Foto: Reprodução / Cervejaria Backer
Um laudo preliminar da Polícia Civil de Minas Gerais indica que as oito pessoas que apresentaram sintomas de uma doença misteriosa em Belo Horizonte foram contaminadas com a substância dietilenoglicol, que, em um intervalo de 72 horas, provocou insuficiência renal grave e alterações neurológicas. A substância, de cor clara e aparência viscosa, é inodora e é usada na indústria como um anticongelante.
Conforme reportado pelo GLOBO, a substância, segundo laudo preliminar divulgado na noite da última quinta-feira pela Polícia Civil, estaria em dois lotes da cerveja Belorizontina, produzida pela cervejaria Backer. A Polícia Civil mineira pondera, no entanto, que ainda não é possível cravar a responsabilidade da cervejaria.
A Backer, responsável pela Belorizontina, afirmou em nota que o dietilenoglicol, também conhecido como éter de glicol, não faz parte do seu processo de produção e negou que o produto guarde relação com os sintomas apresentados pelas vítimas.
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classifica o dietilenoglicol como um “solvente orgânico altamente tóxico” que oferece risco de morte em caso de ingestão e é capaz de levar à falência dos rins e do fígado. Paschoal Dermatini Filho, de 55 anos, morreu em Juiz de Fora (MG) na última terça-feira em decorrência da contaminação.
Segundo o “G1”, o dietilenoglicol, de fórmula CH4H10O3, é largamente utilizado como solvente em produtos químicos e remédios que não dissolvem em água, em especial na indústria farmacêutica, e também faz parte da produção de cosméticos, lubrificantes, combustíveis para aquecimento e plastificantes.
O Globo
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