Agência Reuters
Pelo menos dois grupos europeus reiteraram interesse na concessão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN), afirmou uma fonte do governo que lida diretamente com o processo nesta terça-feira.
Segundo a fonte, os dois grupos são formados por operadores europeus de aeroportos e contam com apoio de construtoras brasileiras.
‘Não há empresas aéreas por enquanto nestes grupos’, disse a fonte.
No início deste mês, o leilão de concessão do aeroporto foi adiado de 19 de julho para 22 de agosto, devido a questionamentos feitos por interessados.
O aeroporto será o primeiro do Brasil a ser concedido à iniciativa privada, com lance mínimo de 51,7 milhões de reais. O vencedor terá a concessão do aeroporto por 25 anos e três anos para construir os terminais.
Em maio, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse que há previsão de que o aeroporto se torne um centro de transporte de cargas para a região Nordeste.
Pelos cálculos da Anac, a demanda no terminal deve ser de cerca de 2,7 milhões de passageiros por ano em 2013 e pode chegar a até 7,9 milhões em 2030.
Em dezembro, o governo pretende publicar o edital para licitar a concessão de outros três seroportos: Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e Brasília (DF).
Segundo uma outra fonte do governo, há pelo menos três operadoras europeias de aeroportos estudando as concessões brasileiras, tanto a do Rio Grande do Norte quanto as de São Paulo e Brasília: a francesa Aéroports de Paris (ADP), a espanhola Aena e a alemã Fraport.
A concessão dos aeroportos à iniciativa privada é uma aposta do governo para tentar viabilizar os investimentos necessários para ampliar os terminais para comportar o crescimento da demanda que já está acontecendo e também o que virá com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016.
No modelo estabelecido pelo governo, a estatal Infraero deverá ser sócia de empresas privadas, em um sistema semelhante ao que acontece no setor elétrico, em que a estatal federal Eletrobras e suas subsidiárias se associam ao capital privado em grandes empreendimentos como a hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA).
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