Alexandre Pato, Barcos, D’Alessandro… para contar com esses craques, dignos de disputar a artilharia do Campeonato Brasileiro, os times investiram alto. Curiosamente, porém, o goleador da disputa até o momento é um discreto cearense que até pouco tempo atrás não passava de um coadjuvante do futebol: Ederson, do Atlético-PR. O atacante de 24 anos já balançou as redes 13 vezes, impulsionando o Furacão rumo às primeiras colocações da Série A.
Ederson é um artilheiro tão improvável que já havia passado três vezes pelo próprio Atlético-PR, sem destaque. No primeiro semestre, ele foi banco da dupla formada por Marcão e Marcelo, mas, apesar do assédio de vários clubes do interior do Brasil, permaneceu no clube por conta da influência do antigo técnico, Ricardo Drubsky, que no início do ano o havia trazido de novo para o Paraná. No início desse Brasileirão, foi bem, com quatro gols nas cinco primeiras rodadas, mas ainda assim não tinha caído nas graças da torcida.
A saída de Drubsky e a chegada de Vágner Mancini acabou coincidindo com um período de seca de gols de Ederson. Com isso, ele acabou saindo novamente do grupo de 11 jogadores que iniciam a partida. E, foi justamente saindo do banco que o atacante voltou a brilhar, marcando aos 42 minutos do gol da vitória por 2 a 1 contra o Atlético-MG, em partida marcada pela despedida de Bernard do Galo.
O gol decisivo, porém, não foi suficiente para garantir Ederson entre os titulares. Na verdade, a confiança total do técnico Mancini só veio a acontecer após o goleador fazer os dois gols na vitória em casa sobre o Botafogo. O bom resultado, aliás, também fez as demais torcidas começarem a olhar melhor para o Furacão paranaense, que virou sério candidato à Libertadores e até ao título depois de frequentar a zona de rebaixamento. Embalado desde então, o cearense vem se tornando o terror das defesas adversárias.
Pela Copa do Brasil, o Palmeiras também sofreu nas mãos do artilheiro improvável do Furacão. Após passar em branco na partida de ida das oitavas de final no Pacaembu, Ederson fez dois dos três gols do time paranaense no segundo duelo, acabando com qualquer pretensão do Verdão repetir o título do ano passado.
Habilidoso, dono de um bom chute e sem medo de buscar a bola fora da área, Ederson é ídolo dos fãs do ABC de Natal, onde atuou em mais de 100 jogos. Foi justamente pelas boas atuações com a camisa do “Mais Querido” que ele recebeu o convite para voltar ao Furacão e, consequentemente, teve a chance de brilhar no Brasileirão deste ano.
Natural da pequena cidade de Pentecoste (CE), Ederson começou a se destacar em 2007, quando marcou mais de 70 gols pelas categorias de base do Ceará. Apesar disso, nunca mais havia conseguido viver uma fase tão boa e dava a impressão de que seria apenas mais um jovem destaque que não conseguiria sucesso como profissional.
Preocupado com o assédio que aumentou nas últimas semanas, inclusive de clubes da Europa, o Atlético-PR agiu rápido nos bastidores e já tratou de renovar o contrato de Ederson até o fim de 2016. Antes, o acordo entre as partes era válido até dezembro de 2015.
Duas curiosidades sobre a carreira do atleta: o número que ele ostenta nas costas tem a ver com uma superstição: como a camisa 7 no Furacão já estava ocupada, ele optou pelo 77 porque ouviu da esposa que o 7 é descrito na Bíblia como o “número da perfeição”. Desta forma, tudo ficaria “mais perfeito ainda”. Outro fato inusitado é que, quando ele chegou pela primeira vez ao Atlético-PR, no fim de 2006, a negociação envolveu a saída de Jorge Henrique, futuro Corinthians, para o Ceará.
R7
Os dirigentes do ABC são tão míopes que não enxergaram que esse rapaz tinha um grande potencial.
Até uma criança de cinco anos via que o garoto era muito bom. Lógico que fica fácil falar agora porque ele está em evidencia, mas isso era evidente.
Mais uma vez se prova o quanto são amadores os clubes do estado no que diz respeito a sua gestão.
Infelizmente (ou felizmente para alguns) os 02 clubes caíram. Estão com 90% de probabilidade que isso aconteça, basta olhar os últimos 04 campeonatos e a pontuação que os rebaixados fizeram. Está muito difícil permanecer.
Apesar do cenário tenebroso penso que – caindo ou não – os clubes do RN deveriam repensar urgentemente os seus respectivos modos de administração. Profissionalizar seus departamentos de futebol trazendo pessoas sérias, responsáveis e PRINCIPALMENTE competentes em funções estratégicas seria o primeiro passo.
A desculpa que somos fracos economicamente é relevante. Não dá para fugir disto. Contudo, ao se perceber e, principalmente, tomar consciência que a realidade do RN é esta os senhores dirigentes deveriam organizar os clubes para viver dentro da realidade cabível e sustentável. Planejamento estratégico, organização administrativa e financeira, plano de marketing são instrumentos conhecidos dos senhores dirigentes, pois muito deles são pessoas de sucesso comprovado no ramo empresarial. Dito isso, a seguinte pergunta me vêm a cabeça: Porque os senhores dirigentes dos principais clubes do RN não os dirigem da mesma forma que dirigem as suas bem sucedidas empresas? Será que mais uma vez – nós contribuintes – vamos ter que pagar pelos desmandos, desacertos e incompetências desses dirigentes (não se enganem senhores leitores os clubes são bem unidos na hora de chegar ao governo federal e pedir renegociações absurdas ou anistias descabidas ao INSS e receita federal).
Chega de amadorismos, clientelismos, fisiologismos e outros "imos" que só afundam o nosso futebol local e nacional.
Certíssimo o Antônio Brito da Costa, e eh por essas e outras que o ABC esta aonde esta.
Como é a história?
Ídolo no ABC?
Ederson era banco aqui no ABC, foi titular em algumas ocasiões, o clube e os treinadores nunca conseguiram ver o potencial desse garoto.