O corpo de Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado a bombas na Praça dos Três Poderes, foi liberado para sepultamento. A Polícia Federal informou que ele sofreu traumatismo craniano e queimaduras graves.
Um pedido para quebra de sigilos foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. A ex-mulher dele está internada após um incêndio em sua residência em Santa Catarina; a polícia investiga as circunstâncias do fogo.
Para uma emissora filiada da Record no Sul, o filho informou que, a princípio, não foram buscar o corpo do homem por receio de ir até Brasília. Caso façam alguma cerimônia de despedida, será apenas com as cinzas dele.
A eleição da OAB se aproxima, próxima segunda, dia 25, aproximadamente 9 mil advogados estão aptos a votar de FORMA ONLINE para escolha do presidente que vai substituir Aldo Medeiros a partir de 2025.
Se não acontecer algo extraordinário, a campanha caminha para a vitória dos candidatos Carlos Kelsen e Bárbara Paloma da chapa 10, frente às candidatura de Rosana Fonseca e de Fernandes Braga.
Carlos Kelsen e Bárbara Paloma abriram uma larga vantagem em Natal e Mossoró e ainda obtêm vantagem em mais três colégios eleitorais, segundo as duas pesquisas em que esse site teve acesso na sexta-feira e nesta segunda-feira. Ambas feitas por telefone e com 900 entrevistas juntando as duas.
A grande missão das chapas é colocar os votos nas urnas.
Com um sistema de taxação eficiente, país arrecada milhões com donos de cães e transforma a convivência com pets. Será que o Brasil deveria seguir o exemplo? O modelo ajudaria a combater o abandono animal e melhorar a responsabilidade dos donos. Leia e opine!
A Alemanha, famosa por sua organização, encontrou uma solução inovadora para lidar com a convivência entre pets e sociedade.
Um imposto anual para donos de cachorros transformou a realidade de cidades como Berlim, gerando arrecadação milionária e trazendo benefícios para o controle e cuidado dos animais.
Mas será que essa medida seria viável no Brasil?
Como funciona o imposto alemão?
Em Berlim, os donos de cães pagam uma taxa de € 120 por ano (cerca de R$ 740) por animal. Famílias com mais de um pet enfrentam um aumento progressivo desse valor.
O sistema não é exclusividade da capital: em Hamburgo, por exemplo, a taxa pode ultrapassar € 600 (R$ 3.700) para raças consideradas perigosas, como bull terrier e mastim napolitano.
De acordo com o jornal francês Les Échos, a arrecadação com essa taxação subiu 40% na última década. Em Berlim, a prefeitura utiliza esses recursos para regulamentar a posse de animais e garantir o bem-estar público.
O dinheiro é investido em controle de cães vadios, fiscalização e campanhas de conscientização.
Rastreio e registro obrigatório
Todo cachorro na cidade deve ser identificado com um chip ou transponder.
O registro inicial custa € 17,50 (cerca de R$ 108), e a falta de cadastro pode acarretar multas de até € 10 mil (R$ 62 mil).
Essa exigência faz parte da “Lei Fiscal sobre Cães”, implementada em 2001, que busca responsabilizar donos por seus animais.
A medida trouxe resultados impressionantes. Nas ruas de Berlim, é praticamente impossível encontrar animais abandonados.
Além disso, o sistema ajuda a monitorar o comportamento de donos e cães, como a coleta de fezes em locais públicos, cuja infração pode custar entre € 35 e € 250 (R$ 216 a R$ 1.500).
Lições para o Brasil
Embora o Brasil não tenha leis semelhantes, a realidade aqui é diferente. O país enfrenta problemas graves de abandono animal, com milhões de cães e gatos vivendo nas ruas.
Segundo estimativas do Instituto Pet Brasil, cerca de 4 milhões de cães estão em situação de vulnerabilidade.
A criação de um imposto para pets no Brasil poderia causar controvérsias, mas os benefícios de uma gestão mais organizada, como na Alemanha, são inegáveis.
Com fiscalização eficiente, seria possível reduzir o abandono, responsabilizar donos e até diminuir os gastos públicos com resgates e abrigos.
A polêmica das raças perigosas
Na Alemanha, raças consideradas agressivas, como fila brasileiro e mastim napolitano, enfrentam uma taxação ainda maior.
Enquanto isso, no Brasil, a discussão sobre raças perigosas continua gerando debates calorosos.
Políticas como a alemã poderiam incentivar donos a redobrar os cuidados com animais de grande porte, prevenindo incidentes.
No entanto, o Brasil precisaria adaptar a proposta à sua realidade socioeconômica.
Em um país onde boa parte da população enfrenta dificuldades financeiras, um imposto anual poderia ser visto como um peso adicional.
Vale a pena copiar o modelo alemão?
A implantação de um imposto semelhante no Brasil esbarra em desafios culturais e econômicos. A alta informalidade na posse de pets e a falta de infraestrutura para fiscalização são barreiras consideráveis.
Por outro lado, a receita gerada poderia financiar projetos de castração gratuita, campanhas de adoção e programas educativos.
Além disso, o uso de tecnologia, como chips de identificação, poderia ajudar a rastrear animais e responsabilizar donos negligentes.
Com adaptações, essa ideia tem potencial para transformar a gestão de pets no país.
De acordo com a Embratur, as demissões, feitas após a reportagem entrar em contato, ocorreram por mau desempenho. A agência sustenta que vários dos funcionários apontados como fantasmas estão em esquema de teletrabalho ou cedidos ao Ministério do Turismo.
A equipe do O Globo teve acesso ao dossiê com a lista das 30 pessoas que, de acordo com a denúncia, recebem sem trabalhar. Além de ouvir cinco funcionários e ex-funcionários que dizem nunca tê-los visto por lá, nós também procuramos sete dos servidores que constam no dossiê nos últimos dias. Parte deles não sabia explicar o que fazia na agência e outros se recusaram a falar.
À equipe da coluna, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, afirmou que os relatórios de desempenho dos servidores demitidos eram ruins. “Aqui não existe nenhum tipo de acordo para abrigar fantasmas ou de loteamento político. Estamos batendo recordes de turistas graças a muito esforço e trabalho. Quem não estiver trabalhando e dando resultado não fica”, disse Freixo.
Duas das funcionárias demitidas nesta terça eram lotadas no Pará, estado natal do ministro do Turismo. São a gerente Ana Paula Uchoa e a coordenadora Débora Carvalho, que constam como funcionárias da área de marketing internacional. Ana e Débora têm registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Pará. Na semana passada, elas foram procuradas pela equipe da coluna, mas a primeira pediu que procurássemos a assessoria da Embratur e a segunda não atendeu aos telefonemas e nem respondeu a um e-mail enviado.
De acordo com dois integrantes de uma das diretorias que tem parte da equipe listada na denúncia, Ana Paula e Débora nunca foram vistas na sede da Embratur.
“Em geral, quando há novos funcionários, são apresentados às equipes, sabemos quem são, suas origens profissionais e o que farão em nosso time. Há uma grande integração entre as equipes técnicas das gerências. Me causou grande surpresa saber desses novos colaboradores, aparentemente estão aqui desde agosto”, diz um servidor que pediu para não ser identificado.
Alugar veículos para transportar cocaína atravessando o Brasil em direção ao Nordeste brasileiro. Essa foi a estratégia usada pelos policiais rodoviários federais Diego Dias Duarte (vulgo Robocop) e Raphael Ângelo Alves da Nóbrega para tentar despistar os colegas de farda e a fiscalização pelas rodovias brasileiras.
A droga tinha como destino a facção Comando Vermelho (CV) no Ceará. Os agentes da PRF cobravam até R$ 2 mil por quilo de cocaína transportada.
Diego e Raphael foram alvos da Operação Puritas, deflagrada em 7/11 pela Polícia Federal. Eles obedeciam aos comandos do traficante José Heliomar de Souza, apontado pela PF como mentor intelectual, coordenador e líder da organização criminosa sediada em Porto Velho, em Rondônia.
A Polícia Federal, em colaboração com a Corregedoria da Polícia Rodoviária Feral, identificou que Raphael Ângelo alugou sete veículos em menos de dois anos. Já Diego Duarte alugou carros em 16 situações no mesmo período, tendo inclusive emprestado um dos veículos para Heliomar.
A estratégia foi adotada para driblar a fiscalização, segundo a PF. Caso eles utilizassem um mesmo veículo para transportar drogas várias vezes, o sistema de inteligência da instituição acusaria a frequência do automóvel.
A partir da quebra de sigilo bancário, de notas fiscais e de metadados de GPS dos aparelhos celulares dos suspeitos, a PF conseguiu traçar o caminho da droga.
Nesta terça-feira (19), os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o dos Estados Unidos, Joe Biden, vão anunciar um mega acordo na área de energia limpa.
Os dois assinarão documentos com intenções de adotar uma série de medidas para promoção de fontes de energia menos poluentes, em conformidade com a agenda climática, que é tema central do segundo e último dia de reunião de cúpula do G20.
Este acordo vem sendo gestado ao longo de todo ano, com previsão de lançamento justamente no fechamento da presidência temporária brasileira do G20. Mas havia a dúvida se a concretização do acordo deveria ou não ser condicionada à vitória dos democratas, que representariam uma perspectiva de continuidade nos próximos anos.
Contudo, houve uma avaliação política que mesmo com o êxito do republicano Donald Trump nas eleições americanas o projeto deveria, sim, ser lançado.
A lógica do governo brasileiro, segundo a CNN apurou, parte do princípio de que esta é uma medida importante para a agenda brasileira e, caso Trump queira romper o acordo, ele terá que arcar sozinho com o desgaste político.
Trata-se ainda de uma tentativa de demonstração do Brasil de que vai tratar com normalidade a nova gestão e que não aposta em hostilidade para os próximos quatro anos – apesar de saber que enfrentará dificuldades.
Lula e Biden terão agenda bilateral e devem almoçar juntos nesta terça-feira.
Acordo de trabalho – África do Sul
A África do Sul, próximo país a assumir a presidência temporária do G20, deve anunciar nesta terça-feira seu engajamento ao projeto do Brasil e dos Estados Unidos contra a precarização do trabalho.
Em setembro do ano passado, Lula e Biden se reuniram em uma agenda bilateral em Nova York. Lá, foi assinada uma declaração conjunta pelo direto dos trabalhadores.
A criação de uma “barreira ortopédica”, um serviço para atender pacientes de baixa complexidade na Região Metropolitana de Natal, está mantida no Plano de Ação do Governo do Estado com vistas a desafogar a superlotação no Hospital Walfredo Gurgel. A proposta foi apresentada ao juiz Artur Cortez Bonifácio, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Natal, durante audiência no último dia 12, em processo judicial que visa esvaziar os corredores do hospital. O juiz, no entanto, adiou a decisão sobre a barreira ao analisar o plano de contingência apresentado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Ainda assim a secretária de Saúde, Lyane Ramalho, disse que a expectativa é conseguir implementar esse serviço em até 90 dias.
Cerca de 66 pessoas estavam em macas nos corredores da unidade, na manhã de segunda (18), e, segundo a direção da unidade, a demanda do hospital aumentou de modo que, embora os pacientes que estavam à espera sejam atendidos, outros passam a ocupar o lugar. A barreira ortopédica evitaria que pacientes classificados na baixa complexidade sejam direcionados para a unidade que passaria a receber somente os casos mais graves e específicos.
“Em 90 dias a gente quer colocar essa barreira sanitária para funcionar. E muito antes disso, esvaziar os corredores do Walfredo Gurgel. Essa urgência de baixa complexidade já é feita nas outras regiões de saúde pelos municípios em colaboração com o Estado, que entra com 40% desse custeio. Os municípios dividem os outros 60%, rateiam esses 60%”, explicou a secretária da Sesap, Lyane Ramalho.
Segundo ela, esse assunto já vem sendo discutido com gestores municipais há mais de um ano, sendo calculado ponto a ponto. Casos de baixa e média complexidade ortopédica são responsáveis por 70% da demanda do Walfredo Gurgel, segundo os dados apresentados à Justiça pelo Estado. A proposta envolve a criação de um serviço regionalizado, operando 24 horas por dia, que atenderia uma população estimada em 1,5 milhão de pessoas.
O problema é atribuído pela Secretaria de Saúde ao aumento de acidentes, especialmente de motos e da falta de atendimento de baixa complexidade nos municípios. “Antigamente a gente tinha uma entrada de mais ou menos 400 atendimentos. Hoje a gente tem no Walfredo uma média de 800 atendimentos, aumentando progressivamente, muito às custas dos acidentes de motos, que não é uma particularidade do Rio Grande do Novo, mas uma epidemia do Brasil”, aponta Lyane Ramalho.
O plano da Sesap detalha que a barreira ortopédica contaria com uma sala de pequenos procedimentos, sala de gesso e um centro cirúrgico simples, capaz de realizar intervenções em fraturas fechadas e outras condições de menor gravidade. O custo estimado para sua operação seria de R$ 900 mil mensais, divididos entre o Estado e os municípios, o que gerou preocupação quanto à viabilidade financeira.
O juiz Artur Cortez Bonifácio, no entanto, adiou a análise sobre a barreira ortopédica, argumentando que a medida requer maior diálogo entre os entes envolvidos e ajustes técnicos. “A análise sobre a barreira ortopédica será realizada em momento posterior, considerando a necessidade de diálogo e ajustes técnicos para garantir a eficácia da medida”, afirmou o juiz.
Segundo a titular da Sesap, ainda não há uma definição do local onde funcionaria o serviço. Isso seria definido pelos municípios, contudo, há uma sugestão para que São Gonçalo do Amarante receba esse equipamento que atenda a demanda. Nesta terça-feira (19), ocorrerá uma reunião da Sesap com representantes do Ministério Público e entidades como o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) e Federação dos Municípios (Femurn) na qual o assunto estará em pauta.
Justiça
A Justiça do Rio Grande do Norte homologou parcialmente o plano de contingência apresentado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) para enfrentar a superlotação no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. A decisão foi do juiz Artur Cortez Bonifácio, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Natal, durante audiência no último dia 12.
O plano da Sesap, submetido à Justiça como parte do cumprimento de sentença em uma ação civil pública movida pelo Ministério Público (MPRN), busca reorganizar o fluxo de atendimento na maior unidade de saúde do Estado, que enfrenta uma crise de superlotação. Medidas. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaúde/RN), a situação no hospital é caótica. Na manhã de segunda-feira (18), conforme levantamento do Sindsaúde, o hospital registrava 131 pacientes internados no Pronto Socorro Clóvis Sarinho, entre os quais 66 estavam “internados” em leitos improvisados nos corredores, além de duas salas de cirurgia bloqueadas.
No final do dia, a secretária Lyane Ramalho, juntamente com o diretor do Hospital, Geraldo Neto, e da secretária adjunta de Saúde, Leidiane Fernandes, detalharam as medidas. “São ações que a gente está dividindo por fases. Até o dia 30 de novembro a gente já vai abrir 39 leitos e inserir força de trabalho para a unidade do AVC. Fora isso, a gente também tem leitos para abrir em Macaíba, em dezembro, que são leitos clínicos”, disse Ramalho.
Os novos leitos do Walfredo serão implantados com a conclusão da obra do 2º pavimento do hospital. A nova enfermaria contará com 38 leitos clínicos e um leito de estabilização, que inicialmente serão utilizados para transferir pacientes que estão ocupando as salas de cirurgia. Após essa etapa, os leitos devem ser direcionados para os pacientes atualmente alocados nos corredores da unidade.
O juiz enfatizou a urgência da medida, destacando que a obra está em fase final, restando a instalação de esquadrias e louças sanitárias. “O serviço está em execução com itens de acessibilidade, instalações elétricas, hidrossanitárias e revestimentos, todos esses em fase final, restando louças sanitárias e esquadrias (portas e janelas) que aguardam a entrega de insumos”, destacou em trecho da decisão.
Outra medida autorizada pelo juiz foi a realização de um processo seletivo simplificado para a contratação de novos profissionais, incluindo enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros membros essenciais para o funcionamento da nova enfermaria. A Sesap tem até 60 dias para efetivar o processo, que será realizado por análise curricular, conforme legislação de contratos temporários.
Segundo o plano, o 2º pavimento demandará 75 profissionais, abrangendo diversas categorias, como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. “A gente vai chamar 49 técnicos de enfermagem e 18 enfermeiros e alguns profissionais para compor esse número e, assim, as pessoas estarem melhor atendidas”, disse a secretária. Tribuna do Norte
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pautou para esta terça-feira (19) a análise de um projeto de lei que isenta do Imposto de Importação medicamentos para uso pessoal. A proposta também autoriza o Ministério da Fazenda a ajustar as alíquotas e os valores das faixas de tributação aplicáveis a essas operações. O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 30 de outubro deste ano. Caso passe pelos senadores modificações, segue para a sanção presidencial.
Pacheco designou o senador Cid Gomes (PSB-CE) como relator da proposta. Antes da votação do mérito da proposta, o plenário precisa aprovar um requerimento de urgência ao texto, que permite a votação do teor da proposta diretamente no plenário, sem precisar passar pelas comissões permanentes.
O projeto foi sugerido pelo governo para corrigir uma distorção na Lei do Programa Mover (Programa Mobilidade Verde e Inovação). O texto sancionado coloca em risco a isenção dos medicamentos ao exigir uma tributação mínima de 20% ou 60%, dependendo do valor do remédio.
A isenção foi mantida temporariamente por meio de duas Medidas Provisórias, sendo a última válida até março de 2025. O texto também sugere que pessoas físicas e jurídicas possam importar veículos ou autopeças (não produzidas no Brasil) diretamente ou por meio de empresas intermediárias, que realizariam a importação por conta e ordem do cliente.
Em casos de importação por terceiros, o tratamento tributário será o mesmo aplicado para importações diretas, com algumas exigências de investimento em pesquisa e inovação para o setor automotivo. Esse trecho foi incluído no projeto após um acordo com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
A Receita Federal publicou uma lista em que mostra mais de 10.000 beneficiários do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos). Conforme dados do Fisco, influenciadores digitais, artistas, clubes de futebol e grandes restaurantes tiveram acesso ao benefício no acumulado de janeiro a agosto de 2024.
Dentre os nomes que se destacam estão os dos influenciadores digitais Felipe Neto e Virgínia Fonseca. No período, o youtuber teve acesso a R$ 14,3 milhões do Perse por meio de sua empresa, a Play9 Serviços de Mídia, Comunicação e Produções LTDA. Para ter acesso à lista completa, clique aqui (XLSX – 9,3 MB).
Virgínia, que é dona de uma marca de produtos de beleza, foi contemplada com R$ 4,5 milhões, com o nome-fantasia Virgínia Influencer LTDA.
Cantores famosos, como Gusttavo Lima, Simone Mendes e Luísa Sonza, também foram beneficiados com o programa. Empresa do cantor sertanejo –conhecido pelos fãs como “embaixador”–, a Balada Eventos e Produções teve acesso a R$ 18,9 milhões em renúncias fiscais.
A Simone Mendes Produções Musicais foi contemplada com R$ 8,8 milhões. Já a SG11 & Cia, de Luísa Sonza, com R$ 562 mil.
Eis outros músicos:
Felipe Amorim (Felipe Amorim & Cia Produções Artísticas) – R$ 3,2 milhões;
Zé Vaqueiro (Zé Vaqueiro Original Music) – R$ 4,7 milhões;
Mari Fernandez (Mari Fernandez Eventos e Produções) – R$ 5,2 milhões.
RESTAURANTES
Dentre restaurantes famosos, estão o Madero, do empresário Junior Durski. Por meio do Perse, acessou R$ 69,5 milhões.
Em março de 2020, Durski publicou um vídeo defendendo a volta das atividades durante a pandemia de covid, sob o argumento de que a economia não poderia parar porque “5.000 vão morrer”. O balanço mais recente mostra que o país teve mais de 713 mil mortes pela doença.
O La Guapa, da chef Paola Carosella, foi contemplado com R$ 2,7 milhões em renúncias fiscais.
FUTEBOL
Clubes de futebol tradicionais, como o Internacional e o São Paulo, também foram beneficiados pelo Perse. O time gaúcho obteve R$ 1,4 milhão com esse tipo de renúncia, enquanto o clube paulista, R$ 1,9 milhão.
O Internacional também teve a folha de pagamento desonerada em R$ 22 milhões no período.
EVENTOS COM POLÍTICOS
Grupos que promovem eventos com empresários e políticos foram contemplados com o Perse. Casos do Esfera Brasil (R$ 19,7 milhões), de João Camargo, e do Lide (R$ 458 mil), do ex-governador João Doria.
PERSE
O programa foi instituído por meio da lei 14.148 de 2021, buscando assegurar medidas emergenciais e temporárias para o setor de eventos durante a pandemia da covid. Empresas do setor ficaram paradas durante a crise sanitária em razão de longos períodos em que aglomerações eram proibidas. O socorro às empresas se dá a partir de renegociação de dívidas, indenizações e isenções tributárias.
O pacote de corte de gastos em preparação pela equipe econômica, sob coordenação de Fernando Haddad (Fazenda), deve atingir os militares. A maior novidade deve ser a criação de uma idade mínima de 55 anos para aposentadoria dos integrantes das Forças Armadas. Hoje, o sistema é regulado pela Lei nº 13.954, de 2019, e basta comprovar o tempo de serviço (pelo menos 35 anos). Ao se aposentar, o militar mantém o salário integral –e sempre recebe aumento quando os da ativa também são promovidos.
Essa idade mínima ainda é menor do que a exigida dos contribuintes do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social): 65 anos para homem e 62 anos para mulher. Na iniciativa privada, o trabalhador (a depender do salário) contribui com alíquotas de 7,5% a 14%. Os militares pagam 10,5% para sair da ativa com o salário integral –algo impossível para quem está no INSS.
A mudança deve causar alguma reclamação por parte dos militares, mas tudo tem sido amplamente negociado nos bastidores –e ainda é necessário aprovar uma lei no Congresso.
Como haverá regra de transição, vai demorar muito para quem está na ativa sentir a alteração no sistema. O ganho fiscal –com economia para o governo federal– também será mínimo no curto prazo. Mas a equipe econômica enxerga essa mudança como muito relevante para avançar sobre outros feudos quase intocáveis, como o Poder Judiciário, que hoje consome cerca de 1,5% do PIB.
Além da Previdência dos militares, há mudanças que já estão sendo noticiadas, inclusive pelo Poder360, que devem trazer ganhos pequenos em termos de economia –mas serão consideradas importantes por servirem de exemplo para outras áreas do governo.
A seguir, as 4 principais medidas que estão para ser anunciadas:
1) Previdência dos militares – será fixada uma idade mínima em 55 anos. Hoje, não existe idade mínima, mas só tempo de serviço, que é de 35 anos para quem entrou depois da aprovação da Lei nº 13.954, de 2019;
2) “morte ficta” – deve acabar. Ocorre hoje quando militares são considerados inaptos para o serviço e são expulsos. São considerados como mortos, mas seus familiares mantêm os benefícios, recebendo o salário. O “morto ficto” (morto fictício) surgiu com a aprovação da Lei nº 3.765, de 1960, que trata de pensões dos militares. Um fardado que é expulso segue com o soldo porque durante o período em que estava na ativa parte de seu salário era recolhida para custear o benefício. A “morte ficta” consome um valor pequeno por ano: R$ 25 milhões. Esse montante foi divulgado em junho de 2024, quando as Forças Armadas responderam a um pedido de acesso à informação;
3) contribuição para o plano de saúde – serão equalizados os valores cobrados de todos os integrantes das Forças Armadas. Hoje, há quem pague até 3,5% sobre o salário. Mas esse percentual é menor em vários casos. Tudo seria igualado a partir da implantação do corte de gastos;
4) transferência de pensão – prática será limitada ao máximo. Embora essa transferência tenha acabado a partir do ano 2001 (pela MP 2215), quem já havia contribuído anteriormente seguiu mantendo o benefício. Para militar que contribuiu, quando há caso de morte, a pensão fica para a viúva. Se a viúva morre, as filhas recebem. Se uma filha morre, a outra fica com a parte integral. É isso que se pretende acabar agora.
Há muito tempo que a aposentadoria dos militares e suas benesses carece de um realinhamento á nossa realidade.
Simplesmente parou no tempo.
Até porque, se observar o custo benefício dessa atividade, estão ganhando superbem para o que executam, o que destoa da realidade do trabalhador brasileiro assalariado.
A verdade é que os militares, depois que perderam o status dos anos de chumbo, se tornaram moeda de troca na política brasileira.
Tipo, ninguém queria ser o vice do bolsonaro e coube ao sargento juruna Mourão pagar o pato.
Enquanto enrola para anunciar corte de gastos, Lula (PT) desfruta de luxuosa hospedagem no Fairmont de Copacabana (RJ), hotel que oferece acesso a outras extravagâncias, além da diária de R$5,3 mil que cada quarto pode custar. Quase quatro vezes o salário-mínimo que ele aumentou em 18 reais, para R$1.412. Lula e Janja têm ao alcance um menu de ricaços como o casal adora curtir mundo a fora. Uma garrafa do tinto argentino Cobos Malbec (2018), sai pela bagatela de R$9,8 mil.
Sem os 10%
Amante de carnes, Lula terá à disposição o Tomahawk maçaricado por R$740. Se pedir uma água, R$20, a nacional. A gringa sai por R$35.
Broa de ouro
Se a fome for pouca, o casal pode pedir mini cachorro-quente. O preço é gigante, sai por R$78. Uma broa de milho custa R$50. Um pão, R$20.
No precinho
O hotel está com ingressos para um “almoço a 8 mãos”, ao preço de R$715. Criança têm desconto, mas só até 10 anos, e paga R$357,50.
Cinquentão
O espetinho de queijo coalho sai por R$50. O ovo mexido com salmão defumado custa R$80. Sem nada, R$55. A tigela de açaí, outros R$55.
O único lugar que não ter corte de gastos é no luxo do casal extravagante e nas benéfices da companheirada, quanto ao resto terá choro e ranger de dentes
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