O ex-diretor de seleções da CBF, Andrés Sanchez, escalareceu nesta segunda-feira os motivos que o levaram a deixar a entidade máxima do futebol brasileiro, há pouco mais de um mês. De acordo com ele, a contratação de Luiz Felipe Scolari para o cargo de técnico da Seleção já estava acertada antes mesmo da demissão de Mano Menezes, algo sobre o que o ex-dirigente não tinha conhecimento.
“[José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, presidente e vice da CBF, respectivamente] me convocaram na Federação [Paulista de Futebol] para falar que iam demitir o Mano. É um direito deles, aceitei. Mas depois ficou claro que já eles tinham um acordo com o Felipão, e isso eu não aceitei. (…) Fiquei sabendo da conversa com o Felipão depois que o Mano saiu. Não podem escolher o treinador da Seleção e não me chamarem para participar. (…) Eu não saí por causa do Mano. O Mano é o Mano, e eu sou eu. Sai porque eles falaram com o Felipão antes de falar comigo. Me senti fritado, traído”, garantiu à Sportv.
Mesmo que não tenha causado diretamente a saída de Andrés, a demissão de Mano não agradou totalmente ao ex-diretor. Segundo ele, mesmo que Felipão tenha sido o técnico na conquista do pentacampeonato mundial, em 2002, a contratação de um novo treinador não é garantia de sucesso.
“Eu acho que o Mano errou, errou em muitas coisas. Mas agora que tinha acertado, eu não achava que era o momento de tirar. Óbvio que o Parreira [coordenador de seleções da CBF] e o Felipão têm competência, mas o Mano também tem. (…) Agora devem voltar aquelas coisas de escalar um volante marcador, um centroavante fixo, algo que o Mano não fazia”, afirmou.
Mano foi demitido da Seleção Brasileira em 23 de novembro do ano passado. Cinco dias depois, a cúpula da CBF anunciou a contratação de Luiz Felipe Scolari para o cargo de treinador. No mesmo dia, Andrés Sanchéz optou por deixar o cargo de diretor de seleções da entidade.
Fonte: Gazeta Esportiva
Comente aqui