Política

‘Fake news’ em massa pode anular uma eleição, afirma ministro do STF, Luiz Fux

(Foto: José Cruz / Agência Brasil)

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Fux, afirmou nesta quinta-feira (21) que a Justiça Eleitoral poderá eventualmente anular o resultado de uma eleição se esse resultado for decorrência da difusão massiva de “fake news”, as notícias falsas.

A declaração foi dada durante entrevista em evento promovido pelo TSE junto com a União Europeia para discutir formas de combate à disseminação de conteúdo falso (as chamadas “fake news”) na internet que possa afetar a disputa eleitoral deste ano no Brasil.

Também participaram do evento a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia.

Para o ministro Luiz Fux, se provado que a difusão de conteúdo falso influenciou o resultado, a Justiça Eleitoral poderá anular a votação com base em regras do próprio Código Eleitoral, lei que disciplina os direitos políticos no país.

“O artigo 222 do Código Eleitoral prevê que se o resultado de uma eleição qualquer for fruto de uma ‘fake news’ difundida de forma massiva e influente no resultado, o artigo 222 prevê inclusive a anulação. É claro que isso demanda um acervo probatório, uma cognição, conhecimento profundo daquilo que foi praticado. Mas a lei prevê esse tipo de sanção”, afirmou o ministro.

O artigo 222 do Código Eleitoral prevê que “é também anulável a votação, quando viciada de falsidade, fraude, coação, uso de meios de que trata o art. 237, ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei”.

O artigo 237, por sua vez, diz que serão coibidos e punidos “a interferência do poder econômico e o desvio ou abuso do poder de autoridade, em desfavor da liberdade do voto”.

Durante palestra sobre o assunto, Fux também levantou a possibilidade de anular uma candidatura e uma eleição, com base em instrumentos legais que a Justiça Eleitoral possui para garantir a lisura no pleito, como direito de resposta e multas por propaganda irregular.

“Temos uma tutela penal enérgica que pode anular candidatura que obteve êxito com base em ‘fake news’. Tem uma regra geral no artigo 323 do Código Eleitoral. E nós temos também a tutela no campo eleitoral, que impõe multas, impõe direito de resposta e impõe também eventualmente até anulação daquela eleição se ela foi fruto de uma massificação de ‘fake news’, com base no artigo 222 do Código Eleitoral”, disse o ministro no evento.

O artigo 323 do Código Eleitoral considera crime eleitoral o ato de alguém “divulgar, na propaganda, fatos que sabe inverídicos, em relação a partidos ou candidatos e capazes de exercerem influência perante o eleitorado”. A pena é de detenção de até um ano, além de multa.

Questionado sobre como a Justiça Eleitoral poderia anular uma eleição com base nessas regras, Fux esclareceu em entrevista que tal medida precisa ser decidida ao final de um processo, com provas e possibilidade de as partes envolvidas se manifestarem.

“Quem entender que a eleição deva ser anulada com base nesse dispositivo, vai provocar a Justiça, vai ter sua fase probatória, vai ter intervenção do Ministério Público”, disse.

Checagem de fatos

Durante a palestra, Fux também disse que a Justiça Eleitoral não vai agir com “desânimo” no combate às “fake news”.

Além das punições legais, ele disse que contará com a ajuda da imprensa profissional, como “fonte primária” de informações; agências de checagem de fatos, para verificação de dados; redes sociais, para retirada de conteúdo falso; e também de partidos políticos e profissionais de marketing, que, segundo o ministro, se comprometeram em não disseminar notícias falsas na internet.

Fux ressaltou que no combate às “fake news”, a Justiça Eleitoral terá sempre a preocupação de proteger a liberdade de opinião e expressão.

“O ponto que distingue uma coisa da outra é a má-fé, é a propaganda enganosa sabidamente inverídica, que causa dano irreparável à candidatura alheia”, explicou.

PGR e OAB

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que o antídoto para notícias falsas é o “bom funcionamento da imprensa livre”, com jornalismo profissional.

Para isso, propôs aumento da transparência para produção de notícias, educação digital das pessoas para evitar disseminação de conteúdo falso, diversidade na informação e ferramentas para detectar falsidades.

“Não se corrigem abusos com abusos. Mas liberdades são defendidas pelo seu exercício cidadão. Democracia se garante com mais e melhor democracia”, afirmou a procuradora-geral.

Ainda durante o evento, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamacia, defendeu a “circulação desimpedida de ideias informações”, mas ressalvou que as “fake news” são uma ameaça à democracia, ao “deturpar” a vontade popular expressa no voto. Recomendou ações de inteligência, campanhas informativas e fortalecimento do jornalismo profissional.

“Cumpre evitar reações que aviltem a liberdade de expressão, a qual protege não apenas o direito individual daqueles que se manifestam, mas também o direito coletivo de acesso à informação. Logo, cerceá-la constituiria o exemplo típico de suposto antídoto que causa dano maior do que a doença”, afirmou.

G1

Opinião dos leitores

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Política

PARANÁ PESQUISA VOTOS VÁLIDOS: Paulinho Freire tem 56.7% e Natália Bonavides 43.3%

Levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta sexta-feira, 18, indica o deputado federal Paulinho Freire (União Brasil) tem 56,7% dos votos válidos para a prefeitura de Natal (RN), já a deputada Natália Bonavides (PT), soma 43,3%. A margem de erro da pesquisa é de 3,6 pontos porcentuais para mais ou para menos.

O Paraná Pesquisas entrevistou 760 eleitores entre os dias 14 e 17 de outubro. O instituto afirma que a pesquisa, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número RN-00006/2024, possui um grau de confiança de 95%.

No primeiro turno, Natália Bonavides e Paulinho Freire tiveram uma diferença de 60.663 votos, com vantagem para o candidato do União Brasil. Em termos de porcentagem, Natália atingiu 28,45% e Paulinho Freire, 44,08%.

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Política

PARANÁ PESQUISA ESTIMULADA: Paulinho Freire tem 50.9% e abre 12% de vantagem sobre Natália Bonavides

Foto: Reprodução

Levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta sexta-feira, 18, indica o deputado federal Paulinho Freire (União Brasil) com 50,9% das intenções de voto para a prefeitura de Natal (RN), à frente da também deputada Natália Bonavides (PT), que soma 38,9%. A margem de erro da pesquisa é de 3,6 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Os eleitores que ainda não definiram o voto para o segundo turno ou que não responderam somam 3,9%. Já os que declararam que votarão em branco, nulo ou em nenhum são 6,2%. Os dados são da pesquisa estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos aos entrevistados.

No cenário espontâneo, onde nenhuma alternativa é dada para resposta, a distância entre os candidatos é menor. O deputado do União Brasil marcou 38,2% das intenções, enquanto Bonavides soma 30,5%. Os eleitores que não sabem ou não responderam a pesquisa representam 23,8%. Nulos e brancos ficam em 6,8% e entrevistados que mencionaram outros nomes, 0,7%.

O Paraná Pesquisas entrevistou 760 eleitores entre os dias 14 e 17 de outubro. O instituto afirma que a pesquisa, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número RN-00006/2024, possui um grau de confiança de 95%.

No primeiro turno, Natália Bonavides e Paulinho Freire tiveram uma diferença de 60.663 votos, com vantagem para o candidato do União Brasil. Em termos de porcentagem, Natália atingiu 28,45% e Paulinho Freire, 44,08%.

Estadão

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Cidades

Comerciantes seguem acumulando perdas com obras na Ponte de Igapó

Foto: Magnus Nascimento

Demora para sair e chegar da zona Norte, acúmulo de veículos que mal conseguem trafegar nas vias do entorno e prejuízo para os comerciantes. Este é o cenário na região da Ponte de Igapó, que foi interditada parcialmente em setembro de 2023 para serviços de reestruturação. Além do impacto aos usuários que passam diariamente pelo equipamento, o comércio da região também sofre e acumula prejuízos, que pode ser maior ou menor a depender do segmento. Alguns deles contam com a fidelidade dos clientes para evitar perdas maiores. Ainda assim, os efeitos não passam batido.

Na madeireira em que Clenilson Dias trabalha, o movimento de clientes caiu 30% desde o início da obras. As vendas despencaram na mesma proporção. “Temos muitos clientes no Alecrim, mas agora eles não querem mais vir para cá”, comenta ele, que é gerente do estabelecimento.

Procurado nesta quinta-feira (17) para fornecer uma atualização do andamento dos serviços, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável pelos trabalhos, não respondeu em detalhes, mas disse que o prazo para finalizar a intervenção está mantido para maio de 2025.

A previsão, no entanto, é uma alteração do prazo estimado inicialmente para entregar a obra, que era janeiro do próximo ano. “Essa nova data que o Dnit está dando é muito ruim, porque nosso movimento no primeiro semestre do ano já costuma ser naturalmente fraco”, afirma Clenison Dias.

Assim como ele, a comerciante Manuela Barbosa, que tem uma loja de roupas na Tomaz Landim, bem perto da ponte, aguarda ansiosamente o fim dos transtornos. Além dela, a loja do pai, que fica ao lado, também sofre com os efeitos do bloqueio.

“Abri a loja recentemente, então, não tenho um parâmetro para comparar sobre queda de vendas ou não. Mas sei que muita gente passou a evitar essa via e está pegando a Newton Navarro, então, imagino que há certa fuga de clientes. Creio que, sem a obra, o fluxo aqui na loja seria cerca de 30% maior. E, como o comércio precisa ser visto, bastava que a gente contasse com um trânsito melhor de pessoas para ver a loja e se sentirem estimuladas a entrar. Por isso que espero ansiosa o fim da obra”, fala.

Manuela conta, ainda, como a loja do pai tem sido afetada. “Ele está aqui há mais tempo e relata que o movimento caiu pela metade após a obra começar”, conta. O pai de Manuela não estava no local no momento em que a reportagem conversou com a lojista. Lucineide Mesquita, proprietária de uma marmoraria, relata que entende a necessidade da reestruturação da ponte, mas conta que tem sofrido os impactos.

“Especialmente no início da interdição, a queda no nosso movimento foi bem intensa. Não me arrisco falar de números porque tem uma pessoa aqui na loja que trata diretamente disso. Hoje, as vendas por telefone nos ajudaram a retomar um pouco dessas perdas”, conta.

De acordo com um estudo da Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU), o bloqueio de um dos lados da Ponte de Igapó, há pouco mais de um ano, gerou um prejuízo mensal de R$ 17,9 milhões aos natalenses, o que dá mais de R$ 233 milhões de impacto durante todo o período de 13 meses de interdição.

Para os motoristas que trafegam pelo equipamento, os efeitos são velhos conhecidos, mas se intensificaram com o início da interdição. Júnior Dantas, que mora na zona Norte e trabalha com transporte por aplicativo, diz que evita a Ponte de Igapó a todo o custo. “Só trafego por ela quando o passageiro pede. Isso aconteceu na quarta-feira [16], quando o cliente pediu que enfrentássemos o congestionamento. Demoramos duas horas para cruzar a ponte. Acho que ele [o passageiro] se arrependeu. Geralmente indico aos clientes para pegarmos a Ponte Newton Navarro”, disse.

As obras de recuperação da Ponte de Igapó estão acontecendo desde 12 de setembro de 2023 e têm um orçamento de cerca de R$ 20,8 milhões. Na última atualização do Dnit publicada pela TRIBUNA DO NORTE, as obras estavam em 35% de execução. Com previsão inicial de conclusão para janeiro de 2025, a intervenção sofreu alterações e a perspectiva do órgão é de que a ponte seja totalmente liberada em maio de 2025, atingindo uma duração de 20 meses.

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Geral

‘Fui na esperança de enxergar’: veja relatos de pacientes infectados em mutirão de cataratas no RN

Foto: Cedida

O mutirão de cirurgias de catarata que terminou com 15 pacientes infectados por uma bactéria – sendo que 9 precisaram retirar o globo ocular – reuniu moradores de Parelhas, cidade a 245 quilômetros de Natal, que tinham, em comum, o desejo de enxergar melhor após o diagnóstico da catarata.Foto: Reprodução

Muitos dos pacientes viviam situações parecidas ao esperarem na rede pública uma oportunidade de realizar a cirurgia após o diagnóstico da doença em anos anteriores.

Ao todo, 48 pacientes foram atendidos no mutirão realizado pela prefeitura da cidade nos dias 27 e 28 de setembro na Maternidade Dr. Graciliano Lordão. Das 20 pessoas operadas no primeiro dia, 15 apresentaram endoftalmite, uma infecção ocular causada pela bactéria Enterobacter cloacae.

O g1 reuniu relatos de alguns desses pacientes infectados – uns que permaneciam em tratamento, outros que tiveram o globo ocular retirado – e de parentes que também buscam justiça no caso.

Segundo a prefeitura de Parelhas, os pacientes infectados são oito homens e sete mulheres que tem entre 43 a 80 anos de idade.

Veja relatos de pacientes
A costureira Vitória Dantas, de 49 anos, sofreu a infecção da bactéria durante a cirurgia e precisou passar por um procedimento chamado de vitrectomia, que consiste em substituir um gel que fica dentro do olho. Ela, no entanto, não precisou retirar o globo ocular – mas teme que isso ainda seja necessário, uma vez que ficou sem enxergar pelo olho infectado.

“Muita tristeza, porque eu fui na esperança de enxergar, não sei se eu vou enxergar. É triste, porque eu trabalhava, fazia minhas atividades físicas, que eu gosto, que ocupava minha mente. E hoje eu estou dentro de casa, sem poder fazer nada disso”, disse.
O filho mais velho dela, Maurício Dantas, disse que “o medo de perder o olho ainda está presente” no dia a dia da mãe. Ele se mudou de Natal, onde fazia faculdade, para ajudar a mãe em Parelhas nesse momento.

Iara Medeiros, filha da paciente Luzia Medeiros, contou que o momento mais difícil após a infecção foi quando a família foi informada sobre a necessidade da retirada do globo ocular.

“A gente foi na esperança de enxergar e, de repente, você ter a certeza de que você não vai mais enxergar”, lamentou Iara Medeiros.
A filha da paciente Maria Ernesto, Silvania Alves, contou que a mãe recebeu a recomendação para fazer a cirurgia de catarata há cerca de dois anos, após uma consulta, e estava esperançosa.
“E aí ela ficou esperando na fila para ser chamada. Hoje ela está sem o olho e enxergando só pelo olho esquerdo”, disse Silvania Alves.

G1RN

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Política

Lula e PT agem nos bastidores para manter governabilidade na Câmara

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados têm evitado firmar apoio público a algum dos candidatos à presidência da Casa, mas acompanham a disputa com grande interesse. A eleição para o sucessor de Arthur Lira (PP-AL) ocorre oficialmente em fevereiro de 2025, mas as articulações já são intensas.

Hugo Mota (Republicanos-PB) é o nome apoiado oficialmente por Lira, visto pelo alagoano como capaz de construir maior consenso entre as bancadas da Casa. Também estão no páreo Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSB-BA), que anunciaram aliança após serem preteridos no apoio do presidente da Câmara.

O Palácio do Planalto prega cautela na divulgação de um apoio do Executivo, e o presidente Lula tem repetido que não vai se envolver no pleito. As articulações e os encontros, porém, seguem ocorrendo.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Odair Cunha (MG), afirmou nesta semana que o partido tem estudado apoio à candidatura do líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), mas disse que a questão não está fechada.

“O PT está discutindo qual é a tese que nós vamos decidir. Se nós vamos decidir pela manutenção e pela permanência no blocão ou se nós vamos produzir novo bloco aqui na Casa. Essa é a discussão central. E nessa tese de permanência nós temos uma candidatura que significa a convergência dessas forças políticas, que é o Hugo Mota”, argumentou.

Metrópoles

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Política

Derrotas da esquerda levam PT a apoiar nomes da direita no segundo turno e provocam divisão no partido

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

Com candidatos em apenas quatro das 15 capitais onde haverá segundo turno, o PT tem enfrentado dilemas para se posicionar em disputas onde os dois nomes que restaram são representantes da direita. Em cinco delas, o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu adotar a neutralidade — Curitiba, Goiânia, Manaus, Campo Grande e Porto Velho —, mas alas do partido optaram por tomar lado com o discurso de ajudarem a eleger o que consideram “menos pior” para a legenda.

Em Curitiba e Goiânia o cenário é parecido. Na capital paranaense a disputa é entre Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB). Embora Pimentel tenha o PL, de Jair Bolsonaro, na vice, o ex-presidente declarou apoio à candidata, o que a ajudou a chegar ao segundo turno. O PT decidiu que não vai apoiar nenhum dos dois, mas se movimenta nos bastidores para evitar a vitória de Graeml, numa estratégia classificada por petistas como “contenção de danos”.

Por sua vez, em Goiânia petistas dizem que Sandro Mabel (União Brasil), apoiado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), seria preferível a Fred Rodrigues (PL), candidato de Bolsonaro. Oficialmente, porém, o partido não apoia nenhum dos dois e não fará campanha para Mabel.

Já em Campo Grande há uma afinidade maior do PT com Rose Modesto (União Brasil), que até o início do ano comandava a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). Ela enfrenta a atual prefeita Adriane Lopes (PP), candidata da ex-ministra e atual senadora Tereza Cristina (PP-MS) e apoiada por Bolsonaro no segundo turno.

Ainda assim, mesmo nessa cidade, o PT optou pela neutralidade. A estratégia foi evitar associar Rose à esquerda e permitir que ela esteja em condições de não perder os votos conservadores para a prefeita.

A situação mais difícil é em Porto Velho, onde o segundo turno é disputado entre Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos), ambos ligados ao bolsonarismo. Nessa cidade não há movimentação nem mesmo velada de apoio de petistas a algum dos dois.

Além das cinco capitais onde o PT adotou neutralidade, o partido tomou lado em outras quatro, mas que não deve ser seguida por todos os filiados.

O Globo

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RN

Sinsp é contrário a reajuste condicionado a aumento da alíquota de ICMS para 20%

Foto: Magnus Nascimento

O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do Estado do Rio Grande do Norte (Sinsp) reforçou a posição contrária ao aumento da alíquota do ICMS de 18% para 20%.

A proposta orçamentária, enviada pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa, vincula a recomposição salarial dos servidores ao aumento da arrecadação, uma medida que, para o sindicato, traria sérios impactos à população mais pobre do funcionalismo. Governo diz que proposta é necessária e lamenta posição do sindicato.

A presidente do Sinsp, Janeayre Souto, afirma que o aumento do ICMS provoca um efeito multiplicador significativo nos preços de itens básicos como alimentação e medicamentos. “No aumento de dois pontos percentuais, de 18 para 20%, o impacto não é de 2% no preço final, mas sim de 11,11%. Isso afeta diretamente o poder de compra dos servidores mais humildes, que recebem salários próximos ao mínimo”, apontou a sindicalista.

De acordo com Janeayre, muitos servidores, especialmente os de faixas salariais mais baixas, têm perfis similares ao restante da população em termos de consumo e renda. “Esse aumento de impostos afeta não só os servidores públicos, mas toda a sociedade, especialmente as pessoas que já estão em condições de vulnerabilidade. Com os preços da cesta básica e dos medicamentos subindo, famílias inteiras vão ter ainda mais dificuldade para sobreviver com o pouco que ganham”, declarou.

Tribuna do Norte

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Brasil

Comissão de Ética apura duas novas acusações de assédio contra Silvio Almeida

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República recebeu duas novas acusações de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, demitido do governo Lula (PT) em setembro após o surgimento das primeiras acusações.

O colegiado determinou a abertura de novos procedimentos de apuração. Já há relatoras designadas para cada um dos novos casos.

A defesa de Silvio Almeida informou que “não há qualquer procedimento formalmente informado” aos advogados e, por isso, não iria se pronunciar.

Folha de S. Paul

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Política

VÍDEO: “Ninguém foi mais de esquerda do que Jesus Cristo”, diz Lula na Bahia


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (17/10), que “ninguém foi mais de esquerda do que Jesus Cristo”. O chefe do Executivo discursou em um comício do candidato do PT à Prefeitura de Camaçari, na Bahia, Luiz Caetano.

Na ocasião, Lula elogiou a escolha da vice, a Pastora Déa Santos (PSB), e destacou a união entre partidos de esquerda. “Fico muito orgulhoso de ver o Caetano arrumar uma vice, uma mulher negra, uma pastora. Não tem nada mais extraordinário do que essa união de dois partidos de esquerda”, disse o presidente.

E emendou: “A gente não tem medo de dizer que a gente é de esquerda porque ninguém foi mais de esquerda do que Jesus Cristo. Ninguém brigou mais pelos pobres do que Jesus Cristo. É exatamente por brigar pelos pobres, de cuidar dos doentes, de atender aos mais necessitados, que os ricos da época mandaram cruc1ficar Jesus Cristo”, pontuou.

A cidade de Camaçari tem uma disputa acirrada no segundo turno das eleições municipais. A primeira rodada do pleito terminou com o petista à frente de Flávio Matos (União Brasil), por pouco mais de 500 votos.

Metrópoles

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Judiciário

Salatiel é absolvido por unanimidade da acusação do processo Cidade Luz

O apresentador Salatiel de Souza, ex-candidato a prefeito de Parnamirim, foi absolvido por unanimidade nesta quinta-feira (17), pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, no processo Cidade Luz.

“Mais uma prova de que a fé e a justiça andam de mãos dadas. Por unanimidade, a Justiça definitivamente me inocentou. Sempre tive certeza dessa decisão, porque sempre tive clareza sobre os meus atos. A quem usou isso contra mim, eu perdoo em nome do Senhor. A quem sempre acreditou em mim, como a minha família e os meus amigos de verdade, eu agradeço de coração. Seguirei em frente vencendo as dificuldades, como sempre fiz em minha vida. Porque o nosso futuro já começou”, declarou Salatiel.

Além de Salatiel também foram absolvidos Jorge Cavalcanti de Mendonça e Silva, Maurício Ricardo de Moraes Guerra, João Maria Gomes, Mounarte Leitão de Medeiros Brito e Cláudio Henrique Pessoa Porpino.

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