Do Nominuto
O vereador Enildo Alves (sem partido) convocou coletiva de imprensa no início da tarde desta quarta-feira (14) para protestar contra acusação que diz sequer conhecer e declarar guerra aos promotores José Augusto Perez (Defesa do Consumidor) e Fernando Vasconcelos (Patrimônio Público), além de mais quatro promotores cujos nomes não mencionou.
Na manhã de hoje, a Polícia Federal deflagrou buscas e apreensão em sua residência e gabinete, dentro da Operação Hefesto, nos quais foram apreendidos cinco celulares, dois notebooks, três cópias de uma nota publicada no verpetino O Jornal de Hoje e um pen drive.
“Acho muito suspeito que José Augusto Perez, que não é dono da verdade, vá ao Carrefou pedir pela redução do preço dos combustíveis e defenda com tamanha veemência os supermercados da capital. Para mim ele está sob suspeição”, disse Enildo Alves.
O vereador afirmou que vem sendo alvo de uma perseguição pessoal e que vai ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Ele não quer admitir que ficou desmoralizado porque minha lei [que proíbe a venda de combustíveis em supermercados], em vigor há 13 anos, teve sua constitucionalidade declarada. Ele prometeu fazer uma ADIN [ação de inconstitucionalidade], mas não teve coragem de assinar, colocou a promotora adjunta”, disse Enildo.
Notadamente irritado, ele disparou: “Se querem briga vão ter briga. Eu não tenho nada a temer. Abro meu sigilo fiscal. Quem tem medo de MP e Polícia é bandido. E bandido eu não sou”, disparou.
Enildo também emendou contra a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. De acordo com ele, há nove anos os promotores de Justiça vêm o perseguindo. “Vou ao CNJ contra Fernando Vasconcelos e os outros quatro promotores que subscreveram a ação de improbidade administrativa à época em que eu era secretário municipal de Saúde”.
Segundo Enildo, Fernando Vasconcelos estaria encampando uma perseguição contra ele. “Mas é o promotor que deve explicar porque cancelou a licitação que fizemos conjuntamente para contratar serviços para o SAMU e permitiu três contratos emergenciais”.
Enildo ainda disse que houve abuso de poder na operação deflagrada hoje. “A PF e o juiz cumprem seus papéis. Agora estão à procura de algo que nem eles sabem, porque não dizem de que exatamente estou sendo acusado”.
No mandado de busca e apreensão à casa e gabinete de Enildo Alves, autorizado pelo juiz Ivanaldo Bezerra, da 8ª Vara Criminal, não especifica o acusado, cujo campo traz os dizeres “a esclarecer”. “Foi um constrangimento, claramente abuso de poder”, rebateu o vereador.
A Polícia Federal convocou coletiva de imprensa para às 15h de hoje e deverá apresentar mais detalhes da investigação iniciada desde 2009.
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