Finanças

Entenda de uma vez o Blockchain: a tecnologia que pode ir muito além da bitcoin

O conceito foi criado para dar suporte à moeda virtual, mas pode ser útil em muitos contextos. Saiba mais sobre ele a seguir

Finanças costumam ser um tema sensível para muitos. Na era digital, em que essas transações se dirigem, cada vez mais, para o universo virtual, muitos são os questionamentos. Há quem faça todas as atividades financeiras online, mas há os que não querem nem ter contato com essa possibilidade. Afinal, tudo o que é feito nesse ambiente hoje pode ser rastreado.

Para tornar as operações financeiras online mais confiáveis, muitas tecnologias já foram testadas. De senhas a tokens, passando por acessórios físicos de geração de códigos, houve muitas tentativas diferentes nesse aspecto.

A mais elaborada delas é a blockchain. Com ela, é possível ter uma internet anônima, descentralizada e com garantia de proteção à privacidade. Em tradução livre, blockchain é corrente de blocos. O sistema é composto por duas partes: uma rede peer-to-peer (P2P) e um banco de dados descentralizado.

A rede P2P tem usuários que compartilham tarefas, trabalho ou arquivos sem a necessidade de um servidor central (o que traz uma redução de custos significativa). Todos os participantes têm iguais privilégios e influência no ambiente.

Cada computador integrante da rede é um nó e, sempre que um novo dado entra no sistema, ele é recebido por todos os nós. Essa informação é encriptada e não há como rastrear quem a adicionou — só é possível verificar sua validade.

Como medida de segurança, o método faz o registro distribuído das informações para descentralizar o processo. Assim, quando um nó deixa a rede, os outros já têm uma cópia de toda a informação compartilhada. Da mesma forma, se novos nós entram nela, os demais criam cópias de suas informações para eles.

Livro contábil

Na prática, então, a blockchain é como um livro contábil, em que são cadastrados vários tipos de transações. Com a descentralização, as páginas desse livro contábil são armazenadas em bibliotecas localizadas em lugares distintos. Ou seja, trata-se de um registro coletivo, em que os dados são distribuídos entre todos os computadores ligados à rede.

Como essas anotações são públicas e compartilhadas, podem ser verificadas a qualquer momento. Apesar de a transparência ser uma das principais qualidades da blockchain, os dados dos envolvidos ficam seguros, pois tudo é criptografado. Cria-se, assim, uma relação de confiança na comunicação direta entre as partes, o que elimina a necessidade de intermediários.

É possível saber que a operação ocorreu porque ela fica gravada no sistema para sempre. Além disso, depois que ela é inserida, não pode ser desfeita nem alterada. Isso faz da blockchain um registro permanente e à prova de violação.

A blockchain é composta por blocos ligados uns aos outros — ou seja, eles são sua parte concreta. Cada um deles recebe um conjunto de informações, que são protegidas por uma camada de criptografia com códigos bastante complexos. Toda vez que um bloco é concluído (após o registro das transações mais recentes), um novo é criado.

Criptografia e segurança

Na blockchain, quando uma transação é realizada, ela recebe um código único — isto é, uma assinatura digital. Esse carimbo, com data e hora, é verificado pelos próprios participantes da corrente e a operação só é incorporada à blockchain (em forma de um novo bloco) depois de aprovada. Essa verificação é uma etapa importante para evitar fraudes.

Além da assinatura digital da atividade, cada bloco tem seu próprio código criptografado — as chamadas hashs. Além disso, eles carregam a hash do bloco anterior: ela é o elo que os mantém ligados. Quem monta essa sequência de blocos interligados são os mineradores.

São eles que reúnem as transações que ainda não foram colocadas em um bloco e, depois, calculam a hash para formar a ligação entre eles. Esses cálculos são bastante complexos e, por isso, feitos por computadores de alto desempenho.

Desse modo, para ter acesso aos dados contidos em um bloco, é preciso descobrir a criptografia de duas hashs (a dele e a do anterior). Como é uma corrente em que tudo está interligado, o processo teria de ser feito sucessivamente e não teria fim.

Graças às hashs, a blockchain permite, além de proteger as informações, compartilhá-las sem perder o controle sobre elas. As atividades inseridas na rede só são validadas quando todo o bloco é preenchido.

Para que uma transação seja adicionada a um bloco, é preciso que haja o consenso da rede: isso significa que a maioria simples (50%+1) dos participantes deve concordar que a operação é legítima e correta. Se duas cadeias de blocos forem formadas ao mesmo tempo, a rede vai escolher uma delas — em geral, a que tiver a maior quantidade de trabalho.

A cada 10 minutos, aproximadamente, um novo bloco é formado e conectado ao anterior. Nesse intervalo de tempo, os dados são verificados e adicionados a ele. Como os blocos são dependentes um dos outros, a tecnologia é ideal para registrar informações que requerem confiabilidade — o que é o caso das operações financeiras.

Os blocos são adicionados de modo linear e cronológico. Cada participante — os computadores conectados à rede — deve validar e repassar as informações. Ao ingressarem no sistema, eles recebem uma cópia da blockchain e ela tem informação completa, do bloco gênese (o que deu início à sequência) ao mais recentemente concluído.

Para fraudar a blockchain seria necessário, então, alterar os dados registrados em cada um dos dispositivos ligados a essa rede. Como ela aumenta continuamente, isso requer altíssima capacidade de processamento: algo maior do que o total de computadores existentes hoje.

Criação do conceito

O conceito de blockchain foi criado em 2008 para permitir o desenvolvimento da bitcoin. Trata-se, basicamente, do conjunto de regras que determinam o funcionamento da moeda virtual. Há indícios de que a bitcoin foi desenvolvida por Satoshi Nakamoto há dez anos, em 2009, mas pouco se sabe sobre ele e rumores sugerem que ele é, na verdade, várias pessoas.

Dois anos depois, em 2011, Nakamoto desapareceu de fóruns sobre bitcoin e parou de fazer artigos e contribuições ao código do sistema. Mesmo assim, a moeda continuou a ser desenvolvida e comercializada, e a própria comunidade formada em torno dela passou a atuar na solução de problemas no código.

De modo geral, então, bitcoin e blockchain estão intimamente ligados. E ambos, coincidentemente, só existem no formato virtual. Ninguém tem uma bitcoin à mão para mostrar: todos os dados sobre ela ficam em uma carteira virtual.

Além disso, a moeda não tem vínculo com nenhum governo, empresa ou banco. Ela foi pensada para ser um sistema econômico alternativo, em que tudo é controlado e verificado pelos próprios usuários da rede com base na tecnologia blockchain.

Uma das vantagens da blockchain é que ela permite autenticar os clientes por meios de chaves de criptografia, o que significa que não há armazenamento dos dados pessoais deles. Assim, são eles que decidem se querem ou não compartilhar informações com diferentes plataformas.

Outro destaque é a menor propensão de interrupção do serviço. Isso porque a rede funciona em um ambiente distribuído — ou seja, há menos chances de haver uma parada generalizada que afeta todo o sistema.

Outras aplicações

Apesar de ter surgido para servir de apoio à bitcoin, a blockchain pode ser usada em várias outras aplicações. Muitos acreditam que a tecnologia pode ser a peça-chave para uma nova forma de armazenar informações.

A proteção de dados na internet é uma preocupação global atualmente. No Brasil, entra em vigor em 2020 a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPDP) — a ideia é que ela regule o uso de dados pessoais de cidadãos e ajude a proteger sua privacidade. A blockchain pode ser uma resposta para as necessidades identificadas nesse processo.

Além disso, por serem descentralizadas, essas redes de informação podem transformar a forma como os negócios são concretizados. E isso já está em testes. Em 2018, por exemplo, foi despachada a primeira carga de soja dos EUA para a China cujas etapas foram registradas em blockchain.

Na cadeia logística, pode ser necessário passar por diversas etapas, diferentes fornecedores, múltiplas localidades e assim por diante. Com isso, são produzidos muitos registros (faturas, pagamentos, documentos de recebimento e outros) e podem haver extravios, fraudes, falta de transparência e afins.

Com a blockchain essas dificuldades podem ser resolvidas de forma a tornar o processo mais eficiente. A expectativa é que a tecnologia simplifique os sistemas operacionais e mantenha o ambiente mais seguro.

A internet é, atualmente, a forma mais eficiente de compartilhar informação em segundos com destinatários de todo o mundo — e a blockchain pode adicionar confiabilidade a esse processo. Entre as possibilidades estão a distribuição de documentos confidenciais e o armazenamento de votos em eleições.

No caso de operações financeiras, são guardados o envio e o recebimento de valores — mas o conceito pode ser usado em outros segmentos. E tudo isso é feito sem intermediários — ou seja, sem a necessidade pagar tarifas para terceiros. As possibilidades incluem:

créditos de carbono: com menos envolvidos nos processos, a pegada de carbono é amenizada;

prontuários médicos: esse tipo de documentação é altamente confidencial;

registros de automóveis e imóveis: nesse caso, a blockchain pode ajudar a evitar fraudes;

documentos de identificação: a garantia de autenticidade é essencial para esses itens;

históricos escolares e diplomas: fidelidade é a palavra-chave.

E elas não param por aí. Com a blockchain, é possível catalogar, rastrear, certificar e autenticar os mais diferentes artigos. Como as informações ficam registradas em um banco de dados público, o sistema é seguro e acessível a todos os interessados.

Desafios a enfrentar

Como se trata de uma nova tecnologia, alguns aspectos ainda precisam ser melhorados. É o caso da velocidade de transação, do processo de verificação e dos limites de dados. Enfrentá-los é crucial para tornar a blockchain de fato aplicável.

Além disso, os mineradores da rede precisam de uma quantidade substancial de poder computacional para validar as transações — reduzir essa necessidade é essencial. E mais: para adotá-la, é preciso que a rede seja descentralizada e tenha a participação dos usuários. Ou seja, é uma grande mudança de mentalidade.

Essa reformulação tem um custo alto. E, mesmo que o uso da blockchain ofereça grande economia — tanto em preço quanto em tempo de transação —, o investimento inicial necessário pode torná-la pouco atraente.

Olhar Digital

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Brasil teve ao menos 6 acidentes aéreos com mortes em 2025; relembre

Foto: Divulgação/Defesa Civil

O Brasil registrou ao menos seis acidentes aéreos fatais (de um total de 22 ocorrências) em 2025, que provocaram a morte de 10 pessoas. Nenhum deles foi em voo comercial.

Os dados são do Painel Sipaer (Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da Força Aérea Brasileira, a partir de informações do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

As estatísticas de acidentes aéreos disponíveis no painel ainda não incluem a queda de um avião modelo King Air na zona oeste paulistana, na última sexta-feira (7), que matou duas pessoas —os dados por quanto somam no site do serviço cinco ocorrências fatais e oito mortes.

Segundo o Cenipa, a plataforma é atualizada diariamente. Assim, o acidente em São Paulo deverá ser incluído nesta segunda-feira (10), primeiro dia útil após a queda.

Destas ocorrências com mortes, três delas foram no estado de São Paulo. A última foi a da sexta, quando o avião de pequeno porte caiu na avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste da capital paulista, logo após a decolagem no aeroporto Campo de Marte, na zona norte.

Neste acidente morreram o advogado Márcio Louzada Carpena e o piloto Gustavo Medeiros, cujos corpos foram encontrados carbonizados dentro da aeronave.

As causas do acidente são incertas, mas um áudio com registro da torre de controle mostra que, sem declarar emergência, o piloto havia pedido para voltar imediatamente ao aeroporto Campo de Marte, o que não conseguiu fazer.

No dia 9 de janeiro, uma tentativa frustrada de pouso em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, matou o piloto e feriu uma família a bordo —o casal dono da aeronave e dois filhos, de 4 e 6 anos, tiveram de ser hospitalizados.

O avião, um jato Cessna Aircraft, fabricado em 2008, modelo 525, que havia decolado de Mineiros (GO), não conseguiu pousar no aeroporto e excedeu o limite da pista.

Imagem de uma câmera de monitoramento mostra o jatinho acertar o alambrado da cabeceira 9 do aeroporto, passar pela avenida Guarani, na orla, tocar o solo quando chega a uma praça e explodir até parar no mar na praia do Cruzeiro. No acidente, um poste e um veículo, sem ocupantes, também foram atingidos, segundo testemunhas. O piloto Paulo Seghetto morreu na hora.

Um relatório preliminar produzido pelo Cenipa foi publicado em 15 de janeiro, mas apenas com informações básicas do acidente, com os factuais obtidos no estágio inicial da investigação, segundo a FAB.

Não há prazo para o relatório final ser concluído. Além da Aeronáutica, o acidente é investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo.

Na noite de 16 de janeiro, um helicóptero caiu em Caieiras, na Grande São Paulo, em área de mata fechada próxima à rodovia dos Bandeirantes. No acidente morreram o empresário André Feldman, dono da BIG – Brazil International Games, empresa de apostas online, e sua mulher, Juliana Feldeman.

A aeronave havia decolado na zona do Jaguaré, na zona oeste paulistana e seguia para Americana, quando houve o acidente —chovia no momento. O piloto Edenílson de Oliveira Costa e a filha do casal, de 12 anos, foram resgatados na manhã seguida e levados para o Hospital das Clínicas. Os dois já tiveram alta.

A zona rural de Minas Gerais registrou dois acidentes aéreos neste ano, com quatro mortes. No primeiro deles, em 22 de janeiro, um avião agrícola caiu durante uma manobra. Só havia o piloto a bordo, que morreu com o choque.

A queda de um helicóptero no dia 27 de janeiro, em uma fazenda de Cruzília (MG), matou três pessoas. De acordo com informações do boletim de ocorrência, morreram o piloto Fernando André Ferreira, o gerente da fazenda, Lúcio André Duarte e a esposa dele, Elaine Moraes de Souza, que também trabalhava no local.

A aeronave pertencia à uma empresa de pulverização. O filho e sócio do piloto disse que o trabalho já havia sido finalizado quando o casal combinou com um passeio aéreo pela fazenda. Pouco depois houve a queda.

Um outro avião agrícola caiu no mês passado, matando o piloto no acidente em Canarana (MT).

O acidente com um avião da Voepass, em agosto do ano passado, quando 62 pessoas morreram em Vinhedo (SP), tornou o ano de 2024 o mais letal da aviação brasileira em uma década, período comparado pela Força Aérea Brasileira em seu site.

Segundo dados estatísticos disponibilizados pelo painel Sipaer, no ano passado 153 pessoas morreram em acidentes com aviões, helicópteros e outras aeronaves no país.

Folhapress

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Caern diz que atendeu prontamente ocorrência de esgoto extravasando em Ponta Negra após comunicação da SEMURB

Imagem: reprodução

A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN) informou através de nota que atendeu prontamente a ocorrência de esgoto extravasando em Ponta Negra mostrada pelo BLOGDOBG após comunicação da SEMURB. De acordo com a CAERN, o problema foi causado por excesso de lixo na rede de esgoto.

Leia a íntegra da nota abaixo:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN) esclarece que a situação apresentada pelo Blog, no bairro de Ponta Negra, foi prontamente atendida pela empresa após comunicação informal da Secretaria Municipal de Urbanismo (SEMURB) neste sábado (08).

A ocorrência foi causada pelo excesso de lixo na rede de esgoto, reforçando a importância de não descartar resíduos sólidos, areia, óleo ou outros materiais no sistema de esgotamento sanitário.

A Caern informa ainda que a situação verificada na praia de Miami foi um caso isolado, também decorrente do mau uso do esgoto. A Estação Elevatória de Esgotos (EEE) foi regularizada imediatamente após a detecção da ocorrência.

A Companhia reafirma seu compromisso com a qualidade dos serviços prestados e com a preservação do meio ambiente. E destaca que possui canais de atendimento 24h para receber as demandas da população, são eles: Teleatendimento 115, App Caern Mobile (Android e iOS), WhatsApp 84 98118-8400 ou pela Agência Virtual em caern.com.br.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Trump diz que vai anunciar tarifa de 25% sobre aço e alumínio; Brasil é o 3º maior fornecedor de aço dos EUA

Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no domingo (9) que anunciará na segunda-feira (10) tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio.

Em 2023, o Brasil foi o terceiro maior fornecedor de aço para Estados Unidos, segundo dados do Departamento de Comércio americano, atrás de Canadá e México.

Naquele ano, os EUA responderam por 18% de todas as exportações brasileiras de ferro fundido, ferro ou aço.

Durante o primeiro mandato, Trump impôs tarifas de 25% sobre importação de aço e 10% sobre as de alumínio.

Mais tarde, retirou a sobretaxa dos produtos brasileiros e dos de outros parceiros comerciais como Canadá, México, União Europeia e Reino Unido.

g1

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Cliente tenta pagar programa com café e causa confusão em cabaré de Pau dos Ferros

Foto: reprodução

Um homem causou tumulto na noite deste sábado (8) em um cabaré de Pau dos Ferros, no Alto Oeste potiguar, ao tentar pagar por serviços sexuais com pacotes de café.

De acordo com testemunhas, o cliente chegou ao estabelecimento normalmente, mas, no momento da negociação, surpreendeu ao apresentar a oferta inusitada. Ele argumentou que o café estava caro e tinha grande valor, propondo a troca pelo serviço.

A sugestão foi recusada pelas profissionais do local, gerando discussão e desconforto. A identidade do homem não foi divulgada.

Via Certa Natal

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Taxa básica de juros completa 3 anos acima de 10% sem perspectivas de ficar abaixo

A taxa básica de juros, a Selic, completou 3 anos acima de 2 dígitos (10% ao ano) em fevereiro. A mediana das projeções dos agentes financeiros indica que o juro base subirá para 15% neste ano e cairá para 12,75% em 2027.

A Selic deve ficar por, pelo menos, mais 2 anos nesta situação, o que totalizará 5 anos acima dos 2 dígitos. As estimativas dos analistas apontam que será o 2º maior período da Selic acima de 10% no Século 21.

O juro base está em alta. Subiu 1 ponto percentual na 4ª feira (29.jan.2025), para 13,25% ao ano, no último encontro. Foi o 4ª reajuste consecutivo na Selic. O Copom já disse que irá elevar para 14,25% no próximo encontro, de março.

A última vez que o juro base esteve abaixo de 10% foi em fevereiro de 2022, mês que o BC (Banco Central) aumentou o nível de 9,25% para 10,75%.

SEM DESAQUECIMENTO ECONÔMICO

Os anos de aperto monetário coincidem também com um desempenho positivo da atividade econômica. O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 3% em 2022, 3,2% em 2023 e deve ter crescido 3,5% em 2024, segundo as projeções do mercado financeiro.

O estoque de crédito subiu 14,5% em 2022, 8,1% em 2023 e 10,9% em 2024.

O mercado de trabalho ficou mais aquecido. A taxa de desemprego caiu anualmente de 2022 a 2024, de 7,9% a 6,2%. A ocupação atingiu o recorde anual.

Os economistas esperam uma desaceleração da atividade econômica em 2025, mas a economia demonstra resiliência. A inflação segue fora do intervalo permitido da meta. O Copom deve manter a trajetória de alta dos juros.

O Banco Central disse no Relatório Trimestral de Inflação divulgado em dezembro de 2024 que a taxa de juros real neutra do Brasil é de 5%. A variável é “sujeita a elevada incerteza na sua mensuração”, segundo o texto. Significa que, quando o juro real está acima deste patamar, há uma política monetária contracionista.

Poder 360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Furtos de cabos crescem 55% em 2024 no Rio Grande do Norte

Foto: Adriano Abreu

O furto e o roubo de cabos e fios no Rio Grande do Norte apresentaram um aumento expressivo em 2024, segundo dados da Neoenergia Cosern. Ao todo, foram 49 toneladas de cabos furtados da rede baixa, média e de alta tensão, apresentando um aumento de 55% em relação ao ano de 2023, quando cerca de 31,61 toneladas foram furtadas no Estado.

Em cinco anos, foram pelo menos 154 pessoas conduzidas a delegacias no RN por furto de fiações em postes e edificações. Os dados apontam uma problemática que tem preocupado interlocutores do setor de energia e telecomunicações, bem como da Polícia Civil, que tem intensificado investigações para coibir a prática e prender criminosos e receptadores. Nesta semana, uma ação entre Prefeitura do Natal, Polícia Militar e Civil apreendeu 500kg de cabos furtados e cinco estabelecimentos foram flagrados com material furtado da rede pública.

Segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), os registros de roubos e furtos de fios no RN apresentaram um crescimento exponencial no Estado nos últimos cinco anos. De 75 ocorrências de furtos de cabos elétricos registradas em 2020, o número saltou para 828 em 2024, variação de 985%. Já com relação a fios elétricos, crescimento de 553% no período. Vale salientar que há uma leve queda comparando 2024 com 2023, de 18,2% e 17,1%, respectivamente.

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Qual o crime que não está crescendo no país?
    O caos já tomou conta das capitais, e os vagabundos são tratados como cidadãos ou vítimas da sociedade.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: SEMURB identifica esgoto extravasando no sistema da CAERN e chegando a praia de Ponta Negra após entrar nas bocas de lobo de drenagem

Mesmo a CAERN afirmando que o sistema está funcionando perfeitamente, a SEMURB identificou, neste domingo (9), esgoto extravasando no sistema da CAERN e chegando a praia após entrar nas bocas de lobo de drenagem, em Ponta Negra. O esgoto desce por um beco e cai no sistema de drenagem, na rua Erivan França.

Opinião dos leitores

  1. A Semurb só trabalha em Ponta Negra agora? Cadê a Samurb pra verificar o vazamento com mais de mês no Canal do Baldo?

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

RN teve média de 3 denúncias por dia de casos de violência psicológica contra mulher em 2024

Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

O Rio Grande do Norte teve uma média de 3 denúncias por dia de casos de violência psicológica contra a mulher em 2024, segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Norte. As denúncias de violência psicológica aumentaram 24% no estado em comparação com o ano de 2023, liderando o tipo de violência denunciada no Ligue 180 tanto no estado quanto no Brasil, onde onde houve mais de 100 mil denúncias, segundo revelou o Ministério das Mulheres neste mês de fevereiro.

Ao todo, no RN, 1.239 denúncias de violência psicológica foram registradas em 2024. No ano anterior, esse número foi de 996 casos.

Opinião dos leitores

    1. Esse, com certeza defende que macho escroto bata em mulher.
      O bolsonarismo mata, sempre falo isso.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Com “dificuldades respiratórias”, Papa pede que assessor leia discurso

Com “dificuldades respiratórias” devido à bronquite, o Papa Francisco delegou a leitura de um discurso na Santa Missa do Jubileu das Forças Armadas, polícia e agentes de segurança neste domingo (9) a um assessor.

Após entregar a fala ao assessor durante a homilia, o papa voltou a ler a oração mais curta do Angelus, na qual rezou pela paz em várias zonas de conflito ao redor do mundo.

Quando divulgaram que o pontífice está com bronquite, o Vaticano ressaltou que ele planejava manter os compromissos agendados para os próximos dias, inclusive o evento deste sábado.

Francisco, de 88 anos, é papa desde 2013 e sofreu de gripe e problemas de saúde relacionados várias vezes nos últimos dois anos.

O papa também teve duas quedas recentemente em sua residência no Vaticano, machucando o queixo em dezembro e o antebraço em janeiro.

CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

40 pessoas por minuto são diagnosticadas com câncer no mundo

Foto: Pexels

No Dia Mundial de Combate ao Câncer, lembrado na 3ª feira (4.fev), a OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou que, a cada minuto, 40 pessoas são diagnosticadas com a doença em todo o planeta –e embarcam em uma verdadeira jornada para vencer a enfermidade.

“Elas não conseguem ser bem sucedidas sozinhas. Em todo mundo, a OMS trabalha com parceiros para criar coalizões globais, catalisar ações locais e amplificar as vozes de pessoas afetadas pelo câncer”, avaliou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom.

Em seu perfil na rede sociais X (ex-Twitter), Tedros destacou que a OMS atua em diversas áreas, desde o fornecimento de medicações para tratamentos oncológicos pediátricos até campanhas globais para a eliminação do câncer cervical. “Estamos trabalhando para melhorar a vida de milhões de pessoas”, declarou.

“No Dia Mundial do Câncer, honramos a coragem daqueles afetados pela doença, celebramos o progresso científico e reafirmamos nosso compromisso de promover saúde para todos”, concluiu o diretor-geral.

Dentre as orientações publicadas pela OMS para reduzir o risco de câncer estão:

  • não fumar;
  • praticar atividade física regularmente;
  • comer frutas e verduras;
  • manter um peso corporal saudável;
  • limitar o consumo de álcool.

Poder 360 com informações da Agência Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *