Após a forte queda nos meses de março e abril, quando o isolamento social se intensificou, a atividade econômica segue em trajetória de recuperação no Brasil. Mesmo com o País ainda enfrentando a pandemia do novo coronavírus, o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) acumulou o quarto mês consecutivo de alta. Em agosto, o indicador avançou 1,06% em relação a julho, na série já livre de efeitos sazonais.
Com o desempenho de agosto, a atividade econômica brasileira registrou expansão de 12,25% desde abril – quando foram registrados os piores resultados na pandemia. Medido em pontos, o IBC-Br saltou de 119,42 pontos em abril para 134,05 pontos em agosto.
O IBC-Br acumulou baixa de 5,44% no ano até agosto, informou o BC. O porcentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Pela mesma série, o IBC-Br apresenta baixa de 4,09% nos 12 meses encerrados em agosto.
O Banco Central revisou nesta quinta-feira dados do IBC-Br na margem, na série com ajuste. O índice de julho foi de +2,15% para +3,71%, enquanto o IBC-Br de junho passou de +5,32% para +5,33%.
No caso de maio, o índice foi de +1,86% para +1,68%. O dado de abril passou de -9,37% para -9,27% e o de março foi de -5,89% para -5,93%. Em relação a fevereiro, o BC alterou o indicador de +0,51% para +0,41%.
Média móvel trimestral
A média móvel trimestral do Índice de Atividade do Banco Central subiu 3,30% em agosto, na série com ajuste sazonal. Em julho, o indicador havia registrado alta de 3,59% e, em junho, baixa de 1,00%.
Os dados gerais do índice foram divulgados na manhã desta quinta-feira pelo Banco Central. Bastante observada pelos economistas do mercado financeiro, a média móvel do IBC-Br costuma ser usada como indicativo de tendências para o índice. O porcentual de hoje refletiu a comparação entre o trimestre encerrado em agosto e o trimestre encerrado em julho.
Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2020 é de retração de 5,0%. Este cálculo foi divulgado por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro.
No Relatório de Mercado Focus divulgado pelo BC na última terça-feira, a projeção é de queda de 5,03% do PIB em 2020. O Focus reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro.
Isto É, com Estadão
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