Judiciário

Em entrevista a Veja, Moro diz que ‘Brasília é cheia de intrigas’, fala de ‘tentativas de se indispor com o presidente´, e garante que Bolsonaro ‘é seu candidato em 2022´

Foto: (Cristiano Mariz/.)

O restaurante requintado no centro de Brasília ainda estava vazio quando Sergio Moro chegou para almoçar na última quarta-feira. Para o ministro da Justiça, nem isso é ato corriqueiro. Dois dias antes, sua assessoria fizera uma precursora no local, verificou as entradas e as saídas, observou a configuração das mesas e concluiu que era preciso reservar quatro — uma para o ministro e seus convidados, uma para a equipe de segurança e outras duas que deveriam permanecer vazias formando um raio de isolamento em torno da mesa principal. Os agentes são os primeiros a entrar no estabelecimento. Moro aparece em seguida. Duas senhoras logo o reconhecem e o cumprimentam efusivamente. O maître indica a mesa, localizada estrategicamente num dos cantos. O ministro se senta, mas parece incomodado com o fato de ficar de costas para dois homens que ocupam uma das mesas que deveriam estar vazias. Falha. A menos de 2 metros de distância, os seguranças, atentos, não tiram os olhos dos intrusos. Isso já é parte da rotina do ministro mais popular de Jair Bolsonaro, embora muita coisa tenha mudado nestes primeiros nove meses de governo.

As ameaças contra ele, por exemplo, se intensificaram. O ministro não gosta de falar sobre o assunto, porém admite que os cuidados com a segurança precisaram ser redobrados. Os desafetos que colecionou ao longo de cinco anos de Operação Lava-­Jato ganharam o reforço de facções criminosas como o PCC. “Sempre recebi ameaças, mas agora toda cautela é necessária, porque estamos enfraquecendo essas organizações”, ressalta. Ele teme principalmente pela família. “Vocês viram o absurdo que fizeram com a minha filha?” O ministro se refere ao curta-­metragem que circulou pela internet que conta a história do sequestro da filha de um certo ministro “Célio Mauro”, tramado para exigir a liberdade do ex-presidente “Luiz Jararaca da Silva”. No filme, dentro do cativeiro há mensagens em favor da liberdade do verdadeiro Lula. Por ordem de Moro, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso. “Está cheio de louco por aí. É bom ter cautela”, diz.

O ex-juiz também tem sido alvo de múltiplas especulações. No início do governo, ele era o talismã, a âncora que deixava claro o compromisso do presidente Bolsonaro com o combate à corrupção. Em Brasília, o ministro conheceu a outra face do poder. No Congresso, enfrenta a resistência dos parlamentares, muitos deles envolvidos até o pescoço com a Lava-Jato. No Supremo Tribunal Federal (STF), assiste ao que pode vir a ser o desmantelamento dos principais pilares que sustentaram o sucesso da operação. Mas é de dentro do próprio governo que surgem os maiores fantasmas. Moro é alvo da desconfiança de alguns aliados, muitos deles despachando em gabinetes importantes no 3º andar do Palácio do Planalto, bem pertinho do presidente, de onde pipocaram informações de que o ministro já foi demitido, já levou descomposturas humilhantes do chefe e, a mais recorrente, de que estaria pavimentando o caminho para disputar a Presidência da República em 2022 — no que seria um ato imperdoável de traição a Bolsonaro, que se anunciou candidato à reeleição.

Essa hipótese, combinada com uma série de acontecimentos políticos, tem provocado fissuras na relação entre dois grupos que caminharam juntos desde a eleição — os bolsonaristas e os lavajatistas. O primeiro vê no segundo a ameaça a um projeto de poder. O segundo vê no primeiro sinais de afastamento do compromisso de priorizar o combate à corrupção. “É tudo intriga”, diz o ministro. Moro garantiu que não vai disputar a Presidência da República, que Bolsonaro é seu candidato em 2022 e que as relações entre os dois são “ótimas”. A maior preocupação do ministro, no momento, é com o futuro da Operação Lava-Jato, especialmente com o STF, que está julgando ações que podem pôr a perder boa parte do trabalho já realizado pela força-tarefa e beneficiar corruptos notórios, como o ex-presidente Lula e o ex-deputado Eduardo Cunha. Sobre a declaração do ex-­procurador-geral da República Rodrigo Janot de que iria matar o ministro Gilmar Mendes e depois se suicidar, revelada por VEJA na semana passada, foi lacônico: “É difícil acreditar nessa história”.

O almoço terminou por volta das 14 horas. Um pouco antes disso, um garçom pediu para tirar uma foto ao lado do ministro. “Lá em casa o senhor tem seis votos”, disse o rapaz. Moro, que havia acabado de garantir que não será candidato a nada, sorriu meio sem graça, mas não retrucou. Paciente, posou ao lado de outros dois funcionários do estabelecimento que lhe pediram a mesma coisa. Àquela altura, o restaurante já estava lotado — e o ministro ainda passou pelo constrangimento de cruzar todo o salão sob aplausos dos clientes, aos quais ele retribuiu com acenos de agradecimento. A seguir, os principais trechos da entrevista a VEJA.

“MEU CANDIDATO EM 2022 É O PRESIDENTE BOLSONARO”

Bolsonaristas mais radicais acreditam que Moro está usando o governo como trampolim para uma futura candidatura à Presidência da República. O ministro diz que não tem perfil de político e que essa hipótese nunca lhe passou pela cabeça.

“Eu digo ao presidente que essas notícias sobre uma eventual candidatura minha são intrigas. Ele sabe que eu não vou ser candidato. Primeiro por uma questão de dever de lealdade. Como é que você vai entrar no governo e vai concorrer com o político que o convidou para participar do governo? Também não vou me filiar ao Podemos nem vou ser candidato a vice. Não tenho perfil político-partidário. Meu candidato em 2022 é o presidente Bolsonaro e pretendo fazer um bom trabalho como ministro até o fim.”

“NUNCA CHEGUEI PERTO DE PEDIR DEMISSÃO”

O ministro diz que demorou um pouco a entender o funcionamento de algumas engrenagens em Brasília mas se surpreendeu com a máquina de intrigas. Diz que é vítima de muitas teorias conspiratórias e que não consegue identificar com precisão a origem delas.

“Brasília é uma cidade onde as intrigas ganham uma dimensão irreal. As mais recentes afirmavam todo dia que eu estava saindo do governo. Há dentro do governo, no Congresso e no Supremo interesses múltiplos que nem sempre são convergentes, mas não entendo muito a lógica dessas intrigas. Toda relação de trabalho tem seus altos e baixos. Minha relação com o presidente é muito boa, ótima. Nunca cheguei perto de pedir demissão. As pessoas inventam histórias. Sei que é mentira, o presidente sabe que é mentira. Não sei direito de onde essas intrigas vêm.”

“TENTATIVA DE ME INDISPOR COM O PRESIDENTE”

Moro, no entanto, admite que parte dessas intrigas tem origem dentro do próprio governo, inclusive da Polícia Federal, que está sob a jurisdição do Ministério da Justiça.

“Esse caso envolvendo o deputado Hélio Negão (aliado e amigo do presidente Bolsonaro) é curioso. Um delegado do Rio de Janeiro recebeu a informação de que um tal Hélio Negão estaria envolvido numa fraude previdenciária. A descrição da testemunha dava conta de que o suspeito tinha características físicas completamente diferentes das do deputado. Espalhou-se que a Polícia Federal estava investigando ilegalmente o deputado com o aval da cúpula. Foi mais uma tentativa de me indispor com o presidente.”

“A INTIMIDAÇÃO ACABARÁ EXISTINDO”

O Congresso derrubou uma sequência de vetos do presidente Bolsonaro e reativou parte da Lei de Abuso de Autoridade, que prevê punições até de prisão para juízes e membros do Ministério Público que exorbitarem de suas funções.

“Até entendo os motivos que levaram à edição da lei pelos parlamentares: um receio quanto a abusos. O risco, porém, é o efeito inibidor, principalmente juízes, promotores e policiais deixarem de cumprir o seu dever por receio de ser indevidamente responsabilizados. Esse temor pode impactar a segurança pública. A intimidação acabará existindo, e isso não é excesso de drama. Mas não acho que houve uma vingança do Congresso em resposta à Operação Lava-Jato, como alguns defendem.”

“QUEM ME CONSIDERA VILÃO ESTAVA DO OUTRO LADO DA LEI”

Muitas das propostas que o Ministério da Justiça apresentou no chamado pacote anticrime acabaram sofrendo alterações no Congresso. Moro descarta a possibilidade de estar sendo vítima de boicote ou retaliação por parte dos parlamentares.

“O combate à corrupção é uma conquista da sociedade nos últimos anos. O Brasil foi elogiado no mundo inteiro pelos avanços. Algumas pessoas me dizem que recuperaram o sentimento de dignidade de ser brasileiro. É um erro pensar que o combate à corrupção é uma batalha da Lava-Jato. Essa é uma tarefa que cabe ao governo, ao Congresso, ao Judiciário, à sociedade civil e à imprensa. Sou apenas um agente da lei, mas cumprir a lei pode ser às vezes um desafio contra interesses poderosos. Os avanços contra a corrupção foram produto de ação institucional. Quem me considera vilão estava do outro lado da lei.”

“QUAL É O RISCO À DEMOCRACIA?”

O ministro diz que as políticas implementadas pelo ministério já tiveram impacto no dia a dia da população e critica quem vê nas ações e propostas do governo ameaças à democracia.

“O balanço desses primeiros meses de governo é positivo. A taxa de homicídios tem caído. Sete mil pessoas deixaram de perder a vida. A queda da taxa de homicídios também é trabalho do governo federal. As organizações criminosas estão na defensiva e enfraquecidas. As celas onde estão presos integrantes de organizações criminosas não respondem mais a um comando central. Falam em risco à democracia. É um exagero. O governo não tem o controle do Congresso, não tem o controle do Judiciário. A imprensa fala o que ela quer. Qual é o risco à democracia?”

Veja

 

Opinião dos leitores

  1. BG
    E os CALHORDAS chorando pelo ladrão de 09-dedos. Tem jeito não da prisão para o cemiterio e fim de papo.

  2. Oportunista….medíocre….energúmeno……mala falsa……mentiroso…..mal feitor…..vigarista……cheleleu , oh cheleleu

  3. Ainda bem que a população brasileira esta vendo e é testemunhas, só os ladrões, corruptos, bandidos, reclamam das ações do Ministro da Justiça Sérgio Moro.
    Por quê será heim!!!!!!!!!!!!!

  4. Pra mim é o brasileiro número 1. Primeiro juiz brasileiro a impor medo nos nos peixes graúdos. Os corruptos faziam de tudo pra que seus processos não caíssem nas mãos dele. Precisa dizer mais alguma coisa?

  5. Bolsonaro irá ser candidato em 2022? Ele não iria acabar com a reeleição? Ah lembrei, não se escreve o que ele fala.

    1. É triste ver um lulista reclamando pela evolução do Brasil .

    2. Ele tem o interesse de acabar com à reeleição, contando que o legislativo endureça as leis contra a corrupção, que votasse a previdência de forma rápida ( que não aconteceu e foi desidratada). Ele não é ditador, só o congresso pode fazer a reforma política e finalmente acabar com a reeleição. Seria ótimo, dessa forma ex político e bandido tb não poderiam tentar concorrer a um cargo que outrora fora ocupado pelo mesmo.

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Geral

Vergonha alheia de novo: na ânsia de criticar Paulinho, Natália dissemina fake news no próprio perfil

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

A deputada Natália Bonavides vestiu a carapuça quando o prefeito Paulinho Freire disse que faltava união da bancada federal em prol de Natal.

Na ânsia de responder, a deputada publicou uma fake news dizendo que a prefeitura do Natal não respondeu ofícios enviados pelo gabinete dela.

Foto: Reprodução

Um deles, enviado em setembro, foi respondido 10 dias depois, como mostram as imagens.

Foto: Reprodução

O outro, segundo o blog apurou, foi enviado em 16 de dezembro e está sendo preparada a resposta com as informações solicitadas pela deputada.

Foto: Reprodução

Nessa sanha de quem ainda não desceu do palanque de 2024, a deputada – ou sua equipe – só mostraram desinformação interna ou que perderam a noção de tempo e o pior, tentaram criar fatos.

A deputada poderia direcionar essa mesma energia em busca de soluções para destravar os recursos federais que precisam ser liberados.

Foto: Reprodução

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Geral

CAICÓ PEGA FOGO: 38,8 °C e vira a segunda cidade mais quente do Brasil

Foto: Reprodução

O termômetro não perdoou: Caicó, no Seridó potiguar, marcou 38,8 °C no domingo (28) e entrou no ranking das cidades mais quentes do país. O Inmet mantém alerta de “grande perigo” até terça-feira (30), com temperaturas até 5 °C acima da média em várias regiões.

A onda de calor, que começou em 22 de dezembro, é persistente e cruel: o calor não dá trégua nem à noite, dificultando a recuperação do corpo e aumentando o desconforto térmico. Sudeste e Nordeste estão no mapa do calor extremo, com Três Rios (RJ) a 39,1 °C e Pão de Açúcar (AL) chegando a 39,2 °C.

O responsável pelo forno nacional é uma massa de ar quente e seco, reforçada pela Alta Subtropical do Atlântico Sul, que bloqueia frentes frias e chuvas. Resultado: tardes escaldantes e madrugadas abafadas, sem chance de refresco.

O Inmet alerta: hidrate-se, evite sol forte e fique atento a sintomas graves. O calor extremo não é brincadeira e mantém o Brasil em alerta máximo até o fim do mês.

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Economia

Dívida de Lula dispara para R$ 8,48 trilhões e deixa Brasil à beira do caos fiscal

Foto: Pedro França/Agência Senado

O governo federal anunciou que a dívida pública federal chegou a R$ 8,48 trilhões em novembro, um aumento de R$ 226,82 bilhões (2,75%) sobre outubro, segundo relatório da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Em 2025, até novembro, a dívida cresceu R$ 1,16 trilhão (15,91%), mostrando que as contas do país seguem fora de controle.

A Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi), principal parcela da dívida, atingiu R$ 8,16 trilhões, com instituições financeiras (33,2%), Previdência (22,7%) e fundos de investimento (20,9%) como os maiores credores. O percentual de vencimentos da dívida para os próximos 12 meses caiu apenas de 17,75% para 17,54%, indicando que o problema continua.

No Tesouro Direto, as vendas em novembro somaram R$ 6,19 bilhões e os resgates R$ 3,37 bilhões. O Tesouro Selic foi o título mais buscado (57,43%), e pequenas operações de até R$ 5 mil representaram 81,6% das compras. O número de investidores ativos chegou a 3,31 milhões, com 51.511 novos cadastrados no mês.

O governo ainda registrou déficit primário de R$ 20,2 bilhões em novembro, mais de quatro vezes o valor de novembro de 2024 (R$ 4,5 bilhões negativos). O resultado superou a expectativa do mercado (R$ 12,7 bilhões). Déficit primário significa que as receitas não cobrem as despesas, sem contar juros e amortização da dívida, reforçando a pressão sobre as contas públicas.

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Geral

TST reconhece greve dos Correios, mas manda voltar ao trabalho e concede aumento de 5,1%

Foto: Reprodução

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu, nesta terça-feira (30), que a greve dos funcionários dos Correios, que começou em 16 de dezembro, é legal, mas ordenou que os trabalhadores voltem imediatamente ao serviço. A corte também garantiu um reajuste de 5,10% aos funcionários da estatal.

A decisão veio após duas tentativas de conciliação fracassadas — na sexta (26) e na segunda (29) — em que as federações sindicais não chegaram a acordo com a empresa. O movimento paralisou entregas em 17 estados, incluindo Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, causando atrasos no varejo e nas compras de Natal e fim de ano.

Enquanto isso, os Correios acumularam prejuízo de R$ 6,1 bilhões entre janeiro e setembro de 2025, quase três vezes mais que no mesmo período do ano passado. Para tentar reverter o quadro, a diretoria apresentou um plano de reestruturação baseado em um empréstimo de R$ 12 bilhões.

O pacote inclui medidas duras: o fechamento de 1.000 agências deficitárias, cerca de 20% da rede atual, e a abertura de um PDV (Programa de Demissão Voluntária) com potencial para desligar até 15 mil funcionários. O cenário reforça os desafios da estatal em meio a políticas trabalhistas que continuam a pressionar suas contas.

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Mundo

Ladrões “fazem a limpa” e levam 30 milhões de euros de banco na Alemanha

Foto: Reprodução/Polizei NRW Gelsenkirchen

Um grupo de criminosos roubou cerca de 30 milhões de euros (R$ 196,7 milhões) de uma agência do banco Sparkasse, em Gelsenkirchen, no oeste da Alemanha. O crime só foi descoberto quando um alarme de incêndio acionou bombeiros e policiais. A polícia comparou o assalto ao filme “Onze Homens e um Segredo”.

Os ladrões abriram um buraco circular na parede da sala de cofres usando uma furadeira de grande porte. Foram violados 3,2 mil compartimentos, atingindo mais de 2,5 mil clientes que guardavam dinheiro, ouro e joias. O método lembra um crime semelhante ocorrido há um ano em Lübeck, quando 300 cofres foram arrombados e 10 milhões de euros foram levados.

Segundo a investigação, os assaltantes entraram pela garagem, romperam uma sala de arquivos e perfuraram a parede que dava acesso ao cofre principal. Câmeras de vigilância mostraram homens carregando sacolas grandes do estacionamento vizinho entre sábado (27) e domingo (28). Um Audi RS 6 deixou o local na manhã de segunda-feira (29). Até agora, os criminosos continuam foragidos.

Na terça-feira (30), cerca de 200 clientes se aglomeraram em frente à agência em busca de informações. Alguns tentaram forçar a entrada, e a polícia precisou fechar o local para proteger os funcionários. O banco informou que a agência permanecerá fechada por tempo indeterminado.

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Economia

Lula acelera caixa do Congresso e despeja R$ 2,4 bilhões em emendas na reta final de 2025

Foto: Reprodução

Nas últimas semanas de 2025, o governo Lula (PT) liberou R$ 2,37 bilhões em emendas parlamentares, com R$ 1,5 bilhão só na semana do Natal. A pressa coincidiu com votações importantes no Congresso, como a aprovação do Orçamento de 2026, mostrando que o caixa do Legislativo segue prioridade para o Planalto.

No ano, o Executivo pagou R$ 31 bilhões dos R$ 50,4 bilhões reservados para emendas – pouco mais da metade – e ainda deixou R$ 14,3 bilhões como “restos a pagar”. No fim das contas, congressistas vão controlar diretamente R$ 45,3 bilhões. Nada mal para quem está de olho em obras e projetos com dinheiro público.

As emendas têm três tipos: individuais, obrigatórias desde 2015; de bancada, impositivas desde 2019; e de comissão, decididas por grupos temáticos e sem pagamento obrigatório. A lei permite que todo o dinheiro de 2025 seja pago até 31 de dezembro, e Lula fez questão de concentrar os pagamentos exatamente no fim do ano.

A pressão do Centrão ficou clara ao longo do ano. O ritmo de liberação aumentou em dezembro: R$ 2 bilhões entre 1º e 3, R$ 26,4 bilhões em 6 e R$ 27,4 bilhões em 11 de dezembro, um dia depois do plenário arquivar a cassação do deputado Glauber Braga.

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Geral

Rio entra para o Guinness com o maior réveillon da história

Foto: Gabriel Monteiro/Secom

O Rio de Janeiro foi oficialmente reconhecido pelo Guinness World Records como o “maior réveillon do mundo”. A marca foi conquistada com 2,5 milhões de pessoas na Praia de Copacabana na virada de 2024 para 2025. O título foi entregue ao prefeito Eduardo Paes nesta terça-feira (30) por Camila Borenstein, jurada do Guinness, no palco principal da festa.

Paes comemorou a conquista: “Nenhuma cidade do mundo faz eventos para tantas pessoas e com tanta constância como o Rio de Janeiro”. O reconhecimento considerou número de participantes, magnitude artística, extensão territorial e relevância cultural do evento.

A festa do Réveillon 2026 terá novidades visuais e tecnológicas. Serão 19 balsas distribuídas ao longo da orla para a queima de fogos, quase o dobro de 2024, em um espetáculo de 12 minutos, o maior já realizado na cidade.

Além disso, 1,2 mil drones farão show sincronizado com os fogos e trilha sonora de Alok.

Três palcos principais animarão Copacabana: no Palco Rio, se apresentarão Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Belo, Alcione, João Gomes com Iza e Alok; no Palco Samba, Roberta Sá, Mart’nália, Diogo Nogueira e Feijão com o Bloco da Preta; no Palco Leme, voltado ao gospel, estarão DJ Marcelo Araújo, Midian Lima, Samuel Messias, Thalles Roberto e Grupo Marcados. Mais 13 palcos em outras regiões terão 70 atrações.

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Judiciário

Contradições explodem no caso Banco Master e PF avalia acareação entre Vorcaro e ex-presidente do BRB

Foto: Reprodução

Os depoimentos de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, e de Paulo Henrique Costa, ex-presidente do Banco de Brasília, à Polícia Federal, nesta terça-feira (30), mostraram versões divergentes. As contradições reforçam a possibilidade de uma acareação — confronto direto entre os envolvidos — já autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do STF.

A decisão final sobre o confronto fica a cargo da delegada da PF responsável pelas oitivas, que são feitas separadamente, na sala de audiências do Supremo, acompanhadas por representante da PGR e por um juiz auxiliar do gabinete de Toffoli. Também deve depor Ailton de Aquino, diretor do Banco Central.

O caso envolve suspeitas de fraudes financeiras de grande porte no processo de liquidação do Banco Master. As investigações começaram em 2024, após pedido do MPF, que investiga suposta fabricação de carteiras de crédito “insubsistentes” vendidas a outra instituição e, depois, substituídas por ativos sem avaliação técnica do Banco Central.

Em 18 de novembro, o BC decretou a liquidação extrajudicial do Master e de sua corretora de câmbio, bloqueando a venda da instituição anunciada um dia antes.

O banco já era visto pelo mercado como arriscado, baseado na emissão de papéis garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos com taxas acima da média. O sigilo da investigação mantém depoimentos e eventuais acareações a portas fechadas.

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Geral

Camarões fecha filial em SP e reforça força em Natal

Foto: Reprodução/Instagram

A rede de restaurantes Camarões, de Natal, anunciou o encerramento das atividades de sua filial em São Paulo nesta terça-feira (30). No Instagram da unidade, a empresa confirmou: “Encerramos hoje as atividades da nossa unidade em São Paulo”.

Desde maio de 2021, a filial levou a culinária potiguar e a hospitalidade típica do Camarões a um novo público. A rede destacou que, ao longo desses anos, construiu vínculos, criou conexões e proporcionou experiências à mesa, reconhecendo os erros e acertos do percurso.

O restaurante reforçou a gratidão à equipe e aos clientes que participaram do projeto e concluiu que a experiência em São Paulo faz parte da história da marca. No comunicado, convidou o público a reencontrá-los em Natal, mantendo a “genuína experiência potiguar”.

 

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Saúde

Quarta intervenção desde o Natal: Bolsonaro segue sob cuidados intensivos

Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro será submetido a uma endoscopia digestiva alta nesta quarta-feira (31) para avaliar refluxo gastroesofágico. A informação foi divulgada pela equipe médica que o acompanha, após ele ter passado por uma nova cirurgia na tarde desta terça-feira (30), que durou cerca de três horas.

Bolsonaro está internado desde a véspera de Natal para correção de hérnia inguinal bilateral. Desde então, precisou de mais três procedimentos devido a soluços persistentes, todos envolvendo o nervo frênico, que controla a contração involuntária do diafragma.

Segundo os médicos, ele seguirá em fisioterapia respiratória, usando CPAP à noite e medidas preventivas para trombose, e só terá alta após a virada do ano.

O histórico dos procedimentos é o seguinte: no dia 25, cirurgia de hérnia inguinal bilateral; 27, bloqueio do nervo frênico direito; 29/12, novo bloqueio do mesmo nervo; e 30/12, reforço do bloqueio.

Confira a íntegra do boletim médico:

O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro permanece internado no Hospital DF Star, em cuidados pós-operatórios de herniorrafia inguinal bilateral, por via convencional. Apresentou novos episódios de soluços, sendo submetido a uma complementação do bloqueio anestésico dos nervos frênicos bilaterais. Deverá ser submetido a endoscopia digestiva alta, amanhã (31), para avaliação do refluxo gastroesofágico. Segue em fisioterapia respiratória, terapia de CPAP noturno e medidas preventivas para trombose.

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