Polícia

Dupla é surpreendida por policial durante tentativa de assalto em supermercado na zona norte; suspeito e PM são baleados

Uma tentativa de assalto na noite dessa quinta-feira (22), em supermercado em Nova Natal, na zona norte, acabou com um policial e um suspeito, que se diz “de menor”, baleados.  Segundo reportagem da InterTV Cabugi, a ação criminosa quando o comércio estava fechando as portas. Na ocasião, dois suspeitos invadiram o local, renderam os funcionários e o dono do mercado e mandaram todos deitarem no chão.

Ainda segundo a matéria, um funcionário conseguiu fugir e chamar um policial militar que mora na região. Por conseqüência, houve troca de tiros com o policial na rua. O suspeito e o policial foram baleados, e não correm risco. Um dos acusados, baleado, disse ter apenas  16 anos. O outro conseguiu fugir. A população, revoltada, ainda quis agredir o suspeito ferido.

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Judiciário

Potiguares detidos pelo 8 de janeiro serão julgados amanhã, dia 14

Foto: Freepik

No próximo dia 14 de fevereiro, terá início o julgamento dos potiguares detidos e indiciados em decorrência dos eventos ocorridos em Brasília em 8 de janeiro de 2023. Após diligências conduzidas pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), todas as pessoas supostamente envolvidas nas depredações foram inquiridas, culminando na abertura dos processos judiciais.

De acordo com advogado Fábio Medeiros, do escritório de advocacia Medeiros & Nascimento, os potiguares detidos não participaram dos atos de vandalismo ocorridos nos edifícios dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. “Eles chegaram a Sobradinho na madrugada de 8 para 9 de janeiro, onde pernoitaram. No dia 9, ao saírem para conhecer a capital federal, foram surpreendidos por uma operação policial que os conduziu aos ônibus da Polícia Federal, resultando em suas prisões, sem evidências concretas de envolvimento nos crimes ocorridos”, explica Medeiros.

Os eventos de 8 de janeiro tiveram ampla repercussão no Brasil, com centenas de pessoas detidas em decorrência dos atos de depredação nas sedes dos Três Poderes. “Até o momento, mais de 1.900 indivíduos foram denunciados, sendo que aproximadamente 450 já foram condenados, e cerca de 600 acordos de não persecução penal foram firmados para crimes de menor gravidade”, informa Medeiros.

Para o advogado dos potiguares, as perspectivas são favoráveis. “Uma vez que as investigações indicam que eles não adentraram os prédios públicos nem participaram das depredações. A defesa sustenta que seus clientes estavam na capital com o intuito exclusivo de turismo, sem qualquer intenção de promover desordem”, destaca Medeiros.

Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes restabeleceu perfis nas redes sociais que haviam sido bloqueados, coincidindo com a visita da Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) ao Brasil. A delegação da CIDH está no país para avaliar a situação da liberdade de expressão e se reuniu com ministros do STF para discutir o contexto das investigações e as medidas adotadas em relação aos eventos de 8 de janeiro.

A expectativa é que o julgamento dos potiguares seja conduzido com imparcialidade, levando em consideração as evidências que apontam para a não participação deles nos atos criminosos, o que poderá resultar em na absolvição de todos.

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Acidente

Ônibus bate, derruba poste e deixa quase 7 mil consumidores sem energia elétrica na Zona Leste de Natal

Foto: Reprodução

Um ônibus bateu e partiu poste ao meio na madrugada desta quinta-feira (13) no bairro Petrópolis, Zona Leste de Natal. O acidente ocorreu por volta das 3h40 na Rua Joaquim Manoel em frente a um prédio residencial no sentido bairro/Centro.

Com o acidente o poste ficou partido e sobre o ônibus, que ficou com parte do teto danificada. A Neoenergia Cosern divulgou nota informando que registrou a colisão de um ônibus contra um poste da rede de média tensão que sustenta um transformador na Rua Coronel Joaquim Manoel. Segundo a companhia, foi interrompido o fornecimento de energia para 6.842 unidades consumidoras em parte dos bairros de Petrópolis, Mãe Luiza, Tirol, Areia Preta e Cidade Alta.

Moradores da região ouviram um estrondo mas não sabem informar o que de fato ocorreu. Testemunhas relataram que aquela seria a última viagem do transporte público. Até o início da manhã não havia informações se houve feridos e sobre as possíveis causas do acidente.

Equipes técnicas estão trabalhando no local para restabelecer o fornecimento para 567 unidades consumidoras, incluindo o Hospital Harmony Medical Center, no menor prazo possível, respeitando as condições de segurança exigidas pela ocorrência.

Novo Notícias

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Cidades

Dobro de câmeras, reforço em luminária, muralha inacabada: como está a penitenciária de Mossoró um ano após fuga inédita

Foto: Reprodução

Um ano após registrar a primeira fuga da história do sistema prisional federal do Brasil, a penitenciária de Mossoró passou por mudanças estruturais internas e externas, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, mas a muralha em volta da unidade ainda não foi construída.

O que mudou na unidade:

O número de câmeras de segurança mais que dobrou no presídio. Houve reforço estrutural nas luminárias e a instalação de grades no shaft (área de dutos e fiação) – dois locais por onde os presos fugiram. (leia abaixo)
As três investigações administrativas abertas contra dez agentes resultaram na suspensão de quatro deles por 30 dias e em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado por dois agentes. Uma terceira apuração ainda está em andamento. Há ainda duas Investigações Preliminares Sumárias (IPSs).

Deibson Nascimento e Rogério Mendonça fugiram na madrugada de 14 de fevereiro de 2024, uma Quarta-feira de Cinzas. A fuga durou 50 dias, e a caçada assustou Baraúna, cidade vizinha onde se esconderam. Os dois foram recapturados em Marabá, no Sudeste do Pará, a mais de 1,6 mil km de distância de Mossoró. As buscas envolveram uma força-tarefa que contou com centenas de agentes de segurança da esfera estadual e federal.

Os dois chegaram a retornar à Penitenciária Federal de Mossoró e foram transferidos em outubro para a Penitenciária Federal de Catanduvas (PR).

O corregedor substituto da Penitenciária Federal de Mossoró, o juiz federal Halisson Bezerra, disse que a fuga não teria ocorrido se não houvesse uma conjuntura de erros e a falta do cumprimento de procedimentos pelos servidores.

“Se os procedimentos tivessem sido cumpridos, como por exemplo, as celas serem revistadas duas vezes por dia, aquilo não teria acontecido”, disse.

Muralha não concluída
Uma obra não concluída, um ano após a fuga, é a da muralha, prevista para o perímetro externo da penitenciária. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o serviço está, neste mês de fevereiro, com o canteiro de obra instalado.

A previsão é de que a conclusão ocorra entre 12 e 18 meses. O investimento é de R$ 28,6 milhões. “É uma obra faraônica, é uma obra estrutural muito forte. A muralha tem um concreto específico, que aguenta muita coisa. Então, não é uma obra fácil”, explicou o corregedor substituto da penitenciária.

O corregedor ressaltou ainda que, “se já existisse a muralha, eles [Deibson e Rogério] não teriam conseguido sair”.

Caminho da fuga: reforço em luminárias e shafts
Os locais usados pelos dois presos para a fuga estão diferentes agora. Segundo o Ministério da Justiça, houve a instalação de reforços estruturais nas luminárias das paredes das celas e de grades no topo dos shafts, “fechando o acesso direto ao telhado pela parte interna da unidade”. O investimento foi de R$ 1 milhão.

Deibson e Rogério estavam em celas vizinhas, no Regime Disciplinar Diferenciado, no qual o banho de sol ocorre em uma área na própria cela, e conseguiram escapar após arrancarem as luminárias para acessar o shaft, por onde há dutos, rede elétrica e, antes, até um acesso ao teto.

“Foi colocada uma espécie de malha metálica na frente dela [luminária], chumbada com parafusos gigantes na frente e atrás, de forma que provavelmente aquilo ali vai ser impossível de se fazer de novo”, explicou o corregedor substituto.

Na área externa do presídio, conseguiram romper uma parte do cercado da penitenciária e fugir. Na época, o presídio passava por uma obra, e materiais de construção foram deixados no trecho.

Após a fuga, também foram fechados, com grades, os solários do isolamento e do pergolado da Divisão de Saúde, segundo o MJSP.

O ministério informou ainda que fez uma reforma estrutural nas celas de isolamento, na triagem, e nas áreas de saúde e vivência, eliminando “ferros e vergalhões expostos na estrutura”. A investigação na época apontou que os dois teriam usado vergalhões para retirar as luminárias das celas.

Para o corregedor da penitenciária, com as reformas que a penitenciária passou no último ano é “praticamente impossível” uma nova fuga ocorrer, caso não haja uma falha humana nos procedimentos.

“O rigor hoje está maior tanto em relação à questão dos procedimentos, quanto em relação a essa questão, vamos dizer, material. Seja em relação às câmeras, seja em relação à estrutura física, seja em relação à muralha que vai ser construída. Isso, obviamente vai dificultar, mas tudo depende do fator humano. Se o fator humano realmente for cumprido, aí fica complicado [fugir]”.

Segundo o corregedor, a transferência seguiu um rodízio previsto nos presídios de segurança máxima.

“Existe um rodízio entre os presos que estão em presídio federal, nas cinco penitenciárias [federais] do Brasil. Esse rodízio acontece todos os anos. E eles já estavam aqui há tempo suficiente para participar. Então, foi uma questão de rotina”, explicou.

Câmeras de segurança: dobro da época da fuga
O número de câmeras de segurança mais que dobrou em um ano na Penitenciária Federal de Mossoró. De 75 câmeras em funcionamento na época da fuga, a penitenciária passou a ter 194 em fevereiro deste ano, todas de alta qualidade, segundo o Ministério da Justiça.

A pasta informou que 26 câmeras que eram analógicas e estavam em uso no ano passado foram desativadas.

O Ministério da Justiça informou ainda que passou a monitorar a RN-015, via de acesso ao presídio, com três câmeras, sendo uma delas com tecnologia que faz a leitura de placas dos veículos.

Punições a servidores
A corregedoria da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) informou nesta terça-feira (11) que aplicou pena de suspensão, por 30 dias, contra quatro agentes penitenciários que trabalhavam na Penitenciária Federal de Mossoró na época da fuga. Essas foram as primeiras penas mais graves aplicadas contra agentes envolvidos no episódio.

Os agentes ainda podem recorrer da punição. O Ministério da Justiça e Segurança Pública não informou qual função esses quatro agentes exerciam no dia da fuga e o que motivou a punição a eles.

Ao todo, dez servidores respondem Procedimentos Administrativos Disciplinares (PAD), segundo o Senappen.

Duas Investigações Preliminares Sumárias também foram abertas, tendo uma delas culminado com Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) contra 17 servidores.

“Eles se comprometeram a adotar uma série de medidas, incluindo a obrigação de não reincidir nas mesmas infrações e a participação em cursos de reciclagem”, informou o Senappen.
“Até agora não foi comprovado, não se tem nem indícios de que houve facilitação”, disse o corregedor substituto do presídio, o juiz federal Halisson Bezerra.

G1RN

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Brasil

Quadrilhas faturaram R$ 186 bilhões em um ano no Brasil com crimes virtuais e furtos de celular, aponta estudo

Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo


Associado ao tráfico de drogas, o crime organizado no Brasil ganhou R$ 186 bilhões com golpes virtuais e furtos de celulares de julho de 2023 a julho do ano passado, segundo um relatório divulgado na quarta-feira pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O estudo mostra também que as facções passaram a lucrar mais com atividades comerciais praticadas de forma ilegal, golpes pela internet e furto de celulares. A receita estimada com o comércio paralelo de combustíveis, ouro, cigarro e bebidas em 2022 foi de R$ 147 bilhões, enquanto que a venda de cocaína teria gerado R$ 15 bilhões.

Em relação ao campo virtual, os pesquisadores avaliam que o avanço das facções é um exemplo da capacidade de adaptação do crime às evoluções tecnológicas. “A alta taxa de furtos de celulares facilita essas mudanças, uma vez que os equipamentos eletrônicos, e os celulares em especial, se tornaram portões de entrada para crimes digitais”, diz o documento do FBSP.

Já entre os quatro outros mercados explorados por organizações criminosas, o setor de combustíveis e lubrificantes está à frente, com um total estimado de R$ 61,5 bilhões — 41,8% da receita deste grupo de atividades. O de bebidas aparece em seguida, com uma receita de R$ 56,9 bilhões. Na sequência, estão os mercados de extração e produção de ouro, com R$ 18,2 bilhões, e de tabaco e cigarros, com R$ 10,3 bilhões.

— A alta circulação e a demanda destes setores, atrelado ao baixo controle estatal e de circulação, explica o interesse das facções em atuar neles. Mas os mercados de drogas e armas continuam sendo atividades centrais para o crime organizado — ressalva Nívio Nascimento, assessor de relações internacionais do FBSP.

Segundo o pesquisador, o interesse dos criminosos nos quatro mercados se explica pelas penas mais brandas pelo envolvimento nestes crimes, na comparação com o tráfico de drogas. Este cenário propicia a atuação das facções nestes setores de “alta rentabilidade”, avaliou.

“Apesar de avanços, o setor de combustíveis carece de um sistema nacional integrado de rastreamento, dificultando o combate à ilegalidade. Práticas como adulteração, contrabando, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro são amplamente utilizadas por organizações criminosas, exigindo uma resposta integrada do Estado e do setor produtivo para enfrentar os amplos impactos econômicos, sociais e ambientais dessas atividades ilícitas”, aponta o relatório do Fórum de Segurança.

A entidade afirma que cerca de 38% da produção nacional de ouro entre 2015 e 2020 têm indícios de ilegalidade, com a movimentação de R$ 40 bilhões e um forte impacto na Amazônia. Em relação aos combustíveis, a comercialização ilegal de 13 bilhões de litros anuais resulta em perdas fiscais de R$ 23 bilhões, estima o FBSP.

O relatório acrescenta que o mercado ilegal de tabaco no Brasil representa 40% do consumo nacional, significando R$ 94,4 bilhões em perdas de receita com impostos nos últimos 11 anos. No caso da falsificação e do contrabando de bebidas, as perdas tributárias foram de R$ 72 bilhões somente em 2022, segundo o Fórum de Segurança Pública.

O relatório destaca como as atividades ilícitas se entrelaçam e “formam um ecossistema que ultrapassa o narcotráfico e contrabando tradicionais”. Os grupos criminosos exploram brechas institucionais e regulatórias para lavar dinheiro e ocultar ganhos de fontes como o tráfico e extorsões, diz a entidade.

Os pesquisadores afirmam que a falta de integração de dados e de informações sobre produção, rastreamento, tributação e segurança entre órgãos como Receita Federal, Polícia Federal e agências reguladoras prejudica o enfrentamento ao crime organizado. Para combater o crescimento destes mercados clandestinos, o Fórum aponta a necessidade de incorporação de dados sobre controle de produção e rastreamento às iniciativas de inteligência financeira, como as conduzidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O objetivo da proposta da entidade é fortalecer a capacidade do Estado e dos órgãos de segurança de mapear fluxos financeiros ilícitos e redes de comércio ilegal de produtos.

— É necessário complementar a dinâmica de atuação das forças de segurança para frear estas potencialidades de novas fronteiras do crime organizado. Para além de monitorar o dinheiro, é preciso complementar a estratégia aumentando o nível de controle e rastreamento de produtos — aponta Eduardo Pazinato, coordenador do estudo.

O estudo ressalta que as organizações criminosas têm concentrado suas operações não apenas em mercadorias ilegais, mas também em mercados regulados. Entre os exemplos citados estão as investigações que revelaram conexão de empresas de transporte público de São Paulo com o Primeiro Comando da Capital (PCC). “ Com um faturamento anual estimado em R$ 6,7 bilhões, o PCC estaria explorando o sistema de transporte público para legitimar seus ganhos ilegais”, diz o FBSP.

O relatório sugere a promoção de campanhas de conscientização, envolvendo tanto a sociedade civil quanto profissionais de setores estratégicos, para o enfrentamento do crime organizado.

“Ao educar a população sobre os impactos negativos desses mercados ilícitos e promover práticas como o ‘conheça seu cliente’, é possível incentivar comportamentos que minimizam o risco de envolvimento em atividades ilegais”, recomenda o Fórum de Segurança. “Esse engajamento colaborativo fortalece a cultura de responsabilidade, conformidade e integridade”.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. O nine vive dizendo que celular e cerveja são itens que não podem e devem entrar nessa conta, os meninos ficariam tristes, por ele estão liberados de qualquer Sansão.

  2. No Brasil é assim, consegue fazer os estudos e estatísticas mais não consegue combater e acabar com esse tipo de crime, é semelhante ao roubo de fios.

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Saúde

Processos por erro médico crescem 506% em um ano e já são 203 por dia no Brasil

Marcello Casal/Agência Brasil
Em um ano, o número de processos judiciais por “erro médico” em sistemas públicos e particulares de saúde aumentou 506% no Brasil. Os dados são do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e se referem a 2023 e 2024, período que o país registrou 12.268 e 74.358 ações sobre o tema, respectivamente. Os processos são relacionados a danos morais ou materiais, termos que passaram a ser usados pelo sistema judiciário em problemas decorrentes da prestação de serviços de saúde.

Em 2024, apenas no sistema público, as ações por danos morais chegaram a 10.881, e por questões materiais, a 5.854. No serviço particular, os números quase triplicam, com 40.851 e 16.772, respectivamente. Comparado ao ano anterior, os valores cresceram pelo menos seis vezes. Em média, no ano passado foram ao menos 203 processos registrados por dia.

Globalmente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que um a cada dez pacientes sofra danos em cuidados de saúde e 3 milhões de pessoas morram anualmente devido a cuidados inseguros. Entre fatores, estão erros de medicamentos, cirúrgicos e de diagnóstico, além de infecções associadas a cuidados de saúde e outros. Mais de 50% dos danos são evitáveis, e metade deles é atribuído aos medicamentos, informou a organização.

No Brasil, o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar estima que seis mortes foram registradas a cada hora em hospitais públicos e particulares do país por erros em 2017, último ano que uma pesquisa do gênero foi realizada. Em números absolutos, naquele ano foram 235.127 mortes associadas a eventos adversos de qualquer natureza, ocasionados por erros, falhas assistenciais, processuais, ou infecções, entre outros fatores.

“Aproximadamente 30 a 36% dos óbitos determinados por eventos adversos graves podem ser prevenidos. Estabelecer políticas e programas de segurança do paciente com direcionamento para as populações de maior risco e eventos adversos graves mais prevalentes contribui para a maior efetividade destes programas, redução do sofrimento das pessoas, redução dos custos assistenciais e aumento na disponibilidade de leitos hospitalares”, diz o estudo.

Para o especialista em direito do consumidor e saúde Stefano Ribeiro Ferri, o aumento nas ações judiciais por erro médico pode ser explicado por uma combinação de fatores, e não necessariamente pelo crescimento proporcional de erros na prática médica. Entre os motivos, Ferri cita maior acesso à informação e conscientização dos pacientes, judicialização da saúde, piora nas condições de trabalho dos profissionais de saúde e aumento expressivo no número de faculdades de medicina no Brasil.

“Nos últimos anos, houve uma grande expansão desses cursos [de medicina], muitas vezes sem a infraestrutura adequada para a formação de profissionais qualificados. A falta de hospitais-escola estruturados, a deficiência na formação prática e a ausência de um acompanhamento rigoroso na qualidade do ensino podem resultar na formação de médicos menos preparados para lidar com casos complexos, aumentando o risco de falhas no atendimento e, consequentemente, a judicialização por erro médico”, completou.

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R7

Opinião dos leitores

  1. Muitas das vezes, não é erro médico, é picaretagem dos pacientes pedindo indenizações.
    Quando estão fhudidos.e passam a serem curados, esquecem de agradecer os médicos.
    O que tem de gente sem vergonhas no Brasil é brincadeira.
    Por outro lado, os advogados querendo ganhar o quinhãozinho deles, as vezes da certo, as vezes falha.

  2. Proliferação dessas faculdades de medicina de baixíssimo nível jogando no mercado profissionais medíocres, dá nisso.

    1. Caro amigo Araujo, concordo com plenamente com vc em: proliferação, baixissimo nível, jogando no mercado, profissionais mediocres, so discordo de vc restringir tudo isso a medicina, a formação do nivel superior no brasil acabou, basta vc passar uma manhã em qualquer centro de formação, é uma vergonha com rarissimas exceções, estão trabalhando no mercado, profissionais formados pelo FAMIGERADO EAD, inclusive profissionais da saude tão importantes quanto medicos, vc não vê a companheira do presidente, mulher madura, SOCIÓLOGA, já tendo passado por empregos importantes, hoje ditando as cartas em políticas públicas e tropeçando na soberba e analfabetismo.

  3. Infelizmente vai piora com essa política desvairada e perversa de criar faculdades de medicina em cada esquina , desprezando a qualidade estrutural e recursos humanos especializado dentre outros cuidados essenciais.

    1. ZÉ AREIA, esqueceu de dizer, enriquecendo conglomerados particulares, o nine encheu os bolsos desse povo com financiamento público garantido. O brasil é o paraiso das universidades particulares, muitas delas em um beco sujo e sem saida.

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Polícia

Polícia de São Paulo identifica mandante da morte de delator do PCC

Reprodução

Dezenas de policiais estão nas ruas neste momento em busca de Emílio de Carlos Gongorra Castilho, o Cigarreiro. Além do mandado de prisão, os agentes cumprem mais de 20 mandados de busca e apreensão. Todos os endereços estão relacionados ao homem apontado como o mandante do assassinato do empresário Vinícius Gritzbach.

Conforme as investigações, o criminoso faz parte do núcleo do PCC que tinha relação direta com Anselmo Santa Fausta, outro traficante de alta patente da quadrilha, morto a tiros em dezembro de 2021.

Vinícius Gritzbach foi preso, acusado do assassinato de Santa Fausta. O empresário teria investido em criptomoedas o dinheiro de Santa Fausta e de Cigarreiro, procurado pela polícia hoje.

O negócio teria dado errado, e Gritzbach passou a ser cobrado. A dívida dele ultrapassava R$ 100 milhões. Gritzbach chegou a ser sequestrado e levado ao tribunal do crime.

Segundo a polícia, o mandante do assassinato do empresário participou do “julgamento” de Gritzbach em 2022. Ele conseguiu escapar da morte ao prometer devolver o dinheiro, o que nunca aconteceu.

A força-tarefa da polícia quer agora descobrir quanto Cigarreiro pagou para que policiais militares da ativa executassem o delator do PCC.

Dois policiais militares identificados como atiradores já haviam sido presos: o cabo Denis Martins e o soldado Ruan Silva Rodrigues. O motorista do carro que teria levado os dois até o local, o tenente Fernando Genauro, também está detido no presídio militar Romão Gomes.

Os advogados Renato Soares do Nascimento e Mauro da Costa Ribas Junior, que defendem os três PMs, afirmam que seus clientes são inocentes e que, no processo penal, apresentarão provas documentais e testemunhais.

O R7 tenta contato com o advogado de Emílio de Carlos Gongorra Castilho, o Cigarreiro, que ainda não foi localizado.

R7

 

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Política

Após ouvir direita, esquerda e STF, enviado da OEA vai se posicionar sobre a liberdade de expressão no Brasil

Samuel Pancher/Metrópoles

O relator especial para a liberdade de expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA), Pedro Vaca Villarreal, está em uma peregrinação pelo Brasil desde a segunda-feira (10/2). Ele é colombiano e tem ouvido autoridades e políticos de diferentes posições no amplo espectro político nacional, além de instituições. O cronograma de Villarreal segue até a próxima sexta-feira (14/2).

Os encontros de Villarreal visam a colher informações para uma análise sobre a situação da liberdade de expressão no país. A visita do relator especial da OEA atende a um convite feito pelo Estado brasileiro em outubro do ano passado.

Ao final da visita, ele deve divulgar um relatório com suas conclusões.

De políticos da oposição, Villarreal ouviu, na terça-feira (11/2), relatos sobre o que eles consideram censura judicial no Brasil. Os parlamentares repassaram descrições de fatos que eles consideram ser infrações de direitos humanos. Foram destacados bloqueios de perfis em redes sociais e casos no âmbito de processos de condenações de envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Os políticos da oposição que se encontraram com Villarreal eram, em sua maioria, do Partido Liberal (PL). Eles realizaram uma entrevista coletiva na qual reforçaram a defesa da inclusão na pauta da Câmara da votação de uma anistia para os condenados nos atos de 8 de janeiro.

“Nenhuma pauta [da oposição] é mais importante que a censura, a perseguição e o abuso de poder que estamos experimentando no Brasil”, afirmou o deputado Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara.

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Metrópoles

 

Opinião dos leitores

  1. Apesar de toda expectativa criada sobre a visita dessa comissão, tem um detalhe que deve ser lembrado:
    “Todos esses membros foram escolhidos por Biden, ou seja, com viéis 100% esquerdista”.
    Alguém espera imparcialidade com pessoas escolhidas e nomeadas pela esquerda?

  2. A opinião desse idiota e merda é a mesma coisa. Esse cara é um esquerdista convidado pelo ladrão pra analisar os impactos causados pelo vazamento das informações da USAid sobre a fraude eleitoral no Brasil que foi financiada pelo Governo Biden

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Geral

Prisões da Polícia Federal por corrupção despencam quase 80% em 6 anos

Hugo Barreto/Metrópoles

As prisões por corrupção realizadas pela Polícia Federal despencaram 78% em seis anos, de acordo com dados da própria corporação obtidos pelo Metrópoles. Os mandados de prisão expedidos pela Justiça e cumpridos pela PF passaram de 607, em 2019, para apenas 136 no ano passado.

Após o desmantelamento da Operação Lava Jato e a reação por parte da classe política e do Judiciário, revisando procedimentos criminais, as prisões vêm vivendo declínio no Brasil. A recente série histórica mostra que as detenções registradas pela Coordenadoria de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da PF caíram pela metade logo em 2020, chegando a 350.

No período informado, o menor número de prisões aconteceu em 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), com 94 casos de detenções preventivas e temporárias por corrupção e crimes similares. Se fossem considerados apenas os dois primeiros anos de cada gestão, porém, a administração do ex-presidente chegaria a 957, contra apenas 281 no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Especialistas consultados pelo Metrópoles e a própria PF atribuem a queda do número de encarceramento em casos de corrupção a limitações nas regras para as prisões ocorridas desde 2020. Naquele ano, por exemplo, apenas a Operação S.O.S prendeu 73 pessoas em ação de combate a desvios de recursos da saúde no Pará.

Hoje, esse cenário dificilmente se repetiria. A mais ruidosa operação contra a classe política do ano passado, a Overclean, prendeu 16 pessoas, segundo dados obtidos pela reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). A ação investiga empresários e políticos ligados ao União Brasil — no caso, um dos presos é Marcos Moura, empresário conhecido como o Rei do Lixo.

Agora, a apuração tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Kassio Nunes Marques, porque foram identificados indícios contra o deputado Elmar Nascimento (União-BA).

Em contrapartida, as prisões por tráfico de drogas subiram na Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor). Em 2019, foram 836 suspeitos de tráfico presos, contra 1.572 no ano passado, alta de 88%.

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Metrópoles

 

Opinião dos leitores

  1. Se as prisoes por corrpcao cairam NAO SIGNIFICA que esse crime diminiu NAO. pelo contrario, de acordo com a imprensa e as reportagens esse tipo de crime so AUMENTOU, vejam caso das emendas pix sem destino, sem aplicaçao do dinheiro, sem receber desse dinheiro e sem obra desse dinheiro e ninguem VIU E NINGUEM SABE o paradeiro e NINGUEM quer carimbar essas emendas. PORQUE? QUAL INTERESSE EM OCULTAR, QUEM ENVIA, QUEM RECEBE, QUAL DESTINO e finalmente por que NAO se prende quem fica com esse dinheiro?

  2. Segundo um ex-presidente ai…ele acabou com a corrupção né?
    Aproveita e remove logo a lei da ficha limpa também…o Brasil não é um país corrupto mais… tudo está na normalidade*.
    *Contém ironia.

    1. Se acabou eu não sei, mas no governo dele ninguém foi processado por corrupção e as estatais deram lucro

    2. Eu sei que isso doe nos esquerdista, mas quando o Bolsonaro saiu deixou dinheiro em caixa, e não teve um caso se quer de corrupção

  3. Tá ótimo, é muita competência na gestão pt, é uma excelência em ADM, supra sumo do rabo do pato!

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Economia

Armínio Fraga, ex presidente do Banco Central, diz que Brasil está na UTI e “juros futuros estão na lua”

Reprodução

O ex-presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga afirmou nesta quarta-feira (12) que o atual cenário econômico do Brasil apresenta sintomas muito graves de um “paciente na UTI”.

Fraga observou que os juros futuros estão “na lua, a perder de vista” e que a única área que pode ajudar a autoridade monetária é a política fiscal.

Em seminário do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças, no Rio de Janeiro, Fraga defendeu que o atual presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, convidado do evento, convença o governo a se debruçar sobre o assunto.

“Você, como uma pessoa de confiança das altas autoridades do nosso país, talvez possa convencê-las de que não tem mágica e que isso que aconteceu até agora foi muito bom, o desemprego está baixo, é um sonho, mas agora a festa meio que acabou, não é um problema de comunicação”, disse.

Fraga, que comandou o BC entre 1999 e 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso, demonstrou preocupação com uma dívida pública acima de 75% do Produto Interno Bruto (PIB), e em trajetória de alta, associada a uma atividade econômica que fatalmente vai desacelerar.

“O Banco Central não faz milagre, sei que é difícil comentar, mas isso precisa acontecer. Eu considero que o paciente está na UTI, não precisa nem entrar nas discussões sobre dominância fiscal, isso é muito acadêmico. O mix macro precisa mudar, e eu acho que isso não parece estar na agenda”, afirmou.

Em resposta a Fraga, Galípolo disse que tem o desafio pessoal de encontrar o limite e a medida certa do que cabe à autoridade monetária falar. Ele ponderou que tem tido espaço e voz para poder se pronunciar sobre o que pensa dos movimentos de mercado e explicar o que está acontecendo na economia.

“Faz parte do desafio você não cruzar uma linha e não transcender o que é o quadrado da autoridade monetária”, ponderou.

Galípolo avaliou que o “remédio” da política monetária vai funcionar para arrefecer a inflação, sublinhando que essa avaliação é compartilhada pelo mercado, que espera uma desaceleração da atividade.

No entanto, ele afirmou que o mercado está menos focado no efeito da política monetária, e observando mais qual será a reação do governo a partir de uma desaceleração da atividade.

“Isso não é simples de você endereçar enquanto autoridade monetária. Uma coisa é você ser preventivo a algo que está presente, outra coisa é você lutar com algo que não existe ainda, ou que possa nem existir”, disse.

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Pantanal teve 10.825 hectares queimados em janeiro de 2025

O Pantanal teve 10.825 hectares de área queimada em janeiro de 2025, segundo dados do Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Em 2024, foram 2,6 milhões de hectares queimados no bioma –valor que corresponde a 17% da área total do Pantanal, estimada em cerca de 15 milhões de hectares. Na série histórica do Lasa, iniciada em 2012, o ano passado foi o 2º em tamanho de área atingida por incêndios. Perde para 2020, quando foram queimados 3,6 milhões hectares.

A área queimada no Pantanal em janeiro de 2025 é inferior aos 23.675 hectares queimados no mesmo mês de 2024, mas superior aos 3.350 de 2023.

O território devastado por queimadas no Brasil cresceu 79% em 2024 com relação a 2023, segundo dados do Monitor do Fogo, do MapBiomas. Foram queimados 30.867.676 hectares no ano passado –uma área maior que todo o território da Itália.

Desses mais de 30 milhões de hectares, 73% foram de vegetação nativa, sendo 25% em formações florestais. Os fogos em áreas de pastagens somaram 21,9% do total de 2024. Eis a íntegra dos dados (PDF – 4 MB).

FOCOS DE INCÊNDIO

O Brasil encerrou o ano de 2024 com 278.299 focos de incêndio –um aumento de 46,5% em relação a 2023, quando foram registradas 189.901 ocorrências do tipo. Os dados são do sistema BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

A quantidade de incêndios em 2024 foi a mais elevada desde 2010. Na série histórica, o ano de 2007 continua como o pior.

A Amazônia foi o bioma que mais registrou focos de incêndio em 2024. Foram 140.346 de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2024, o que corresponde a 50,4% do total. É seguido por:

Cerrado, com 81.468 focos (29,3%);
Mata Atlântica, com 21.328 focos (7,7%);
Caatinga, com 20.235 focos (7,3%);
Pantanal, com 14.498 focos (5,2%);
Pampa, com 424 focos (0,2%).
Em janeiro, o país registrou 3.137 focos de incêndio. A Amazônia concentra a maior parcela dos focos de incêndio, com 1.219 –ou 38,9%. O Pantanal teve 34 ocorrências do tipo.

Poder 360

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  1. Oxente,kd aqueles lacradores nacionais e internacionais deferensores da natureza,kd a lombriga do ministério do meio ambiente,não aparece ninguém né,entendo,a mata agora prose pegar fogo 🔥 pois é pelo amor.🤢🤮,quero mais é não fique uma árvore de pé.

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