Uma explosão ocorrida por volta do meio-dia desta quarta-feira (11) no navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus em Aracruz, no Espírito Santo, deixou três mortos, de acordo com o Sindipetro (Sindicado dos Petroleiros do Espírito Santo), feridos e outros desaparecidos.
Segundo informações da FUP (Federação Única dos Petroleiros), são seis desaparecidos.
Cerca de 30 funcionários foram retirados da plataforma em um barco de apoio, disse o diretor do Sindipetro ES, Davidson Lombo. Segundo ele, a explosão foi causada por um vazamento de gás.
O navio operava nos campos de Camarupim e Camarupim Norte, a cerca de 80 quilômetros da capital do Estado, Vitória.
“A plataforma está sem comunicação. Estamos fazendo contato por meio da plataforma Vitória (próxima ao local do acidente)”, disse o diretor do Departamento de Segurança da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel.
A sigla FPSO significa, em português, navio-plataforma estocante de produção. Trata-se de um plataforma de pequeno porte, com a produção de apenas 2,2 mil barris/dia de petróleo em águas rasas. O número corresponde a apenas 0,1% da extração total de óleo da Petrobras.
As plataformas de grande porte da estatal produzem, a plena capacidade, entre 150 mil e 180 mil barris/dia.
O aeroporto de Vitória foi acionado às 13h50 e está com esquema especial para receber as vítimas.
Apesar do esquema de emergência, não houve alteração nas operações comerciais do aeroporto, segundo informações da Infraero.
Procurada, a assessoria do governo do Estado do Espírito Santo confirmou o acidente, mas não precisou o número de vítimas, informação a ser prestada pela Secretaria de Saúde, segundo a assessoria. A reportagem não conseguiu contato ainda com a assessoria da pasta.
O QUE DIZ A PETROBRAS
Procurada, a Petrobras informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não havia ninguém disponível para dar informações sobre o acidente e solicitou à reportagem que enviasse um e-mail para obter detalhes do caso.
A estatal disse que não tinha até as 15h50 nenhuma informar para repassar à imprensa nem sobre o número de vítimas tampouco confirmaram a ocorrência.
O acidente ocorre poucos dias após a mudança na gestão de Petrobras. Seu novo presidente, Aldemir Bendine, disse que assumiu a estatal com “carta branca” e prometeu transparência.
ANP
A ANP (Agência Nacional do Petróleo), órgão regulador do setor e controla o número de acidentes e ocorrências fora do padrão operacional de unidades de produção de petróleo, também informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que desconhecia o acidente e o número de vítimas.
A BW Offshore, empresa de origem norueguesa dona da plataforma que opera no campo de Camarupim (na bacia do Espírito Santo, a terceira mais produtiva do país), informou que não iria comentar o acidente.
HISTÓRICO
O último acidente com grande número de vítimas da Petrobras ocorreu em 2001.
Na ocasião, a maior de produção de petróleo em alto-mar à sua época, que custou à estatal brasileira US$ 350 milhões e começou a ser operada pela Petrobras em 2000 no campo do Roncador, na Bacia de Campos, sofreu duas explosões em 15 de março de 2001.
Na hora do acidente, havia 175 pessoas a bordo -11 delas morreram no acidente. Primeiro, a plataforma adernou, pois uma das colunas de sustentação ficou comprometida. Poucos dias depois e inúmeras tentativas de salvar a plataforma e resgatar corpos que permaneciam no local, a unidade de produção afundou com o alagamento de parte sua estrutura.
Em janeiro de 2015, uma explosão na Refinaria Landulpho Alves, da Petrobras, deixou três pessoas feridas, sendo uma em estado grave.
De acordo com a entidade, o acidente ocorreu durante a realização de um serviço em espaço confinado no vaso da unidade de geração de hidrogênio da refinaria. Segundo o Sindipetro, dois feridos trabalhavam na empresa terceirizada Victória.
E houve um incidente anterior, no mesmo mês, que não deixou feridos. Localizada no Recôncavo Baiano, a refinaria tem capacidade de processamento de 323 mil barris diários.
Seus principais produtos são diesel, gasolina e querosene de aviação, entre outros.
Em nota, à época, a Petrobras disse que os feridos “foram prontamente atendidos pela equipe médica da refinaria, encaminhados ao hospital, e a companhia está prestando a assistência necessária”.
Folha Press
A chamada na Manchete fala de Plataforma, levando o leitor apressado, incauto ou superficial maledicente a pensar…
Ligando os pontinhos invisíveis, no final a pergunta na matéria resume a intenção velada da forma da divulgação: "O que diz a Petrobras?"
Caro Luciano! A matéria não diz que o navio explodiu. Diz que houve uma explosão no navio. A matéria também não diz que o navio é da Petrobras.
Primeiro: O navio plataforma não explodiu e sim o compartimento de gás
Segundo:O Navio Plataforma não é da Petrobras, é alugado e pertence a BW Offshore.
Sua "correção" mudou muita coisa, salvou até vidas!!!!