Diversos

Em ‘agonia’, sindicatos demitem e vendem imóveis para sobreviver

Reforma trabalhista encerrou obrigatoriedade de pagamento da contribuição sindical (Everson Bressan/Futura Press/Folhapress)

Vigente há um ano, a reforma trabalhista ainda não trouxe resultados relevantes em termos de geração ou formalização de empregos. Enquanto especialistas dizem que o tempo é curto para medir seus resultados práticos, uma das consequências da nova legislação já pode ser observada nitidamente: a crise dos sindicatos. Com o fim da obrigatoriedade do pagamento da contribuição sindical, essas entidades hoje enfrentam dificuldades financeiras sem precedentes, recorrendo à venda do próprio patrimônio e à demissão de funcionários para se manterem.

Antes da mudança, trabalhadores eram obrigados a colaborar anualmente com um dia de salário em benefício do sindicato de sua respectiva categoria. Atualmente, o pagamento é optativo. Segundo dados do Ministério do Trabalho, os valores pagos por meio de imposto sindical caíram cerca de 85% (no acumulado de janeiro a setembro, foram arrecadados 1,9 bilhão de reais, em 2017, e 276 milhões de reais, em 2018). Apesar da queda brusca na receita, o número de sindicatos teve leve alta, de 16.517 no último ano para 16.663 na parcial mais recente.

De um lado, sindicalistas denunciam um “crime”, enquanto apoiadores do fim da arrecadação compulsória se dizem em defesa da “liberdade” do trabalhador. “A legislação eliminou o custeio dos sindicatos, sem nenhuma transição ou verba que substitua, foi um crime. Seguimos dando assistência jurídica gratuitamente, promovemos uma série de atividades coletivas, fazemos negociações que beneficiam tanto associados quanto não associados… e não podemos ter nosso custeio”, expõe Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo.

O sindicato presidido por Patah é justamente um símbolo do momento delicado: apesar de contar com uma base de mais de 450 mil trabalhadores e quase 80 anos no existência, enfrenta dificuldades para se viabilizar financeiramente e vendeu uma sede na rua Santa Ifigênia, região central de São Paulo, por 10,3 milhões de reais no último mês de junho. A venda ocorreu pouco antes de o STF votar a questão do fim do imposto obrigatório, mantendo o padrão de contribuição facultativa. “Estamos nos adaptando à nova ordem, diante desse crime de não haver tempo de transição e toda a demagogia de que ‘nada pode ser obrigatório’. A política veio para cima do movimento sindical”, desabafa.

Deputado combate ‘monopólio’ e quer ‘darwinismo sindical’

Autor do projeto de lei que incluiu o item sobre a contribuição sindical na reforma trabalhista, o deputado federal Paulo Martins (PSC-PR) classifica como “patéticos” os argumentos dos sindicalistas. “Isso é ridículo, que tempo de transição eles pedem? Recebem dinheiro desde 1937, não se prepararam? Não deu tempo? O que eles querem é a manutenção da ‘teta’. Desmamar é mais difícil do que procurar retomar a ‘teta’ para continuar mamando. Querem subterfúgios jurídicos para manter esse regime que era um sustentáculo para aparatos do poder”.

Suplente na legislatura anterior, Martins foi eleito para um novo mandato e prepara projetos relacionados ao tema a serem apresentados já no início de 2019: “primeiro nós acabamos com esse absurdo de imposto compulsório, o trabalhador tem que pagar por aquilo que acha útil, é uma questão de liberdade. O próximo passo é dar fim à unicidade sindical. Essa história de que quando um sindicato recebe autorização de representar uma categoria, não podemos ter outro na mesma área. É assim que o sindicalista vira um ‘rei’, tem o monopólio e quem está descontente não tem opção. Quero que haja concorrência e o trabalhador possa escolher ser representado pelo sindicato que cobrar menos e entregar mais, ou até mesmo nem ter sindicato. Isso é liberdade, é o que chamo de ‘darwinismo sindical’, os melhores sobrevivem”.

Martins diz que as medidas não visam acabar com a representação social, mas sim aprimorá-las. “Acabando com o ‘monopólio’ de alguns, estamos lutando pela liberdade dos próprios sindicatos, e o trabalhador poderá contribuir voluntariamente se for bem representado. Sindicatos são importantes quando de fato lutam por direitos coletivos, mas o problema é quando atuam como braço de um partido. Foi assim com Getúlio Vargas, e por isso mesmo foi criado o imposto sindical. Depois se tornaram braço do `lulopetismo`, se focam na política e prejudicam os trabalhadores”, avalia. “A própria CUT e o Lula defendiam o fim da contribuição sindical no passado, entendiam que com imposto os sindicatos se tornariam aparelhos do governo.”

Sindicatos demitem funcionários e vendem imóveis

Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas nega qualquer contradição no discurso da entidade. “A CUT é sim contra o imposto sindical, nasceu dizendo isso. Mas defendemos que outra forma de contribuição seja discutida com os trabalhadores para que continuem sendo representados. Os sindicatos não conseguem sobreviver apenas com seus associados no Brasil, um país onde trabalhadores são pressionados e podem ser demitidos quando se sindicalizam. Se houvesse autonomia, talvez não precisássemos de outra fonte, mas existe perseguição”, afirma.

Freitas relata uma queda de arrecadação de cerca de 80% da CUT no último ano, o que culminou em um plano de demissão voluntária com a saída de aproximadamente 45% dos funcionários em âmbito nacional. Como medida para levantar recursos, a entidade tenta a venda da sua sede no Brás, centro de São Paulo. No início do ano, houve negociação do terreno com a Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada pelo pastor Valdemiro Santiago, que estaria disposta a pagar 40 milhões de reais pelo imóvel.

“Houve essa negociação com a igreja, o que seria bom para as duas partes, mas não se concretizou. Hoje estamos em busca de novos interessados, queremos mudar para um lugar mais barato, não acho que diminuir a estrutura seja um grande problema. O mais grave é não ter recursos para lutar pelos direitos dos trabalhadores, temos todo um custo para contratar advogados, por exemplo. Ou para fazer um comício, que necessita de estrutura de som e demanda gastos com gasolina. Sem arrecadação, perdemos essa condição”, conta o sindicalista.

Organizada de forma similar à CUT e dependente de contribuições dos próprios sindicatos, a Força Sindical viu sua arrecadação despencar de 50,9 milhões de reais, em 2017, para 4,7 milhões de reais, neste ano. O quadro de funcionários caiu de 150, com atuação em todo o Brasil, para 16 – todos em São Paulo. Segundo o secretário-geral da organização, João Carlos Gonçalves, o “Juruna”, a sede, localizada no bairro paulistano da Liberdade, hoje se encontra à venda, seguindo o exemplo do resto da classe.

“Estão criminalizando o poder do trabalhador. O sindicato atende a todos os trabalhadores e suas conquistas beneficiam a todos. A reforma trabalhista se propôs a fortalecer o negociado sobre o legislado, mas quebrou as instituições que representam os trabalhadores na negociação. No momento temos que cortar custos, demitir funcionários e até médicos que atendem nos ambulatórios”, comenta Juruna.

Projeto propõe regulamentar a cobrança assistencial

Vinculado à Força Sindical, o deputado Bebeto Galvão (PSB-BA) é autor de proposta que regulariza a contribuição negocial, projeto apoiado por grande parte do movimento sindical como uma alternativa à queda de receitas. A finalidade se assemelha ao projeto de lei descrito a Veja pelo deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS), ex-ministro do Trabalho na época da aprovação da Reforma Trabalhista.

“A reforma trabalhista não previa alteração na estrutura sindical, mas houve pressão de um clube de parlamentares, pois os sindicatos são a parte do movimento social brasileiro que mais realiza críticas sobre posições políticas. Da forma que ficou, o poder econômico prevalece sobre o equilíbrio das negociações entre patrões e empregados. Os defensores dizem que a reforma trabalhista fortalece os sindicatos, que podem negociar praticamente tudo: jornada de trabalho, férias, PLR… mas como vão fazer isso tudo se a lei impõe limites para que eles se financiem?”, questiona o deputado.

A proposta prevê que seja regularizada a “contribuição negocial”, também denominada como “assistencial”, já estipulada por alguns sindicatos. O valor seria aprovado anualmente, em assembleia à qual todos os trabalhadores de uma categoria seriam convocados, podendo variar a uma cobrança mensal de 0,1% a 1% do salário. No mesmo dia da assembleia, trabalhadores opostos à cobrança aprovada poderiam apresentar uma carta que os isentaria do pagamento. Os ausentes não teriam ferramentas para impedir a taxação, de acordo com o projeto original.

“A contribuição negocial não é impositiva, o trabalhador presente na assembleia pode se opor a pagar, e o valor é votado anualmente de acordo com as conquistas do sindicato. Assim, damos autonomia coletiva e permitimos que os sindicatos se sustentem financeiramente. Deve haver ampla publicização para que os trabalhadores estejam cientes e compareçam às votações, afinal as conquistas da categoria não são apenas dos sindicalizados. Quem se omitir, também deve ter responsabilidades”, pondera Galvão.

Contrário ao projeto, o deputado Paulo Martins (PSC-PR) considera a proposta “um abuso”: “as assembleias não conseguem reunir toda a categoria, é impossível. Com a contribuição negocial elas estabelecem uma pena para quem não estava presente. Qualquer contribuição que você impõe é uma pena, um sacrifício financeiro. Isso é ilegal e certamente os tribunais superiores vão derrubar. De forma nenhuma pode haver algo impositivo, devemos proporcionar liberdade ao trabalhador – decidir se vai querer pagar ou não”.

Entidades buscam reverter quadro com “modernização”

Na visão de Vagner Freitas, da CUT, apenas com pressão popular medidas em prol dos sindicatos poderão ser aprovadas no Congresso Nacional. “Temos um Congresso altamente conservador, dominado pelos empresários, e o próximo será assim também. Sabemos qual é o interesse dos congressistas, que é diferente do dos trabalhadores, mas a pressão vinda de fora pode mudar a opinião deles. A Reforma da Previdência está aí de exemplo: eles querem votar, mas não têm coragem porque o povo é contra. A mesma coisa vale para a questão do financiamento sindical, que só terá eco no Congresso caso os trabalhadores entendam que é uma questão importante para eles, já que apenas os sindicatos lutarão por seus direitos”.

Todos os sindicalistas ouvidos pela reportagem criticam o que chamam de “prática anti-sindical” em andamento no país. “Não podemos aceitar que os trabalhadores desconheçam os sindicatos e o que eles fazem, mas querem que seja assim. Muitas empresas estimulam os funcionários a manterem distância dos sindicatos, como se fossem inimigos. Houve caso de quem pagou ônibus para os trabalhadores irem até o sindicato assinar carta de oposição à contribuição”, relata Ricardo Patah, da UGT.

Diante da crise financeira, as entidades têm se mobilizado para se fortalecer. A própria UGT inicia, ainda em novembro, uma série de reuniões regionais para debater a “reestruturação sindical”, visando atrair novos associados. Eventos como os mutirões de emprego têm sido utilizados para divulgação dos trabalhos sindicais e campanhas de filiação.

Embora não abram detalhes sobre as medidas que adotarão, os sindicatos querem buscar um trabalho conjunto de renovação para sobreviver. “Só com as contribuições normais, não vamos conseguir subsistir. Precisamos de outro tipo de prestação de serviços, temos que nos modernizar. Estamos discutindo algumas modalidades que existem fora do Brasil, mas são questões ainda iniciais e que são temas polêmicos dentro dos próprios sindicatos. O que não podemos é depender desse Congresso conservador e governo fascista, temos que nos solidarizar”, indica o presidente da CUT.

Veja

 

Opinião dos leitores

  1. Vida longa ao conterrânio Rogério Marinho. Se ficar provado que é igual a turma da Lava-Jato que seja punido. Algo de bom ajudou a fazer , REFORMA TRABALHISTA ( falta alguns ajustes ) .
    Vou continuar sindicalizado ao Sindicato dos Médicos, espontâniamente. Temos uma ótima diretoria.

  2. Novos tempos. Esse pessoal foi acostumado a não trabalhar e virarem sindicalistas profissionais. Agora acabou a mamata da contribuição sindical e do recebimento imoral da verba petista que através desses mamutes elegiam os mesmos para os diversos cargos públicos. Só para citar alguns exemplos, Lula, Mineiro e Fátima.

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Política

Queda na aprovação de Lula: ministros admitem surpresa, falam em tempos difíceis e culpam crise do Pix e inflação

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

A queda acentuada da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a 24% de acordo com o Datafolha, surpreendeu uma ala do governo. Ministros dizem sob reserva que uma redução era esperada, mas o patamar tão baixo pegou muitos no contrapé.

Segundo o instituto de pesquisas, Lula nunca havia registrado taxa tão baixa, considerando seus três mandatos. A maior queda entre uma pesquisa e outra foi entre os próprios eleitores do presidente. Nesse segmento, houve redução de 20 pontos percentuais, contra corte de 11 pontos na média geral.

Um auxiliar presidencial diz que isso aponta para tempos difíceis à frente. Isso porque o governo precisará de “cabeça fria” e “serenidade” para navegar num ambiente adverso contando com recursos escassos.

Outro ministro diz que, como a pesquisa é o retrato de um momento, ela não é uma sentença, mas os dados passam importante recado ao governo. Para ele, o Datafolha deixa claro que uma parcela da população está assustada e, por isso, o governo precisa “parar de errar”.

Na visão de aliados de Lula, o resultado da sondagem reflete a crise do Pix, a alta da inflação e os erros de comunicação no ano passado que levaram nervosismo ao mercado.

Por esse motivo, outra ala do governo fala que já era possível antecipar a deterioração na aprovação do presidente. Um ministro lembra que o efeito desses escorregões na popularidade de Lula já vinha sendo apontado por pesquisas anteriores, como Quaest.

A diferença é que o Datafolha, em vez de falar somente em aprovação e desaprovação do governo, classifica-o em “ótimo e bom, “regular” e “ruim e péssimo”, o que deixa mais claro como o apoio ao presidente minguou.

O fato de a maior parte dos eleitores ter migrado para o grupo dos que avaliam o governo como “regular” e não ter encorpado logo de caro o índice de desaprovação foi comemorado. Aliados de Lula dizem que isso facilita a recuperação e há espaço de manobra razoável nos próximos meses. Um deles diz que a rejeição a Lula não está “cristalizada”, o que aponta um caminho para a melhora nos números.

De acordo com um auxiliar presidencial, o “pior já passou” e as sondagens recentes encomendadas pelo Palácio do Planalto já indicam, inclusive, alguma reação na avaliação da população.

O Globo

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Brasil

Google pede desculpas por alerta falso de terremoto no Brasil


O Google pediu desculpas nesta 6ª feira (14.fev.2025) pelos alertas falsos de terremoto que foram enviados a celulares localizados no litoral de São Paulo. Também anunciou que desativou a ferramenta no Brasil para o sistema operacional Android.

“Desativamos prontamente o sistema de alerta no Brasil e estamos investigando o ocorrido. Pedimos desculpas aos nossos usuários pelo inconveniente e seguimos comprometidos em aprimorar nossas ferramentas”, disse a empresa em nota.

O Google também disse que o sistema Android de alertas para os tremores usa os próprios celulares dos usuários para detectar os abalos ao enviar as notificações. Segundo a big tech, é uma ferramenta complementar que não substitui nenhum outro sistema de alerta oficial.

“O sistema Android de alertas de terremoto é um sistema complementar que usa celulares Android para rapidamente estimar vibrações de terremotos e oferecer alertas para as pessoas. Ele não foi desenhado para substituir nenhum outro sistema de alerta oficial. Em 14 de fevereiro, nosso sistema detectou sinais de celulares em localização próxima ao litoral de São Paulo e disparou um alerta de terremoto aos usuários na região. Desativamos prontamente o sistema de alerta no Brasil e estamos investigando o ocorrido. Pedimos desculpas aos nossos usuários pelo inconveniente e seguimos comprometidos em aprimorar nossas ferramentas.”

ENTENDA

As notificações foram enviadas a celulares na madrugada desta 6ª feira (14.fev). Usuários de Android compartilharam o episódio em publicação no X (ex-Twitter). Segundo as mensagens, o tremor teria magnitude de até 5,5.

A Defesa Civil de São Paulo, no entanto, comunicou em publicação no X que não havia detectado nenhuma ocorrência.

Também nesta 6ª feira (14.fev), a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) disse que instaurou um processo administrativo para avaliar o ocorrido.

“Verificada qualquer irregularidade, a agência adotará as providências adequadas junto à empresa responsável, de modo a impedir novos episódios do evento observado, preservando a eficácia e a credibilidade do Defesa Civil Alerta perante a sociedade”, afirmou.

Poder 360

 

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Brasil

Ovos vendidos sem rótulo vão precisar ter carimbo de validade na casca a partir de março


A partir de março, ovos vendidos sem rótulo, seja a granel ou em bandejas, vão precisar ter um carimbo na casca com a data de validade e com o número de registro do estabelecimento produtor.

A determinação faz parte de uma portaria do Ministério da Agricultura, publicada no dia 4 de setembro de 2024, que deu 180 dias para os estabelecimentos se adequarem.

A medida não vale para os ovos que sejam vendidos em estojos ou em bandejas plastificadas com a rotulagem completa, que são os mais comuns em supermercados, explica José Eduardo dos Santos, presidente da organização avícola do Rio Grande do Sul e Conselheiro do Instituto Ovo Brasil (IOB) e da Associação Brasileira de Proteínas Animal (ABPA).

“Já os ovos vendidos ao consumidor final em bandejas, sem a plastificação e rotulagem, precisarão da identificação individual na casca”, reforça Santos.

A nova portaria do Ministério da Agricultura prevê ainda que a tinta utilizada para a impressão ou marcação da casca de ovos deve ser “específica para uso em alimentos, atóxica” e “não constituir risco de contaminação ao produto”.

Defasagem na lei

O presidente da organização avícola do RS conta que a legislação que determina as regras de classificação e embalagens de ovos não era atualizada desde 1991, e que isso era um problema, pois o setor cresceu muito “de lá para cá”.

Nesse processo de expansão, não apenas grandes empresas entraram no mercado, como também pequenos produtores. “Mas não se tinha um regramento muito uniforme, uma estrutura, por exemplo, de rastreabilidade”, conta Santos.

“Essa exigência de carimbo no ovo solto, a granel, vai ajudar muito nas questões sanitárias. Porque, às vezes, a gente precisa saber a procedência de um produto. Se tu não tem a informação, fica bem complicado”, comenta.

G1

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Geral

VÍDEO: Fátima anuncia investimento de R$ 2,1 bilhões para construção de 689 casas populares e vai entregar com Lulinha

A recente declaração da governadora Fátima Bezerra sobre a construção de 689 casas populares, no âmbito do programa “Minha Casa, Minha Vida”, deixou a população intrigada. Segundo o discurso, o projeto será realizado com um investimento de R$ 2,1 bilhões.

Contudo, ao fazer os cálculos, o custo por unidade habitacional alcança a impressionante marca de R$ 3.047.899,85 por casa.

Esse valor é extremamente alto para um projeto de habitação popular, levantando questionamentos sobre a empolgação da Governadora ou veracidade dos números apresentados.

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Brasil

ALERTA VERMELHO NO PLANALTO: Lula Enfrenta o Pior Índice de Aprovação de Sua Carreira Presidencial

Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu o pior índice de aprovação de seus três mandatos, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (14) pelo instituto Datafolha. A aprovação ao governo caiu para 24%. Essa é a pior avaliação já registrada pelo Datafolha nos três períodos em que Lula ocupou a presidência.

Os dados mostram uma queda significativa de 11 pontos percentuais desde o levantamento anterior, realizado em dezembro, quando o índice era de 35%.

Paralelamente, a reprovação ao governo disparou para 41%, outro recorde negativo para o petista. Entre os entrevistados, 32% classificaram o governo como regular.

No último levantamento, realizado em dezembro, 35% dos brasileiros aprovavam o governo, enquanto a reprovação era de 34% e 29% avaliavam o desempenho como regular. A mudança significativa nos índices reflete um descontentamento crescente em um curto espaço de tempo.

Desafios para o Governo

Os resultados da pesquisa indicam que Lula enfrenta dificuldades para consolidar o apoio popular em seu terceiro mandato. A queda na aprovação e o aumento da reprovação podem estar relacionados a uma combinação de fatores, incluindo desafios econômicos, crises políticas e expectativas frustradas de parte do eleitorado.

O levantamento do Datafolha também aponta para a necessidade de ajustes na estratégia do governo, que precisará reforçar suas políticas públicas e a comunicação com a população para reverter o cenário negativo.

Vale lembrar que além dos erros executivos, Lula tem tido falas desastrosas em seu la eventos ou em entrevistas concedidas.

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Geral

Casa de Saúde São Lucas comunica que nova direção assume a administração do hospital

Reprodução

Os acionistas e administradores comunicam uma importante mudança na estrutura organizacional da empresa envolvendo a profissionalização da gestão e a implantação de uma nova governança. A partir de 12 de fevereiro de 2025 os sócios e atuais administradores transferiram a gestão executiva do hospital para um executivo de mercado, o Sr. Jucelino Oliveira de Sousa, que assume como Diretor Superintendente da empresa com a responsabilidade de doravante conduzir a operação do hospital com o apoio da atual estrutura administrativa edo corpo clínico que fazem do São Lucas uma referência no mercado potiguar.

Os atuais administradores, que nas últimas décadas estiveram à frente da operação, passam a integrar uma nova instância da governança da empresa, o Conselho de Administração, que terá como responsabilidade a orientação estratégica e o suporte e respaldo à nova gestão no tocante as decisões de maior relevância com impactos nos negócios do hospital. Essa mudança é uma evolução na trajetória da empresa que visa principalmente preparar e fortalecer a organização frente as transformações pelas quais passa o setor de saúde, nacionalmente e principalmente localmente.

O Sr. Jucelino Sousa, tem 58 anos, é um profissional experiente com uma carreira profissional diversificada tendo ocupado posições de comando como Presidente e Membro de Conselhos de administração em diversasempresas e segmentos tais como: distribuição de combustíveis, Usinas de Açúcar, trading de café, Educação, Construção Civil e como empreendedor no ramo de saúde.

A respeito das suas novas atribuições, o Sr. Jucelino Sousa pede que seja transmitida a seguinte mensagem : “É uma honra e uma enorme responsabilidade assumir uma empresa tão tradicional e tão respeitada como a Casa de Saúde São Lucas. Não tenho dúvidas que com o visível comprometimento dos colaboradores, a experiência dos acionistas, e um olhar voltado para o futuro e para a tecnologia, podemos fazer do São Lucas uma empresa ainda mais forte e mais preparada para os desafios que se aproximam. Estou muito motivado e comprometido com esse projeto, não faltará dedicação da minha parte, usarei toda minha experiência para junto com toda a equipe fazer do São Lucas uma empresa ainda mais admirada”.

Atenciosamente,

Administração da Casa de Saúde São Lucas

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Geral

Justiça determina penhora da sede social do América

Foto: Adriano Abreu

A sede social do América, que fica na avenida Rodrigues Alves, voltou a ser alvo da justiça estadual e uma decisão proferida pelo juiz Ricardo Augusto de Medeiros Moura, do dia 17 de janeiro, determina que o prédio entre no rol de bens a serem leiloados judicialmente. O processo diz respeito a uma dívida antiga do Alvirrubro com Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU, que se aproxima dos R$ 20 milhões.

O Alvirrubro, encaminhou nota oficial, explicando como pretende resolver o problema sem que o clube perca patrimônio. “O América Futebol Clube vem a público, por meio desta, comunicar que tem plena ciência de todas as execuções fiscais do município de Natal, relacionadas com débito de IPTU da Sede Social e de um loteamento na zona norte, reconhecido judicialmente como invadido há décadas. São execuções relativas a tributos da década de 90 do século passado e início dos anos 2000.

Em relação ao assunto de IPTU de sua Sede Social, tombada e de reconhecida isenção fiscal, a atual diretoria do América destaca que, desde o início de sua gestão, tem envidado esforços para firmar um acordo de transação tributária com a Prefeitura Municipal de Natal, a fim de regularizar os débitos em questão.

Além disso, a diretoria tem se dedicado a resolver diversas pendências jurídicas históricas do clube, buscando uma solução definitiva para cada uma delas.

Este esforço visa não apenas a regularização da situação atual, mas também a construção de uma base sólida para garantir a saúde financeira do América Futebol Clube, com o objetivo de proporcionar um futuro próspero e sustentável para a instituição”, diz a nota oficial.

Futebol

Em campo, o Alvirrubro já está de volta a Natal após ser derrotado pelo Bahia, por 5 a 1, na Fonte Nova, pela Copa do Nordeste. O time volta aos treinos normalmente nesta sexta-feira, no CT, em Parnamirim. A equipe comandada pelo pressionado Leston Júnior volta a campo na próxima terça-feira, às 19h, na Casa de Apostas Arena das Dunas, mais uma vez pelo certame regional. O adversário será o Confiança/SE.

O débito que está sendo cobrado há anos pela Prefeitura de Natal diz respeito, inclusive a terrenos que o clube não tem posse pois foram invadidos há muito tempo, na Zona Norte da capital potiguar. Além disso, o embate jurídico ocorre contra o América Futebol Clube e não contra o América SAF.

Tribuna do Norte

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Brasil

DATAFOLHA: Desaprovação do governo Lula é quase o dobro da aprovação


Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” nesta sexta-feira (14) aponta que 24% dos eleitores brasileiros aprovam o governo do presidente Lula (PT) e que 41% reprovam.

Dos entrevistados, 32% avaliam o governo como regular, e 2% não souberam ou não responderam.

Segundo o Datafolha, é o pior nível de aprovação em todos os três mandatos do presidente Lula, e a reprovação também é recorde.

Antes, Lula havia atingido 28% de ótimo e bom em outubro e dezembro de 2005, no auge da crise do mensalão, em seu primeiro mandato, que ocorreu de 2003 a 2006. Já o maior índice de ruim e péssimo tinha sido registrado em dezembro de 2024, e foi de 34%.

O levantamento ouviu 2.007 eleitores de 113 cidades entre segunda-feira (10) e terça-feira (11). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Na pesquisa anterior, realizada em dezembro de 2024, a aprovação de Lula era de 35% e a reprovação, 34%. Consideraram o governo regular 29% e 1%não soube ou não respondeu.

Veja os números:

  • Ótimo/bom: 24% (eram 35% em dezembro);
  • Regular: 32% (eram 29% em dezembro);
  • Ruim/péssimo: 41% (eram 34% em dezembro);
  • Não sabem: 2% (era 1% em dezembro).

De acordo com o levantamento, no mesmo período do mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha uma reprovação semelhante: 40% consideravam seu governo ruim ou péssimo e 31% achavam ótimo ou bom.

De acordo com o levantamento, no mesmo período do mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha uma reprovação semelhante: 40% consideravam seu governo ruim ou péssimo e 31% achavam ótimo ou bom.

Segmentos da pesquisa

A aprovação do governo Lula também teve queda tanto entre homens quanto em mulheres, sendo que 24% dos dois gêneros aprovam o presidente (eram 38% das mulheres e 33% dos homens em dezembro).

Entre os que ganham até dois salários mínimos, o Datafolha aponta que a aprovação caiu de 44% para 29% de dezembro de 2024 para fevereiro. A margem de erro deste grupo é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Entre os que têm Ensino Fundamental, a pesquisa mostra uma queda de 15% na aprovação, de 53% para 38%. A margem de erro deste segmento é de quatro pontos para mais ou para menos.

Na região Nordeste, onde o presidente tradicionalmente tem mais força, consideraram ótimo ou bom 33% dos entrevistados (eram 49% em dezembro). A margem de erro para esta região é de quatro pontos.

A “Folha” não divulgou dados de eleitores que consideram o governo Lula “ruim ou péssimo” e “regular” nos segmentos da pesquisa.

G1

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Política

União Brasil e Ivan Júnior se merecem

 

Reprodução

Eu confesso que luto para tentar entender.

O união Brasil prega que quer ajudar a oposição a ganhar a eleição para o Governo do Estado do RN. Isso não será possível, seja com candidatura própria ou seja apoiando outra, com Ivan Júnior em seus quadros.

Ivan Júnior é aquele siri que você acha que não ataca, mais quando vc olha, ele pegou seu dedo e levou a ponta.

Pense num cabra que bota catinga em jogo de biloca.

So ele e José Agripino, e agora Alysson Bezerra, que acham que ele é o cara.

Os outros 99.99% da política potiguar l, graças a Deus, pensa diferente.

Não duvido de ele ainda conseguir pegar uma boquinha no Governo Lula.

Agora quem quiser ganhar com ele do lado, pode tirar o cavalo da chuva.

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Geral

Prefeitura anuncia programação e transporte gratuito para o Carnaval de Natal 2025


Foto: Demis Roussos

Polos carnavalescos espalhados pela cidade, grandes atrações musicais e transporte público gratuito para os foliões. Estas são novidades do Carnaval deste ano em Natal, anunciadas nesta sexta-feira (14), em evento na Arena das Dunas, pelo prefeito Paulinho Freire e por secretários do Município.

O Carnaval de Natal 2025 terá sua abertura oficial no próximo dia 27, (quinta-feira), no Polo Petrópolis, com o Baile de Máscaras e a entrega simbólica da chave da cidade ao Rei Momo e à Rainha, pelo prefeito Paulinho Freire. O tema deste ano será “De braços abertos para a alegria” e, na área de serviços, um grande destaque será a operação do “Transporte Folião”, com linhas especiais gratuitas para a população durante os dias da festa.

No “reinado de Momo” deste ano, além das atrações locais e blocos por toda a cidade, grandes nomes da música potiguar e nacional estão confirmados. Dentre eles, Banda Grafith, Alceu Valença, Cavaleiros do Forró, Psirico, Lambasaia, Henry Freitas, Ávine Vinny, Ricardo Chaves, Márcia Felipe, Zé Vaqueiro, Sergynho Pimenta, Ricardo Chaves, Romero Ferro, Tatau, Parangolé, Xandy Harmonia e Cheiro de Amor.

“Decidimos fazer o Carnaval depois que zeramos a fila das matrículas escolares, garantimos o fardamento e a climatização em quase todas as salas de aula, iniciamos a operação para minimizar efeitos das fortes chuvas, colocamos 10 mil lâmpadas de LED nas ruas da cidade e empreendemos outras ações”, enumerou Paulinho, ressaltando que “Carnaval não é custo, é investimento”.
Segundo ele, a busca por parcerias nos eventos importantes será uma política de gestão. “Infelizmente, para o Carnaval deste ano não deu ainda porque assumimos há pouco tempo, mas os próximos serão nesse formato”, explicou o prefeito.
Na programação deste ano, a Prefeitura optou por dividir os polos em Palcos Principais e Palcos Coretos. Os principais serão montados no estacionamento do Ginásio Nélio Dias (Zona Norte), na Praça dos Gringos (Zona Sul) e no Centro Histórico (Zona Leste).

Os Coretos estarão distribuídos por Petrópolis, no Largo do Atheneu, Beco da Lama e Praça do Cruzeiro, na Redinha.

Outra novidade para 2025 é a criação da Avenida da Alegria na Redinha, na avenida do Maruim, com a presença de trios elétricos das 14h às 18h. Depois, saem os blocos e troças pelas ruas locais. A Praia do Meio receberá o tradicional Pranchão e a avenida Praia de Ponta Negra contará com bandas de frevo e outras atrações, que se juntam aos tradicionais blocos. Na segunda-feira de Carnaval (dia 3 de março), está programada a “Segunda do Vagabundo” especial, no bairro das Rocas.

A Prefeitura de Natal reduziu custos com estrutura de palcos nos polos e permitiu que mais investimentos fossem realizados nas atrações por toda a cidade. “Estamos esperando um grande fluxo de procura, que até já aumentou, muito graças à engorda da Praia de Ponta Negra. Teremos um Carnaval seguro com a parceria da Polícia Militar e da Guarda Municipal e quero lançar na festa a campanha ‘Jogue Limpo com Natal, Não Jogue Lixo nas Ruas’. Já retiramos mais de 2 mil toneladas de lixo das nossas galerias e queremos mudar esse quadro”, apontou o prefeito.

A secretária municipal de Cultura, Iracy Azevedo, ressalta a multiplicidade cultural na festa. “Temos atrações para todos os gostos e estamos dando oportunidade para muitos talentos locais. Alem de grandes atrações nacionais, contamos com nossos artistas em todos os polos”, disse.

Iracy Azevedo citou ainda que no dia 1° de março haverá a realização do Nazaré Folia, na Zona Oeste. O desfile das Escolas de Samba de Natal está confirmado para o fim de semana após o Carnaval, com nove agremiações participantes.

Paulinho Freire revelou ainda que a capital potiguar é a mais buscada para o Carnaval, pelas redes sociais. Os dados foram consolidados pelo secretário municipal de Turismo, Sainclair Solon. “Segundo a ABIH, a expectativa é de 85% da ocupação hoteleira de Natal, no carnaval. Além disso, de acordo com dados da Decolar.com, Natal é a nova cidade mais buscada para o período carnavalesco”, revelou o titular da Setur Natal.

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