, não apenas o do partido/coalizão. Por isso, por exemplo, que Donald Trump, que concorreu pelo Partido Republicano, de direita clássica, foi categorizado como de extrema direita. As classificações foram revisadas e aprovadas por especialistas em ciência política e relações internacionais.

Nações fora do cenário ideológico tradicional

Kiribati, Palau, Tuvalu e Ilhas Salomão, micro países localizados na Oceania, foram considerados independentes por conta do tamanho e da organização política das nações. No caso da Tailândia, que teve a eleição para o Senado contabilizada neste levantamento, a classificação também foi a mesma, pois os candidatos não foram vinculados a partidos políticos. Já no caso da Jordânia, o partido de esquerda IAF conquistou 31 assentos no parlamento, mesmo número dos candidatos independentes (sem partido). Com isso, ninguém atingiu maioria.

UOL

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Geral

STF já negou três pedidos de Bolsonaro para reaver passaporte

Foto: GUILHERME DIONíZIO/ESTADÃO CONTEÚDO

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já teve três pedidos de devolução de passaporte negados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Dois pelo ministro Alexandre de Moraes e um por decisão colegiada da Primeira Turma da Corte.

A primeira negativa foi após o documento ter sido apreendido pela Polícia Federal, em fevereiro de 2024. A segunda foi em outubro, após a defesa pedir liberação para que o presidente pudesse ir a Israel visitar o presidente Benjamin Netanyahu. A terceira negativa foi sobre um recurso apresentado também em outubro.

Na sexta-feira (10), a defesa de Jair Bolsonaro (PL) apresentou um novo pedido. Desta vez, os advogados querem que Bolsonaro seja liberado para viajar aos Estados Unidos para acompanhar a posse do presidente eleito Donald Trump.

Moraes se manifestou neste sábado (11). Mas ainda não decidiu. Disse que precisa de mais elementos para analisar e determinou que a defesa apresente à Corte o convite oficial enviado pelos americanos.

“Há necessidade de complementação probatória, pois o pedido não veio devidamente instruído com os documentos necessários, uma vez que, a mensagem foi enviada para o email do deputado Eduardo Bolsonaro por um endereço não identificado: “ [email protected]” e sem qualquer horário ou programação do evento a ser realizado”, afirmou.

Veja ordem cronológica dos pedidos e negativas sobre a devolução do passaporte do ex-presidente.

  • 8/2 passaporte é apreendido pela PF por determinação de Moraes
  • 9/2 defesa apresenta agravo e pede reconsideração da decisão (peça 61)
  • 26/2 PGR contra devolução do passaporte
  • 25/3 defesa diz que agravo não foi analisado e pede para ir a Israel de 12 a 18 de maio (peça 367)
  • 26/3 PGR contra devolução passaporte
  • 28/3 Moraes nega devolução do passaporte de Bolsonaro
  • 26/4 defesa relembra que agravo não foi julgado e pede novamente para ir a Israel por 6 dias e 7 noites (peça 428)
  • 18/10 Primeira Turma manteve proibição de viajar para o exterior
  • 20/10 Defesa de Bolsonaro reforça pedido de devolução e pede medidas alternativas à proibição de deixar o país
  • 22/10 Moraes nega pedido da defesa de Bolsonaro para revogar decisão e menciona decisão colegiada
  • 9/1 defesa pede para Bolsonaro viajar aos EUA para posse de Trump de 17 a 22 de janeiro (peça 835)

Outro lado

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) questionou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deste sábado (11), que pede um comprovante oficial do convite para a posse de Donald Trump, que acontece no dia 20 de janeiro. Em vídeo publicado no X, na tarde deste sábado, o filho do ex-presidente questionou “quais seriam os documentos necessários” para provar o convite a Moraes.

“Não foi um assessor que descolou esse convite a Jair Bolsonaro, um ingresso para entrar ali no meio daquele seleto grupo, não. Foi o Trump que analisou, foi assessorado, fez uma reunião e decidiu: ‘Chamem, convidem o Jair Messias Bolsonaro’” [sic], publicou o deputado.

Fabio Wajngarten, ex-advogado e assessor de Bolsonaro, afirmou nas redes sociais que a defesa do ex-presidente “fornecerá e cumprirá as exigências do ministro Alexandre, juntando aos autos toda a competente documentação”.

CNN Brasil

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Mundo

Trump vai assumir presidência dos EUA com ameaça de morte vinda do Irã

Alex Wong/Getty Images

Mesmo que quase cinco anos tenham se passado, o assassinato de um dos homens mais poderosos do Irã ainda é um assunto indigesto na história do país, que desde então ameaça vingança pelo episódio. Um dos principais alvos do regime liderado pelo aiatolá Ali Khamenei é Donald Trump, que assume a presidência dos Estados Unidos em janeiro de 2025 com um alvo desenhado na testa.

Aos 62 anos, Qassem Soleimani foi morto em 3 de janeiro de 2020, durante um ataque aéreo norte-americano em Bagdá, no Iraque, a mando de Trump. O ex-major-general da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) era apontado como a mente por trás da estratégia militar do Irã e acusado de participar de ataques contra instalações norte-americanas no Oriente Médio.

Desde que Trump ordenou a ação, sob a justificativa de que a morte de Soleimani iria deter planos de futuros ataques do Irã contra os EUA, autoridades do país persa sempre reforçam a retórica de vingança contra o bilionário republicano.

Em 2023, um general da nação comandada pelo aiatolá Ali Khamenei chegou a afirmar que o Irã ainda quer matar Trump, assim como Mike Pompeo e Frank McKenzie, duas importantes figuras militares no primeiro mandato de Trump.

Plano recente

Em meio a campanha presidencial dos EUA, o FBI identificou um suposto plano iraniano que tinha como objetivo o assassinato de cidadãos dos EUA, incluindo Trump.

Na época, três suspeitos de participar da trama foram identificados pelo FBI: Farhad Shakeri, Jonathon Loadholt e Carlisle Rivera.

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Metrópoles

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Brasil

Viagens do Conselhão custaram R$ 2,2 milhões ao governo Lula em 2 anos

Ricardo Stuckert/PR

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gastou, nos últimos dois anos, R$ 2,2 milhões em viagens de membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão.

Para onde foi o valor:

Dados obtidos pelo Metrópoles via Lei de Acesso à Informação, junto à Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, apontam que, somadas 2023 e 2024, as viagens de conselheiros chegam a R$ 2,2 milhões.
Em 2023, foi desembolsado R$ 1,1 milhão, sendo que R$ 897 mil correspondem aos gastos com passagens e R$ 249 mil, em diárias.
Já no ano passado, as passagens somaram R$ 738 mil, enquanto as diárias ficaram em R$ 324 mil.
As viagens são pagas apenas aos membros do conselho que solicitam a verba de natureza indenizatória.
À reportagem, a SRI ressaltou que o conselho é composto por 249 membros, de diferentes unidades da federação e origens sociais diversas. Além disso, pontuou que, desde a recriação do colegiado, foram realizadas quatro reuniões plenárias, em Brasília, que demandam o deslocamento dos membros até a capital federal.

Em resposta ao pedido de acesso à informação, a SRI não detalhou quais membros do conselho fizeram uso do recurso, mas, de acordo com dados do painel de viagens do governo, conselheiros campeões de gastos passagens e diárias foram:

Ana Carolina Lima da Costa, advogada: R$27.026,23
Fernando Guimarães Rodrigues, coordenador da iniciativa Direitos Já!: R$20.047,49
Deyvid Souza Barcelar da Silva, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP): R$16.275,33
Elisa Vieira Wandelli, professora: R$15.897,03
João Carlos Nogueira, sociólogo: R$12.820,40

A SRI informou que, dentre os nomes mencionados, estão conselheiros que atuam no Comitê Gestor, responsável pela administração do Conselhão.”Suas reuniões acontecem de forma bimestral, tendo como consequência maior emissão de passagens nesses casos específicos”, diz a secretaria.

“Por último, faz-se necessário elucidar que a grande maioria das atividades do Conselhão, sobretudo no que se relaciona a seus grupos de trabalho e comissões, acontecem de modo remoto, sem qualquer tipo de impacto ao erário publico”, pontuou.

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Metrópoles

 

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Geral

Direita lidera pesquisas nas principais eleições no mundo em 2025


As eleições presidenciais marcadas para 2025 estão moldando um cenário global de migração política à direita. Pesquisas eleitorais nos 8 dos 9 principais países que vão às urnas este ano apontam para a vitória de candidatos conservadores. A ideologia do governo deve mudar em 5 destas nações.

Da América Latina à Europa e Oceania, os partidos conservadores e de direita mostram tendência de crescimento, impulsionados por incertezas econômicas e questões de imigração.

À medida que se aproximam as eleições, as preferências dos eleitores favorecem líderes deste espectro político, que, com promessas de segurança, estabilidade econômica e soberania, estão conquistando apoio significativo, superando candidatos de centro e de esquerda.

As tendências eleitorais apontam que:

Alemanha, Austrália, Noruega, Canadá e Chile estão vivenciando um movimento de direita, impulsionado por insatisfações com seus atuais governos de esquerda e de centro;
Dos 9 países analisados, somente Bolívia deve manter seu governo esquerdista;
Equador, Polônia e República Tcheca devem manter seus governos da direita.

Segundo o professor de Ciências Sociais José Pires Tupiná, especialista em Ciência Política, essa ascensão da direita é impulsionada por 2 principais fatores: insegurança econômica e preocupações com imigração.

Tupiná explica que uma das consequências da pandemia da covid-19 foi a redução das taxas de juros globalmente, o que resultou no aumento da inflação. “O nível de preços, é um dos fatores decisivos para a manutenção de um governo”, afirmou em entrevista ao Poder360.

Mesmo com o aumento da imigração no mundo, governos de esquerdas tendem a ser mais receptivos, “mas, isso pode gerar problemas, como crimes e conflitos culturais”, explicou. Com isso, muitos países estão optando por políticas mais restritivas sobre o tema.

A direita, então, mostra-se como uma resposta a esses desafios e apresenta promessas de ordem, segurança e nacionalismo.

IMPACTO NO G7

A mesma tendência à direita é esperada no G7. Em 2025 o grupo pode voltar a ter 5 líderes de direita. Seria o maior número desde 2011. Em relação ao ano passado, só a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni (Irmãos da Itália, direita) e o presidente da França, Emmanuel Macron (Renascimento, centro) permanecem em seus respectivos cargos.

A mudança de 5 dos 7 líderes será a maior dança das cadeiras no grupo. Ainda não se sabe quem assumirá o governo na Alemanha e no Canadá. No entanto, os candidatos de centro-direita aparecem nas pesquisas como favoritos para ambos os pleitos.

Poder 360

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Política

Impasse por emendas pressiona votação do Orçamento e relação do Congresso em 2025

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Os desdobramentos ligados às emendas parlamentares, que ganharam espaço até durante o recesso do Legislativo, devem marcar o retorno de deputados e senadores em 2025. A menos de um mês para a volta, parte dos recursos indicados por comissões junto a estados e municípios segue bloqueada por decisão do ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal).

A posição do magistrado se manteve mesmo após pedidos do Senado para liberação dos recursos e protagoniza um novo capítulo entre a Corte e o Congresso. Discussões ligadas às emendas marcaram o segundo semestre de 2024, com impactos em votações e necessidade de negociação do próprio governo, e foram retomadas em dezembro.

A postura do Congresso em defender os envios parlamentares deve seguir ao longo dos próximos meses, sob comando dos futuros presidentes. A Câmara e o Senado trocam liderança a partir de fevereiro, em expectativas para eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB), na Câmara, e Davi Alcolumbre (União-AP), no Senado.

O amplo consenso entre os nomes semanas antes do processo eleitoral é avaliado de forma positiva entre parlamentares, mas representa uma predominância do Centrão e pode aumentar a necessidade de negociações do governo, além da continuidade de embates com o Judiciário, conforme avalia o cientista político Lucio Rennó.

“O Legislativo vem sendo obrigado, através das ações da Suprema Corte e do ministro Flávio Dino, a deixar mais transparente o processo de tramitação, principalmente das emendas coletivas, de autor, bancada e comissão. Uma vez que se condiciona liberação de recurso, tanto Executivo quanto Legislativo ficam de mãos amarradas nesse processo”, afirma Rennó, que também é professor da UnB (Universidade de Brasília).

Orçamento de 2025

Ao serem confirmados, os novos nomes também terão a missão de concluir o Orçamento de 2025. A definição de recursos, que normalmente é estabelecida um ano antes, sofreu atrasos. A peça orçamentária só deverá ser aprovada entre fevereiro e março, como prioridade para garantir os gastos do ano. O governo alega não haver prejuízos com o atraso, mas deve pressionar para que o Orçamento seja prioridade após a eleição das mesas. Além dos recursos, há interesse político em definir futuros direcionamentos para emendas.

“Parlamentares vão se articular para tentar que seja resolvido o quanto antes, porque emendas ficaram represadas. Foram muitas demandas das bases eleitorais que não foram atendidas e, provavelmente, haverá pressão para aprovação e pagamento”, avalia Rennó.

Como apurou o R7, o processo depende ainda da análise de vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à LDO (Lei das Diretrizes Orçamentárias). Em um dos pontos, o mandatário interferiu para que o Executivo possa bloquear o pagamento de emendas em caso de falta de recursos. Os parlamentares defendem que direcionamentos sejam cumpridos.

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R7

 

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Mundo

Governo Lula ‘lamenta’ prisão de opositores na Venezuela, mas também saúda ‘gestos de distensão’ de Maduro

ZURIMAR CAMPOS / Presidência Venezuelana / AFP

No texto, o Itamaraty também fala em reconhecer “os gestos de distensão pelo governo Maduro” e cita a liberação de 1.500 detidos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas em Caracas.

“O governo brasileiro deplora os recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos”, afirma o texto. “O Brasil registra que, para a plena vigência de um regime democrático, é fundamental que se garantam a líderes da oposição os direitos elementares de ir e vir e de se manifestar pacificamente com liberdade e com garantias à sua integridade física”, acrescenta.

A fronteira por terra entre Brasil e Venezuela está fechada por decisão de Caracas. A passagem entre os dois países fica na cidade de Pacaraima, em Roraima. O Itamaraty recomendou que “em caso de emergência, cidadãos brasileiros poderão acionar os plantões consulares da Embaixada do Brasil em Caracas”.

Nota foi discutida desde a quinta-feira

A nota do Itamaraty já vinha sendo discutida pelo governo desde quinta-feira, quando assessores da líder da oposição, María Corina Machado, denunciaram que ela foi detida por forças de segurança enquanto participava de protestos. Ela foi solta em seguida.

O governo tentou primeiro buscar informações sobre a detenção, e acabou decidindo divulgar a nota após a posse de Nicolás Maduro, apesar de evidências confiáveis de que seu oponente, Edmundo Gonzàlez Urrutia, venceu as últimas eleições e em meio a protestos contra o objetivo do chavista de permanecer mais seis anos no poder. A posse foi organizada pela Assembleia Nacional, também controlada pelo partido governista, no Palácio Federal Legislativo, em Caracas.

O governo brasileiro considera que o debate sobre a ilegalidade da gestão de Maduro vai perder a força a partir da posse do ditador. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aliado antigo de Maduro, ainda não reconheceu a vitória do venezuelano, e enviou à posse a embaixadora do Brasil no país, Glivânia Maria de Oliveira.

O gesto é tido como protocolar e o suficiente para manter a relação diplomática entre os dois países, mas sem legitimar o governo venezuelano. A relação entre os dois países ficou abalada em meio ao processo eleitoral. O estopim foi quando o país ameaçou tornar o assessor especial da presidência da república Celso Amorim “persona non grata”. Desde então, a Venezuela tem tentado colocar panos quentes e promover uma reaproximação. A avaliação agora é que é preciso esperar para ver como será o novo mandato.

A posse de Maduro ocorre apenas horas após centenas de manifestantes contrários ao governo tomarem as ruas da capital — e de assessores da líder da oposição, María Corina Machado, denunciarem que ela foi brevemente detida por forças de segurança enquanto participava do protesto. Após meses sem aparições públicas, a popular ex-deputada, proibida pelo governo de se candidatar a cargos públicos, esteve nas ruas para exigir que o candidato da oposição, o ex-diplomata Edmundo González Urrutia, assuma a Presidência.

Oposição qualificou posse como golpe de Estado

A oposição qualificou a posse do governante como “golpe de Estado”. Em comunicado, a principal coalizão opositora, a Plataforma Unitária, disse: “Com a usurpação do poder por parte de Nicolás Maduro (…), apoiado pela força bruta e desconhecendo a soberania popular expressa de forma contundente em 28 de julho passado, consumou-se um golpe de Estado. González Urrutia é quem deve ser empossado”.

O governo brasileiro foi representado por sua embaixadora em Caracas, Gilvânia Maria de Oliveira — uma delegação de nível inferior à enviada para a posse do ultraliberal Javier Milei na Argentina.

A administração Lula continuará sem reconhecer Maduro ou González Urrutia como presidente, embora resista romper completamente as relações diplomáticas com o país vizinho, com quem divide enorme fronteira em região estratégica da Amazônia.

Ao lado dos presidentes colombiano e mexicano, o petista investiu capital político em uma saída diplomática negociada com a oposição, mas o líder chavista rejeitou qualquer concessão.

Apesar da nota do Itamaraty, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve o silêncio sobre a posse do ditador Nicolás Maduro para seu terceiro mandato na Venezuela. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, e ministros de partidos de centro e centro-direita criticaram mais um mandato do presidente que assumiu sob suspeitas de fraude nas eleições. Já setores do PT e do Movimento sem Terra (MST) foram prestigiar o venezuelano.

Entre os petistas presentes estavam o historiador Valter Pomar e Mônica Valente, ambos secretários-executivos do Foro de São Paulo. O também PT enviou outros dois filiados: Camila Moreno e Vera Lúcia Barbosa. Dois dias antes eles haviam participado do “Festival Mundial Internacional Antifascista”.

O governo Lula não reconheceu a vitória de Maduro sobre o opositor Edmundo González Urrutia, porque as atas eleitorais que comprovariam o resultado jamais foram apresentadas. Na avaliação do governo Lula, Maduro não cumpriu o que prometeu no Acordo de Barbados, quando representantes do governo e da oposição venezuelana se comprometeram, no fim de 2023, com eleições livres, justas, transparentes e aceitas por todos.

O Brasil também barrou a entrada da Venezuela no Brics, bloco formado por nações em desenvolvimento, que inclui países como China, Rússia e Brasil.

O chanceler Mauro Vieira vem reforçando que “o Brasil não reconhece governos, reconhecemos Estados”. Motivo pelo qual Lula teria decidido permitir a ida da embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Oliveira, para a cerimônia de posse de Nicolás Maduro. Ela já fica na cidade.

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, lamentou a posse de Maduro, mesmo sem as provas de que ele tenha sido de fato eleito.

— Lamentável, né. O Brasil não reconheceu a vitória de Maduro. A democracia civilizatória precisa ser fortalecida — disse em um café no Palácio do Planalto.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou, em publicação no X, que “a tomada do governo pela força bruta e sem legitimidade precisa ser condenada por todos defensores da democracia”, e que repudia o “truculento regime que se impõe mais uma vez hoje” com a posse de Maduro, a quem chamou de “ditador incansável”.

Já o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, também usou as redes para repudiar a posse do venezuelano, afirmando que o evento é “um ataque aos princípios democráticos”, e que o povo do país “merece liberdade e um futuro de paz e prosperidade”.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também se manifestou nas redes sociais e disse que “a posse de Nicolás Maduro afronta a vontade do povo venezuelano e deve ser repudiada, com medidas políticas e econômicas, para que ditaduras não se sintam legitimadas”.

“O governo brasileiro acompanha com grande preocupação as denúncias de violações de direitos humanos a opositores do governo na Venezuela, em especial após o processo eleitoral realizado em julho passado.

Embora reconheçamos os gestos de distensão pelo governo Maduro – como a liberação de 1.500 detidos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas em Caracas, o governo brasileiro deplora os recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos.

O Brasil registra que, para a plena vigência de um regime democrático, é fundamental que se garantam a líderes da oposição os direitos elementares de ir e vir e de manifestar-se pacificamente com liberdade e com garantias à sua integridade física.

O Brasil exorta, ainda, as forças políticas venezuelanas ao diálogo e à busca de entendimento mútuo, com base no respeito pleno aos direitos humanos com vistas a dirimir as controvérsias internas.”

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Esse é o famoso “ texto rolando lero “.
    Passando pano, só!
    Presença nessa farsa, de representantes do PT, MST…..

  2. “Lamenta prisão de opositores” acredita nesse papo quem acredita em papai Noel, se realmente falasse a verdade aqui no Brasil não teríamos perseguição aos opositores políticos, nem a armação que fizeram contra os que não acreditaram na recondução do ladrão a cena do crime.

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Polícia

Polícia Civil de SP prende suspeito de chefiar ataque a tiros a assentamento no MST que deixou dois mortos

Foto: Jorge William/ 14-08-2018

A Polícia Civil de São Paulo informou ter prendido, neste sábado, um homem suspeito de chefiar um ataque a tiros a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no acampamento Olga Benário, em Tremembé (SP). O crime ocorrido na noite de sexta-feira deixou pelo menos dois mortos e outros seis feridos.

O homem preso é conhecido como “Nero do Piseiro”, e já tinha passagem por porte ilegal de arma de fogo. Ele foi reconhecido por testemunhas. Segundo nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a motivação teria sido um desentendimento sobre a negociação de um terreno dentro da área de assentamento.

Os criminosos teriam adentrado o local por volta das 23h da noite desta sexta-feira, utilizando cinco carros e duas motos, e dispararam contra as vítimas, que estavam em um espaço coletivo.

Valdir do Nascimento, conhecido como Valdirzão, 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 morreram no local. Os demais atingidos, com idades entre 18 e 49 anos, receberam atendimento no pronto-socorro de Tremembé e no Hospital Regional de Taubaté, municípios da região do Vale do Paraíba.

De acordo com MST, entre os feridos, um recebeu alta hospitalar. Dos cinco na unidade de saúde, Denis Barbosa de Carvalho, de 29 anos, atingido na cabeça, está em coma induzido.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) determinou hoje que a Polícia Federal (PF) instaure um inquérito para investigar o ataque. No ofício enviado à PF, segundo o Palácio do Planalto, o ministro em exercício, Manoel Carlos de Almeida Neto, cita a violação a direitos humanos. Uma equipe da PF, com agentes, perito e papiloscopista foi deslocada para o local.

O MST de São Paulo classificou a ação como um “massacre” e criticou a “falta de políticas públicas de segurança nos territórios da reforma agrária”. O ministro de Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), por sua vez, declarou nas redes sociais que o crime é “gravíssimo” e cobrou providências. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repostou a publicação de Teixeira.

Comandado por Teixeira, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar publicou nota oficial de repúdio sobre o acontecimento.

“O MDA repudia o crime e manifesta solidariedade e apoio aos assentados da reforma agrária, especialmente às famílias de Valdir do Nascimento e do jovem Gleison Barbosa Carvalho, brutalmente assassinados neste caso”, destaca publicação no site oficial do órgão.

Políticos de diversas legendas, especialmente de esquerda, se manifestaram sobre o ataque nas redes sociais. Presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann postou em seu perfil no X: “Violência inadmissível que não pode ficar impune. Toda solidariedade às famílias do Olga Benário.”

O Globo

Opinião dos leitores

  1. A briga foi entre eles e somente. Então, teria que a PF investigar internamente o MST referente aos bandidos que ali se encontram e circulam . Entre a venda de áreas internas que não é autorizado e todo tipo de tramóia. Não era pra ter corrido, mas este tipo de situação acontece diuturnamente em favelas, grilagem de terras na Amazônia, para e quiçá em todo o Brasil onde nunca se faz nada ou tem tal repercussão. Os bandidos estão lá, no próprio MST. Todos sabemos.

  2. Os assentados estão comercializando os terrenos ao ponto de provocar uma guerra entre eles próprios.A comercialização dos terrenos dos assentamentos pode ARNALDO ???????.Pois bem,como são eles pode sim.

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Geral

RN ultrapassa marca de mil doadores de medula óssea

Imagem: reprodução/REDOME

O transplante de medula óssea é um procedimento essencial que pode salvar vidas de pessoas acometidas com cerca de 80 doenças, como leucemias, linfomas e síndromes de imunodeficiência. No Brasil, o número de doadores registrados tem crescido significativamente, refletindo um aumento na conscientização sobre a importância desse ato.

Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas no Rio Grande do Norte, o estado passou de 572 doadores em 2023 para 1.074 cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) até o primeiro semestre de 2024. No país, o quantitativo alcança mais de 5,5 milhões.

A médica hematologista Valquíria Bandeira destaca que, mesmo diante do avanço no número de doadores, a busca por um doador compatível ainda representa um grande desafio para os pacientes. “A maior dificuldade que o paciente oncológico enfrenta é encontrar o doador ideal, seja entre os familiares ou através do banco de doadores, como o REDOME”, explica a médica. Atualmente, mais de 650 pessoas no Brasil aguardam por um doador. “Quanto mais doadores cadastrados, mais chances um paciente tem de encontrar a compatibilidade necessária para o transplante”.

A medula óssea é o tecido esponjoso encontrado no interior de alguns ossos, responsável pela produção das células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). Quando a medula não consegue produzir essas células devido a doenças como leucemia, anemia aplástica ou linfoma, o transplante de medula óssea pode ser a única esperança para a cura. Este procedimento consiste na substituição da medula doente ou deficiente por uma saudável, doada.

“A busca de um doador compatível geralmente começa com os familiares, que se inicia com irmãos e pode também ser feita com os pais. Não tendo o doador aparentado ideal, ou seja, fazendo o exame de compatibilidade e não tendo esse doador na família possível, a gente vai para o banco de doadores brasileiro e também mundial, que é o REDOME, com os doadores não aparentados”, explica a médica hematologista especialista em transplante de medula óssea.

Como se tornar um doador?

Para se tornar um doador de medula óssea, basta ter entre 18 e 35 anos, estar em boas condições de saúde e realizar um simples exame de sangue para verificar a compatibilidade genética com pacientes que necessitam do transplante. O cadastro pode ser feito diretamente nos hemocentros ou por meio do aplicativo REDOME, que facilita o processo de inscrição e o acompanhamento das etapas.

Em Natal, dois hemocentros são cadastrados pelo REDOME para a doação voluntária de medula óssea. O Hemonorte, localizado na Avenida Almirante Alexandrino de Alencar, 1800, no bairro Tirol, funciona de segunda a sábado, das 7h às 18h. Já o outro ponto é a Hemovida, localizada na Avenida Nilo Peçanha, 199, no bairro Petropólis, com atendimentos de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

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