A Globo exibirá em janeiro no formato de microssérie dois filmes brasileiros lançados recentemente. Em comum, O Tempo e o Vento e Serra Pelada têm o fato de terem sido financiados por dinheiro público e de terem fracassado nos cinemas. Juntos, consumiram mais de R$ 13 milhões em renúncia fiscal e só arrecadaram R$ 11,7 milhões até o último dia 17.
De Jayme Monjardim, diretor de novelas da Globo, O Tempo e o Vento é uma superprodução para os parâmetros brasileiros. Segundo a Ancine (Agência Nacional do Cinema) custou R$ 14 milhões. Quase metade desse orçamento (R$ 6,5 milhões) saiu dos cofres públicos, via incentivos fiscais para a produção de filmes.
Nos cinemas, O Tempo e o Vento recuperou pouco mais da metade de seus custos. Segundo o site Filme B, que monitora bilheterias nacionais, até o último dia 17 o longa havia arrecadado R$ 7,6 milhões. Foi visto por 707 mil espectadores.
A Globo exibirá O Tempo e o Vento em três capítulos, de 1 a 3 de janeiro, depois de Amor à Vida. Se der 20 pontos no Ibope da Grande São Paulo, terá sido cinco vezes mais visto do que nos cinemas.
Já Serra Pelada teve produção mais modesta. Custou R$ 8,4 milhões, dos quais R$ 6,8 milhões, ou 81%, foram financiados por incentivos fiscais. Segundo o Filme B, foi visto por 389 mil espectadores, arrecadando R$ 4,1 milhões. A Globo a exibirá em quatro episódios, de 21 a 24 de janeiro.
Globo sócia
O dinheiro público, via vários mecanismos de incentivos fiscais, é o principal instrumento de política cultural no Brasil. Sem esses mecanismos, pelos quais empresas (a maioria estatais, como Petrobras e Caixa) deduzem de impostos a pagar o que investem em filmes e projetos culturais, não haveria cinema nacional.
A Globo participa dessa “engenharia” por meio da Globo Filmes. Entra como sócia dos filmes cedendo diretores, atores e mídia, ou seja, publicidade. Sem colocar dinheiro diretamente, geralmente fica com 15% dos direitos dos longa-metragens. E tem a preferência para exibir os filmes na TV, às vezes os transformando em microsséries.
Outro lado
A Globo reconhece que O Tempo e O Vento e Serra Pelada “foram financiados por dinheiro público, via incentivos fiscais aplicados por empresas estatais”.
Mas não concorda com a afirmação de que “dinheiro público financia minisséries” da emissora. “A Globo não captou dinheiro público para fazer a minissérie. Através da Globo Filmes, que é coprodutora dos dois filmes, captou para fazer os filmes, pois esse é o principal modelo de fomento do cinema nacional’, argumenta a área de Comunicação da rede.
UOL
enquanto isso, este blog chora, junto com seus leitores, dolorosas lágrimas, quando os carros desta emissora sao apedrejados nos protestos!
Coitado de lula, depois que Dirceu, seu amigo de "luta e crime" foi finalmente preso, agora fica revoltado falando coisas sem sentido, agredindo a imprensa, inclusive aquela financiada pelo PT. Deve ser por isso que a Globo calou-se a respeito dos black pum e dos petralhas.