ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO
Em meio à expectativa de redução de gastos do governo federal, o déficit da Previdência atingiu R$ 198,2 bilhões nos primeiros seis meses de 2024. O número equivale a um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2023, e se refere ao RGPS (Regime Geral de Previdência Social), sistema voltado para os trabalhadores do setor privado.
Apesar do aumento de 8% da arrecadação no período, que chegou a R$ 299,8 bilhões, a despesa foi maior e cresceu 13% (R$ 498,1 bilhões). Com isso, o resultado negativo das contas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) já é maior do que o registrado no ano anterior. Os dados são da última publicação do BEPS (Boletim Estatístico da Previdência Social).
Desde agosto, o INSS tem feito um pente-fino para revisar 1,7 milhão de benefícios entre o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), na tentativa de estancar os custos.
O INSS paga, mensalmente, 40.431.862 benefícios previdenciários e assistenciais. Desse total, 6.244.106 são benefícios assistenciais, e 34.187.756 previdenciários. Segundo levantamento de setembro, o número de benefícios que pagam até um salário mínimo é de 28.145.531. Os que ganham acima do piso nacional somam 12.286.331 benefícios.
Com as contas públicas em alta, o governo tem sido pressionado para definir um pacote de revisão de gastos, para garantir a longevidade do arcabouço fiscal. A “fila” da Previdência Social e o BPC (Benefícios de Prestação Continuada) são as principais despesas obrigatórias.
R7
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