Não se pode dizer que o deputado Fábio Faria, iniciando na política, não seja sincero. Em entrevista ao jornal Tribuna do Norte, publicada na edição deste domingo, o jovem deputado trata, sem meias-palavras, de uma série de temas e questões postos sobre a mesa dos políticos e autoridades governamentais de Natal e do Estado.
Perguntado se é pré-candidato a prefeito de Natal, Faria se exclui, dizendo ser totalmente contrário que políticos se coloquem como pré-candidato sem antes ouvir a população e saber o que natalense está pensando.
Mais adiante, diz que seu grupo político vai querer participar do processo de escolha e que não deve haver imposição de nomes. Defende, ainda, que seja escolhido o nome que mais agregue.
ESCOLHA NO NOME NO VERANEIO
Apesar de defender todo um processo de discussão, completa: “Isso será resolvido, como sempre é resolvido, nas rodas de conversas políticas do veraneio, que é sempre quando saem os nomes que irão disputar a eleição majoritária”.
Sobre a gestão da capital, Fábio Faria defende que se trate a Prefeitura como se administra uma empresa privada. “A primeira coisa que deve ser feita é reduzir o tamanho para ficar com recurso para investimento e não faltar dinheiro para contrapartida”, sugere o parlamentar federal.
PREFEITURA E GOVERNO NÃO INTERAGEM
Diz, mais na frente, que os gestores devem ter visão e afirma que não há interação entre a Prefeitura de Natal e o Governo do Estado, ao contrário do que está ocorrendo em Pernambuco, envolvendo os três níveis de administração pública. “Hoje muitas coisas que são feitas precisam ser feitas em conjunto. Se eles não se conversam o prejudicado acaba sendo o povo de Natal”, conclui.
Fábio Faria defende a escolha de um só nome do grupo governista para disputar as eleições para prefeito de Natal. Admite que podem sair vários nomes, mas avisa: “Sou contra o acordão”. E diz que as últimas eleições mostraram que quando se procura, de última hora, impor um nome isso não dá certo.
AGRIPINO ESQUECEU QUEM O APOIOU
Sobre a relação com o senador José Agripino e o DEM – que foram à Justiça Eleitoral tentar barrar o processo de registro do PSD – Fábio Faria é demolidor: “Eu tenho certeza que se o senador José Agripino fosse candidato em 2012 ou 2014 a relação estaria muito melhor”. Com isso, praticamente sugere que todos votaram em Agripino Maia e que o senador democrata não soube retribuir o apoio, investindo pesado contra a criação do PSD no Rio Grande do Norte “Nosso grupo ficou perplexo, mas a gente espera que tudo seja superado. Eu espero superar”.
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